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História BROTHERs - Saída de incêndio


Escrita por: _Melpomene

Notas do Autor


Meus queridos olha as horas e eu estou aqui, pq eu estou aqui? Para atualizar, mas eu podia fazer isso amanhã e dormir hoje, podia também, mas a vontade de postar já é mais forte que tudo (8)

Boa Leitura, xoxo.

Capítulo 15 - Saída de incêndio


Tentei chamar a polícia, mas como foi naquela noite, era naquele momento uma estupida decisão de Steve. Seus olhos refletiam o rio de sangue a sua frente. Era a primeira vez que a escuridão alcançava sua alma.

Diana, como todas as ômegas sem a marca, era apenas mais uma antes de receber o sobrenome Alekseev. Sua família estava feliz com o casamento da adorada filha mais nova. A preciosidade deles por não terem sido agraciados com um alfa na família.

A jovem era linda, e conforme crescia mais atraente se mostrava. Alta de estrutura forte e belíssimas curvas, que me lembravam os quadros renascentistas de Ticiano, Diana era uma ômega notável. Sua postura nunca era de submissa apesar das condições impostas por sua natureza.

Emanava uma força surreal para uma simples ômega. Enquanto outras mulheres admiravam em silêncio os homens a sua volta sentiam-se ameaçados. “Coloque rédeas em sua ômega Ian”, ser obediente, não era o suficiente. Ela precisava parecer. Seus poros e toda sua essência deveriam fazer jus aquilo que ela era. Foi quando as surras começaram. O que deveria ser consertado apenas se quebrou um pouco mais, em milhares de pedaços ainda mais fortes.

A confiança de Diana crescia a cada marca de Ian sobre sua pele. Era uma luta por ela, até então silenciosa e sem apoio algum. Afinal, que ômega se atreveria a erguer a voz para um alfa? Seu pior inimigo estava nela, e não era medo. A surras levaram seu afastamento público, mas não importava o quanto ela apanhasse o olhar desafiador estava sempre ali para avisar Ian “Sorte sua ser um alfa” e ele não sabia quanto tempo aquilo iria durar apenas como um aviso.

Quando a ômega engravidou daquele que seria seu primeiro e único filho Ian foi obrigado a parar, mas Diana também parecia diferente. Toda sua atenção e energia era concentrada no feto que carregava. Ela soube muito antes dos médicos dizerem que era um menino, no fundo seu coração já alertava que seria um alfa. Guardando as certezas para si, ela ocupou-se de entregar para o filho sua parte mais forte, o amor e a resistência, por que ela acreditava.

A gestação foi solitária e raramente tinha presença do alfa. Seu laço com a criança se fortaleceu, tornando-se algo extraordinário. Apenas confiando que podia, Diana teceu um “plano” que traria a ruina de toda uma era de brutalidade e conformismo.  A criança nasceu forte e crescia ainda mais forte. Sua postura desde pequena era de um verdadeiro alfa. E isso enchia Ian de orgulho, e a Diana de amor. Steve podia não ser fruto de um amor entre seus pais, mas era do amor de Diana e ele só compreenderia mais tarde.

Naquela noite especificamente chovia e a criança, que havia recém completado 7 anos, gostava de ver a chuva cair. Sua mãe costuma lhe dizer que a chuva não era tão inofensiva quanto as pessoas diziam. Existia força nela, quando se unia a tantas outras pequenas formações e se transformava numa tempestade.

Ele havia levantado naquela noite tempestuosa para ouvir mais uma das histórias de sua mãe, mas o que encontrou foi a pior delas. A que Diana escondia com “mamãe tropeçou nas escadas”, Ian a agredia enquanto ela suportava tudo silenciosa. Lagrimas escorriam por sua face, um rosto que Steve nunca viu negar um sorriso.

