História Buscarei vingança - Carona

Acordei, levantei e fiz minhas higienizações. Fui para cozinha tomar café, depois peguei um táxi e fui para a escola.
Sentei entre Mel e Alice.

Mel: Menina, que negócio foi esse de Romeu te pegando no colo e carregando pela escola?

Eu: Bom dia para vocês também.

Alice: Estamos curiosas.

Eu: Eu fui empurrada.

Mel: Por quem?

Eu: Não sei.

Alice: Quem faria isso com você?

Eu: Talvez a mesma pessoa que me atropelou.

Mel: Que absurdo. Alguém quer te matar.

Alice: Ou talvez só machucar né.

Mel: Ahram, porque um pessoa empurrar outra da escada e atropelar com um carro é só pra fazer um machucado na Ju.

Eu: Ah, não quero nem falar nisso.

Alice: Você nem está preocupada.

Eu: Minha mãe vai colocar um agente pra me seguir.

Mel: Homens de terno, hum, adoro.

Rimos.

Eu: Não Mel, ele vai estar disfarçado.

Alice: Quando ele começa?

Eu: Nem sei viu Alice.

Mel: Você falou com Mike?

Eu: Falei.

Mel: E?

Eu: Ele se foi.

Alice: Você não está tão triste.

Eu: É, mais ou menos.

Mel: Tive uma idéia.

Eu: Fala ue.

Mel: Vamos no karaokê hoje.

Eu: Não posso. Tenho que ir no médico hoje.

Alice: O pert. Vai ficar o dia todo lá é?

Eu: Não né. Mas cansa muito.

Mel: Então amanhã mesmo.

Eu: Isso.

O professor entrou na sala. Teve as 5 aulas. Depois fui para casa de táxi.
Cheguei em casa e fui almoçar junto com minha mãe.

- Ju?

- Oi mãe. Chegou cedo hoje do trabalho.

- É, não tinha muita coisa pra fazer.

- Hum, novidades?

- Já falei com o agente 66.

- E?

- Ele começa depois de amanhã. Porque ele trabalha como professor.

- Osh, um professor vai me proteger. Legal em.

- Não esses professores assim Juliet. Ele é um professor particular. Ele ensina a pessoa se tornar um agente. Lá na RSC é um professor para cada. Aí me indicaram ele. Disseram que ele estava precisando de uma grana e tal.

- Ah sim.

- Vai ter dias que ele não vai poder estar com você.

- Tudo bem. Eu nem queria né.

- Mas como eu disse, tudo para seu bem.

- É.

- Não esqueça de ir no médico hoje.

- Não vou.

- Às 15:00 horas.

- Ok.

- Juliet, estava pensando em convidar a senhora Helena e o Romeu para vim jantar aqui.

- Pode ser, vai ver eu consigo lembrar deles.

- Como assim? Não lembra deles?

- Não. Não me lembro de quase nada de quando era mais nova.

- O médico disse que era normal. Mas mesmo assim você fale com ele hoje.

- Ok.

- Então você faça o convite, pode ser?

- Tá bom.

Terminamos o almoço e fui dormir. Acordei 14:30, me arrumei e fui para o hospital de táxi.

- Consulta com Dr When.

Falei com a recepcionista.

- Juliet?

- Sim.

- Ele só está a sua espera. Pode ir até a sala dele. Segunda porta a direita no corredor 2.

- Ok.

Fui até a sala de Dr When. Ele estava escrevendo em uns papéis

- Juliet?

- Olá Doutor.

- Pode me chamar When.

- Tudo bem.

- Hum, vamos começar.

- Ok.

Fizemos os exames. Terminou era umas 19:00 horas.

- Está tudo bem com você Juliet. Nas quinta você pode vim aqui pra tirar isso aí do pé.

- Graças a Deus. Não aguento mais pegar táxi.

- E a memória?

- Não se preocupe, a qualquer momento ela pode voltar.

- Vai demorar muito?

- Talvez sim. Talvez não. Depende do seu organismo. Você pode lembra hoje, amanhã ou daqui a um ano.

- Ou talvez eu nunca lembre.

- Não, não.  Vamos esperar. Se você não se lembrar, iremos fazer uma terapia.

- Ah sim. Tudo bem.

- Por hoje é só dona Juliet. Até a quinta.

- Xau.

Eu sair e fui para fora do Hospital esperar o táxi.
Fiquei 30 minutos por ali e nada, até que resolvi andar.
Andei um pouco até que um carro parou do meu lado. Meu coração gelou na hora.
Pensei: "Hoje eu morro".
Os vidros do carro abaixaram. Era Romeu.

- Carona?

- Meu Deus.

Ele riu. Esse sorriso parecia familiar.

- Assustada?

- Super.

- Entra aí vai.

Eu entrei e ele me levou para casa.

- Obrigado.

- Não precisa agradecer.

- Sempre vai precisar.

- O que faz por aqui sozinha essa hora da noite?

- Me lembrou meu pai. Hum, estava no hospital.

- Aconteceu alguma coisa com você?

Ele parecia estar preocupado.

- Não. Esta tudo bem. Só exames.

- A sim. Quando vai tirar esse negócio aí de seu pé?

- Na quinta.

- Hum.

- Minha mãe pediu para você e sua mãe irem na sexta lá em casa. Ela vai dar um jantar e não aceita um não como resposta.

- Ok.

Ficou silêncio por uns minutos.

- Já se lembra de mim?

- Não. A gente é bem próximo?

- É estranho você não se lembrar. Mas pode-se dizer que a gente estava ficando mais próximo por esses dias.

- Porque por esses dias?

- Há um mês eu quase não ti via. Ou você estava me evitando ou estava muito ocupada. Eu também andava muito ocupado com a faculdade. E por esses dias podemos dizer que nos reencontramos.

- Mas esse reencontro não foi igual do passado né ou foi?

- Como assim?

- De acordo com minhas informantes, tivemos um passado bem próximos.

- Ah! Não foi dessa forma que foi nosso reencontro, mas não seria nada mal se fosse.

- Você é meu professor.

- Você não pensou assim quando quase nos beijamos na cozinha da minha casa.

- Você disse que não foi igual o passado.

- E não foi. Mas eu queria e você também. Ia acontecer.

Ele parou o carro. Tínhamos chegado em casa.

- Talvez não tenha mudado de opinião.

Chegamos mais perto um do outro.

- Você deveria lembrar do que sentiu naquele dia. Estava nervosa.

- Nervosa?

- Sua respiração estava um pouco alterada. Seus dedos se movimentavam lentamente como se estivesse tocando piano. Estava com calor. Seus olhos brilhavam.

Ele tocou no meu cabelo. Eu fechei os olhos.

- Queria lembrar.

- Estava do mesmo jeito que está agora. Perfeita.

Abri os olhos. Olhei nos olhos dele. Estamos bem próximos. Dava para sentir sua respiração.

- Me conhece mais do que eu imaginava.

- Cada ação, cada curva, cada sabor. Eu lembro de tudo.

Eu me afastei dele. Lembrei da Sabrina. Ele estava com ela. Por mais que eu quisesse eu não poderia fazer isso com ela.

- Tenho que ir.

- Vai repetir a mesma coisa?

- Eu não me lembro. E você tem ela.

- Ela?

Eu sair do carro e entrei em casa. Ele foi para casa dele.
Estava com fome, então fiz um sanduíche e comi. Depois fiz minhas higienizações e fui dormir.