História Brutal (Castiel) - Novos amigos?

No dia seguinte, após deixar Gracie na creche e ter uma séria conversa com sua diretora e dá mesma ter me garantido que aquele tipo de situação não iria mais recorrer, eu dirigi com destino a Sweet Amoris. Agatha me disse que eu deveria conversar com a diretora e começar com papelada da minha matrícula o quanto antes; mesmo sendo somente o início do segundo bimestre, eu já estou um pouco atrasada nos assuntos e nas matérias. A escola não fica muito longe da creche de Gracie quando se está de carro entao eu cheguei até lá rapidamente. Estacionei meu carro uma rua antes e segui andando até a escola. Não tem muito tempo que os portões se abriram.

O pátio estava começando a ficar relativamente cheio de alunos e ao empurrar a porta dei de cara com o corredor principal, com armários dos dois lados e muitos alunos transitando pelo mesmo. Com as coordenadas dadas pela minha tia, segui até a sala do grêmio estudantil aonde eu iria encontrar o representante do grêmio e ele poderá me ajudar com algumas coisas antes de eu, de fato, começar a minha matrícula.

— Uh, bom dia? — Abri a porta e coloquei minha cabeça para dentro. Aqui, de fato, é a sala dos representantes de turma. Um garoto loiro e alto virou em minha direção e apertou os olhos, ele estava tentando lembrar se me conhece. — Estou procurando o representante do grêmio estudantil. Sabe onde eu posso encontrá-lo?

O garoto sorriu. Ele é o próprio estereótipo do garoto nerd mas que é bonito e isso não o faz ser o excluído nos lugares; seus olhos são de cor âmbar e ele usa uma blusa branca lisa e de mangas compridas por baixo de um suéter creme, uma calça social em um cinza claro e um all star branco de cano médio finaliza sua roupa. Tenho que admitir, ele tem bastante estilo e é bem bonito.

— Devo dizer que sua sorte de principiante está em dia, pois eu sou o representante do grêmio. — Ele diz sorrindo e se aproxima, abrindo o resto da porta e me deixando levemente tímida. — Meu nome é Nathaniel. Muito prazer.

— Madison, — retribuo seu aperto de mão, sorrindo —, e o prazer é meu.

Depois desse breve momento, Nathaniel me questiona sobre o que eu estava fazendo ali. Logo de cara ele pensou que eu fosse uma aluna nova que ele não foi informado sobre a chegada e isso lhe deixou levemente preocupado; o deixei mais tranquilo ao explicar sobre o que eu fazia ali e que, pelo menos ainda, não sou uma aluna nova e ele não é irresponsável como estava pensando. Passei em média quase meia hora conversando com ele sobre tudo e sabendo mais coisas sobre o colégio e as pessoas dali, no final da conversa, ele me acompanhou até a sala da diretora antes de seguir para a sua aula.

— Se você ainda estiver aqui quando a primeira aula acabar, me procure para que eu te mostre um pouco do colégio. — Ele diz simpático, segurando um fichário debaixo do braço e parando em frente a sala da diretora.

— Certo, então. — Sorrio e olho para a porta azul, voltando a olhar para ele. — Obrigada por me acompanhar até aqui.

— Não foi nada. — Vejo o exato momento em que as maçãs do seu rosto tomam uma tonalidade mais avermelhada. Ele estava com vergonha.

Porra, além de bonito e inteligente o filho da mãe é educado e tímido.

— Sem dose de humildade por aqui! Eu iria ficar rodando nesse colégio até conseguir encontrar essa sala, sério. — Acho que falei algo engraçado, pois ele riu.

A diretora abriu a porta de sua sala e Nathaniel nos pediu licença antes de seguir para sua sala. Eu acreditei que iria ser necessário mais coisas para que eu pudesse fazer minha matrícula de fato, mas só foi eu dizer que sou sobrinha de Agatha Harris que ela abriu um sorriso bizarro. 1 hora depois de ter entrado naquela sala, eu saí com a minha matrícula feita e tendo gestado uma nota e tanto nos materiais didáticos necessários nas aulas; em minhas mãos eu carregava uma pasta e em duas semanas eu começava minhas aulas.

Me despedi da diretora com um breve sorriso e um "até mais" e caminhei para fora do colégio. O pátio estava vazio por ainda ser horário de aula e eu estava já quase saindo da escola, quando ouvi me chamarem.

— Maddie! Ei, espera. — Ao me virar, vi Íris correr em minha direção e parar alguns passos antes de mim, descansando suas mãos em seus joelhos. Ela estava ofegante. — Você anda muito rápido, por Deus!

— Oh, me desculpe. Não percebi que você estava atrás de mim.

— Tudo bem, não tem nada. — Ela balança uma das mãos em frente ao rosto, sorrindo.

— Você não deveria estar na sala de aula? Nathaniel me disse que às aulas costumam durar um pouco mais...

— Já conheceu o Nath? — Confirmo com a cabeça e ela sorri — Então agora só falta conhecer o resto do grupo! Vem, vamos!

— O quê? Que grupo?

Iris enrosca seu braço no meu e me arrasta para dentro da escola novamente. Seguimos pelo extenso corredor principal e chegamos até a área onde fica mais alguns armários, a escada que leva para o segundo andar, os banheiros e a biblioteca; a ruiva me arrastou para debaixo da escada e ali eu vi que havia uma outra escada, essa dava para baixo então eu logo deduzir que fosse uma espécie de porão ou qualquer coisa do tipo.

— Seja bem-vinda ao porão de Sweet Amoris! — Diz Iris após descemos os degraus e chegarmos até o cômodo enorme e totalmente cinza.

