1. Spirit Fanfics >
  2. Smith e Jones -Os Últimos dos Legados (Bughead) (HIATUS) >
  3. XIII- Chuva de novembro (Parte 2)

História Smith e Jones -Os Últimos dos Legados (Bughead) (HIATUS) - XIII- Chuva de novembro (Parte 2)


Escrita por: arabella_augustine

Notas do Autor


Capitulo novooo!!!
Música do capítulo: Skyfall, da Adele, e realmente, o céu tá desabando sobre as cabeças de todos nós kkkkkkkkk

Aaah, esse capitulo ( o flashback, começa em uma situação lááá da outra fic, nesse capitulo: https://www.spiritfanfiction.com/historia/bughead-onde-tudo-comecou-17518222/capitulo46 lembram quando um dos agentes pede pra falar com a Betty e o Jug, e eu troquei pra um P.o.v da vee? Kkkkkkk finalmente vocês vão ver o que foi aquela conversa.)
Espero que gostem! Boa Leitura

Sinopse: Charles tem uma das reações menos esperadas por Betty e Jughead ao entrar no quarto, chegou a hora de contar o verdadeiro desfecho da noite da revolta à aqueles que por muito tempo pensaram se tratar da noite mais trágica de suas vidas.

Capítulo 13 - XIII- Chuva de novembro (Parte 2)


Charles 

— Charles?! — Jellybean balança a mão em frente ao meu rosto. 

— Mm...? — Lhe encaro, parecia esperar que eu dissesse algo. 

— Você vai falar alguma coisa ou... 

— Eu tô vendo meu irmão morto numa cama de hospital. Uh, do lado dele tá a minha irmã morta, eu não tenho exatamente certeza do que falar aqui. — Ok talvez isso tenha saído de uma forma surtada demais. 

São mesmo eles? Porra, são eles... mais velhos, mas são eles... 

— Acredite, você não é o único... — Verônica Lodge massageava as têmporas, sentada em uma poltrona. 

— Bom, eu já sei a história toda, então, não acho que vocês tenham outra alternativa senão contar a eles. — Doutora Torres se dirige aos dois que se entreolham. 

— Ah, sabe? — Sweet riu, não era uma risada verdadeira, era uma risada recheada de nervosismo, rancor, raiva. — Ela sabe toda a história... QUE HISTÓRIA? — Colocava uma mão na cintura e andava de um lado a outro. 

— Como eu disse, não há como voltar atrás agora. Vou checar como seu pai está reagindo aos imunossupressores, volto depois. Ah, antes que eu me esqueça. Sweet Pea... — Ela estende a mão para ele. 

— O que? 

— Seu canivete, eu sei que tem um, e não confio em você... hoje. — Ele estreita os olhos e puxa um do bolso da jaqueta. A doutora se vira uma última vez depois de passar por mim, na porta fala para Betty e Jughead — Boa sorte. — Fechando-a. 

Eu vi... eu vi os seus corpos... eu enterrei os dois...  

Uow, minha cabeça tá girando. Vivos? 

Elizabeth 

Há cinco minutos encarávamos uns aos outros, e então, mais um para a confusa trocas de olhares entra, trazido por Jellybean. 

— Você envelheceu bem... — Sorrio tímida dando um passo na direção de meu irmão, ele recua. 

— V-você... não tá morta? — Ele aponta pra mim com os dedos trêmulos e a expressão... é, não sei como descrever o que via em seu rosto. 

— Ainda não... — Respondi sem norte. Não tenho ideia do que estou fazendo. 

Passei tanto tempo imaginando como esse encontro aconteceria, que agora que está realmente acontecendo, eu não sei o que fazer. Eu quero abraçá-lo, não sei se ele me abraçaria depois de tudo que fiz... 

— Você... não tá morta! — E antes que eu respondesse qualquer coisa ele avança os quatro passos que nos separavam e me envolve no melhor abraço que eu recebi em anos. 

Eu conseguia sentir seu sorriso escondido na curva do meu pescoço, suas mãos me segurando firme e na mesma intensidade eu o abracei de volta. 

— Eu senti tanto a sua falta, maninho. — Eu não queria me desfazer daquele abraço, me senti tão... insegura quando ele me soltou. Mas, gentil e genuíno, ele levou suas mãos ao meu rosto, olhou para mim intensamente e beijou minha testa, logo antes de me enrolar em seus braços novamente. 

Ele nunca havia feito isso, nem quando eu era só uma adolescente, mas foi tão acolhedor agora, mesmo me deixando completamente confusa. Em seu lugar, eu estaria furiosa, muito irritada mesmo, mas talvez ele estivesse vendo só pelo lado “Meus irmãos não estão mortos, YEAH!”. Ou ainda não processou o que viu direito... 

