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História BROTHERs - Sendo tolo, caiu no amor


Escrita por: _Melpomene

Notas do Autor


Hello fofoletes! E ai, curiosos para saber o que aconteceu com nosso lindo tritão?

Tenham uma boa leitura, xoxo

Capítulo 11 - Sendo tolo, caiu no amor


Fanfic / Fanfiction BROTHERs - Sendo tolo, caiu no amor

 

Seus olhos se agitavam, e as pálpebras tremiam diante a extrema claridade que o cegava. Ele sentia as células comprimirem e expandirem sem controle. Os sentidos debilitados não lhe permitiam identificar o que acontecia a sua volta. Ainda sentia o corpo gelado e molhado, mas sabia que não estava mais submerso no tanque. Ele podia ouvir o chiado de ondas quebrando em algum lugar a sua volta, e vozes distorcidas vindo de todas as direções.

Abraçou o corpo, na tentativa de parar o tremor, sentindo a textura arenosa sobre a pele.  Seu cérebro processava que o mal súbito e a reação violenta de seu corpo não eram causados pela conversão do animal, para o humano. Sem conseguir assimilar qual era sua aparência naquele momento. Numa separação de 9.501 céus, sua atividade cerebral era reportada para uma máquina, transmitindo imagens de seu ponto de vista.

Mary pareceu confusa inicialmente, até que os olhos da besta se abriram, e ainda pareciam vazios. Seu corpo ainda inerte, mas as maquinas mostravam que ele vivia. As imagens eram reproduzidas nas paredes brancas através dos projetores conectado a máquina. As ondas cerebrais, eram convertidas em imagens reais, que lhes permitam compreender o que acontecia na mente e ao derredor da criatura. Ela sorriu fascinada, seu pai nunca compreenderia a grandeza daquele momento. Era religioso demais para se permitir participar de algo que alterasse a linha do tempo e ordem das coisas. Ainda que para ciência ele fosse uma alteração, aos seus olhos ele era uma consequência decorrida da necessidade de sobreviver. Bem, ela acreditava estar vendo isso agora. A necessidade de sobreviver e tomar o lugar que era seu por direito.

Aos poucos ele sentia o calor a sua volta, deixando-o mais desesperado. Sua mente se esforçava para assimilar o que acontecia, um esforço em vão.

Thomas Kaulitz corria pela praia naquele entardecer e passava pelo tumulto de pessoas quando percebeu o que acontecia. Como médico imediatamente se aproximou prestando os primeiros socorros a vítima.

Depois de muita insistência conseguiu afastar as pessoas que se aglomeravam entorno do corpo, pedindo que o deixassem respirar. Cobriu seus órgãos genitais com a própria camisa, vendo que mais pessoas se aproximavam para ver o que acontecia e com a ajuda de um rapaz, que estava em meio à multidão, conseguiu colocar o corpo da criatura deitada de barriga para cima. Mantendo o rosto do mesmo virado, para evitar que ele se engasgasse com a língua, ao notar que ele convulsionava.

Quando o S.I.A.T.E chegou B-III tinha perdido a consciência. Foi encaminhado para a emergência do Hospital Santa Anna, onde o médico era plantonista. Aquela era sua noite de folga, então ele apenas esperou pacientemente que alguém lhe informasse a situação do rapaz. Ele ficaria bem.

Alekseev estava satisfeito com o que via. B-III era perfeito. Mary não recuaria com seus planos depois de presenciar tudo aquilo. Presente e passado diante de seus olhos. Ela podia imaginar quão glorioso seria o futuro.

Não tinha sido uma manhã agitada. Depois de conversar com Dr. Rubens, Thomas foi para casa. Acontecimentos como aqueles não eram comuns em Kiawah Island, a pequena ilha na Carolina do Sul, com pouco mais de mil habitantes quase não tinha pacientes. A emergência mais grave que aconteceu naquele mês, foi Mark e um corte profundo na mão. Mas era de Thomas prestar socorro e sentir tamanha empatia por seus pacientes, fossem humanos ou adoráveis seres de quatro patas.

