História Buscando o sentido da vida - Também preciso de você

O que eu faço, que droga ele não pode ver isso. E pior que não tenho nada aqui a não ser uma toalha de rosto, vou ter que arrumar um jeito.

— Liz, eu quero falar com você! Onde você esta?

—Vai embora, eu não quero conversar com você!

—Liz você esta no banheiro? ei eu só quero conversar!

—Sai daqui, eu não quero conversar.

—Liz eu falo sério, eu quero me explicar, me de essa chance!

—Eu...eu não posso.

—Por favor!

Eu não sei o que fazer, tudo parece estar contra mim, parece não está! Eu só quero que esse pesadelo acabe, eu vou dar uma chance para ele. Peguei uma toalha de rosto que estava pendurada e coloquei sobre o meu braço como se tivesse a carregando, tentei disfarçar o máximo.

—Tudo bem eu vou sair!— Falei abrindo a porta.

—Oi Liz podemos conversar?

—Fale o que você quer!

—Eu quero te explicar, eu sei que fui culpado de tudo e sei que esta com razão de sentir ódio de mim...

—Eu não sinto ódio de você.

—Não sente?

—Não, pois se sentisse eu não estaria sofrendo! Agora me da licença eu preciso vestir uma roupa! 

—Liz me perdoa?

—Vai embora!— Falei virando o rosto e sai andando.

—Liz espera! Ele disse puxando meu braço e fazendo a toalha cair.

—Me deixa!

—O que é isso? você está sangrando.

—Não é nada por favor me solta!

—Como assim não é nada, você quem fez isso não foi? Foi?

—Para de perguntar por favor! Eu... eu preciso pensar.

—Liz deixa eu te ajudar, isso pode prejudicar nosso bebê.

—É só por ele que esta aqui ne? Você só se importa com ele!

—Para de falar isso!

—Eu também quero carinho!—Falei me ajoelhando no chão junto as lágrimas que estavam a cair.

—Deixa eu te ajudar! 

Ele chegou perto de mim, me encostou em seu ombro, enquanto eu chorava. Parece uma atitude desesperadora, mas eu não aguento mais, eu quero me sentir amada.

Ele me pegou no colo me colocou na cama e depois limpou meu braço, eu estava tentando não me perder naqueles olhos, mas confesso que estava difícil. Fui vesti a roupa e ele deitou do meu lado, eu tentei de todos os jeitos me manter firme é falar para ele ir embora, mas estava tão bom. 

—Ian, por que faz isso?

—Faço o que? — Ele falou pegando em minha cintura e me aproximando dele.

—Isso! eu falo que não e você insisti, o pior que sabe que te amo e que eu não resisto.

—Pra que resistir então?

—Por que você é estranho parece que gosta de brincar com meus sentimentos. Me trata bem agora, mas depois me trata feito lixo!

—Eu não queria ser assim, eu te amo mas as vezes não sei demonstrar.

—Eu estou cansada disso. Se me ama demonstre ou então contente-se em me perder.

— Liz eu quero melhorar. Se eu pudesse voltar atrás e refazer tudo de novo, eu teria feito tudo certo. Eu não teria dormido com aquela mulher e...

— Nem me fala disso, ao saber que alguém já ocupou o meu lugar, que alguém já foi amada por você e que essas mãos já tocaram outro corpo além do meu, me dá um nó na garganta que parece me sufocar.

—Não fala assim, eu não queria que isso acontecesse.

—E você já pensou em avisar para sua filha que você vai ter outro filho com outra mulher?—Falei deixando lágrimas escaparem.

—Não fala desse jeito, me faz sentir pior.

—Você não sente nada Ian, é um egoísta! 

Fomos interrompidos por uma ligação no celular de Ian.

—Ei quem era?

—Me desculpe eu tenho que sair.

—Quem era Ian? 

—Olha liz eu não quero mentir para você. Era a Nat ela esta passando mal, me desculpe 

—Quem é Nat? A mulher que você ficou.

—Perdão eu tenho que ir, mesmo que não saiba que o filho é meu eu sou única pessoa que ela pode confiar.

— Sai daqui Ian!

—Me desculpe mesmo.

—Guarde essa desculpa de merda para você, suma daqui!

—me desculpe! — Ele falou se levantado.

—SAI!!! 

Eu vi ele indo socorrer a outra, enquanto eu estava morrendo, morrendo por dentro. Me sentia como se alguém estivesse pisando em meu coração. Eu não quero ser a ruim, não quero que ele não ajude a outra, mas eu também quero me sentir amada e acho que isso não é pecado.