Minha relação com Charles foi difícil no início, com a morte da mamãe eu me tornei alguém bem mais complicada de lidar e de alguma forma aquilo nos aproximou. Ele esteve lá por mim nos dias em que nem eu estaria. Me entendia e de sua forma distorcida e atrapalhada, muitas vezes me ajudou. Quando eu decidi deixar tudo pra trás, de maneira equivocada pensei que não tinha nada a perder, fui egoísta, inconsequente.  

Charles havia ganhado três novos irmãos, eu, Jellybean e Jughead, e havia perdido dois em uma noite.  

— Jughead? — Ele me solta indo na direção da cama. 

— Charles...— Tantas vezes que conversamos sobre como as pessoas reagiriam se algum dia nos descobrissem... com certeza nem eu, nem ele esperava que Charles nos recebesse de braços tão abertos. 

Éramos importantes para ele, muito mais do que poderíamos sonhar.  

— Meu Deus, Jughead... você é o doador... — Ele entrelaça um braço nos ombros de Jug, evitando abraçá-lo com muita força, apoiando seu queixo sobre a cabeça dele. — E Jellybean, você... 

— Bom, agora que estamos todos aqui... acho que é a hora de esclarecermos tudo... Jug, Betty, façam as honras. — Ela olha pela fresta da porta, certificando-se que dessa vez ninguém mais entraria. 

Eu estava me sentindo fuzilada visualmente por Ronnie e Sweet, eles estavam tendo a reação que eu e Jug achávamos que poderiam ter... e pode culpá-los? 

— Eu acho que... vocês querem saber, como. —  Finalmente alguma frase coerente saiu da minha boca. Charles foi falar algo para Jellybean e eu me sentei ao lado de Jug em sua cama. Era sempre difícil voltar àquela noite... 

— E lá vamos nós... — Colocou o braço em volta da minha cintura e depositou um beijo no meu ombro.  

~*Flashback*~ 

~Onde tudo começou, 17 anos atrás. Momentos antes do sequestro de Sweet Pea. Sede provisória Serpente. 

Jughead 

A ficha estava caindo aos poucos, pode parecer a coisa mais clichê do mundo, mas eu vi a minha vida passar pelos meus olhos. Tudo mesmo... e de repente, 18 anos pareciam tão... curtos? Sim, curtos. 

Em que mundo isso era justo? Eu não quero morrer e tenho certeza que Betty não quer também. Ela está com raiva, tanto quanto eu agora... Meus pensamentos foram interrompidos pelos agentes. 

— Jughead... posso falar com você e Betty? A sós... — Lisbon solicita. 

Todos os presentes foram para o lado de fora da academia, e então se iniciaria aquela conversa, me pergunto o que eles tinham a oferecer depois do que Ronnie disse... 

Um seguro de vida é uma boa pedida agora. 

— E se... pudéssemos oferecer a vocês proteção? — Van Pelt se aproxima também. 

— Agente... por mais que eu aprecie sua proposta, vocês não têm nem o tempo, nem os recursos pra nos vigiarem pra sempre... Hiram conseguiu... ele nos deixou sem saída. 

A voz de Betty repetindo o que Verônica lhe dissera ainda ecoava na minha cabeça... 

— Se conseguíssemos colocar vocês em um carro... os tirássemos da confusão por um tempo. Teria coragem? De deixar tudo pra trás? — Ela se aproxima de Betty ficando frente a frente. 

— Está perguntando se eu fugiria com o Jug? — Ela se desencosta do balcão, endireita a coluna, me olha com uma certa ternura e rapidamente responde. — É óbvio, se isso salva a vida dele, mas que garantia teríamos que cedo ou tarde algum dos mafiosos não vão nos encontrar e nos matar de qualquer jeito? — Se eu fugiria com Betty, se isso significava que ficaríamos vivos? É claro. Mas como ela mesmo disse, quais são as garantias? 

— Não acho que estão entendendo onde queremos chegar... — Lisbon estava muito suspeito. Algo me dizia que sua proposta não estava nos tramites legais do FBI. 

— E onde seria exatamente? 

— E se pudéssemos oferecer a vocês, uma saída pra isso? 

— E se pudéssemos oferecer a vocês uma opção... uma escolha? 

— Bom... estamos ouvindo. — Dei de ombros, não é como se tivéssemos exatamente alguma ideia melhor. 

— O FBI tem um programa de proteção... 

— Programa de proteção à testemunha? Sério? — Betty arqueia uma sobrancelha. 

