História Bus Stop - ChanBaek - Fourteen

P.O.V Luhan

— Hã... Eu vou... É... Vou tomar banho! — Baekhyun saiu da sala, deixando apenas eu e Sehun alí.

Cruzei os braços. Nós nos encaramos por alguns minutos, acho que nenhum dos dois tinha mais alguma reação para expressar além do que foi dito.

— Flashback —

Eu andava impaciente pela sala de estar da minha casa. Aquilo era quase como uma traição, Sehun sabia do meu passado com Huang ZiTao.

Aquela coisinha mal desenvolvida já tinha sido um dos meus amigos mais importantes, até fazer uma das piores coisas que poderiam ser feitas com uma pessoa, mas isso é detalhe. Sehun sabia muito bem o que ele tinha feito e que não tínhamos chances de nos dar bem de novo.

Alguns minutos depois ouvi a campainha tocar, olhei pela janela vendo Sehun alí. Fui até a porta e abri a mesma, encarando seu rosto inexpressivo.

— Você vai continuar fugindo de mim, Luhan?

— Não estou fugindo de você, Sehun. — Ok, talvez eu estava sim. Não queria falar com Sehun.

— Isso é por causa do Tao?

— Você sabe que eu odeio ele.

— Mas já faz tempo desde...

— Não me venha com essa. — o interrompo — Eu sei muito bem quanto tempo faz, e nunca vou esquecer daquilo, nem se você pedisse de joelhos.

— Ele disse que está arrependido!

— Pouco me importa como ele está! Sehun, você não devia estar apoiando ele.

— Não estou apoiando ele!

— E o que está fazendo?

— Eu quero que os dois voltem a...

— Não. — corto sua frase — Não tenta, não vai acontecer, nem se ele fosse a última pessoa do mundo.

— Luhan...

— Vai embora, Sehun.

Ele faz uma longa pausa antes de falar:

— Isso é sério?

— Eu preciso pensar. Você não está me ajudando em nada.

Sehun concorda com a cabeça e se vira, indo realmente embora, quando tudo que ele precisava fazer era apenas ficar e dizer que iria se afastar de Tao.

— # —

Sehun matinha a expressão de porta de sempre. Isso era ruim, eu nunca conseguia saber o que estava pensando, o que poderia ser uma vantagem para ele.

— Você se deu o trabalho de vir até a casa do Baekhyun para me fazer mudar de ideia sobre o Tao?

— Não. Eu vim acertar as coisas com você.

— As coisas estavam fáceis de se acertar até você defender com todas as garras aquele pilantra.

— Eu já disse que... — ele suspira — As coisas não são assim, Luhan. Ele me parecia arrependido.

— Não o perdoaria nem se Deus descesse do céu. E outra, meu passado com aquela coisa não tem nada haver com a gente, Sehun!

— Você sabe que...

— Que você é bom demais, Sehun! Bom demais. Já brigamos por isso antes, algumas pessoas não merecem perdão. Mesmo que Tao seja o seu primo.

— Isso não é só ciúme?

Solto uma risada anasalada.

— Não tem nada haver com ciúme! Ele é manipulador, está te manipulando como das outras vezes, você não vê isso?

Ele permanece em silêncio. Eu suspiro.

— Você precisa pensar, Sehun.

Ele concorda com a cabeça e olha para mim.

— Vem comigo. Por favor. Eu juro não tocar nesse assunto outra vez.

Penso um pouco. Aquela naja do Tao queria que brigássemos, como antes, mas não vou dar este gostinho a ele, ao contrário, vou atiçar ou eu não me chamo Xiao Luhan!

— Vou avisar ao Baek que já estou indo.

O sorriso de Sehun não podia ser mais aliviado do que foi. Corri até o quarto de Baekhyun, encontrando o mesmo deitado na cama com aquele celular grudado nas mãos.

— Viciado.

— Nem sou.

— Você é viciado naquele garoto lá, né? Estou sabendo dos teus rolos, Byun. — sorrio maliciosamente.

Um travesseiro voa na minha cara, mas não posso deixar de rir da cara de cu de Byun Baekhyun.

— Escuta, eu estou indo embora. Eu e Sehun já estamos bem.

— Eu ouvi um amém? Eu acho que sim! — jogo o travesseiro na cara dele — Ai! Ta bom! Se comam e sejam felizes!

— Ta. E para de fazer sexting com aquele menino, seus indecentes!

— Eu não sou você!

— Sei muito bem dos nudes que você manda!

— Cala a boca! — ele ri — Não brigue com o Sehun de novo, hyung!

Concordo com a cabeça e me despeço com um abraço e um tapa na cabeça dele.

Depois de Sehun e eu sairmos do apartamento de Baekhyun, andamos pela rua calmamente, com as mãos entrelaçadas. Aquilo era fofo e Sehun sabia que eu amava coisas assim.

Fomos o caminho todo até a minha casa em silêncio, eu não acho que precisávamos de muitas palavras. Ele decidiu que dormiria na minha casa, mas sabíamos muito bem que não iríamos apenas dormir.