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História Bruxos e Príncipes Hiatus - Six Moonchilds


Escrita por: Eros_buddy

Notas do Autor


Antes que vcs leiam o capítulo, quero deixar alguns importantes sobre o mesmo:

> Há uma sutil menção de crossdresser, bem sutil mesmo.
> Um alto teor de palavrão e palavras de baixo calão.
> Quero relembrar que é Power Vottom
> Sexo não é só quando há penetração.

P.S Vou deixar os sobrenomes e o país respectivo dos 10 países asiáticos
Tamura - Japão
Wanwasa - Tailândia
Wang - China
Kaya - Turquia
Tan - Cingapura
Nguyen - Vietnã
Kosasih - Indonésia
Khan - Arábia Saudita
Zubarah - Catar


Boa leitura!

Capítulo 17 - Six Moonchilds


Fanfic / Fanfiction Bruxos e Príncipes Hiatus - Six Moonchilds

Palácio real, Tailândia, 3025

25 de abril

JK POV


O salão de festas era bonito para se admirar. As paredes brancas com traços vermelho e dourado, o teto esbanjando luxo junto aos lustres imensos, os tronos e a música calma que ressoava dos violinos de alguns músicos presentes. Havia três mesas uma do lado da outra, sua superfície repleta de comidas típicas do país e dos reinos visitantes. Pego um prato com Dacquoise, uma sobremesa francesa que eu gostava. Levo uma taça de Bellini, o gosto de pêssego com um sabor leve do presseco agraciando o meu paladar. As majestades se entretiam em conversas, os assuntos se resumindo à negócios. A diplomacia não sumia das suas línguas mesmo em momentos descontraídos. Outros se sentavam nas mesas espalhadas pelo o piso com suas famílias. 

E havia as rodas de príncipes e princesas, que cochichavam entre si e lançavam olhares ensinuadores para o outro grupo e vice-versa. Pareciam muito com crianças pedindo que a amiga ou amigo desse a cartinha de amor para o pretendente. 

Reviro os olhos, esquadrinhando o salão, observando cada um com cautela. Naquele momento não éramos inimigos, mas eu sabia muito bem que não podia confiar naqueles estrangeiros. Era o famoso confiar desconfiando. 

Meus pais debatiam algo com o casal filipino, enquanto os Kim's estavam em um papo bom com o rei Beafourt. Bebo mais um gole do drink, notando pela a visão periférica quando o príncipe Wanwasa se aproximou. Ele não tinha participado da reunião por motivos não ditos, mas deveria ser algum assunto do governo interno. Era um homem legal, um dos que era mais próximo de mim no Templo do Sol. 

- Olha quem eu encontrei aqui - chega falando, o costumeiro sorriso ladino nos lábios. A sua linguagem corporal sempre era de zombaria, e por isso arranjava tantas brigas no templo. O príncipe amava brincar com o perigo - Tanto tempo, Jungkook.

- Nem tanto, Khalan - sorrio - Como você está? 

- Ah, eu? - suspira teatral - Estou lotado até o pescoço de papeladas para assinar. 

- Divido essa dor, parceiro - digo com pesar.

- E tenho que analisar os novos recrutas para o quartel principal - sem nem pedir, pega um pedaço da sobremesa do prato que eu segurava. Não me importo - São tudo uns pirralhos indisciplinados. 

- Qual a idade média deles? 

- 17 anos. 

- São crianças que acabaram de sair das asas da mãe, vai ter trabalho. 

- Eu sei, eu sei. Felizmente, tenho homens competentes para fazer isso. E como foi a sua chegada? - indaga. 

- No começo, tensa. Mas já me acostumei com o ritmo das coisas, e eu tenho o respeito e confiança dos soldados, facilita para mim. O estressante é quando estou na central. 

- Eu odeio ter que ficar atrás de uma mesa por horas seguidas. Minha área mesma é estar em campo. 

- Dando socos nos coitados? - rio curto.

- Por isso gosto de você, Jeon. Você enxerga a minha essência - dá uma batidinha no meu ombro. 

- E você enxerga a minha? 

- Talvez. Você é misterioso, mas gosto disso. Não confio em quem é transparente demais. 

- Somos dois - ergo a taça - Sempre há algo escondido. 

- Sempre - concorda, começando um assunto novo, mas eu já não prestava mais a atenção nas suas palavras.

Minha mente viajou para quando Taehyung me explicou a situação em Odnum, toda a pressão que o conselho estava sofrendo. O peso que ele carregava nas costas por causa de algo que aconteceu à milhares de anos. Parecia até um história fantasiosa. Porém, ceticismo não era algo que tinha no meu dicionário. Para mim tudo era possível até que se prove o contrário.

Qualquer herdeiro naquele salão podia ser o hospedeiro que dividia o corpo com uma alma milenar que vinha corropendo mentes por um motivo tosco. Inveja. Era um sangue-suga incansável, procurando acabar com todo o resquício de empatia que existia no coração humano. Um tipo de teste para jogar na cara, que sim, todos sucumbiam aos desejos mais horrendos desse mundo, mesmo que fosse um príncipe ou princesa amado pelo o seu povo. E eu temia, pois também era uma opção. Às vezes questionava seriamente a minha índole. 

Aquela parte ruim das suas almas nunca sumiria, mas cabia o auto equilíbrio de cada pessoa regular seus sentimentos e anseios. 

Mas olhando para o homem a minha frente, eu sabia que não era ele. O espírito selvagem do Wanwasa teria acabado com esse mago em um minuto.

 Não podia ser ele. 

- ... não concorda? - pisco, franzindo a testa.

- Ahn, é, acho que concordo. 

- Concorda ter um encontro com a minha irmã? - arregala os olhos. 

- O que? Não! 

- É brincadeira! - as suas íris riam de mim - Não precisa ficar desesperado, Jungkook. Percebi que estava falando sozinho - estala a língua no céu da boca, balançando a cabeça em negação - Me diz aí, você ainda tem medo de mulher? 

- Vai se ferrar, Khalan! - exclamo, lutando para não rir alto. 

