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História Bubbline: os cinco cavaleiros - O dia seguinte


Escrita por: olimont

Notas do Autor


Pessoal, desculpa mesmo a demora. Eu estava com muitas dificuldades de continuar a história por falta de criatividade, e com medo de me perder nos acontecimentos e acabar transformando a fic numa história sem sentido e monótona. Mas enfim, passado essa crise, aqui está mais um capítulo e espero que gostem (:

Capítulo 11 - O dia seguinte



~ BONNIE POV ~

Eu estava tendo aquele sonho esquisito mais uma vez. Eu corria no escuro e fugia de algo que me perseguia, mas dessa vez era pior. A presença na escuridão era mais forte... Como se fosse mais real.

 Acordei de supetão e dei de cara com Marceline na minha frente, me olhando assustada.

- Wow! Relaxa, Bonnie, sou eu. Você estava se remexendo toda, murmurando... 

- Foi um pesadelo - eu expirei.

 - Ta tudo bem. Foi só um sonho ruim - ela disse. 

- Eu já tive esse sonho antes. - eu falei - Na verdade, ultimamente sempre que eu consigo sonhar é esse sonho.

Marceline me encarou, preocupada. 

- Ultimamente quando? - ela quis saber.

Eu também a encarei, receosa.

- Desde que você apareceu.

Marceline desviou o olhar e respirou fundo.

- É um dos sonhos de âncora. Isso prova que você é minha oposta - ela disse.

- Eu não me lembro da Phoebe ter tido esses sonhos. - eu tentei pensar - Ela nunca me disse nada, pelo menos.

- Phoebe não tinha razão pra ter esses sonhos. Ela nunca interagiu com o Marshall. - Marceline me olhou - Mas nós já.

Senti uma espécie de desconforto atrás da nuca. Passei a mão discretamente.

- Então eu vou continuar tendo esses sonhos?

- Eu não sei, Bonnie - ela respirou cansada - Mas eles não duram pra sempre. Se eu pelo menos ainda tivesse meu baixo, poderia causar uma distração.

Ela se levantou da minha cama e foi pra dela. Senti uma leve pontada de peso na consciência ao me lembrar que Finn quebrou o baixo da Marceline na cabeça dela.

- Desculpa, Marceline. Eu não queria que ele fizesse aquilo, nem que toda essa situação chegasse àquilo.

- Tudo bem, Bonnie - ela disse sem me olhar.

- Não. Eu realmente sinto muito.

Marceline me olhou meio confusa, meio séria.

- Porque eu acho que você não está mais falando do baixo?

- Porque não  estou. To falando sobre essa história toda - eu disse - Sobre a sua ex...

- Ela não morreu, Bonnie-

- Não me refiro ao que aconteceu com ela, mas ao que ela fez com você.

Marceline abriu a boca, mas nada falou. Vi ela morder a mandíbula com força. Ela não parecia estar com raiva, mas a menção daquela garota fez com que a Marceline tivesse tido algumas lembranças.

- Você não é um monstro, Marceline - Eu falei sincera.

- Como pode ter certeza? - ela perguntou.

- Se você fosse um monstro, ja teria me levado pro reitor. Mas não. Você está me protegendo. Monstros não fazem isso.

Marceline arriscou um sorriso.

- Obrigada, princesa. - Ela disse - Agora vai dormir.

- De jeito nenhum - eu disse.

- O que? Agora voce não vai mais dormir? - Marceline quis saber.

- Não é você que está tendo os sonhos da âncora - eu reclamei, mas na mesma hora me arrependi de ter feito isso.

- Acredite, Bonnie, eu tenho piores - ela falou - Agora, se eu ainda tivesse meu baixo...

- Ah, não começa.

- Eu paro quando você me comprar um novo. - Marceline zombou.

- O que? Você só pode ta de brincadeira!

- Viu? Agora está distraída. Tenha uma boa noite.

-- QUEBRA DE TEMPO --

Eu estava cansada devido a noite mal dormida, e com muito esforço consegui levantar. Marceline já estava de pé mexendo no frigobar.

- Bom dia - ela disse.

- Dia bom - eu respondi - O que você tá fazendo acordada a essa hora?

Marceline se virou pra mim com uma caneca na mão.

- Tenho muitas coisas pra fazer hoje, então é melhor começar o quanto antes - ela me entregou a caneca - Toma.

Olhei da caneca a Marceline, confusa.

- É só chocolate, Bonnie - ela revirou os olhos - Não está envenenado.

- Se estivesse, você não diria - eu brinquei.

- Tá. Esquece então - Marceline resmungou e recuou a caneca.

- Espera, Marceline, eu só tava brincando - eu estendi a mão pra pegar a caneca - Eu quero sim, obrigada. É só que é... estranho

 - O que é estranho? - ela me deu a caneca e eu peguei.

- Você... sendo... Nada. Deixa pra lá. - eu desconversei e tomei um gole do chocolate.

Marceline me olhou curiosa e com um meio sorriso.

- Ok né. - Ela se sentou na cama na minha frente - Você ainda teve aqueles sonhos?

Eu balancei a cabeça.

- Não. Você me distraiu bem. - eu disse - Mas eu estou um pouco cansada e preciso ir pra aula.

- Hã... Sobre isso... Acho melhor você não ir pra aula hoje.

Eu olhei pra ela confusa.

- O que?

- É perigoso - ela disse. - Você é uma âncora agora.