Como sempre, eu estava certa.

— Então é aqui que os alunos de Sweet Amoris matam às aulas? — Brinco e ela ri — Gostei.

— Vem, vou te apresentar o restante dos meus amigos. — A ruiva me puxa mais para dentro e só entao eu percebo a presença de outras pessoas ali. — Voltei gente.

— Finalmente! — Um garoto de cabelo pintado de um tom bem forte de azul e de olhos violetas (?), diz.

— Pensei que tinha se perdido no meio do caminho. — Foi a vez do garoto ao lado do azulado, falar. Olhei para ele e alternando meu olhar entre os dois, pude perceber rapidamente que são gêmeos. — Ou que a diretora tinha te pegado no pulo.

— "Te pegado no pulo"? — A garota com cabelo enorme e totalmente platinado repete a fala com uma careta. — Pelo amor da Ariana Grande! Quem fala desse jeito hoje em dia?

— Eu falo! — O gêmeo de cabelo escuro rebate.

— Parece um velho. — Resmunga a platinada.

Eles iam começar uma árdua discussão, mas Iris tomou a frente antes..

— Vocês podem, por favor, fingir que são normais por mais que 3 minutos? — A ruiva diz um tanto cansada e atrai o olhar dos dois — Temos visita!

De repente, todos os olhares se viraram na minha direção e eu apertei a pasta em minhas mãos com força. Embora eu não seja nenhum pouco tímida e lide bem sendo o centro das atenções, ainda sim é meio desconfortável ter olhares desconhecidos em sua direção, te olhando com curiosidade.

— Quem é essa, Iris? — um ruivo falsificado pergunta.

Puta que pariu... O que tem na água desse povo? Base da Rihanna? Não tem uma pessoa feia nessa escola e eu só estou aqui tem algumas poucas horas.

— Essa é a Maddie. — Iris me apresenta e eu apenas dou um sorriso leve. — Falei dela ontem no grupo, lembram?

— Aah, — A mesma platinada que estava quase brigando com o gêmeo de cabelo escuro, balbucia —, ela que ficou curiosa pelo show e veio até aqui ontem?

— Pelo visto as coisas correm bem rápido por aqui, não? — Falo pela primeira vez desde que Iris me arrastou para perto deles. — Me chamo Madison, mas me chamem de Maddie.

— Sou Rosalya... Ou Rosa, tanto faz. — Se apresenta a platinada e se aproxima de mim com curiosidade — Adorei sua roupa.

— Oh, — Eu não estava esperando por isso — Obrigada!

Iris me apresenta o restante dos seus amigos. Os gêmeos se chamam Alexy e Armin (Alexy é o de olhos violetas e Armin é o de cabelo escuro); o ruivo falsificado é Castiel e ele é primo da Iris. Lysandre é melhor amigo do Castiel e cunhado da Rosalya; Priya é a única deles que não faz parte do grupo dês de a infância mas ela não parece se importar. Fiquei sabendo que o Nathaniel também faz parte do grupo mas que ele prefere não ficar matando as aulas como eles... Imaginei que ele não gostasse muito desse tipo de coisa.

Eu falei o básico do básico sobre mim.

Apenas meu nome, minha idade, de qual país eu vim e que vou começar a estudar com eles daqui à duas semanas. De maneira indireta eles tentaram arrancar mais algumas coisas de mim, mas não conseguiram. Rosalya e Alexy realmente gostaram das minhas roupas e ficaram surpresos ao saberem que eu não sou muito chegada a moda. Sempre tive mania de curtir o momento e isso serve até para as minhas roupas; minha mãe gostava muito de costurar, então ela fez bastante peças para mim. Entre elas, um cardigã que é a peça que eu mais cuido e zelo na vida. Ele ainda tem o cheiro dela já que ela amava usá-lo. Ah! — Eu não contei para eles sobre a minha irmã ou sobre meus pais estarem mortos. Nao vejo necessidade falar sobre isso para pessoas que eu acabei de conhecer e nem sei se terei algum tipo de relação além de sermos colegas de sala. Descrição é a chave de uma boa vida, já dizia meu pai.

— Vocês precisam parar de matar quase todas às aulas.
— Nathaniel adentra o porão alguns minutos depois do sinal ter tocado. Ele fica levemente surpresa ao me ver de pé próxima de Iris e vem em minha direção. — Pensei que tivesse ido embora.

— Se Iris não fosse uma ótima corredora, talvez eu tivesse ido mesmo.

— Nathaniel você precisa deixar de ser tão careta, sabia? — Priya alega e o loiro olha para ela com cara de tédio.

— Se ser careta é assistir todas às aulas devidamente e ter boas notas, eu não ligo a mínima de ser chamado assim. — Rebate.

— E teve lacre sim viu meus amores! — Rosalya cita e faz todo mundo gargalhar. Okay, eles são um grupo engraçado.

— Faraize não perguntou sobre a gente? — Armin pergunta e Nathaniel nega.

— Ele já desistiu de nós tem uns dois anos.. — Foi Castiel quem falou e fez todo mundo rir.

Uma nova conversa se iniciou até o horário da segunda aula começar. Me despedi deles bem rápido e saí da escola mais rápido ainda. Rosalya só me deixou ir depois que eu passei meu número para ela e ela me adicionou no grupo deles no aplicativo de mensagens.

É meio estranho pensar que eu os conheço tem somente uma ou duas horas mas eles já me tratam como se eu fizesse parte do grupo por anos. Deve ser por isso que a Priya não se importa de ser à única que não está ali desde criança... E talvez eu seja à próxima.