- Sabia que eu posso te prender por desacato a autoridade? - encarna uma falsa seriedade

- E eu lhe prendo por calúnia - rebato com um sorrisinho arteiro. Era divertido conversar com o Wanwasa. Não chegávamos a ter uma amizade tão íntima, mas nos entendíamos, e isso bastava. 

- Que tal ninguém prender ninguém? Trégua? 

- Sim, uma trégua - aperto a sua mão, mais forte do que o necessário. 

- Eu odeio o fato de você ser mais novo, mas ainda é mais forte do que eu - reclama, um bico infantil na boca. 

- Aprenda a conviver com isso, meu caro. 

- Querido, Jungkook, já que eu não compartilho o seu medo pelo o sexo feminino, tenho que aproveitar isso - sorri, pegando uma taça de espumante da mesa - Não suma por tanto tempo, Jeon. 

- Primeiro, você ainda é um idiota. Segundo, digo o mesmo, Wanwasa - lhe lanço uma piscadela, vendo o outro andar em direção à princesa da Bélgica. 

Rio sozinho, colocando o pratinho na área de louça suja, onde pessoas uniformizadas pegavam e levavam para a cozinha. 

Corro o olhar novamente pelo o salão, percebendo alguns dos presentes me encarar sem discrição. Eu era tão interessante assim? Acho que sim. Sorrio pequeno, passando a língua nos lábios vermelhos. Mas a minha expressão fecha quando meus olhos focam em duas pessoas, Taehyung e Hayato, príncipe Tamura, herdeiro do trono japonês. Trinco os dentes e travo o maxilar, andando em passos pesados até os dois. O bruxo estava visivelmente incomodado com a aproximação do outro, que estava com a mão no ombro coberto pela a capa. Eu sabia que o moreno estava se segurando para não dá um soco naquele babaca e colocar tudo à perder. Isso seria um gatilho para uma guerra. 

- Está tudo bem, hyung? - me meto entre os dois, tirando a mão do Tamura de cima do Kim. Seguro a cintura do mais velho possessivamente, mostrando ao japonês que se incomodasse ele, também estaria me incomodando e isso não era nem um pouco inteligente.

- Está, Alteza - Taehyung parece surpreso pela a minha ação, assim como Hayato, que ironicamente, aumentou ainda mais o sorriso nojento. 

- Oh, você não me disse que tinha um cão de guarda, feiticeiro - debocha. 

- Cuidado com o que diz, Tamura - rosno, aumentando o aperto na cintura que encaixava perfeitamente na minha palma. A dirvesão nítida dele me irrita em níveis extremos. Eu realmente não o suportava. 

 - Cachorro que late muito, nunca morde - diz atrevido. 

- Às vezes um latido já é o suficiente para que alguém borra nas calças - Taehyung retruca confiante, ganhando um olhar fulminante do príncipe. 

- Uma escória como você só tem que abrir a boca quando alguém solicitar - meu sangue ferve, e dou um passo para frente, desejando muito quebrar a cara alheia até que a pele branca se transforme em vermelho carmesim. Era o que eu ansiava com toda a minha alma. E ele nota e estremece. Me sinto sastifeito com o seu medo. 

Porém, o véu sangrento que nublou a minha visão e meus pensamentos se dissipa quando um braço me barra e olhos castanhos suplicam para que eu não faça nada que me arrependeria depois. Se tocasse em um fio do outro, vinte países seriam testemunhas. Engulo a minha raiva com força, recuando. Volto a envolver o bruxo com o meu toque no seu quadril, encarando o outro, odioso. 

- Se você abrir a boca para falar isso mais uma vez, juro que não sobrará dentes na sua boca - falo baixinho, mascarando as palavras com um sorriso fingido. Havia pessoas ao redor.

- Isso é uma ameaça, Jeon? - ergue uma sombrancelha, tentando demonstrar que por dentro não tremia que nem uma vara. A comparação me faz rir com gosto, e faço a questão de jogar a cabeça para trás, voltando a minha atenção para o príncipe, escárnio escapando pelo os cantos da minha boca. 

Quase coloquei a língua para fora só para provar o gosto do veneno. Com certeza era doce como mel.

- Não, Hayato. É uma promessa

- Você vai se arrepender por isso, Jungkook. 

- Nossa, estou tremendo de medo - ironizo, agora com um sorriso largo - E você vai se arrepender por ser um otário. O universo sempre dá o troco, nunca se esqueça disso.

- Pensa que eu caio nesse papo astrológico? 

- Não é astrologia, é fato - o moreno torna a falar - E se você não se afastar daqui agora, não vou poupar o seu bem-estar, Alteza - sorri com malícia - Você prefere que eu queime o seu pé ou congele a sua mão? 

- Estejam avisados, eu nunca perdôo inimigos. 

- Legal - digo. 

Finalmente, o Tamura se afasta, fazendo que Taehyung soltasse um suspiro aliviado.

- Você está bem? - viro o rosto para o Kim, sentindo meu corpo amolecer por causa do sorriso retangular que só ele tinha. Somente ele causava esse efeito em mim. Me derreter com seus detalhes. 

- Estou, e você? 

- Também - abre a boca para dizer algo, mas logo a fecha. Era melhor assim. Não queria falar sobre o que tinha acabado de acontecer. 

Olho ao redor, notando que ninguém mais prestava atenção na gente. 

- Gguk, eu não gostei dele. 

- É previsível - resmungo. 

- Há algo de muito estranho nesse homem - sua voz era séria e preocupada. 

- Como assim? 

- Tem uma áurea pesada ao redor dele que vi em poucas pessoas em toda a minha vida - explica - A magia dentro de mim parecia querer atacá-lo. 

- Vamos ficar de olho nele - balbucio após um minuto de análise. 

- Vamos. 

Andamos até uma das mesas vazias, aceitando a bebida rosa que um garçom nos ofereceu. Os músicos ainda tocavam e as conversas continuavam. O que era para ser um simples buffet, tinha se transformado em uma festa informal. 

Simplicidade não existia no dicionário da realeza. 

