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História Bruma ( em revisão) - Terras neutras I


Escrita por: Frostway

Capítulo 11 - Terras neutras I



 

Em um gesto , Sheila fez Claire flutuar e a vinculou a Gales . O pequeno grupo correu na direção da muralha , por mais arriscado que fosse dentro pelo menos não lidariam com certos elementos .

Uma nova leva de flechas foi lançada e parou em uma barreira de vento . Logo foram devolvidas sem um alvo em específico, aceitando um aqui outro ali .

- Cuido do andar de cima - Assim a estrangeira desapareceu em névoa.

- Ah que maravilha - Resmungou. Ele brandiu sua espada a cobrindo de magia e avançou.

Próximo a um dos sinos,Sheila pousou os olhos no homem , cujos olhos se arregalaram , ele caiu de joelhos na tentativa de levar a mão ao peito já desfalecido . Uma esfera saltou deste e foi diretamente pra ela , para seu amuleto oculto por baixo do vestido.

Seguiu andando , flechas foram lançadas mas nenhuma acertou , desviaram o trajeto no ar desaparecendo em seguida . A moça se cobriu de névoa e sumiu reaparecendo rente ao um dos arqueiros . Tocou seu rosto com a palma da mão . 

- Umtshabalalisi okhohlakeleyo - Sussurrou encarando o que se escondia atrás dos olhos daquele homem apavorado.




Na parte de baixo , o príncipe lidava com guardas no corredor . Cruzou a espada com um e o chutou pela abertura , em um golpe diagonal feriu o próximo.

Com a lâmina recoberta de energia deu repetidos cortes no ar que atingiram a distância mediana quem o atacava .

Um novo oponente se apresentou , esse diferente do outros .




A xamã seguia em batalha,  tentaram alvejá-la, tanto magos quanto arqueiros , ela desviava , se transportava repetindo o processo em uns, a outros empurrava lá de cima com rajadas de vento . 

Gradativamente mais esferas a buscavam, quanto mais lutava eventualmente os que recebiam seu toque caiam enfraquecidos .

A aura de Sheila se incendiou e ao esticar as mãos e para cada uma das direções que suas palmas apontavam saiu uma rajada de fogo cor chumbo .

Ela avistou mais arqueiros e avançou , novamente parecendo inalvejável .




Enquanto isso, após um combate acirrado, Gales decidiu abrir a boca :

- Olha quem decidiu abandonar a comitiva da paz …- Debochou tentando ocultar os sinais do cansaço - Irmão.

Laicos puxou o elmo pra cima diante do mais velho, só pra olhar dentro de seus olhos , deixar visível cada uma das pontas de sua expressão. Olhou pra moça inconsciente com ternura e se pronunciou.

- Acha que tudo gira em torno de poder ? Que o mundo gira ao seu redor , grande herdeiro ? - Disse com profunda indignação .

- Você poderia ter escalado qualquer um, mas veio junto a guarda pessoal - Ressaltou com ironia , o intuito era irritá-lo - Precisava me ver morto , com todos os detalhes , irmão ? -Indagou se desfazendo dele . Haviam motivos a mais.

- Não ! - Arremessou o elmo longe.

- Queria fazer pessoalmente ? - Questionou mais alto.

- Eu vim conversar - Uma aura mágica fina surgiu ao redor dele , ainda que fraca chamou atenção pois mostrava o quão sério estava.

- Estou vendo…- Retrucou Gales quase mostrando os dentes , tanto de raiva quanto de inveja - Gosta tanto de mim, que trairá nossos pais ? - Supôs apenas da boca pra fora.

- Não .Sou leal a meu país - Falou firme e claro , tal como seus olhos - Por isso te deixo ir - Laicos notou espanto na expressão do irmão mas esta logo se desfez  - Meu pai te exilou - Caminhou ao entorno dele, que o acompanhava com o olhar esperando um ataque - Ordenou a cabeça da estrangeira … E não disse mais nada - Parou com os pés alinhados, seu irmão mais velho abaixou a cabeça e agitou-a com um riso irônico.

- E o bom filho … Obedeceu - Ergueu o olhar com raiva, não só dele como da situação, o exílio lhe desceu amargo , talvez mais que uma jura de morte. Estava mesmo sendo descartado, logo ele que nasceu pra ser rei , pra ter sob seu julgo o mundo conhecido. Assim ele pensava ser.

- Você diz que a ama , não matarei sua noiva - Afirmou o segundo príncipe . Chegou a guardar a espada e desfazer sua magia em algo que cada vez mais parecia com uma rendição e então fez um apelo : - Deixe-a ir , é a única que não tem nada a ganhar com essa loucura - O nome não precisou ser dito para que os envolvidos associassem a pessoa e isso trouxe muito a tona.

- Fala como se eu a tivesse sequestrado. Acorrentado no cavalo - Disse como se ofendido , sequer conhecia o porquê - Ela me seguiu por lealdade ! - Afirmou. Foi a vez de Laicos rir.



 Do topo de uma das torres de vigia , Sheila observava a cena sem ousar interferir . Ela se perguntava como alguém poderia carregar tanta tolice , quase proporcional a seu orgulho e ego. Talvez mantê-lo vivo no futuro causasse a ruína do reino.Não que ela se importasse tanto assim.



- Lhe seguiu por lealdade. Também - O segundo falou , tentando abrir os olhos do irmão.

Antes que a conversa deles fosse concluída os soldados do reino já os tinham cercado por terra , haviam arqueiros e magos. Eles só aguardavam o comando.

Gales sentiu frio , jamais admitiria que sentiu medo, temeu a constatação , não poderia lidar com tantos .

Laicos permaneceu em silêncio por um breve momento , parecia reflexivo apesar de seus olhos estarem claramente voltados pra moça flutuando imóvel là atrás . Se era isso que deseja , pois no fundo sempre soube ,que se fosse escolher entre a própria segurança e a do herdeiro não exitaria em protegê-lo. Quis a levar de volta mas não a força.

- Tem um transporte na entrada, não tem guardas lá e até que vire o dia ninguém o seguirá - Informou com ar decepcionado - Adeus irmão - Saiu do caminho para que passasse depois se virou mas de relance viu quem os observava .

Ainda que o orgulho fosse um grande peso contra , o monarca exilado se afastou apressado na direção do lugar citado.

Laicos retornou com os seus para o castelo para informar que seu irmão estava fora do reino e a bruxa foragida . Poderia até ter ficado no reino .

O líder decidiu , como esperado , que deveria fazer uma busca dentro dos território . Foi uma mentira, algo inesperado do novo futuro governante.

Bem, ninguém precisava saber que ela ainda estava lá, junto a seu irmão ,nem o rei.

No fundo ele só lhes desejava felicidades e que tivesse feito a escolha certa.



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