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História Burning in the cold -WinterWidow - Loverboy


Escrita por: LetiBz

Notas do Autor


Demorei, mas to de volta. Queria ter postado bem antes, mas meu note ainda tava fudido e depois meu roteador queimou(bjo verão, e pras suas chuvas com raios tão agradáveis), fudendo por fim toda a minha internet. E como vcs sabem, o boleto pra pagar chega no dia certinho, mas o conserto demora uns trezentos e cinquenta e oito meses para chegar. Depois, mais 30 anos pra descobrirem qual é o problema (já tinha trocadoo roteador), e vinte meses para consertar.
E depois de toda essa odisseia, eu ainda li e reli o capítulo e comecei a sentir que ele não tava bom, então precisei de mais um tempo para pensar no que não tava me agradando.
Esse é um capitulo diferente dos outros, tem pov de outros personagens também.
Tem também a música que eu falei p vcs que eu imagino para os dois.
Espero que vocês gostem!

Capítulo 19 - Loverboy


Fanfic / Fanfiction Burning in the cold -WinterWidow - Loverboy

POV YELENA                                                 

 – Acho que minhas ordens foram suficientes claras, criança. -  Ivan começou com aquele tom condescendente que ele várias vezes dirigia-se a ela, e que ela odiava profundamente. – Deixe que esses dois tolos continuem a nos vigiar em paz. Eu tenho certeza que, em breve, Natalia virá até mim graças a esses dois e também pelas crianças. Logo essa situação já estará resolvida.                                                                

- Resolvida de qual maneira? Pretende se ajoelhar a ela e implorar que fique com você? – ela o alfinetou, recebendo um olhar quase assassino de volta. - Convenhamos que, da última vez, ficou bem óbvio que ela não tem a mínima intenção de se juntar a você. E essa inútil – disse apontando para a adolescente deslocada que chorava copiosamente. Logo após Ivan ter percebido que ela falhara, ele estava a maltratando constantemente. Para o azar da garota, Yelena adorava pôr ainda mais lenha na fogueira. -  não consegue nem ao menos controlá-la. E sua adorável Natalia também não está sozinha. Entendo que você sinta um profundo afeto por ela, mas já está na hora de superar isso e passarmos a considerar se matar todos eles é o mais sensato a fazer.

- Cale-se. – Ele respondeu friamente. - Não me importa que os outros morram, mas quero Natalia viva. Qual a dificuldade de entender isso?

 -  Mas, Ivan, por quê? – Yelena insistiu. Já estava cansada de Ivan insistindo em sua “Tash”. Se ele não a tivesse criado, já teria desistido dele. - Ela é fraca e inútil. Você sempre esteve ao lado dela e, mesmo assim, ela te despreza. Eu não. Eu estou aqui e faço tudo o que você me pede, e mesmo assim, você prefere ela a mim. O que ela pode te dar que eu não?

- Yelena, como eu poderia explicar isso para você? Justo você que tem um coração tão frio e, que em alguns momentos, até chego a me perguntar se possui sentimentos, fora os hostis. Só por estar me perguntando isso, já sei que você nunca poderá entender.

Yelena bufou rancorosa e impaciente. Ao lado, a mutante pirralha tentava não chamar atenção, chorando baixinho. Fraca.

-Se é isso o que você deseja, que assim seja. – respondeu acalmando-se. Deu um sorriso maldoso. – Confesso que devido as circunstâncias, achei que você estaria um pouco mais preocupado com o fator tempo.

- E por que estaria? – Ele fingiu estar desinteressado.

- Ah, você sabe muito bem. Não ache que eu não sei o porquê de você ter desperdiçado uma dose da química de mutação com ela. Não sou estúpida. - Ela olhou as unhas, parecendo despreocupada – E considerando que ela tem passado um longo tempo com aquele americano tão bonito, acho que você vai acabar perdendo o... Como se diz? Timing certo. - Ivan voltou-se para ela com o rosto vermelho de tanto ódio. Ah sim, ela havia ido longe demais. Mas quem imaginaria que poderia ser tão divertido vê-lo daquela maneira? Riu novamente e disse suavemente. – Acho que você entende bem sobre o que estou falando, não é?