— Mesmo que concordássemos com isso, sabem que não ia adiantar, enquanto estivermos vivos... 

— Novamente, repetindo o que meu parceiro disse, eu não acho que tenham entendido... não é exatamente um programa de proteção... Por enquanto é apenas uma ideia que eu e Lisbon temos discutido ultimamente, desde que Hiram Lodge acionou os cartéis aliados com vocês como alvos.  Agora a pergunta é... — Pausa dramática. — Vocês morreriam, para sobreviver? 

— O que? — Eu e Betty dissemos uníssonos. 

— Algo que pode facilitar o julgamento de vocês. — Van Pelt tira de uma pasta preta cheia de fotos. 

— Conseguimos isso de um infiltrado da CIA, ele entregou isso para a nossa equipe de inteligência. 

— Puta merda... — Passo as fotos uma por uma, estavam anexadas em fichas, e conexões... ao meu nome, e ao de Betty. 

— Jug... são todos eles... 

A pasta que tínhamos em mãos agora, era lotada de informações sobre nós, mas também... Uma ficha completa de meu pai... seus hábitos, seu histórico de telefone, com quem era relacionado, onde morava, que horas dormia... acordava. 

Dezenas de outras como essa... dezenas de Serpentes, Sweet Pea, Jellybean, até... Hal Cooper? 

— Jug, literalmente todo mundo com quem tivemos contato no último ano tem uma pasta assim... — Passando pelas fotos e papéis. 

— Por que eles têm essa lista? — Perguntei aos agentes. 

— São todas as pessoas que eles podem torturar e matar pra achar vocês, pessoas que podem saber dos seus paradeiros caso escapem, se não conseguirem matar vocês antes, é claro. 

— Como se AJ fosse dar as informações mais valiosas do mundo... — Me sento no banco em frente ao balcão do bar, com as mãos na cabeça. Eu não poderia fugir... 

— Oh meu Deus... — Ela lia algumas fichas, sentando-se ao meu lado em outro banco alto. 

— O que estamos oferecendo a vocês, não é o padrão. Tão pouco é comum, mas nesse caso... eu realmente não vejo outra solução. — Van Pelt tentava argumentar. 

— Esse programa... os salvaria? — Aponto para o lado de fora, todos os serpentes lá fora... todos eram alvos... E por culpa minha... 

Em uma briga minha com Hiram Lodge em que arrastei tudo o que é importante pra mim... 

— Se der certo, todos eles saem dessa lista... porque o objetivo vai ser cumprido. 

— Mas o objetivo é nos matar... — Betty ressaltou. 

— Exatamente. — Lisbon finalmente chega à conclusão. 

~ Noite da Revolta, 1min10seg depois da explosão. 

Elizabeth 

— Jug! Jug, acorda! — Quase em um salto ele se levanta igualmente desorientado. 

— O que? Argh! Eu... eu não consigo te escutar. — Ele fala alto e sinaliza o ouvido balançando a cabeça. 

Quando pensei em recuperar a total consciência, mãos vindas do banco de trás com um pano cobriram minha boca e nariz, eu não conseguia gritar, então olhei desesperada para Jug, mãos faziam a mesma coisa com ele, lutávamos contra, em vão. Em alguns segundos apaguei completamente. 

Jughead 

~Floresta Fox, três horas depois. 

A última coisa da qual tenho lembrança é de malditas mãos me sufocando enquanto eu tentava me orientar, eu realmente perdi a consciência com a onda explosiva, se me perguntasse naquele momento, eu não saberia nem dizer meu nome. 

Agora acordei, no meio de uma clareira na floresta, o céu estava limpo, muito limpo, foi a primeira coisa que percebi, já que eu estava jogado ao chão como se fosse um cadáver, o vasto universo foi a minha visão por um longo momento, talvez eu ainda estivesse desorientado, mas queria apenas apreciar aquele silêncio que a mata sempre nos proporciona, SE NÃO FOSSE ESSA PORRA DE ZUMBIDO! 

— ARGH! — Eu batia com o tênar da mão na minha cabeça tentando fazer com o que o apito parasse. Quase tão inútil quanto estúpido. 

Levantando-me do chão posso ver melhor onde estávamos, Betty estava bem próxima a mim, sua perna... alguém tinha botado uma atadura um pouco acima do buraco que a flecha havia feito, substituindo meu cinto que eu havia posto de maneira improvisada, mas ela ainda não acordou. Colocando a mão no bolso da jaqueta um papel. Ligo a lanterna do celular para ler melhor o que nele havia escrito. 

