História Bulletproof heart - Capitulo 3 Frank

Eu estava estático entre os braços de Gerard olhando para seus olhos e sua boca, nossos corpos estavam colados, podia senti-lo respirar. Ele começa a se aproximar de mim calmamente acabando com a mínima distancia que havia entre nós, selando nossos lábios calmamente. Ele pediu passagem com a língua e eu cedi, porem segundos depois ouvimos pessoas conversando e rapidamente nos separamos. Gerard abriu a porta para mim e eu entrei no carro.

***

Estávamos á uma hora andando pela cidade até que avisto uma loja enorme de instrumentos musicais, alerto Gerard de que queria parar ali, ele atende meu pedido e entra no estacionamento com uma cara de quem não estava entendendo nada.

Entramos na loja e vou direto a vitrine, peço para um atendente pegar para mim a guitarra que havia me chamado atenção. Era uma “epiphone les Paul” branca. Olhei para Gerard e percebi que ele estava curioso, com certeza queria saber o por que do meu encanto por essa guitarra.

- Foi com uma dessas que meu avô me ensinou a tocar. – falei abrindo um sorriso enorme.

- Ah, agora entendi o por que de tudo isso. Não sabia que você tocava.

- Sim, toco desde meus onze anos. – olhei para a guitarra e o sorriso que antes estava em meu rosto se desfez. – Meu avô era foda. -Olhei para a guitarra e depois para Gerard.

- Entendi.

- Bom Gerard, vamos. Não quero ficar muito tempo com essa guitarra nas mãos. Ela e muito cara e eu não tenho todo esse dinheiro ainda para comprar. – Falo devolvendo a mesma ao atendente que estava nos observando esse tempo todo e eu nem sequer havia percebido.

Gerard fica calado um tempo com um sorriso um tanto estranho no rosto. Mas não falei nada. Voltamos ao carro e seguimos nosso caminho cantando as musicas que passavam no radio. Ate que Gerard abaixa o volume do radio.

- Hey Frank, eu cansei do “tour pela cidade”, vamos fazer outra coisa. Ainda são quatro e meia – fala olhando a tela do celular e em seguida virando-a para mim. - Que tal irmos para minha casa jogar vídeo game, ver um filme ou sei lá? – ele diz sorrindo.

- Tudo bem, não tenho hora para chegar em casa mesmo. Só vou mandar mensagem para minha mãe avisando para caso ela chegue do trabalho e não me encontre em casa. – pego meu celular e começo a digitar.

** ON MENSAGENS **

“ Mãe, vou passar a tarde com aquele amigo que conheci no dia que nos mudamos. Não sei que horas vou chegar em casa mas imagino que seja antes das oito. Amo você, se cuida. Ate mais tarde. (ps: não esquece de ligar na minha nova escola para perguntar que dia tenho que começar.)”

** OFF MENSAGENS **

No caminho para a casa de Gerard fomos conversando sobre assuntos aleatórios, ate que Gerard toca no assunto do nosso quase beijo.

- Então Frank, sobre o que rolou mais cedo no estacionamento do Starbucks... - não precisa falar nada! – o interrompo quebrando o clima tenso que estava começando.

- Tudo bem. – Ele da um curto sorriso entendendo o recado e em seguida olha para mim. – Chegamos. – quando olhei para a casa dele fiquei surpreso.

- Caralho Gerard! Você que mora nessa casa foda?! Eu moro a duas ruas daqui! Já havia passado em frente dessa casa algumas vezes mas nunca imaginei que fosse você que morava aqui!

 Ele olha para mim rindo e em seguida aperta um botão no pequeno controle que não sabia da onde ele tinha tirado, assim fazendo com que o portão abrisse. Entramos com o carro e ele parou o mesmo na grande garagem. Olhei ao redor e avistei mais dois carros não entendo muito disso mas sabia que um era uma lamborghini stradale vermelha e o outro era uma Ferrari spider preta. (dois carros que eu sempre quis ter quando era pequeno. Mas agora nem tanto.)