 Saiu apressada, já prevendo o ataque de fúria dele.

Desde criança, ela sempre ouvira Ivan falando sobre a ruiva, quase a colocando num pedestal. Ele adorava compará-las, sempre diminuindo a loira.

Por isso, mesmo sem conhecer a outra, Yelena a odiava. Queria matá-la, vendo-a morrer lentamente, mostrando a Ivan quem era realmente a melhor.

Caminhou procurando Alexei. Como sempre fazia nas horas vagas, ele estava silencioso e isolado dos outros num pequeno cômodo. Quando ele abriu a estreita porta do quarto onde agora estava hospedado, ela já o beijou, empurrando-o para dentro, enquanto ele já tirava a camiseta que usava.

Alexei era quase como um robô, então, não era nem o sexo ou qualquer sentimento tolo, que a deixava atraída por ele. Mas sim, o fato de saber que há muitos anos atrás, ele fora casado com a ruiva. Pertencera a ela, mas agora não mais. Agora ele era dela, e a sensação de tomar algo da outra que tanto atormentou sua vida, como um fantasma sempre presente, era maravilhosa.

 A vida que a ruiva tinha, deveria pertencer a ela, então, ela pegava todas as migalhas que conseguia. Mas estava cheia de viver de migalhas. Com Ivan querendo ou não, Yelena tiraria aquela praga vermelha do seu caminho, e tomaria para si a vida que Natalia havia roubado dela. Ivan ficaria furioso a princípio, mas depois a perdoaria, quando visse que Yelena era a melhor.

Ela ainda estava perdida em seus deliciosos pensamentos de grandeza, enquanto se vestia, e distraidamente olhou para Alexei. Ele ainda estava deitado nu, sem prestar nenhuma atenção nela. Não que isso fosse surpresa ou a magoasse, ela não se importava com ele mesmo. Mas, ele parecia mais taciturno do que já era, e também parecia pensativo. Isso na verdade foi o que mais chamou a atenção  dela. Alexei não pensava ou refletia sobre a vida, ele apenas cumpria ordens.

- O que foi? – Ela perguntou tentando soar carinhosa. – Você parece perturbado.

Ele não respondeu imediatamente, parecia estar organizando em sua cabecinha o que iria dizer.

- Tenho tido sonhos estranhos. – Ele começou cauteloso. – Desde aquele dia lá na fábrica, quando fomos pegar a mulher ruiva. 

Yelena congelou no exato lugar onde estava. Merda.

- Que tipo de sonhos?

- Eles são confusos, como flashes. Em alguns, estamos sentados em algum tipo de refeitório, conversando e rindo, como se fôssemos, não sei, amigos. Em outros, eu entro numa casa e a vejo sentada perto da janela, parecendo triste. Coisas assim, sabe? Nem mesmo parecem sonhos, é como se fosse real, como se aquilo realmente tivesse acontecido. Mas como poderia ser?

- Interessante. – ela respondeu sorrindo, tentando fingir que aquilo não era nada demais. -  Talvez seja o excesso de trabalho que esteja causando isso. Contou a mais alguém sobre isso?

- Não, por quê? Acha que devo contar a Ivan?

Yelena pensou muito antes de responder. Deveria ela mesma reportar isso a Ivan. Sabia que isso poderia ocasionalmente acontecer, mas depois de tantos anos de lavagem cerebral que ele sofrera, acreditou que não seria tão rápido assim.

Mas vendo por outro lado, talvez, seria preferível guardar essa pequena novidade apenas para ela, ter uma carta na manga, saber algo que Ivan não sabia. De alguma forma, poderia usar isso depois a seu favor.

Decidiu manter aquilo em segredo por enquanto, e tirar aquelas ideias da cabeça dele, o tranquilizando e deixando que ele a despisse novamente.