Viro de frente para o moreno, apoiando o cotovelo na mesa e a minha bochecha na mão. Acho que a cena parece fofa, pois Taehyung ri sonoramente baixo, me observando com íris apaixonantes, umedecidas pelo o castanho, a pálpebra dupla só deixando a situação ainda mais complicada para a minha pose de indiferença. 

Mas eu nunca conseguiria ser indiferente em relação a ele. 

- O que? - sorrio, vendo um biquinho surgir nos lábios rosados. Como ele podia ser aquele crianção, mas ao mesmo tempo o homem que me fazia perder a sanidade? Era um contraste que me deixava de pernas bambas. 

- Você é tão lindo - murmura. 

- Eu sei - rio. 

- Quebrou o clima, Jungkook - me acompanha na risada. 

- Você também é lindo, hyung - digo, fazendo que as bochechas acobreadas se pigmentasse com um rosa sutil - O homem mais lindo desse mundo - completo. 

- Você é suspeito para falar disso, saeng - estreita os olhos felinos. 

- Eu sei disso. Mas isso não anula o fato de que você é um homem maravilhoso, Tae. 

- Aigoo - resmunga, escondendo a face com as duas mãos, entreabrindo os dedos longos, as orbes me espiando. 

- Eu quero tanto te morder agora, bruxinho - confesso dengoso - Depois fungar no seu pescoço, brincar com o seu cabelo e beijar a sua testa. Eu quero tanto, hyung - balbucio quase inaudível, mas eu sabia que ele estava escutando. 

- Não seja malvado, Gguk - vejo que ele se segurava para não pular em cima de mim Eu me encontrava na mesma situação. Estávamos tão perto, mas tão longe. 

- Você vai me castigar? - sorrio sapeca. 

- Que castigo você quer? - indaga com o mesmo sorriso no rosto. 

- Mil beijinhos - suspiro só de pensar. 

- Onde? 

- Por todo o meu corpo, Tae - manho - Pode fazer isso? 

- Sim - a minha pele esquenta diante do seu olhar - Sim, eu posso. 

Engulo em seco, louco para que anoitecesse e as minhas tarefas diplomáticas encerrassem. 


                         ●>●>●


Eram 9:58. 

Saio do banheiro com um pijama estampado, com figuras de coelhinhos, o cabelo já seco. Sorrio quando vejo Taehyung todo encolhido debaixo do lençol, somente os olhinhos para fora, observando os meus movimentos. Me aproximo lentamente, um sorriso pequeno na face. Pulo em cima dele, ouvindo-o resmungar reclamão, enquanto eu o apertava com vontade, a sua risadinha me deixando sensível. Beijo a sua testa por longos segundos, sentindo-o acalmar. Me afasto, tirando a coberta do seu tronco, a deixando do quadril até os pés. 

Ele vestia uma camisa folgada nos ombros e as mangas que passavam as suas mãos. O cabelo estava desarrumado no travesseiro, a boca umedecida com saliva, os dentinhos brancos aparecendo no sorriso sereno e o rosto livre de qualquer maquiagem. Simplesmente Taehyung. Não havia adjetivo à altura para descrever como eu o via naquele momento. Era uma mistura de beleza irreal com a personificação realista do que seria Afrodite. O seu nome já era um elogio. 

- Taehyung - murmuro entorpecido, fazendo contato direto com os seus olhos mansos. Mas havia um perigo ali que ficava cada vez mais gritante. E eu sabia que não tinha como fugir. Já fui encurralado à muito tempo - Lindo - com os antebraços apoiados ao lado da sua cabeça e os joelhos ao redor da sua cintura, abaixo o rosto, beijando cada pálpebra com todo o carinho que eu tinha por aquele homem. 

Mordo as bochechas macias sem força, escutando ele ri, seus dedos se embaranhando nas minhas madeixas, puxando os fios com delicadeza. Adentro a sua camisa, tocando na pele morna, beliscando o buchinho, o moreno estremecendo diante do meu toque sem malícia. Eu só queria tocá-lo com toda a adoração que ele merecia. 

Levanto a camisa na altura do seu peito, olhando a sua barriga se contrair quando fungo na pele dourada, inspirando o aroma do hidratante doce. Chupo a derme com lentidão, fazendo um barulho engraçado quando mexo os lábios, me derretendo com a sua gargalhada. Distribuo mordidas na barriga alheia, amando ouvir os sons que saiam da boca dele. Eram risadinhas que podia curar qualquer mal humor. 

- Gguk! - dá um gritinho quando lambo o seu mamilo, o endurecendo sob a minha língua. Não me preocupo com barulho, pois sabia que todos os quartos eram a prova de som. 

Ergo o olhar, me fazendo de inocente. 

- O que? 

- Seu garoto mau - diz com manha, e eu não me aguento, atacando os seus lábios com anseio, chupando a sua língua com volúpia, engolindo os seus gemidos e sentindo as unhas arranharem as minhas costas. A ardência só aumentava a vontade de beija-lo como se não houvesse o amanhã. 

Rio quando a minha bunda é apalpada e apertada, sugo o lábio inferior com calma, os rostos se inclinando para lados diferentes, as bocas se encaixando perfeitamente e os narizes resvalando um no outro. O ósculo se estende em um ritmo gostoso, à base de sorrisos e gemidos baixinhos de satisfação. Era tão bom estar com a boca colada na dele. Eu me sentia em casa. 

Mas tudo o que é bom dura pouco, e o que atrapalhou foi batidas na porta, me fazendo franzir a testa em confusão. Que eu me lembre, não havia nada marcado para aquela hora. 

- Vai atender, bebê - o bruxo diz, dando um selinho no meu maxilar. 

- Eu não quero sair daqui, hyung - arrasto as palavras, caindo sobre o mais velho, deitando a cabeça no seu peitoral magro, ouvindo as batidas do seu coração. Eram altas e rápidas. Sorrio bobo ao saber que ele estava assim por minha causa.

- Atende logo, Gguk. 

