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História Bughead: No Limite Da Atração - Capítulo 28


Escrita por: 6sprousehart

Capítulo 28 - Capítulo 28


JUGHEAD

A Betty ficou em silêncio no caminho para a casa da Shirley e do Dale. Continuava puxando as luvas para cima e as mangas para baixo. Ela certamente precisava de um tempo para se acalmar depois daquele encontro interessante.

Minha banda de punk favorita tocava no rádio, e eu batucava os dedos no volante no ritmo do baixo. Eu ainda tinha dificuldade para registrar tudo. Betty Cooper estava sentada no meu carro, ficando comigo intencionalmente. Minha mãe teria gostado muito dela.

Vários carros caindo aos pedaços se enfileiravam na rua. Eu trabalhava no turno da noite no Malt and Burger fazia tanto tempo que tinha esquecido como era sair com os amigos. Claro, eles estavam por perto quando eu chegava em casa, mas a essa altura já estavam tão chapados que não eram divertidos.

Estacionei atrás da lata-velha de gangster do Fangs. A Betty olhou pela janela para a pequena casa em forma de caixa.

- Onde estamos?

- Na casa dos meus pais adotivos. O Dale e a Shirley estão no trailer deles, perto do lago.

Seu pé batucava no chão enquanto ela avaliava a casa.

O revestimento precisava ser substituído ou pintado. O Sweet e eu tínhamos limpado uma faixa nos fundos uma vez e descobrimos que a casa costumava ser amarela não cinza como estava agora, por causa da sujeira que a recobria. A casa combinava com as outras asquerosas do bairro -expostas, sem arbustos nem paisagismo.

Nos degraus da entrada, três grandes sombras fumavam e davam risadas intensas e brutas. Sai do carro e rapidamente fui até o outro lado para abrir a porta da betty. Ela saiu, sem nunca tirar os olhos da casa.

- Quantas pessoas estão ai dentro?

- Umas dez.

O fim de fevereiro significava um ar mais quente durante o dia, então as noites não eram tão frias. Ainda assim, a Betty enfiou as mãos no casaco como se estivesse congelando. Pelo menos ela estava de casaco.
Eu queria que ela ficasse confortável, mas também queria ficar com os meus amigos e passar um tempo com a minha garota. Usando meu corpo, encostei-a no carro.

- O Sweet e a Toni vão estar lá dentro.

As sobrancelhas dela se ergueram.

- A Toni me odeia.

Dei uma risadinha, adorando o fato de ela falar as coisas diretamente. Emoldurei seu rosto com as mãos, deixando que meus dedos curtissem a sensação da pele de cetim.

- Você é o meu mundo, então eu diria que isso nivela as coisas.

Os olhos da Betty se arregalaram, e ela ficou pálida. Por que ela estava preocupada? Minha mente reproduziu todos os instantes com cuidado e depois congelou, voltou, reproduziu de novo e congelou nas palavras que eu tinha dito. Tinha tanto tempo que eu não me permitia me apaixonar por alguém.

Olhei nos lindos olhos verdes da Betty e o medo dela se derreteu. Um sorriso tímido surgiu em seus lábios e no meu coração. Foda-se o resto do mundo, eu estava apaixonado.

As mãos enluvadas da Betty se ergueram e guiaram minha cabeça até a dela. Eu me entreguei ao sabor provocante de sua língua e ao jeito como os lábios macios se moviam encostados aos meus. Com muita facilidade, eu poderia me perder nela... Para sempre.

- Nenhuma das suas merdas de mães adotivas te ensinou boas maneiras? Pelo menos traz a garota aqui e da uma cerveja pra ela antes de ficar de amasso - gritou Fangs dos degraus.

Beijei os lábios da Betty devagar, meus dedos queimando com o calor que saia de seu rosto. Seus braços despencaram enquanto eu pensava no melhor jeito de fazer o Fangs pagar por tê-la envergonhado.

- Forgarty você deve ter um colhão enorme pra perturbar a minha garota.

A luz da varanda se acendeu, e o Fangs xingou baixinho quando a Betty e eu aparecemos na luz.

- Desculpa, cara, eu não sabia que você tinha trazido a Betty

- Quantas garotas você beija encostado em carros?- ela perguntou de um jeito direto.

Minha boca se abriu, mas não emitiu nenhum som. Fangs e os dois primos dele gargalharam da minha expressão.
Fechei a boca de repente quando a Betty piscou. Nossa, eu adorava quando ela dava o troco.

- Betty Cooper, por favor, não me diz que você está mesmo com esse fracassado. - O primo do Fang, Kevin, saiu dos degraus da entrada sorrindo de uma orelha a outra.

Tentei puxá-la mais para perto de mim, mas ela inesperadamente deu um pulo para frente, jogando os braços ao redor dele.

- Ai. Meu. Deus. Não acredito que você está aqui!

O ciúme revirou meu estômago quando o Kevin levantou a Betty do chão, balançando-a.