Naquele momento, ela não podia imaginar que esta foi a primeira de várias decisões idiotas que tomou, só viria a perceber depois que tudo tivesse acabado.

 

POV REIKO 

Reiko não tinha palavras para descrever a surpresa que tivera quando Natasha havia ligado para ela alguns dias atrás. Sabia que a ruiva estava no mínimo furiosa com ela pelos últimos acontecimentos. Essa situação a deixada profundamente abalada, mas também, mais arisca. Ok, Natasha tinha motivos para estar brava com ela, mas porque não com os outros? Especialmente, com o americano irritante. Ele já havia tentado matá-la, mas ora, vamos esquecer o passado. É claro que ele tinha uma adorável desculpa de “mas não era eu! Não sabia o que estava fazendo!”, ou outras desse tipo. Um comportamento tão típico dos homens! Sempre achara que a maioria das mulheres que conhecia, entre elas, Natasha, eram suficientemente espertas para não caírem nessa conversinha, mas pelo jeito, estava enganada.

Seu recente encontro com Gail também servira para aumentar ainda mais seu mau humor. A morena agira como se o fato de ter mentido e manipulado ela não fora nada demais. “Minha querida, você está reagindo exageradamente sobre isso! Fiz o que era necessário, pensando na segurança de todas nós! Como poderia saber que Ivan estaria tão doente assim? Vamos falar sobre o que realmente importa. Conte-me como estão indo as coisas? Já localizaram as garotas?” Reiko sabia desde sempre que Gail poderia ser um pouco ardilosa quando queria ou julgara necessário, mas havia passado do limite. Mas o pior foi a dor da traição, acreditava que, pelo menos com ela, Gail costumava ser mais sincera, mas estava enganada. Foda-se, Gail.

Pois bem, ficara até um pouco animada quando recebera a ligação de Natasha, até ouvir o que ela tinha a dizer. Ela fora um pouco fria, e havia dado uma missão para a japonesa um tanto estranha. E era por isso que ela agora estava naquele bar horroroso, observando uma jovem, que nem devia ser maior de idade, tímida e encolhida num canto.

Apesar de parecer tão jovem e frágil, Reiko sabia que ela era perigosa. Era a tal mutante que havia controlado Natasha com seus poderes bizarros.

Ela havia chegado à cidade antes dos outros três, que agora estavam tentando controlar a situação e planejar o que fazer, alguns quilômetros dali. Enquanto isso, ficara designado a ela tentar se aproximar da garota.

Natasha acredita que a pobre garota não fazia ideia em que estava metida, e que era manipulada por Ivan. Seu trabalho era tentar se aproximar da garota de olhar perdido, conquistar sua confiança, e neutralizá-la. Havia esperado pacientemente por um momento em que pudesse encontrá-la sozinha e longe do local onde Ivan mantinha as outras crianças prisioneiras, e não desperdiçaria aquela oportunidade tão rara.

Pegou sua bebida e sentou próxima a garota, que nem mesmo a olhou, absorta em tudo o que acontecia naquele lugar horroroso.

- Ah, homens! Eles não são tão previsíveis? Sempre brigando entre eles para ver qual é o macho alfa. – Reiko iniciou a conversa, logo após dois homens começarem uma briga. Russos bêbados. A garota olhou curiosa para ela. – Tão cansativo, não acha?

- Não, quero dizer, um pouco. – A garota sorriu nervosa. Seus olhos estavam inchados e vermelhos, mostrando que havia chorado. Inicialmente, achara que Natasha estava sendo caridosa demais com a garota, coisa que ela não costumava ser. Entretanto, agora vendo-a com o semblante triste e olhos vermelhos, acreditava que talvez a ruiva acertara ao julgar o caráter dessa garota. – É que... isso parece tão diferente! Como se eles pudessem fazer qualquer coisa que quisessem!

- E, mesmo assim, escolhem agir como tolos... – Reiko emendou.