- Aish - saio de cima do Kim, me arrumando como podia. Esperava não estar com os lábios tão inchados e vermelhos - Hyung, se esconda - na mesma hora, Taehyung se cobre com o lençol - Tae, é para se esconder - sorrio, bufando quando batem novamente. 

Rio soprado ao ver o moreno ir para debaixo da cama. Abro a porta, ficando mais confuso. 

- Senhor Jeon? - um homem com uma roupa preta e branca indaga, um carrinho na frente, com bandejas. 

- Sim? 

- Sua comida chegou. 

- Minha comida? 

- Sim, a que seu amigo pediu na cozinha para entregar nesse horário. 

- Amigo? 

- Sim, o bruxo - murmura essa última palavra. 

- Ah, o bruxo. Então, obrigado - agradeço - Deixe que depois eu levo o carrinho. 

- Não precisa, Alteza. É só apertar o botão que há ao lado da sua cama. Alguém pode vim pegar. 

- Tudo bem - sorrio, esperando o homem se afastar para poder entrar com o carrinho - Hyung? 

- Eu estava com fome - explica, se erguendo do chão, vindo até onde eu estava. Abre as três bandejas, repletas de coisas coloridas - Precisava de açúcar. 

- E coloque açúcar nisso - resmungo, vendo os bolinhos, pães de mel, balinhas, tortas e tortilhas e fatias de bolos. E em uma tinha um pequeno pote com cauda de chocolate e morangos maduros. 

Taehyung coloca os doces na mesa, sentando com as pernas cruzadas em forma de índio, parecendo com uma criança deveras animada. Seus olhos chegavam à brilhar enquanto encaravam aquele carboidrato todo. Suspiro, vendo que tinha sido esquecido e trocado por meros alimentos. Faço bico, observando o outro encher a boca com o bolo de amora e chantilly, bebendo o refrigerante de uva. 

- Não vai comer, bebê? - praquejo ao ver o biquinho que ele fazia ao comer. Aquilo era tão adorável. 

- Não, hyung - sorrio abobado - Pode comer.

- Ok - volta a atenção para os doces, lambuzando os lábios com a torta de limão e canela. 

Uma lâmpada acende acima da minha cabeça enquanto eu o olhava, me fazendo saltitar até o armário, pegando a minha princesa da bolsa. Era uma câmera Nikon D750, que eu tinha nomeado de nina. Sei que podia soar estranho, mas ela era o meu xodózinho. E a minha parceira nas vezes em que tirava fotos do moreno sem ele perceber, enchendo o álbum que escondia à sete chaves. 

Taehyung ainda não tinha percebido o aparelho nas minhas mãos, ocupado demais em encher a bucho. Fecho um dos olhos, clicando no momento exato em que seus cílios abaixam, as bochechas tufadas com a torta e a boquinha entreaberta. Me rendo totalmente aquela imagem, xingando o universo por ter feito uma pessoa tão linda como o meu hyung. Clico novamente quando ele nota o que eu estava fazendo, arregalando os olhos e pronto para falar. Olho a foto no painel minúsculo, contastando que sim, estava perfeita. 

- Jungkook! - reclama - Eu não estou bonito para você ficar me fotografando. 

- Aigoo, bruxinho, você sempre está bonito - me achego, segurando o seu queixo, lambendo os seus lábios, o gosto agridoce invadindo o meu paladar - Você é lindo toda hora - segredo no seu ouvido - Sempre. 

- Obrigado, neném - sorri tímido, agora fazendo poses e caretas para a câmera, soltando o espírito fotogênico que havia dentro de si. Eu revelaria cada close e guardaria como se fosse uma jóia rara. Pois cada momento com ele era importante e eu desejava nunca esquecer. 

Engulo em seco quando Taehyung leva o morango molhado ao chocolate até a boca, mordendo-o como se estivesse em algum comercial. Lambe o resquício que havia no cantos dos lábios e nos dedos, levando a minha imaginação ao céu e ao inferno. Penso qual seria a sensação de ter aquela língua chupando o meu... 

- Jungkook? - balanço a cabeça, a minha boca seca e as mãos suadas. Me desespero quando avisto o sorriso cafajeste e a expressão de quem sabia o que se passava pela a minha mente. Coro, querendo enfiar a minha cara em qualquer lugar. Instantaneamente, a bunda avantajada do Kim intercepta todos os meus pensamentos. Droga. Imagino como seria ter o moreno rebolando no meu rosto. Mil vezes droga.  

- O-oi? - eu deveria estar parecendo com um pateta com hormônios à flor da pele. Mas porra, era impossível não desejar o bruxo, de todos os jeitos possíveis. Do inocente até o mais sujo. 

- Está nervoso? - questiona mesmo sabendo da reposta. Puta desgraçado. 

- N-não - engulo em seco, de novo. 

- Bebê? 

- Hum? 

- Porque você não me espera na cama? 

- Por quê? - a curiosidade me abate. 

- Só faça como falei, Gguk - sua voz era suave, mas firme. Aquilo não era um pedido. Era uma ordem. E eu obedeci. A sua faceta exalava ameaça, uma ameaça que instigava a minha desobediência. 

- Ok. 

Ando em passos vacilantes até o colchão, deixando a câmera na penteadeira. Deito na maciez dos lençóis, não desviando o olhar do teto. De alguma forma eu tinha a certeza de que se encarasse o Kim, surtaria. 

A ansiedade fazia que meu peito subisse e descesse com descontrole, uma queimação deliciosa se alastrando por todos os músculos. Após um tempo praticamente inerte, meu corpo responde com arrepios quando ouço a voz fodidamente sensual do moreno. 

- Olhe para mim, Gguk. 

- Hyung... - choramingo. Céus, eu estava tão submisso, não acreditava que podia chegar naquele nível. 

- Olhe para mim, Jungkook! - uma onda de excitação faz que o meu membro vibre por debaixo do pijama, começando à dar sinal de vida. 

Tomo coragem e me apoio sobre os cotovelos, erguendo um pouco o pescoço, o suficiente para ver o bruxo. E porra, aquela foi a visão mais excitante que já coloquei os olhos em toda a minha vida. 

