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História Bubblegum, b;tch! - Capítulo Vinte e Nove


Escrita por: alicenopaisdaorvedose

Notas do Autor


Depois desse capítulo vocês vão me achar belíssima... uma belíssima duma filha da puta.
Amo vcs, rsrs ❤️

No mais, playlist atualizada nas notas finais.

Capítulo 29 - Capítulo Vinte e Nove


Fanfic / Fanfiction Bubblegum, b;tch! - Capítulo Vinte e Nove

– Bem, então estou saindo para buscar a Fionna e o irmão. – Marshall coloca a carteira no bolso enquanto procura pelas chaves do carro na gaveta da cozinha – Laura e aquela outra não confirmaram se vem, mas Guy e a Íris devem chegar até umas onze horas. Volto em no mínimo uma meia hora.

São oito horas de uma sexta-feira. Teoricamente, meu aniversário foi ontem. Mas parecia muito mais inteligente fazer a festa hoje, já que a maioria do pessoal ainda teria aulas pela manhã. Continuo organizando alguns pequenos detalhes que Lee deixou passar. Eu sei que a maioria das pessoas, iria preferir uma festa surpresa, mas eu sinceramente odeio quando as coisas saem do meu controle. Me sento no chão, enquanto organizo sem muita atenção todos os cupcakes por cor, sem repetir a mesma cor na fileira.

Brinco com as coberturas, espalhando lentamente os confeitos coloridos em cima deles por sabe-se lá quanto tempo até que escuto um barulho vindo da garagem. Puxo do bolso o meu celular, e fazem apenas dez minutos que Marshall saiu. Sinto meu estômago embrulhar, quando escuto as vozes do outro lado da porta. Seguro a respiração quando viro para encarar a porta.

Os olhos verde de Marceline pousam tranquilamente sobre mim, mas há um certo espanto. Não consigo decifrar as emoções que passam muito rápido pelo seu rosto. No que parece menos de um segundo, um sorriso caloroso se abre em seus lábios.

– Bonnie! Que bom que você está aqui! Eu comprei seu presente e acabei não tendo tempo de te entregar ontem. – sua voz é calma, quase calculada. Não parece com ela. Toda essa cena, todo esse role play, rouba a minha atenção e quase passa despercebido o cara que está atrás dela. Quase. Meu estômago embrulha outra vez e eu sinto que posso vomitar quando me dou conta de quem está ali. Bongo. Marceline percebe toda a minha confusão e se vira para ele – Tudo bem, Bel?

– Claro. Eu... – as palavras estão confusas, e a sensação da perda de controle da situação entorpece meus sentidos. Respiro fundo, recobrando minha indiferença – Não sabia que voltaria pra casa hoje.

– Foi de última hora, só passei para buscar algumas coisas e... – pela primeira vez desde que entrou, seus olhos parecem reparar na decoração – Dando uma festa?

– Lee insistiu pra que fizéssemos minha festa de aniversário aqui. – mordo os lábios. Como uma previsão da desgraça que está por vir – Não te convidei porque anda ocupada ultimamente.

– E isso é motivo? – a voz exageradamente alta de Bongo ecoa pela casa. Não consigo fixar meu olhar nele, entrei em pânico com o pensamento de que se seus olhos pretos pudessem ler a minha mente. Que revive as cenas de sexo com o ex namorado dele. Ainda sim, há descontração em seu jeito – Marceline sempre arruma um tempo para uma boa bebedeira. E tesourada.

Engulo seco, mantendo o sorriso amarelo.

– Bem, vocês querem ficar? Lee deve estar chegando com a namorada e algumas bebidas. – tudo que eu posso pensar é que eles neguem. Não consigo imaginar o quão constrangedor isso vai ser.

– Me parece bom, hein, Marcy? – sua voz é exagerada, beira o forçado.

Marceline parece ponderar por alguns instantes.

– Eu nunca poderia dizer não para uma boa bebida e cupcakes. – ela sorri pra mim. Tudo nela parece tão vago e distante. Mas tão rápido quanto seu sorriso surge, ele se esvai quando seu celular começa a tocar – Oi, babe. – sua voz é baixa, como um sussurro, e apressada, ela deixa a sala em direção para cozinha.

Sorrio para Bongo, e corro para fora, desesperada por ar. Minhas mãos tremem quando eu levo o cigarro a boca. Trago profundamente, quase metade de uma vez. Encosto minha cabeça contra a parede, sem conseguir controlar o nervosismo que percorre o meu corpo. Fecho os olhos, como se isso fosse adiantar alguma coisa.