- Verdade - ela riu, e Reiko surpreendeu-se com a doçura do sorriso. – Devo estar parecendo um pouco maluca, é só que... de onde eu venho, às vezes, parece que eu não posso ser como eles. Livres para fazer o que querem, mesmo ser tola.

- Liberdade é um conceito superestimado, e se quer saber, quase inexistente. – percebeu que tinha ganhado a atenção da garota. – Mas como uma russa pode não saber disso? Estamos em um dos maiores países do mundo onde ninguém é realmente livre, e quase tudo é proibido. Nem sempre oficialmente, claro, e também sei que há lugares piores. Mas mesmo assim... Eu, por exemplo, sou gay, entretanto, é mais seguro para mim não ficar falando sobre isso. O que foi mesmo que aquele jovem Masha disse? “Os russos são daqueles povos que nunca vão entender o feminismo e a homossexualidade.” Não que isso me importe realmente... É só frustrante não poder ser quem você realmente é. - Virou o restante da bebida na garganta. Estava um pouco nervosa. Por que estava contando essas coisas pessoais para a outra? – Não que alguém no mundo realmente seja. Livre, quero dizer. Porém, em alguns lugares as pessoas acreditam piamente que são. Ingênuas e sortudas. Nossas escolhas nunca são realmente nossas reais escolhas, apenas somos levados a acreditar que são.

 - Uau, isso parece bastante filósofo e depressivo. – A garota comentou sorrindo, e Reiko pensou que talvez até valesse a pena se expor um pouco, se isso fazia aquele sorriso tão bonito brotar. -  E um pouco assustador. Mas acho que talvez seja o que eu precisava ouvir.

- Ou talvez, não. Vamos esquecer por um minuto o que eu disse sobre ninguém ser realmente livre. Talvez, o que você realmente precisasse ouvir, ou mesmo pensar, é o que você faria se fosse livre?

- Eu não faço ideia, tantas coisas. Acho que me sinto um pouco como você. – Ela ficou subitamente vermelha. – Frustrada, quero dizer.

- Tenho certeza que você tem algumas ideias em mente sobre o que faria. – Ela continuou, ignorando a vermelhidão no rosto da garota . O que fora aquilo? - Não seja tão tímida. A propósito, sou Reiko.

- Nina. Um nome bobo para uma garota boba.

Reiko riu.

- Não acho que você seja realmente boba. 

 POV NATASHA 

- Reiko acabou de me mandar uma mensagem. Ela está vindo para cá com a garota. – Natasha disse após conferir o celular. – Vamos com calma. Isso pode não acabar nada bem se ela se sentir acuada. Deixem que eu fale com ela.

- Porque você é uma delicadeza, não é pirralha? – Natasha gargalhou com a provocação de Logan. Verdade que ela podia ser um tanto terrível às vezes, mas, normalmente, conseguia ser bastante diplomática. E bem, manipuladora.

Estavam aguardando por esse momento há alguns dias. Logo depois de Will e Hanne terem confirmado que Ivan e os outros estavam também ali, ela havia julgado que seria mais prudente se livrarem da garota antes, até porque nenhum dos três tinha a cabeça muito boa para deixar que uma garota ficasse brincando com ela.

- Como é que ela conseguiu isso? – James perguntou um pouco surpreso e desconfiado.. Quando Natasha havia dito a eles que incumbira Reiko daquela pequena missão, ele havia-se mostrado descrente.

- Reiko pode ter um certo charme para quem aprecia o tipo. – Ela respondeu maliciosa. Sabia que quando queria, Reiko poderia ser adorável. O problema é que ela quase nunca queria. – Principalmente, quando ela não está tentando irritar ninguém.

Esperaram mais alguns minutos, antes de ouvirem as duas entrando rindo na casa. Esta última, era mais uma casa que haviam conseguido graças a influência do bunker. Até Natasha estava um pouco surpresa com a abrangência do poder do bunker na Rússia. Imaginava o que mais Gail conseguiria fazer e quais os planos que ela tinha.