- Puta merda... - xingo, a saliva se transformando em mil desertos. A cadela que habitava em mim só queria lamber aquele corpo como se fosse um elixir necessário para a sua existência. 

- Que boca suja, amor - fala, desfilando até a mesa, as bochechas da sua bunda saltando da calcinha de renda vermelha. Uma meia 5/8, branca e levemente transparente, abraçavam as pernas longas e bronzeadas com louvor, ressaltando a beleza que aquele par tinha. Infelizmente, o peito ainda era coberto pela a camisa - Você prefere chocolate ou caramelo? - crava as orbes devassas no meu rosto, um repuxar de lábios, ladino e discreto. 

- Chocolate - respondo, não entendendo muito bem, porém eu tinha um palpite. 

Taehyung caminha até colocar o pote de morango e a calda na mesa de cabeceira, o sorriso prepotente nunca abandonando a face. Prendo a respiração quando ele sobe em cima do meu quadril, um pouco abaixo do meu falo semi-ereto. 

- Sabe, bebê, eu amo morango - fala, brincando com a fruta citada, fingindo que iria mordê-la, mas não fazia. Aquilo estava me alucinando. Suas mãos espalmam no meu peito com certa pressão - E amo chocolate. A combinação deles é deliciosa - se inclina até a mesinha, molhando o morango com o caldo doce. Eu não pisco uma vez sequer enquanto ele degustava a fruta cítrica com perversão - Mas, Gguk... 

- O que, Tae

- Acho que a sua boca com chocolate deve ser muito mais gostoso - cantarola, com uma pitada de desespero. 

- Por que você não prova, hyung? 

- Ótima idéia, saeng - entreabro-os, sentindo o dedo do mais velho lambuzar os meus lábios com chocolate. Depois se aproxima, as coxas se prensando ao redor das minhas, o seu membro tocando no meu superficialmente. A língua sapeca lambe a minha boca, se afundando na cavidade, me convidando para um ósculo cínico e com sabor de cacau. Firmo as mãos na bunda impinada do moreno, mas grunho frustrado quando ele as retira de lá. 

- Amor... - repreendo. 

- Eu não deixei você me tocar, Jeon - puxa o meu cabelo, depositando chupões fracos no meu pescoço - Eu deixei? 

- Não - suspiro, descansando as palmas na cama, praguejando internamente. Eu desejava marcar aquela derme como se fosse a minha tela pessoal. 

- Então não o faça - suga a minha pele, arrancando um gemido baixo da minha parte. Merda - Entendeu? 

- Sim - fecho os olhos, aproveitando os beijos que passa para o meu pomo de Adão, engolindo em seco a cada movimentar da boca do bruxo. 

- Você é muito gostoso, neném. 

Acaricia as minha maçãs com o nariz, os dedos massageando o meu couro cabeludo. 

- Me beija, hyung. Por favor. 

- Pede de novo, Gguk. 

- Por favor, hyung. 

Ouço o seu suspiro deleitoso, logo em seguida a minha boca se colando a sua em mais um ósculo intenso, as línguas batalhando pelo o controle, mas eu desisto, seguindo o ritmo do Kim, ouvindo os seus resmungos manhosos, fechando as mãos em punho para controlar a vontade de toca-lo. 

Ofego quando encerramos o beijo, levantando os braços para ajudar o outro a tirar a camisa. Estremeço diante do olhar guloso, pedindo clemência aos céus. 

Meu Deus, aquele homem seria a minha ruína

- Ah, amor, eu adoro o seu corpo - confessa, me encarando com uma admiração fogosa - Tão belo, bebê. 

Taehyung molha novamente o morango no chocolate, agora espalhando o caldo no meu peitoral, limpando toda a trilha que fez com lambidas e sugadas. Naquela altura do campeonato, eu não controlava mais nenhum gemido e choramingo, a minha respiração totalmente desregulada. As unhas do mais velho se fincavam na lateral dos dois ossos salientes do meu quadril, me levando a insanidade. 

- Caralho, Taehyung! - exclamo ao ter a boquinha dele circulando o meu mamilo melado de chocolate. E o filho da puta só faz ri, dando a atenção para o outro - Porra - gemo. Então aperto com força a bunda do moreno, o fazendo grunhir surpreso. Eu não ligo se estava desobedecendo, só queria descontar em alguma coisa. Por isso a prenso de novo entre os meus dedos, dando um tapa estalado na nádega direita, saboreando o gemido dengoso do bruxo. 

 - Você foi rebelde, Gguk - senta na minha barriga - Sabe o que isso significa? 

Não respondo, alisando as coxas acobreadas. Eu já estava ferrado, então aproveitaria a carta branca para adorar a derme macia. 

- Responde! - segura o meu queixo, me obrigando à encara-lo. 

- Preciso ser punido, Tae - sorrio arteiro, ganhando um rosnado do mais velho. 

- Muito bem, amor. Você merece ser punido, e pode me dizer do porquê? 

- Porque eu lhe toquei. 

- Isso - afaga os meus ombros - Acho que você está com roupa demais - diz, levantando para poder tirar a minha calça - Você está tão duro, neném - belisca a minha ereção, e eu trinco os dentes. Levanta o elástico com o indicador, soltando-o, e sinto arder - Quer que eu lhe chupe, Jungkookie? 

- Porra - mordo os lábios - Sim, bruxinho, eu quero. 

- Mas tem uma condição. 

- Qual

- Quero ouvir você gemer que nem uma putinha, Gguk. Você pode fazer isso? - tira a minha cueca, libertando o meu membro do tecido. Respiro aliviado. Eu estava tão excitado que até doía. 

- Posso - gemo alto quando as minhas bolas são apertadas - Só... só me chupa, hyung. 

- Com prazer, bebê. 