O garoto gritou pela mãe, avançando contra o alfa que a mantinha imobilizada, pelos longos cabelos loiros. Toda a fúria que o menino sentia não era suficiente contra a força do alfa, cujo o lado animal sobrepunha a racionalidade naquele momento. Seus olhos brilhavam vermelhos. Tomado pelo ódio, Ian agarrou o filho pelo colarinho arremessando-o contra o criado mudo do quarto.

O garoto perdeu o rumo por alguns minutos, quando viu o telefone caído ao lado de sua perna. Ele discou o número da polícia, as mãos ainda trêmulas. Dois toques e a ligação foi atendida, mas Steve sabia quem era do outro lado. Beta ou alfa ninguém iria interferir. O velho riu zombeiro ao notar as intenções do menino, partindo para cima dele, mas antes que pudesse tirar a vida do garoto um grito furioso se ouviu, como de uma fera selvagem.

“Fique longe do meu filho” bradou Diana, sua alma lutando contra a influência que a presença de um alfa transmutado causava-lhe. Ela era uma ômega selvagem, uma mulher forte presa a um corpo de fracos instintos, lutando para proteger sua cria. Avançou contra Ian cravando as unhas em suas costas e todo ódio que era direcionado a seu filho voltou-se para ela.

O alfa deixou o ódio dilatasse por todo seu corpo, pois não havia medo no olhar dela. Ian avançou sobre a mulher e ela resistiu bravamente, enquanto pedia para o filho se afastar. Amedrontado Steve arrastou-se para a porta saindo do quarto, rolou os 3 degraus que separavam o cômodo do corredor central, mas não antes de ouvir um gemido sufocado.

Ian dilacerou a jugular de Diana, afundando as garras em seu belo rosto. Seu lado esquerdo era completamente desfigurado, enquanto ferozmente ele a matava. Seu peito foi aberto, o coração rasgado pelas presas do alfa e cuspido fora. Ela agonizou e mesmo depois de morta ele não parou. Seu corpo estava destruído e nada mais era que um amontoado de carne em meio a um rio de sangue, que escorreu pelo piso de madeira e deslizou pelas escadas até os pés de Steve.

Quando sua fúria sessou Ian ainda estava marcado pelo ódio. Uma ômega que se posicionava como ela seria morta mais cedo ou mais tarde, que fosse por suas mãos então. Arrancou-lhe os olhos, pois eles continuavam sem vestígios de medo.

Por noites Steve ouvia os barulhos daquela tragédia. Em seus sonhos Diana sussurrava-lhe histórias e canções que o acalmavam, outras vezes tudo que ele via era uma imensidão de sangue e ele se afogava nela.

Ele foi a primeira cobaia de Alekseev, e foi enviado mais de uma vez para o passado. Em todas elas, era levado para o mesmo lugar, dia e hora. O assassinato de sua mãe. Todos os esforços feitos para reverter aquela brecha no tempo foram em vão, até que em uma das noites, quando sua existência foi ameaçada, Ian o trouxe de volta a força. O rapaz ainda tinha sequelas daquele dia.  

Steve era maior criação que uma ômega poderia ter, seu feito perduraria por gerações. Pois no lugar de um coração selvagem pulsava um coração inconformado, que não pararia enquanto não fizesse justiça a sua mãe e a tantas outras como ela. Sua vingança não estava em matar Ian, e sim oprimi-lo, tirando dele o bem mais precioso de um alfa. Seu orgulho seria pisoteado quando ele desse conta que, toda força e selvageria do rapaz era mais que puro instinto e sua essência tinha muito mais da mãe do que a dele.

Ele observava a chuva cair “regando” a Rússia naquela madrugada. Alekseev não sabia que ele tinha retornado, mas não era algo relevante. O que ocupava seus pensamentos sim, ainda que eu fosse uma parcela deles, a maior parte estava presa naquele fatídico dia.

- Continue – ele sussurrou tomando um gole de uísque puro – continue.


Notas Finais


TEMA: Que comece com a frase “Tentei chamar a polícia”;

Eu devia postar a playlist...


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