Ao ver Natasha, a garota imediatamente parou chocada, dando um passo para trás. A ruiva levantou as mãos, num gesto que pedia paz.

- Bem, acho que você já deve ter percebido que eu não fui tão honesta assim com você. – Reiko disse, chamando a atenção da garota. Quase parecia triste. – Sei que você tem um bom motivo para virar as costas e ir embora, mas peço que você apenas ouça o que ela tem a dizer a você. Depois você pode decidir o que quer fazer. É importante. E por favor, ninguém aqui está te atacando e nem tem essa pretensão, então esperamos que você faça o mesmo.

Como a garota não fez menção de se mexer, Natasha começou a contar sua história. Como ela já imaginava, Ivan estava manipulando a jovem, dizendo que eles estavam agindo em defesa da querida Mãe Rússia, como se eles ainda estivessem no período da Guerra Fria. Chegara a respirar aliviada por isso, conseguia imaginar o problema que teria caso estivesse errada.  Explicou durante o que pareceram horas sobre tudo. Afirmou que o governo russo não tinha nada a ver e nem tinha conhecimento das atividades de Ivan, (pelo menos, não oficialmente. Considerando a facilidade que Ivan estava tendo de transitar livremente pelo país, sem ao menos ser questionado, era claro que ele tinha algum apoio) contou que as motivações do pai adotivo eram de caráter pessoal, e frisou que tais atos poderiam trazer consequências sérias para todos que estivessem envolvidos, caso as autoridades responsáveis viessem a saber o que estava acontecendo.

Mesmo após todo o discurso, Natasha ainda sentia a hesitação da garota, que agora ela lembrava se chamar Nina. Ao mesmo tempo em que ela parecia querer firmar sua crença nas palavras de Ivan, era também óbvio que ela estava assustada e apenas aguardando um incentivo para largar tudo e pular fora daquela maluquice.

O que por fim a convenceu, foi a teleconferência que Logan havia conseguido preparar com o Professor Xavier. Saber que havia um lugar seguro e distante, cheio de outros jovens que eram como ela e que estava de portas abertas para recebê-la, foi miraculoso. Até Reiko pareceu um pouco emocionada com a situação.

Chorando, a jovem perguntou quando poderia ir para o instituto. Natasha teria preferido que ela concordasse em voltar para onde Ivan estava, para servir como uma agente infiltrada, mas era claro que ela não tinha nenhuma capacidade emocional para isso, além de parecer sentir medo de Ivan. Assim, teve que se contentar com os relatos dela, inclusive um que dizia respeito aos recentes atritos que estavam ocorrendo entre Ivan e Yelena. Após ouvir tudo, se retirou deixando para Logan a tarefa logística de como a garota poderia ir para o instituto o mais breve, seguro e discreto possível.

Uns minutos após chegar ao quarto, James apareceu.

 - Jessy virá com alguns outros para buscá-la. Acredita que eles tem um jatinho para emergências? – Ele brincou. – Talvez, pudéssemos pedir esse jatinho emprestado para quando resgatarmos as outras crianças.

- Sem chance. –Ela respondeu com a voz cansada. – Tenho que levá-las para a SHIELD, é o mínimo que posso fazer depois de todo o transtorno que causei a Fury. E acredite se quiser, mas ele não é uma má pessoa. Tenho certeza que irá providenciar tudo para que as essas crianças possam lidar com o que aconteceu com elas. E nós temos uma coisa muito melhor que um jatinho. Acho que você já viu nosso aviãozinho. – Ela se aproximou, dando um selinho de leve nos lábios dele. – Também acho que, em vez de ficar falando sobre Fury, deveríamos aproveitar esse tempo de outra maneira, considerando que amanhã finalmente vamos pôr nosso plano em ação. Pode ser a última noite que teremos juntos.

Ele passou os dedos pelos lábios vermelhos dela.

 - Não pense assim, Nat. Tenho certeza que nós não nos reencontramos novamente, após tantos anos, só para depois morrermos.