– O que houve? Tá fazendo o que aqui fora? – a voz de Lee soa como a luz no fim do túnel depois de uma eternidade. Meu cigarro já está queimando até o filtro.

– Entra e descobre. – Marshall está de mãos dadas com Fionna, Finn e a tal Phoebe estão logo atrás. Uma expressão de dúvida passa por seus olhos mas ele não questiona nada, os quatro entram calmamente. Não leva um mais de trinta segundos para que ele volte com a mesma expressão que a minha.

Puta que pariu, puta que pariu, puta que pariu. – ele leva a mão a boca. Tão surpreso quanto eu – O Guy já sabe?! O que eles estão fazendo aqui?! Marceline deveria chegar apenas amanhã!

– Se eu ao menos soubesse! – ao mesmo tempo que parece que estamos gritando, apenas eu e ele conseguimos ouvir esse diálogo – Marceline chegou e eu não podia simplesmente expulsá-los! Ela mora aqui!

– Merda. Inferno! – Marshall para pra pensar por alguns instantes – Entra. É sua festa, ela vai desconfiar se você ficar aqui fora. Eu vou avisar o Guy.

– Foi tudo pelos ares, não é? – eu pergunto, caminhando para dentro, enquanto Lee se afasta com muita, muita rapidez para garagem com o celular na mão. Não espero pela resposta, não preciso. Sei que foi.

***

Não existe um elefante branco na sala, temuma fodendo manada inteira. Guy, Finn e Susan conversam de pé perto da janela, Fionna e Phoebe parecem completamente entretidas com assuntos de adolescentes no sofá. Marshall tenta, em vão, manter Marceline e Bongo em outra extremidade da sala. Bongo não tira os olhos de Guy, sinto os olhos de Marceline queimarem nas minhas costas toda vez que eu me aproximo dele. E assim, passo a maior parte da minha noite, pairando de roda em roda, e sendo indiferentemente carinhosa com todos. Mesmo que a música seja animada e melódica, ninguém parece de fato dar atenção para isso, e sim para frequente troca de tiros mentais que acontecem.

Estou distraída, encarando meu copo, enquanto Lee e Bongo conversam animadamente, e eu tento ignorar. Mordo meu cupcake algumas vezes com desinteresse, ainda que seja meu sabor favorito. Morango com chocolate branco. 

– Você está bem? – os dedos de Marceline se chocam contra a minha pele quando ela afasta meus cabelos do rosto.

– Tô. Tô sim. – é uma verdade. Apesar de confusa, fico feliz por todos estarem juntos em uma casa trocas de farpas. Seus dedos de envolvem em torno do meu braço, e lentamente ela me afasta do ponto em que estávamos. Aperto com força o cupcake pela metade que carrego, sujando meus dedos com a cobertura.

– Eu tenho sido relapsa com a nossa amizade, me desculpa. – ela diz, baixo, quase na melodia do pop chiclete que toca ao fundo, sua proximidade é perturbadora, e sua mão ainda está envolto em meu antebraço – Sei que tínhamos um acordo e...

– Tá tudo bem, Marceline. – a corto, não quero ter essa discussão na minha festa, brutalmente, me afasto – Você não tem obrigação nenhuma comigo. E de verdade, não é hora de conversar sobre isso.

– Por favor, me escuta. – ela tenta mais uma vez, se aproximar. E de repente, tudo acontece num flash.

– Ela disse que não quer, Marceline. – é Guy, sua voz é alta como nunca é. É estanho, a que momento ele se aproximou? – Não estraga a festa da guria, ela...

– De estragar coisas, você entende bem, não é? – Bongo interrompe, também se aproximando. Abruptamente, a atenção de todos está na cena que nós quatro protagonizamos. A sala parece consideravelmente menor.

– Não se intromete na conversa, Bongo. – ele responde, virando-se para o ex. Minha respiração está mais pesada que o normal em situações de estresse. É um presságio, eu sei – Você não tem esse direito.

– Você também não tem essa porra de direito, Guy. Quem é você pra se meter nas nossas coisas. – é Marceline. Reconheço a cor escura de seus olhos. Já vi antes, em todas as vezes que ela arrumou briga. A última palavra sai como um sibilo. 