- Eu sei disso, mas... Significa que eu não vou mais poder sair daqui? - eu quis saber.

Marceline suspirou ansiosa.

- Bonnie, é só hoje, ta legal? Eu sei que isso é dificil, mas eu vou resolver.

- O que você vai fazer?

Marceline me olhou em silêncio. Ela estava tensa e isso não era nada bom.

- Eu vou ver o meu pai.

- O que? De jeito nenhum! Isso sim é perigoso. - eu reclamei.

- Eu preciso fazer isso. Eu tenho um plano.

- E se ele fizer alguma coisa com você? E se ele, sei lá... tentar te matar?

- Ele não vai fazer isso porque ele precisa de mim e do Marshal-

- Justamente por isso. Ele pode tentar te contro-

- Bonnie, eu sei! - Marceline me interrompeu e eu a encarei em silêncio - Eu sei. Mas eu preciso fazer isso, ok? Tenho que descobrir alguma coisa que livre todos nós, e eu só posso encontrar isso na Reitoria.

Eu mordi a mandíbula e continuei sem falar nada.

- O Marshall vai ficar com você.

- Quê? - eu perguntei.

- Ele vai te manter segura - Marceline se levantou e pegou uma mochila.

- E quem vai manter você segura?

Ela se virou pra mim com um sorriso torto no rosto.

- Relaxa, princesa. Não vai dá tempo de você sentir minha falta.

-- QUEBRA DE TEMPO --

Quando o Marshall chegou pra bancar o segurança, ele ficou em silêncio desde então. Nem parecia que ele estava aqui, o que deixou as coisas mais fáceis e eu pude fazer minhas tarefas.

É claro que eu não confiava nele, ainda mais sabendo o que ele fez com a Phoebe. Mas eu estava de mãos atadas e não podia fazer muita coisa com relação a isso.

- Marshall? - eu resolvi falar.

Ele apenas me olhou e ficou esperando.

- Posso falar com você um minuto?

- Já está falando, baby - Marshall deu um meio sorriso.

- Considerando toda a história de vocês - eu disse - Você acha que tem alguma possibilidade desse plano da Marceline dar certo?

Marshall respirou fundo antes de responder.

- Eu não sei, Bonnie. - Ele falou - Mas eu tenho certeza de uma coisa: ela nunca vai desistir até dar certo.

- Mas você sabe que isso é perigoso pra ela, certo? - eu perguntei e Marshall assentiu - E você faria qualquer coisa pra protegê-lá, não é? Inclusive me entregar?

Ele baixou o olhar com a expressão pesarosa.

- Se eu fizer isso, posso assinar a sentença da Marceline - Marshall falou - É claro que o reitor precisa de nós, mas por que ele deixaria a Marceline viva se alguém pode fazer o trabalho dela? E se ele a perder, também perde a mim, e isso com certeza é uma coisa que o reitor não quer. Resumindo, Bonnie, eu não vou te entregar.

- Mas você entregou a Phoebe - eu disse.

- Sim, entreguei. Foi minha escolha - Ele soou um pouco irritado - Posso ter cometido um erro, mas isso pelo menos deu à Marceline algum tempo. E ela vai precisar de todo tempo possível, ainda mais agora que o Hudson perdeu um cavaleiro.

- Você fala daquele James? - eu lembrei da conversa que Marceline e Marshall tiveram na varanda da casa dos Zetas.

Marshall me olhou sério. Era óbvio que ele não gostou nem um pouco de saber que eu estava escutando a conversa deles dois.

- Sim. Ele está morto, e o reitor vai precisar conseguir um novo cavaleiro. Ainda mais com os únicos que restaram se rebelando contra ele. - Marshall se calou por alguns segundos.

- Você acha que isso é minha culpa. Que a razão da Marceline estar em perigo é por minha causa. - eu disse.

Marshall sorriu cínico e me encarou como a irmã dele.

- Não é exatamente isso o que eu penso. - Ele disse - Na verdade, eu estou tentando entender o que fez a Marceline mudar por causa de você.

Eu o olhei confusa.

- É, ela vem falando desse plano dela há muito tempo atrás, mas não passava só de planos. E no momento em que a Marcy veio pra cá, e vocês viraram opostas, ela contou toda a verdade pra você. E agora, a Marceline finalmente vai botar o plano dela em prática. Por que?

Eu continuei em silêncio. Estava me sentindo encurralada, mas não sei por que.

- O que quer que tenha acontecido, ela parece confiar em você. E você nela. Acho que isso que importa. - Marshall sorriu - E pra ela ter deixado você viva depois do que aconteceu com o baixo dela...

- Ok, eu já pedi desculpas quanto a isso, e não foi minha culpa! - eu finalmente falei e senti meu rosto ficar vermelho.

Marshall caiu na gargalhada e nós ouvimos alguém mexer na maçaneta da porta. Ele se calou e Marceline entrou no quarto com a mochila nas costas e ficou nos encarando desconfiada.

- Eu ouvi bem ou você tava rindo? - ela perguntou ao Marshall.

- Estávamos falando sobre o seu baixo - Ele zombou.

Marceline balançou a cabeça negativamente e respirou fundo.

- Então... Você está bem? - eu perguntei a ela e Marshall ficou em silêncio.

Marceline me olhou desconfiada e com um meio sorriso.

- Estou bem. Eu disse que daria certo - ela tirou a mochila das costas e segurou nos mostrando - E... eu descobri uma coisa que pode nos ajudar.



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