- Espero que não. Eu realmente gosto muito de estar viva, e também disso que temos.

- Já percebi. – Ele respondeu rouco, ao mesmo tempo em que tirava a grossa blusa que ela vestia. Se a temperatura na Rússia já era fria, na Sibéria ele sentia que iria congelar a qualquer momento. – Já que você quer passar esse tempo de outra forma, por que não continuamos de onde paramos naquele dia na boate? Você provoca, mas depois foge. Isso não é justo. Sou um homem velho, não sei se meu coração aguenta ser torturado dessa forma por você.

- Acho melhor não, por enquanto. – Ela respondeu brincando, recebendo um olhar de cachorrinho carente dele. - Só depois que isso acabar. Pense nisso com um pequeno incentivo para garantir que você nem ao menos pense em me deixar sozinha.

Em fração de segundos os dois já estavam na cama. Eles terminaram de se despir, mas ainda ficaram um bom, muito bom, tempo explorando o corpo um do outro.

 

"And you got me, let go (E você me pegou, me deixou ir)

What you want from me? (O que você quer de mim?)

What you want from me? (O que você quer de mim?)

I tried to buy your pretty heart, but the price too high (Tentei comprar o seu lindo coração, mas o preço era alto)

Baby you got me like oh (Querido, você me deixou como oh)

You love when I fall apart (Você adora quando eu desmorono )

So you can put me together (Assim você pode me juntar)

And throw me against the wall (E me jogar contra a parede)

 

Baby you got me like ah, woo, ah (Querido, você me deixou como ah, woo, ah)

Don't you stop loving me (loving me)( Não pare de me amar (me amar))

Don't quit loving me (loving me) (Não desista de me amar (me amar))

Just start loving it babe (loving me) (Basta começar a amar isso, querido (me amar))

 

Oh, and baby I'm fist fighting with fire (Ah, e querido eu estou lutando de frente com o fogo)

Just to get close to you (Só para chegar perto de você)

Can we burn something babe? (Podemos queimar um pouco, amor?)

And I run for miles just to get a taste (E eu corro por milhas só para pra te sentir um pouco)

Must be love on the brain (Deve ser amor na cabeça)

That's got me feeling this way (Isso que me faz sentir assim)

It beats me black and blue but it fucks me so good (Me deixa cheia de hematomas, mas transa tão bem)

And I can't get enough (E eu não me canso)

Must be love on the brain yeah (Deve ser amor na cabeça, sim)”

Quando enfim ele a penetrou os dois gemeram tão alto, que provavelmente todos no quarteirão deviam ter ouvido. Natasha quase teve vontade de rir ao imaginar a cara que Reiko, Logan e a pobre Nina deviam estar fazendo. Foda-se. Aquilo era bom demais para que ela perdesse tempo preocupada com o que os outros estavam pensando. Ah sim, definitivamente muito bom. 

POV BUCKY 

Natasha já estava vestida num grosso macacão branco, que a faria desaparecer em meio a neve, pronta para o combate. Ele alternava o tempo entre se preparar e olhar como a bunda dela ficava extremamente atrativa naquela roupa. Isso até ela lançar um olhar mortal em sua direção, que dizia “eu sei o que você está fazendo e pode parar e se concentrar “. Infelizmente, ela estava certa.

Reiko preparava as armas e munições, enquanto Logan brincava com suas garras. Nina já havia sido despachada para os Estados Unidos.

Ele já pronto, foi até o carro, aguardar os outros. Levou um pequeno susto quando Reiko deslizou para o banco de trás.

- Ei, americano. – Ela o chamou. Ela sempre proferiu a palavra americano como se fosse uma grande ofensa. – Mantenha Nat longe das crianças.

- O que? – exclamou alto. – Por que eu faria isso.