Comecei a me perguntar como Gerard conseguiu comprar esses carros e esta casa.

- Deve estar pensando que eu roubei um banco ou algo do tipo, mas antes de ter esses pensamentos, isso tudo e herança dos meus pais, que infelizmente faleceram em um acidente a uns anos atrás. Se quiser mais tarde te levo pra dar uma volta com um dos carros. Mas enfim, como a minha casa e meio grande não sei se vai querer conhecer ela agora ou ir fazer outra coisa.

- Nossa, sinto muito. Vamos fazer outra coisa estou meio cansado de andar, nos paramos em muitos lugares hoje.

- Tudo bem, então vamos primeiro para o meu quarto, preciso tirar essa roupa e por algo mais confortável.

Entramos na casa, passamos pela área de serviço, pela cozinha, pela sala e a sala de jantar, e ao longo disso observei muitas portas. Ate que finalmente chegamos em uma longa escada que dava no andar de cima. Passamos por muitas portas ate chegarmos em seu quarto. Quando Gerard abriu a porta me espantei um pouco, pois o quarto conseguia ser do tamanho da sala e a sala de jantar juntas. Uou!

- O que foi Frank? – droga, pensei alto!

- Nada, só pensei alto. – Dou um pequeno sorriso e olho para o quarto. - É um belo quarto Gerard. – Ele olha para mim e sorri, sentando na grande cama que havia no meio do quarto.

- Bom Frank, que jogar vídeo game, ver um filme, ir na piscina?  

- Não sei, o que você quer fazer? – Falo sentando ao seu lado na cama.

- Bom, vamos descartar a opção da piscina porque esta esfriando. E eu andei jogando muito vídeo game esses dias, então e melhor vermos algum filme. Pode ser?

- Claro. – Ele sorriu, levantou da cama e foi em direção ao closet.

- Só vou trocar de roupa e já vamos. – Ele fala já sumindo para dentro do closet.

- Tudo bem. – respondo mesmo sabendo que ele não iria me ouvir.

Ouço ele cantando, e que voz linda que ele tinha! E ainda estava cantando uma das minhas musicas favoritas!

 “She's got a smile it seems to me

Reminds me of childhood memories

Where everything

Was as fresh as the bright blue sky

Now and then when I see her face

She takes me away to that special place

And if I'd stare too long

I'd probably break down and cry

Oh, oh, oh

Sweet child o' mine

Oh, oh, oh, oh

Sweet love of mine”

- Pronto Frank. – Ele sai do closet com um sorriso no rosto.

- Você canta muito bem Gerard. E ainda estava cantando uma das minhas musicas favoritas!

- Ta brincando?! Ta,bem e uma das minhas favoritas! Mais uma coisa em comum entre a gente! – Ele fala em um tom animado. – Ah, e obrigada. Canto assim graças ao meu pai, ele cantava muito bem e acabei herdando isso dele.

- Mas você nunca fez aula de canto nem nada?

- Não, nunca. – ele sorri. – Bom, vamos logo ver o filme.  

Ele vai em direção a porta, me levanto da cama e vou ate ele. Fomos ate uma porta que tinha no final do grande corredor. Ao que passei pela porta, observei ao meu redor, estávamos em outro grande cômodo. Tinha um grande sofá, uma televisão enorme, quatro caixas de som, uma em cada canto da sala.

- Cara você tem quase que uma sala de cinema na sua casa! Porra a sua casa e muito foda.

- Sim, legal né?! Bom, pode ficar avontade. Senta ai. Vou pedir para as empregadas trazerem alguns doces. Gosta de torta de limão? – Quando ele disse torta de limão eu abri um sorriso enorme.

- Eu amo torta de limão!

- Tudo bem, vou pedir para elas trazerem mais de dois pedaços então. - ele fala rindo e virando de costas para mim e abrindo um grande armário cheio de filmes. – Pode vir aqui escolher o filme. Eu já volto.  – ele sai da sala me deixando sozinho com aquela infinidade de filmes. Me levanto e vou em direção ao armário. Começo a ver os filmes que Gerard tinha, até que encontro dois dos meus filmes favoritos. O exorcista e o massacre da serra elétrica.