- Você está linda como sempre.

Eu nunca ia desvendar essa garota. Kevin era praticamente um membro da gangue. A Betty não me olhou durante todo o primeiro semestre, mas se jogou nesse babaca.

Ele finalmente a colocou de volta no chão. A betty pulava de empolgação.

- Então, como estão as coisas lá?

Ele esfregou o queixo e o sorriso dele diminuiu.

- Incrível. Os professores, os alunos, as salas de aula, e... - Ele desviou o olhar. - É uma merda você não estar lá.

A empolgação da Betty enfraqueceu, e ela se esforçou para manter o sorriso.

- Pelo menos um de nós conseguiu ir pra Hoffman. Eles podiam ter eliminado a vaga quando meu pai rejeitou o lugar.

Meu cérebro deu um clique tão alto que eu fiquei surpreso de ninguém ter ouvido. O Kevin frequentava a Hoffman, a única escola de artes da cidade, que só aceitava alunos do segundo e do terceiro anos. As vagas eram concedidas com base no talento, e a competição para entrar era violenta.

O ciúme ainda percorria meu corpo. Eu precisava confirmar minha teoria antes de arruinar uma amizade.

- Você frequentou a Eastwick?

- A Betty eu fizemos todas as aulas de artes juntos no primeiro e no segundo anos. O Hoffman me ofereceu a vaga dela porque ela não pôde aceitar. - O Kevin estendeu a mão para mim.

- A Toni está perturbando a Maria. Será que você pode pedir pra sua irmã dar um tempo?

Apertei a mão dele, feliz porque o Antônio tinha levado sua própria garota.

- A Toni não gosta de ninguém, e, se eu disser pra ela dar um tempo, isso só vai piorar as coisas.

- É, tem razão. Então, como você convenceu uma garota cheia de classe como a Betty a sair com um canalha como você? - O Kevin apertou mais a minha mão antes de soltar.

Ele podia não estar interessado nela, mas se preocupava o suficiente com ela para não gostar da ideia de estarmos juntos. E isso falava muito sobre a amizade dos dois.

Até agora, o Kevin nunca tinha se importado com quais ou quantas garotas eu levava para dormir comigo em casa. Sem saber como me sentir em relação ao Kevin e a Betty, juntei meus dedos aos dela.

Ele ergueu uma sobrancelha, surpresa. É isso ai, mano. Eu acabei de marcar meu território.

O Fangs socou o ombro do primo.

- O Jughead está todo sério. Foi até ao baile da escola.

O Kevin relaxou a posição.

- Fala sério. Vai ao baile de formatura também? Eu pagaria uma grana pra te ver vestido de pinguim.

- Muito engraçado.

- Passei pelo Fangs e seus primos e levei a Betty para dentro. A sala já pequena parecia ter encolhido alguns metros quadrados graça aos diversos adolescentes espalhados pelos moveis e pelo chão.

A Toni estava sentada na mesa da cozinha, com uma cerveja em uma das mãos e um cigarro na outra. O Sweet estava de pé ao lado dela, fazendo caretas ridículas, curtindo todas as vezes que a Toni uivava de tanto rir. Parecia que os dois tinham começado cedo com a trouxinha de dez dólares de fumo que tínhamos comprado de manhã.

O som de um carro cantando pneu veio da televisão. Várias pessoas deram um "oi" e me mandaram sair da frente para poderem ver a TV.

- E aí, cara?- O Sweet pea me puxou para um abraço e sorriu como um idiota. - Betty.

A Betty se aproximou mais de mim e eu tirei vantagem da situação, envolvendo a mão na curva da sua cintura. Minha boca ficou cheia de água com o aroma doce. Cara, como ela cheirava bem.


- Oi, Sweet pea. Tudo Bem, Toni? - ela perguntou.

A Toni deu uma tragada longa no cigarro, olhando furiosa para a Betty. Sem se intimidar, ela encarou de volta, fingindo que a fúria da Toni não importava. O orgulho inundou meu corpo.
A Toni desistiu primeiro, soprando fumaça para o lado.

- Fui até a loja hoje, Jughead, e comprei cola. Do tipo doidão.

O corpo todo da Betty se encolheu, e eu não fui o único a perceber.

O Sweet sussurrou alguma coisa no ouvido da Toni enquanto ela dava um longo gole na cerveja. Seus olhos vermelhos brilharam com uma reprovação feliz.

- Vem conhecer a casa. - Como se um tour pela casa pudesse ajudar a salvar a situação.

Fiz pressão com a mão nas costas da Echo, empurrando-a em direção ao corredor.

- Aproveita o passeio, princesa! - gritou a Toni.

Quando a Betty saiu, eu sussurrei para a Toni:

- Para com isso.

Ela deu de ombros e tomou outro gole de cerveja.

Quatro passos depois, estávamos de pé no meio do corredor, perto do banheiro com azulejos rosa e verdes. A Betty encarou a pintura rachada no teto, provavelmente pensando em como escapar.