- Fale baixo. – Ela respondeu olhando para todos os lados. – Não sei se você reparou, mas Natasha tem um problema chamado “eu-não-sei-ver-crianças-sem-querer-salvá-las-custe-o-que-custar. Eu e Hanne somos provas vivas disso. E isso é muito bonito e tal, e quem sou eu para reclamar, já que me beneficiei disso, mas não podemos esquecer que algumas dessas inocentes crianças podem ser instáveis e perigosas. Preciso dizer mais? – Ela pensou e continuou. – Sabe aquelas pessoas que não podem ver um filhote de cachorro ou de outro animal fofo sem querer levá-lo para casa? Natasha é assim, mas trocando filhotes por crianças.

- Sobre o que vocês estão conversando? – Natasha perguntou quando entrou no carro. Logan já estava subindo em sua moto. James ficou em silêncio sem saber o que responder. Todo aquele papo de Reiko era meio louco, mas não deixava de ser um pouco verdade.

- Apenas frivolidades. – Reiko respondeu rápido e Natasha levantou uma sobrancelha desconfiada. – Estávamos discutindo como os americanos são os maiores filhos da puta do mundo. Quer uma prova? Duas palavras: bomba atômica.

- É? – Ele respondeu. – Tenho duas palavras para você também: Pearl Harbor.

- Sério? Você está comparando um ataque a um navio militar, um ataque que matou uma penca de militares, algo que é comum numa guerra, com jogar uma bomba atômica em duas cidades, dizimando milhares de militares e civis?

- Oh, meu Deus! Será que vocês podem parar com isso. Sabe, minha família toda foi morta num incêndio criminoso em Stanligrado e vocês não me veem reclamando disso. Fora que você – disse apontando para Reiko. – nem havia nascido quando a bomba atômica ocorreu e nem mesmo gosta do seu país. E você, James, não acredito mesmo que vai cair nessas implicâncias dela.

- Além de estar transando com uma russa. – Reiko comentou com bom humor, estava satisfeita de ter enrolado Natasha. – Rússia e EUA não eram tipo inimigos mortais?

- Ah, por favor. – Natasha respondeu exasperada. - Será que vocês podem ficar em silêncio até chegarmos?

Os dois resolveram seguir o conselho de Natasha. Bucky ficou pensando na tolice que a japonesa dissera. Como se alguém pudesse impedir Natasha de ir atrás das crianças, se fosse o que ela quisesse fazer. Além do mais, já tinham que se preocupar com Ivan e os outros.

Pararam há uma boa distância do local que invadiriam e foram se encontrar com Will e Hanne. Natasha distribuiu pontos eletrônicos, para que eles pudessem manter contato.

Ele foi até ela, desejar-lhe boa sorte, não que ela precisasse. Eles não entrariam juntos, Natasha o colocou com Will, enquanto ela ficaria com Hanne. Sobraram Reiko e Logan, e James não sabia de quem sentia mais pena. Logan porque era Logan, e Reiko porque era... Bem, Reiko. Precisava explicar mais?

Ela o abraçou.

- Eu acho que te amo, James Buchanan Barnes. – Ela sussurrou em seu ouvido com a voz aveludada, um voz que carregava tantas promessas e já havia levado a loucura tantas pessoas.

Ele já sabia disso, ou desconfiava com muita convicção. Mas ouvir ela dizer em palavras era outra coisa, muito mais importante e poderosa. Beijou-a com fúria, ignorando a leve tosse de Will, a risada de Hanne e os resmungos de Logan e Reiko.

Após alguns minutos, ela cortou o beijo, mas sem afastar totalmente.

- Hey, agora vamos lá, loverboy. Não temos o dia todo.

- Eu sei.


Notas Finais


Então gnt, vcs gostaram do capítulo e de ver o POV de outros personagens?
O que vcs acharam da música? Quais que vcs acham que combinam com nosso casal lindo?
Vem Natal e Ano-novo aí, mas como eu estou completamente de férias agora, do trabalho tb, espero postar mais um capítulo pelo menos antes de 2017.
Tenho planos de mais duas fics p ano que vem, uma a segunda temporada dessa e outra tb winterwidow.
Até o próximo!


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