- Ele parece bem – murmurou, servindo-se de uma xícara de café. Thomas conversava com a enfermeira Ivy, sobre o estado do então desconhecido rapaz – E saberemos o que aconteceu quando ele acordar.

- Já tinha o visto por aqui antes? Eu realmente...

- Não – bebericou o liquido quente, e amargo, exatamente como ele gostava, se questionando sobre aquilo novamente. Ele nunca tinha visto aquele rapaz na cidade. Não houveram acidentes com navegações na encosta. Quando a polícia foi ao hospital pela manhã, a pedido dele, também não o encontraram nos registros de desaparecidos. Ele não tinha documentos com ele, nem roupas.

- Bem, vamos esperar que o forasteiro acorde – Ivy terminou o café e se foi deixando Thomas com seus pensamentos que incluíam repassar os atendimentos vespertinos, até a volta para o quarto do paciente desconhecido. E assim foi.

Ao retornar para o quarto da criatura, ele a encontrou sentada na beira da cama. Parecia confuso, examinando tudo a sua volta.

- É bom te ver acordado rapaz. Como se sente? – disse, sendo o mais cuidadoso possível que sua simpatia permitia – Preciso fazer alguns exames rápidos para verificar seus sinais agora que você acordou – continuou, notando certa tensão do paciente enquanto ele se aproximava – Está tudo bem? – questionou, sem compreender o belo sorriso que abruptamente surgiu nos lábios do rapaz.

- Você...- a voz saiu fraca, e falhada, mas a surpresa de ter as palavras de repente escapando de seus lábios como as outras espécies faziam logo se estampou em seu rosto. Thomas riu suavemente das ações do rapaz, ainda sem compreender.

O Doutor se aproximou e com cuidado segurou-lhe o braço, envolvendo o esfigmomanômetro para medir sua pressão arterial. Estava normal. Checou os pulmões, as pupilas, a garganta, o reflexo em relação ao som e tudo parecia normal. Fora o fato dele olhar para aquilo como se estive vendo ela primeira vez, mas não para ele. Para ele o rapaz olhava como se fosse um reencontro.

 - Certo, preciso te fazer algumas perguntas. Você foi encontrado próximo ao litoral, na praia. Sem documentos, ou algo que pudesse te identificar – B-III o observava atentamente, e por alguns minutos observava apenas seus lábios se movendo. Ele era tão parecido com o homem em seu pequeno paraíso, naquele dia. A criatura podia sentir, mas tinha algo diferente.

- Onde estou? – e sua voz não era mais do que um doce e suave sussurro. Um pouco constrangido pelo olhar que lhe era dirigido, Thomas teve de respirar fundo para assimilar o que acontecia.

- Carolina do Sul... Kia-kiawah Island – gaguejou ao responder, ainda observando o rapaz que desviou o olhar para a janela. A resposta de Thomas era o mesmo que nada para ele.

Quando abriu os olhos na pequena sala branca, imaginou estar de volta ao laboratório, mas então parecia outro lugar. O alfa que sempre estava lá quando ele abria os olhos, desta vez não estava. Tinham móveis na sala e flores que B-III não fazia ideia do que eram. E ele, o intruso em seu aquário, estava ali.

- Não se parece com minha casa – como médico Thomas supunha uma perca de memória recente e esperava ser algo temporário. Cuidadosamente ele desceu da cama, sentindo os pés contra o piso polido – Em que ano estamos?

- Em 1999 – Dr. Kaulitz se manteve atento enquanto ele seguia para uma das janelas. B-III olhou para o lado de fora, através das finas cortinas. Ele nunca tinha sido levado para fora do aquário. Não conhecia nada além do lago, mas isso não o impendia de reconhecer que aquele não era o mundo que vivia a algumas horas atrás.

- Qual o seu nome? – ele ponderou sobre a resposta e nenhuma outra lhe pareceu tão conveniente naquele momento quanto aquela.

- Bill.

 


Notas Finais


TEMA: Que envolva algum tipo de viagem no tempo.

E ai? O que estão achando?

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