“Jones, espero que não esteja morto a essa altura... o plano segue, mesmo que imprevistos tenham ocorrido. Dentro das mochilas possuem o que precisarão para o caminho a seguir. Antes de largarmos você e Elizabeth na floresta injetamos na perna dela uma dose de opioides, o mesmo com seu ombro, vai ajudar com a dor, o efeito deve passar em algumas horas então, por isso, em CASO de emergência, no bolso interior de uma das sacolas tem uma dose de Morfina, use SOMENTE se achar necessário. Você deve seguir pela trilha até as margens do Sweetwater, um barco os aguarda, pelo rio, siga a correnteza durante 1 hora, avistará então uma cabana isolada, estarão seguros lá.  Boa sorte. 

 Ag. V. Pelt.”   

O meu ombro? O que tem o meu ombro? Levei a mão nele e PUTA QUE PARIU! TERRÍVEL, PÉSSIMA IDEIA SEU CABEÇA DE JARRO IMBECIL! 

Eu não consigo enxergar exatamente o que houve, mas com certeza não é bom, isso arde... arde muito, como se estivesse pegando fogo. 

Olhando bem na clareira, próximo a um tronco partido de uma árvore muito grande, mochilas abarrotadas. Coloquei uma nas costas, com todo cuidado do mundo para aquela alça ficar longe do meu ombro ruim, eram bem pesadas. Fui até Betty e tentei acordá-la, ela estava quente, muito quente. 

— Onde... onde estamos? Urgh, DÓI! — Ela leva as mãos na perna. 

— No meio da floresta Fox, eu acho. 

— Por que tá falando tão alto? 

— Desculpa, é só... esse apito no ouvido... Pode me fazer um favor? Consegue ouvir em que direção tá o barulho da correnteza do rio? 

— Naquela... — Ela aponta para o... Norte? É, acho que é o Norte. 

— Ótimo... precisamos chegar até o barco, vem, levante-se.  — Ajeito a mochila nas costas e ofereço as mãos para ela. 

— Jug, isso não vai funcionar. — Ela negava com a cabeça. 

— Não vamos saber se não tentar. — Ofereci as mãos mais uma vez e ela assentiu. Pegou impulso e eu a puxei de uma só vez. 

— AI! AI! AI, AI, AI, AAAI!!!! — Mantinha a perna suspensa do chão, apoiando todo seu peso na perna boa. 

— O que? O que foi? Dói muito?? 

— NÃÃO, JUGHEAD! Foi só a porra de uma flecha NA MINHA COXA. Deus! Eu não consigo mexer minha perna... 

— O efeito do remédio deve estar passando... — Tiro a mochila das costas e começo a procurar pela tal dose de morfina. Apoiando-se nas árvores ela tenta chegar até mim. — No bilhete guia tinha algo sobre uma dose de morfina... 

— Jug! Seu ombro, você tá ferido... — Ela levanta parte da camiseta um pouco. 

— É, eu notei e o QUE VOCÊ TÁ FAZEN... AAAARGH! —  Ela puxou milímetros o tecido e mesmo assim eu pude sentir como se minha pele fosse junto. 

— Desculpa! Desculpa! Desculpa!! — Solta novamente por reflexo. Meus joelhos foram ao encontro do chão. O efeito do remédio, seja lá o que me deram, com certeza tá passando. 

— CAARALHO! — Meus dedos cravavam fundo na terra, a dor havia irradiado para parte das minhas costas. 

— Jug... isso é queimadura, e não me parece nada bom... 

— Ah amor, fico tão feliz que tenha alguém tão otimista ao meu lado! — Eu socava o chão na tentativa falha de distrair meu cérebro da queimadura, então era uma queimadura... por isso ARDIA MAIS QUE O INFERNO!  

— Você precisa me deixar ver o quão ruim está, deixa de ser um bebê — Ela levanta a camiseta mais uma vez e Por Deus... eu podia ouvir o tecido se desgrudando da pele. 

— Elizabeth Smith... Juro, se você fosse QUALQUER OUTRA PESSOA, eu estaria muito a fim de dar um tiro nessa outra coxa. 

Respirei fundo e me levantei, voltando a procurar o maldito opioide na mochila. 

— ACHEI! — Era uma ampola minúscula, mas pelo que eu já ouvi dizer dos efeitos, é incrível. 

— Ótimo! Agora injeta em você, o que está esperando? 

— Negativo, você tem um buraco na perna, precisa disso... 

— E você tem uma queimadura de terceiro grau no ombro... Jug a dor disso pode te fazer perder a consciência, precisa mais do que eu! 

— Betty... eu consigo caminhar com o ombro fodido, você não consegue nem apoiar o pé no chão. 