Taehyung se ajoelha entre as minhas pernas, tirando a camisa que vestia, ficando só com a calcinha e a meia. Era uma visão do paraíso. Seu corpo estava orvalhado com suor, os mamilos eriçados e o pau duro. As bochechas coradas e o cabelo encaracolado e grudado na testa. Lindo

Ele envolve o falo com a mão, iniciando uma masturbação vagorosa e torturante, as unhas fazendo vergões vermelhos no interior da minha coxa. Arqueio as costas quando pressiona a glande com dois dedos, fazendo movimentos circulares alucinantes, me levando ao extremo da sensibilidade. 

- Ahn, tae... - murmuro com a voz falhando, me remexendo na cama. Mordo os lábios até sentir o gosto do sangue, gemendo cada vez mais alto ao que o Kim aumentava o vai e vem. Fecho os olhos quando já não conseguia deixa-los abertos, recebendo ondas eletrizantes quando sinto um líquido gelado ser espalhado por toda a minha extensão - Puta que pariu. 

- Como será o gosto do seu pau com chocolate, amor? - o bruxo questiona com uma inocência fingida, assoprando na cabecinha que pingava pré-gozo. Eu me encontrava na beira do precipício. A boca alheia chupa a glande lentamente, a fazendo encostar no interior quente da sua bochecha. 

- Hyung! - dou um gritinho, enlouquecendo com aquela lentidão toda. 

- Humm, é maravilhoso - lambe as duas veias saltadas, sugando os testículos, babando-os com gula. E eu só sabia gemer e choramingar como a puta que ele queria que eu fosse. Ah, e eu era. 

Sem aviso, enfia o meu pau na sua boca até a metade, apertando-o com as bochechas. Grito, levando as mãos até as madeixas escuras, uma forma de descontar o prazer dolorido. 

- Que b-boquinha gostosa, amor. 

A sua cabeça começa a subir e descer, e o que não conseguia chupar, masturbava com a mão. A felação era repleta de ruídos de sucção e grunhidos de nós dois. Os seus gemidos faziam que a minha glande se inchasse cada vez mais. 

- T-tae - gemo choroso - A-amor... aahn... isso, hyung... oh... 

Jogo a cabeça para trás quando o boquete ganha intensidade, a cavidade quentinha quase envolvendo todo o falo. 

- B-bruxinho - chamo com dificuldade, mordendo a palma enquanto a língua me destruía gostosamente. 

- Fala, neném - Taehyung enxuga a saliva que escorria para o seu pescoço, parando de me chupar. Sem nem perceber, faço um bico. 

- Deixa eu foder a sua boca - suplico. 

- Você acha que merece? 

- Por favor! 

- Só porque eu sou bonzinho - ri baixinho, colocando as mãos no colchão, começando a me chupar novamente. Gemo esganiçado, segurando firme o seu cabelo, elevando o quadril toda vez que ele abaixava a cabeça, a glande encostando no fundo da sua garganta, ocasionando seus engasgos. Observo aquilo com ardor, lacrimejando com o quão boa e quente era aquela boca. 

Meus gemidos aumentam, mostrando que eu estava prestes a gozar, mas abruptamente, o Kim se solta do meu toque, interrompendo o orgasmo. 

- Tae! - choramingo desesperado para ter algum alívio. 

- Você só vai gozar quando eu quiser, Gguk - me lança uma piscadela, se livrando da calcinha que cobria a sua intimidade, o membro grosso e duro saltando para fora. Em seguida, as meias 5/8 também deixam as pernas banhadas pelo o sol - E agora, eu vou rebolar no seu pau, mas você não vai poder me comer, amor - senta, a bunda farta sobre o meu falo, o sufocando maravilhosamente - Porque você me desobedeceu, Jungkook, e não posso lhe deixar sem castigo. 

- Merda - aperto os olhos quando o moreno começa a ondular o quadril com destreza, sempre lento e sem pressa. Seguro a cintura fina, possessivo - Sua bunda é formidável, hyung. 

- É? - agora se move para frente e para trás, gemendo junto a mim. Ele pende a cabeça, os dedos fincados no meu peito. 

- Sim, bruxinho - suspiro, o guiando nos movimentos, simulando estocadas, aumentando o prazer de ambos. 

Ele rebola com precisão, resmungando coisas inaudíveis quando deposito dois tapas nas nádegas cheinhas, as espremendo sem piedade, o instigando a quicar no meu pau como se estivesse cavalgando. Murmuro o seu nome toda vez que pulso debaixo de si, apertando a glande alheia. Taehyung grita quando espalmo a mão na sua coxa e ao mesmo tempo esmago o seu membro, e em reposta ele rebola mais e mais em um ondular de cintura sagaz e confiante. Em 5 e 5 segundos umedecia a boca e sorria, pois sabia que aquilo acabava comigo. 

Pouco a pouco, os movimentos vão diminuindo, frustrando novamente o meu orgasmo. Essa era a punição que eu estava recebendo. Quando estava quase gozando, o bruxo cessava os estímulos. 

- Bebê, você pode pedir o que quiser - sussurra no pé do meu ouvido, sugando o lóbulo. Estremeço - Está sendo um bom menino. 

- O que eu quiser? - arregalo os olhos. 

- Sim - beija a minha testa, terno. 

Devoro todo o seu corpo com as olhos, uma parte dele me chamando uma atenção especial. 

- Eu quero foder as suas coxas, amor - digo, sorrindo arteiro quando Taehyung engole em seco e o desejo inflama nas íris castanhas - Fique de quatro pra mim, hyung - peço, porque sabia que quem mandava na cama era ele, e jamais reclamaria disso. 

O Kim assente, deitando o peito na cama, empinando a bunda como um devasso que era. Rio, dando um belo de um tapa naquele rabo do caralho, escutando o seu gemido manhoso. 

- Feche as pernas para mim, tae - instruo, vendo ele fazer como disse - Deixe um pequeno espaço para eu enfiar o pau, bebê - sorrio, me aproximando dele, segurando o seu quadril com afinco, estocando nas coxas magras. Gemo em deleite. Era delicioso o aperto em volta do meu membro. 

Impulsiono à pélvis para frente de novo, jogando a cabeça para trás, gemendo sem pudor. 