– Como se você tivesse alguma moral, Abadeer. Já contou pra ela? Eu aposto que não. – ele rebate, tão ríspido quanto ela. É tão agressivo, que eu só noto as insinuações depois de alguns segundos.

Como se fosse um princípio de incêndio, Susan retira os adolescentes da sala. Consigo escutar Phoebe pedindo pra acompanhar o barraco, e lavando um tapa amigável de Fionna.

– Vamos parar com esse circo? – a voz da razão, Lee, ecooa – Se vocês não queriam estragar a festa, já podem parar, porque fizeram.

– Conta pra ela, ou eu vou contar. – Guy se aproxima ainda mais de Marceline, quase como uma foto de UFC – Tenha coragem e o mínimo de dignidade. Ela não merece isso.

– Para de ser hipócrita, Polyshifter! – Bongo grita. Como se já não falasse alto o suficiente, tenho certeza que todos na casa estão ouvindo a confusão – Como se você não tivesse feito a mesma coisa!

– Me contar o que? – é a primeira vez que eu falo, desde que a confusão começou. Sei que a minha voz sai aguda e desesperada.

– Conta! – ele grita, e empurra ela pra longe de mim. Marshall me arrasta para trás em um reflexo inumano, no exato momento em que Bongo  acerta um soco em Guy.

– Parem com isso! – eu grito, mas nenhum deles me dá atenção. Lee entra no meio, arrastando Bongo para  o hall de entrada, enquanto Guy se recobra do murro que levou no rosto. Marceline permanece calada.

– Ela tá com outra, Bonnie. Essa filha da puta tá escondendo isso de você! – ele grita, apontando os dedos para ela – Enquanto você tá aí, sofrendo e se perguntando se a culpa é sua, ela tá bancando uma patricinha qualquer.

Não consigo responder. Estou em choque. As lágrimas correm desesperadas pelo meu rosto, mas estou paralisada demais para tentar limpar.

– É tão irônico quando você fala, como se você não tivesse comendo ela também! – Marceline finalmente responde.

– Pra mim chega. – sussurro – Não vou ficar aqui nem mais um segundo, vocês que se matem. – pego meu celular, e ignorando todo e qualquer apelo de Guy e Marshall, bato a porta e saio.

– Ei, ei! – é Íris, chegando de mãos dadas com Jake. Provavelmente ouviram a última parte do barraco – Onde você vai?! O que aconteceu?!

Ignoro, e assim que coloco meus pés na calçada, disparo a correr sem rumo. 


Notas Finais


Essa fanfic agora conta com uma playlist exclusiva no Spotify. A cada capítulo uma música será incluída, com base nos gostos e personalidade das personagens principais (Bonnie e Marceline).
Para quem não tem acesso ao Spotify, junto com o link incluso nas notas finais, estará o nome do artista e música.

*antes que vocês se assustem, o gênero musical favorito da Marceline se chama DEATH METAL, é um subderivado muito mais pesado do Heavy Metal. A banda favorita dela é o Cannibal Corpse.


Bubblegum, Bitch! — Marina.
Evisceration Plague — Cannibal Corpse*
God Is A Woman — Ariana Grande.
Code of Slashers — Cannibal Corpse*
Good For You — Selena Gomes.
Gallery Of Suicide — Canibal Corpse *
Shape Of You — Ed Sheraan.
Your War — Living Sacrifice*
WILD — Troye Sivan.
Dark Alliance — Molotov Solution*
Thank U, Next — Ariana Grande.
No God's Left – Graves of Valor*
To Decompose – Cannibal Corpse*
Take On Me – A-ha.
Six Sember Tyrannis — Graves of Valor*
Born To Be Wild — Steppenwolf.
Expectations — Lauren Jauregui.
I Cum Blood – Cannibal Corpse*
Follow Rivers – Lykke Li
The Blood Of Tyrants – Molotov Solution
Promises – Sam Smith
Red Before Black – Cannibal Corpse
Casual Affair – Panic! At The Disco
Carrion Sculpted Entity – Cannibal Corpse
Baby You Make Me Crazy – Sam Smith
I will kill you — Cannibal Corpse
Bad Guy - Billie Elish
Every Bone Broken - Cannibal Corpse
all the good girls go to hell – Billie Elish

Playlist pelo Spotify: https://open.spotify.com/user/aqkxm8mr1o196zy2t3f6radf5/playlist/1SKjYHbYyDRdPoAyuqGkW1?si=NRVALerjTcK_W99t5Rbvvg


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