— Eu sei, mas eu ainda não sinto completamente tudo, fora que a probabilidade de a flecha ter danificado algum músculo é bem grande, sabe o que significa, não é? Que mesmo que eu injetasse morfina na minha coxa agora, a minha perna ia continuar sendo inútil. — Argumentou. 

— Eu consigo aguentar... e a sua perna daqui a pouco vai começar a doer muito mais... 

— Deixa de ser TEIMOSO Jughead! Morfina é muito mais indicada pra queimaduras. Eu tô bem, é sério. — Pego a mão dela e lhe entrego a seringa, fechando sua mão para que segurasse com firmeza. 

— Injeta! É melhor cravar isso na sua coxa agora, ou eu faço. Não posso... não consigo mais ver você com tanta dor Betty... por favor. — Ela puxa seu braço bruscamente e deixa a seringa praticamente posicionada. 

— Tá! — Com uma das mãos ela se apoiava em um dos meus ombros, e com a outra, a mão dela parecia querer tomar coragem para algo. — Mas eu também não consigo te ver assim. — Tão rápido quanto inesperado ela crava a agulha no meu ombro. 

— FILHA DA PUT... 

~Cabana, um tempo depois. 

Doutora Calliope Torres 

Dois agentes, cujo ternos são bem mais intimidadores do que eu gostaria me abordaram há algumas horas, e tudo o que me disseram foi “Você vem com a gente.”   

Depois de uma visitinha ao necrotério local, a minha assinatura e a de meu colega, Dr. Masters em alguns papéis, você pensa... Finalmente, livre, o pesadelo acabou. Só que não é assim que as coisas funcionam em Riverdale, baby. 

Presa em uma cabana que era realmente de dar arrepios, foi me entregue equipamento. Não exatamente uma sala cirúrgica, mas o suficiente pra dar alguns pontos, fuçando mais ainda na maleta tinha um pequeno e portátil monitor de batimentos cardíacos, um doppler de ultrassom, anestesia, pomada para queimadura... mais anestesia, antibióticos... Hm, com certeza isso não vai se tratar de simples pontos. Algo sério está por vir. 

Lá fora meu colega aguardava as estrelas da noite, aparentemente eles chegariam de barco. 

— Callie! Vem aqui fora, acho que são eles. 

Bom, não exatamente o barco que eu esperava, era bem pequenininho, só cabia os dois, Jones alcançou a margem e jogou as mochilas para nós. Desceu do barco e arrastou Betty para fora. Ela com certeza me parece em pior estado. 

Esse moleque tinha feito uma verdadeira engenharia, pelo que eu entendi, Betty não conseguia mover a perna, e ele precisou achar um jeito de carregar ela e mais duas mochilas de 40kg. Então pasmem, com um saco de dormir, algo parecido com um galho amarrado nas pontas e uma puta força de vontade, ele conseguiu arrastá-la por sei lá quantos metros de trilha. Pura física. Impressionante. 

— Tenho que admitir, foi muito inteligente o lance do saco de dormir. — Dou duas batidinhas no seu ombro em cumprimento, mas ele se esquiva antes q eu encostasse mais uma vez. 

— Aah... a sua sorte Doutora... é que eu tô chapado de morfina. — Riu bobo.  

Arqueio uma sobrancelha e ele se põe a tirar a camiseta. 

— Santa madre... —  A morfina com certeza ainda fazia efeito, com um ferimento daqueles eu não desejaria estar viva... 

— Você tem uma garota com só uma perna funcional, um garoto com uma queimadura de terceiro grau no ombro e dois dias e meio pra nos deixar aptos para pegar um avião, o que me diz doutora? 

— Eu realmente estou desejando jamais ter conhecido vocês nesse exato momento. 

— Soa otimista! Agora entra lá e tenta não matar a minha namorada. — Certo, agora eu confesso que parte de mim deseja que o efeito do opioide passe. 

— Considere-se sortudos se eu não matar vocês dois no final desses dois dias. 

~* Fim do Flashback*~ 

— Ainda acho que isso me renderia um Harper Avery. — Diz abrindo a porta do quarto. 

— Não teríamos conseguido assistir a formatura se não fosse pela Callie. — Diz Betty lhe lançando um olhar de agradecimento. 

— Espera aí... assistir a formatura? — Ronnie finalmente diz algo. 

~Fim do Capítulo~ 


Notas Finais


Eaí? Deu pra esclarecer algumas coisinhas, não? kkkkkkk 🤭
Me contem o que acharam!!!
COMENTEM!! POR FAVOR!! Tô precisando de um incentivo kkkkkk ❤
Não esqueçam de favoritar a fic!! 💕
Vou tentar voltar logo pra vcs!
Bjo Bjo💕


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...