- Voltei. – Ele estava atrás de mim, me virei para ele e mostrei os dois filmes.

- Você tem meus filmes favoritos! – Ele sorri. Aquele sorriso acaba comigo!

- Vamos assistir os dois então. Qual você quer ver primeiro? – entrego na mão dele um dos filmes e o outro deixo em cima da mesa de centro.

- O massacre da serra elétrica, esse filme e muito bom. – Ele vira para a TV para por o filme, e eu me lento no sofá e fico o observando.

Escuto passos pelo corredor, duas empregadas estavam trazendo as coisas. Elas deixaram em cima da mesa de centro copos de refrigerante, balas, salgadinhos e a torta de limão. Gerard as agradece e em seguida elas se retiram da sala. Porem uma delas volta agora com um cobertor em suas mãos.

- Senhor Way, trouxe um cobertor para vocês, caso sintam frio. – a moça fala deixando-o no canto do sofá e saindo um tanto rápido da sala, não dando tempo nem para Gerard agradecer novamente.

- Pronto Frank, só vou fechar a cortina e já sento ai. Pode tirar os sapatos se quiser. Se quiser tirar a roupa também não me incomodo. – Ele fala essa ultima frase baixo, quase sendo inaudível e logo se virando e rindo.

Dou risada também. Tiro meus sapatos e cruzo minhas pernas em cima do grande sofá vermelho.  Gerard se senta ao meu lado olha para mim e depois pega o controle dando play no filme.

***

 Em trinta minutos de filme havíamos comido quase tudo que estava na mesa. Comecei a observar Gerard que estava prestando atenção no filme, resolvi encostar minha cabeça em seu ombro, ele olhou para mim e depois voltou a prestar atenção.

Alguns minutos depois meu pescoço começa a doer eu resolvo desencostar dele. Ele novamente me olha, porem agora foi á vez dele de me observar. Olho para ele e ficamos alguns segundos nos encarando. Acabamos desviando os olhares para a televisão ao ouvirmos uma mulher gritar, mas voltamos aos olhares. Gerard começa a se aproximar de mim, e quando percebo já estamos com os lábios colados. Ele pediu passagem com a língua e eu cedi, o beijo era calmo, nossas línguas brincavam uma com a outra. Mas logo o ar acabou e nos separamos contra vontade mas foi necessário.

Após o beijo eu e Gerard não conseguíamos mais prestar atenção no filme, começamos a conversar e nos perdemos em assuntos aleatórios.

- frankie... – Ele estava com um olhar de que precisava dizer algo para mim. E ele me chamou pelo apelido, coisa que nunca havia feito antes.

- O que foi? – falo virando de frente para ele.

- Preciso te confessar uma coisa... desde o dia que eu te conheci, não paro de pensar em você. E eu não sei bem como dizer isso, ate porque eu nunca senti isso na vida mas eu acho que estou apaixonado. Eu sei que nos conhecemos á muito pouco tempo mas, você mexeu comigo de uma forma que ninguém nunca fez antes. – Ele me deixou sem reação, eu sentia o mesmo por ele. Resolvi falar para ele tudo que sentia também.

- Olha gee, eu também sinto isso por você e também e algo que nunca senti antes. E eu sei que é cedo para dizer isso mas...eu amo você. – quando disse que o amava acabei corando. Então abaixei a cabeça fitando o chão em mais uma falha tentativa de esconder. Ate que sinto a mão dele levantando meu rosto.

- Eu também te amo Frank. – Ele fala e acaba selando nossos lábios novamente, nos envolvendo em outro beijo, dessa vez mais calmo e mais demorado.

Quando nos separamos vemos que o filme já estava nos créditos. Então Gerard se levanta e coloca o outro. Ele pega o cobertor e se deita, eu me deito quase em cima dele e apoio minha cabeça em seu peito.

O filme havia acabado de começar e eu estava com sono. Acabei dormindo alguns minutos depois.