- O quarto atrás da gente é o da Toni, e o outro é da Shirley e do Dale - eu disse.

Ela puxou as luvas nos braços. Ela precisava saber que, dessa vez, a Toni queria acabar comigo.

- Betty, o que a Toni disse... foi um ataque a mim, e não a você. Ela acha que vai ter que me ajudar a me recuperar depois que você destruir meu coração e acabar comigo.

Uma risada veio da sala de estar, e o Fangs gritou.

Duas vezes na mesma noite eu tinha declarado minhas emoções para ela, e ela ainda não tinha dito nada em retorno. O silêncio entre nós se prolongou. Ela finalmente perguntou:

- Você é bom no Xbox?

Não podia ser tão fácil. Todas as vezes que a Toni intimidava uma garota que eu levava para casa, eu passava mais tempo convencendo a garota a deixar o assunto de lado do que tentando transar com ela. Eu queria jogar, mas também queria que a Betty se divertisse.

- Sou.

- Então por que não me prova? - Ela agarrou minha mão e me levou até a sala.

Será que isso era algum tipo de teste? Será que eu devia protestar, dizer a ela que era melhor a gente ir embora porque a Toni a deixara desconfortável?

Era isso que as outras garotas queriam. Mas ela pareceu persistente quando entramos na sala e fez sinal para que eu entrasse no jogo. Eu descobriria em pouco tempo se era um teste.

Aproveitei o espaço aberto no sofá e puxei a Betty para o meu colo.

- Ei, Fangs, me dá um controle.

- É, Fangs, dá pra alguém que sabe jogar de verdade - disse o Sweet.

Mais risadas e insultos se seguiram.

- Você ia jogar melhor se eu não estivesse no seu colo – sussurrou ela.

Entrei no jogo e me preparei para arrasar. Depois que todo mundo tinha escolhido um jogador, meus lábios roçaram a orelha da Betty. Eu adorava o jeito como ela fechava os olhos e se inclinava para mim.

- Mas aí eu não poderia fazer isso.

Depois de meia hora, o Kevin arrastou a Betty para a cozinha falando palavras como técnica e sombreamento.

Planejei me juntar a ela quando o jogo terminasse, mas decidi não fazer isso quando ela pegou um lápis e começou a falar rápido enquanto desenhava. Eu queria que ela se sentisse a vontade e queria ficar com os meus amigos. De alguma forma, consegui realizar os dois desejos. Depois de uma hora e meia, o Kevin sentou na cadeira da cozinha em frente a Betty, dando uns amasso na garota dele. De vez em quando ele resmungava alguma coisa para a Betty, enquanto ela desenhava e bebia cerveja.

A Toni surgiu do porão, com um saco de erva e seda na mão. Joguei o controle no sofá.

- Tô fora.

Vários caras reclamaram quando o Fangs pegou meu controle. O Sweet pea me jogou uma lata de cerveja vazia.

- Porra, cara, o Fangs é muito ruim. Não acredito que você vai me deixar na mão.
Ignorei os comentários que eles fizeram em relação a minha masculinidade na tentativa de me arrastar de volta para o jogo.

A mão da Betty voava rápido sobre o papel, e os olhos acompanhavam. Passei os dedos em seus cachos, puxando gentilmente só para vê-los voltarem ao lugar. Ela era um gênio.
Ela desenhou o Kevin e a Maria agarrados num abraço. A imagem no papel parecia que podia ganhar vida. Como ela conseguia uma coisa dessas em tão pouco tempo?

A Toni se sentou a mesa e começou a enrolar um baseado. Eu queria que a Betty saísse dali imediatamente.

- Eu ainda não te mostrei onde o Sweet e eu moramos.

- Espera um pouco. Quero fazer esse sombreamento direito. - A Betty estava perdida no mundo dela e sem prestar atenção em mim.

Que inferno, a Toni nunca enrolou um baseado tão rápido na vida. Ela colocou na boca e acendeu. O cheiro familiar se deslocou pelo ambiente, chamando a atenção de todo mundo, inclusive da Betty.

Ela observou enquanto a Toni tragava e prendia a respiração. Desde que eu estava morando aqui, nunca tinha recusado um tapa, mas de jeito nenhum eu ia fazer isso na frente da Betty. A Toni soltou a fumaça. Os lábios dela se curvaram quando ela ofereceu o baseado a Betty.

- Quer um pouco?

Todo mundo no ambiente observava e esperava pacientemente pela própria vez, e isso colocou a Betty em evidência. O pé dela batucou no chão, e ela pousou o caderno de desenho na mesa, empurrando-o em direção ao Kevin.

- Não, obrigada. - Os olhos dela voaram na minha direção. – Não precisa deixar de fumar por minha causa.

Ótimo, era exatamente isso que eu estava tentando evitar. Estiquei a mão para ela.

- Vem.




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