- Porra - xingo quando o bruxo junta mais as pernas - Porra, porra... hyung... 

- Amor! - seu grito é alto ao que começo uma masturbação atrapalhada no seu falo, enquanto estocava mais bruto, com mais violência. Foder aquelas coxas era alucinante. 

Me inclino sobre si, beijando o seu ombro, pressionando os seus testículos e depois a cabecinha gotejante. Bato em ambas nádegas, não parando de mover o quadril, fodendo as pernas bronzeadas. Os soluços do mais velho me entorpecia, junto aos estalos da sua pele de encontro à minha mão. Sei que ele estava quase para vim quando seus braços não aguentam mais sustentar o próprio corpo, tremendo com o vai e vem da minha palma.

Prenso a sua glande, ouvindo o seu gemido longo e alto, sentindo os dedos se melecarem com o gozo abundante do mais velho. Taehyung fecha as pernas em instinto, sufocando a minha ereção que só precisava daquilo para finalmente se derramar em jatos fortes. Gemo deliciado, caindo sobre o Kim, os sentidos em torpor assim como ele. 

Ficamos naquela posição até que as nossas mentes voltam à funcionar com normalidade. Deito ao seu lado, a respiração ainda desregulada e o corpo com uma sensação térmica alta. Gargalho desacreditado, espiando o moreno, que parecia sonolento e cansado. 

- Hyung? - ronrono no seu pescoço. 

- O que? 

- Está cansado? 

- Sim - ri soprado quando dou uma mordida na sua mandíbula. 

- Quer que eu lhe limpe? 

- Huhum - resmunga. 

Beijo o seu nariz antes de ir até o banheiro, sentindo um pouco de dor na área da pélvis. Pego lenços e volto para o bruxinho que permanecia esparramado na cama. Sorrio com carinho, limpando todo o resquício de gozo que havia no seu peitoral, barriga e coxas. Faço o mesmo em mim, bebendo um copo de água antes de desligar todas as lâmpadas e tirar o lençol sujo, com um homem adorável pendurado em mim. Nem parecia o mesmo de antes. 

Então deitamos, eu sendo a concha menor, novamente. Era reconfortante ser abraçado pelo o mais velho, seu nariz fungando nas minhas costas nua. Era uma sensação doméstica. 

Sentindo o seu fôlego aquecer a minha nuca, eu compreendo. 

- Hyung, acho que eu estou me apaixonando por você. 

Ele não diz nada. Já havia adormecido. 

Taehyung era a minha ruína. 

E a minha salvação. 


                          ●>●>●


26 de Abril


Resmungo quando sinto beijos castos nas minhas omoplatas, e braços me envolvendo em um abraço de urso. Solto um risadinha enquanto era despertado pela as carícias.

- Bom dia, meu amor - meu coração vibra pela a última palavra. Lembranças da noite passada também invadem a minha mente. 

- Bom dia, taetae - viro, dizendo com sonolência. Escondo o rosto no peito alheio, bocejando. Me aconchego e enlaço a cintura do bruxo, aproveitando o afago no meu cabelo. Eu amava aquele lado carinhoso do moreno. Assim podia me transformar no seu bebê dengoso. 

- Temos que levantar e tomar banho - cheira os meus fios escuros. Nós ainda estávamos pelados, mas isso não era um problema. 

- Esqueci que hoje tem a reunião - bufo, afastando a face, coçando os olhos - Que horas são? 

- Sete e meia. 

- Só? - reclamo, tendo o meu biquinho mordido pelo o Kim. 

- Ainda temos que ir fazer o desjejum - ri do meu descontentamento, não me largando. 

- Aigoo... 

- Mais que neném resmungão - faz cócegas em mim, rindo comigo. 

- Sou mesmo. 

Sento na cama, encostando as costas na cabeceira, me espreguiçando com vontade. Taehyung engatinha até está no meu colo, a bochecha apoiada no meu ombro. 

- Jungkook, você acha que eles vão aceitar a sua proposta? 

- Eu não sei. Mas acho que as chances são mínimas. Hayato é um príncipe de um dos países mais poderosos do mundo, a família e os aliados não permitiria isso.

- Ou talvez sim - faz uma pausa - Se isso acontecer, eu vou me entregar. Não permitirei que nenhum amigo meu seja tirado à força da própria casa. 

- Você não pode, hyung - aliso as suas costas. 

- Por quê!?

- Tem os seus treinamentos e a sua marca, e o tal do hospedeiro. 

- Merda. 

- Não se preocupe. Se aceitarem os termos, vou fazer o possível para que o refém fique em algum reino que cuidará bem dele ou dela. 

- Promete? 

 - Prometo - levo dois dedos até o coração. 

- Saeng, você acha que alguns desses príncipes é o hospedeiro? 

- Não posso ter certeza - a imagem do Tamura vem à minha cabeça. 

- Eu não conheço nenhum, então não posso saber qual a personalidade de cada um. 

- Humm, Khalan é um homem encrequeiro, mas é um ótimo amigo - balbucio - A sua irmã é bem tímida e inteligente. O irmãos Wang são os mais extrovertidos. A princesa Tan, vamos dizer, é bem brava. Os gêmeos Kahn são na dele, não gostam de falar muito. O príncipe Kaya é bem arrogante e com um ego no céu. As princesas Nguyen são simpáticas, mas nunca pise no calo de alguma. Os Kosasih são os festeiros e hippies; a solução deles sempre vai ser alguma meditação. E o Zubarah é o estratégico, um gênio. E tem o Tamura, e que eu nem preciso descrever. Esses são os que estão aqui. 

- Acho que só com isso não dá para descobrir alguma coisa relevante. 

- Então vamos deixar o fluxo seguir. Na hora certa, tudo vai se resolver. 

- Virou sábio de repente? - brinca. 

- Sempre fui, amor - rio, porém a risada morre quando noto que o Kim tinha parado de se mexer - Hyung? 

- Oi? - seu tom saiu alto. Eu controlo o riso que queria escapar. 

- Posso lhe chamar assim? 

- D-de que? 

- Amor, bruxinho - beijo a sua bochecha corada. 

- P-pode. 

- Você pode me chamar de amor também. 

- O-ok. 

- Virou gago, tae? 

- N-não - gagueja de novo, e eu rio alto. 

- Amor! - gargalho, levantando da cama, um coalinha com as pernas ao redor da minha cintura e o rosto no vão do meu pescoço.

- Aigoo - reclama, batendo na minha bunda branquela. Em resposta, aperto a sua - Seu tarado! 

- Você que começou! - defendo-me. 

- Para onde você está me levando? 

- Banheiro - adentramos no lavabo - O café vai ser daqui à alguns minutos. 

- E a gente vai tomar banho juntos? 

- Hyung, você já colocou o meu pau na sua boca, então qual o problema de nos banhar? 

- Dá para você não ser tão boca suja? - o coloco sentado em cima da pia de mármore, enquanto o estendia uma escova de dentes ainda no pacote. 

- Olha quem fala - ironizo. Aproximo a minha boca do seu ouvido - Ainda quero comer o seu cuzinho, taetae. 

- Seu... seu pervertido! - grita, me estapeando. 

- Aí! - fujo das suas mãos. 

Fazemos a higiene bucal enquanto farpávamos um ao outro. Depois tive que puxar um Kim preguiçoso para debaixo do chuveiro, lavando o seu cabelo com o meu shampoo e beliscando as gordurinhas gostosas na barriga do mais velho. 


                          ●>●>●


- Novamente, bom dia para todos - o rei tailandês diz, em pé - Hoje será a segunda e última reunião. Votaremos à cerca do que foi proposto no dia anterior. Então, inicio essa audiência e passo a palavra para a Majestade Chung-Ho. 

Meu pai acena educadamente para o Wanwasa, se erguendo. A coroa era destacada nos seus cabelos escuros assim como o meu. A capa vermelha cobrindo graciosamente as suas costas. 

- Como rei de um país atualizado e com uma cultura cada vez mais diversificada, compreendo os perigos que há entre as misturas de ideais. Porém, também tem vários pontos bons nessa misseginação. Aprendemos a respeitar as diferenças do outro, a entender os costumes de cada um. Contudo, nem todos aceitam isso de bom grado. Ainda existe o preconceito e o receio de confiar no que não conhecemos. A comunidade bruxa sempre conviveu nessa terra junto à nossa humanidade. E os nossos antepassados perceberam que podemos conviver em paz se respeitássemos os termos e limites entre os dois povos. Por isso, se a única maneira de fazer isso for retrocedemos ao ridículo, o voto dos Jeon's é sim. 

Senta, o rosto impassível. Os demais estavam calados, absorvendo a fala do meu pai. 

- Eu preferia que houvesse um outro caminho para rumarmos. Mas estudando todos os ângulos, manter um bruxo sob o nosso poder, devolveria a confiança dos humanos. Assim como um humano estará sob o poder de Odnum. É uma troca justa. O meu voto é sim - a rainha da Indonésia fala. 

- O Japão é uma das potências mais poderosas. Com o príncipe deles feito refém por feiticeiros, a mídia fará manchetes de todo o tipo, colocando os reinos como fracotes. O voto dos Zubarah é não. 

- Se Hayato Tamura for refém, e um herdeiro de uma das famílias do concelho bruxo também, haverá o equilíbrio na aliança. O voto dos Beaufort é sim. 

- O tempo de que serão reféns haverá um limite. Usaremos essa tática até quando a poeira abaixar completamente, e a paz se instalar sem indício de um perigo futuro. Se verem que um bruxo aceitou ficar debaixo do governo de um reino humano e não atacar, nossos súditos entenderão que não existe ameaça. Meu voto é sim. 

- A maior prova de que não podemos confiar em Odnum é o próprio Templo do Sol, que foi criado para que nossos herdeiros aprendem a lutar contra os Vkhuner, que são bruxos e perigosos. Nosso voto é não. 

Como assim? Franzo a testa. O que o Templo do Sol tinha haver com Odnum

- O Templo do Sol não é um argumento válido, pois primeiro de tudo o primeiro Vkhuner foi um humano. Isso mostra que tanto um humano quanto um bruxo podem ser uma ameaça. O equilíbrio é necessário. O voto dos Wang é sim. 

Assim a votação se estendeu, alguns dizendo não, outros sim. Surpreendendo todos, o rei Tamura concordou com a maioria. Falou que deveria ser imparcial, não negar só porque era o seu filho a troca de moeda, o que ocasionou em uma discussão com a esposa. Hayato permaneceu em silêncio durante toda a reunião, não abrindo uma vez sequer a boca. Eu conseguia perfeitamente enxergar o seu medo. Ele não queria provar do seu próprio veneno. Mas eu desejava isso. 

O contraditório era a minha preocupação com Taehyung. Sabia que ele não podia ser o escolhido, mas o bruxo não gostaria nada daquilo. O moreno sempre dava uma de salvador da pátria quando queria proteger quem ele amava.

- De acordo com cada voto dos vinte países representados nessa sala - o Wanwasa balbucia - O que foi decidido é que o Príncipe Hayato Tamura irá para Odnum e um bruxo de uma das 5 famílias primordiais virá para a China. Ficarão por cinco meses, obedecendo as regras do regime. A audiência está terminada! 

Agora iríamos voltar para casa, com mais perguntas do que respostas. 







Notas Finais


Eu estou com vergonha com esse hot aaaa tive um puta bloqueio para escrever essas cenas quentes. Então me desculpem se não está tão bom :(

Se vcs perceberem, as atts estão vindo em um intervalo de oito dias, então vai permanecer assim, ok? Mas quando tiver o capítulo pronto mais cedo, então posto cedo. Porém terá vezes em que estarei bastante ocupada e terei que atrasar um pouco a att, mas nunca passarei de três semanas.

Eu já falei isso muitas vezes, mas direi de novo: as respostas estão nos detalhes, então se atentem à eles. Já dei bastante dicas bem importantes para a estória, então...

Até a próxima! :)

👀


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