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História Cabeça nas Nuvens - Segunda Temporada - Festa da Narumi


Escrita por: Amma_Star

Capítulo 4 - Festa da Narumi


Fanfic / Fanfiction Cabeça nas Nuvens - Segunda Temporada - Festa da Narumi

- O que?? Kominato e Makita? Não consigo acreditar! – Exclamou Kou, enquanto caminhávamos em direção a escola.

- Ele não te disse nada? Como você não sabe que seu melhor amigo está namorando?

- Kominato é muito reservado, ele comentou que estava saindo com uma garota, mas nem em mil anos iria achar que era a Makita! – Disse Kou sorrindo, passando as mãos no cabelo com expressão surpresa.

- Acho que eles combinam, Makita é muito doce e o Kominato parece ser um cara legal.

- E ele é, achei que ele era meio lerdo para garotas, mas pelo visto está mais para come quieto.

- Falando em come quieto, e o seu irmão? – Logo lembrei que Murao queria mais informações e comecei a sondar Kou.

- O que come quieto tem a ver com meu irmão? – Perguntou Kou rindo da pergunta. – Por acaso tem a ver com a Murao? Por que já vou logo avisando, meu irmão é um túmulo, não me conta nada.

- Aaah, poxa! E não tem como você perguntar para ele? – Fiquei extremamente decepcionada, Murao era uma menina tão legal, queria que as coisas dessem certo para ela também, e não custava nada Kou obter informações com o irmão. – Fala sério, vocês são irmãos, não é possível que ele não te fale nada!

- É possível sim, ele não fala, Tanaka é muito reservado, mas fica tranquila, ele é uma pessoa séria, se ele está conversando com a Murao, é porque ele tem boas intensões com ela.

Poucos minutos depois chegamos à escola e fomos para salas diferentes.

- Sério que ele disse isso? – Perguntou Murao escondendo o sorriso com uma mexa do cabelo. – Fico cada vez mais afim do Tanaka, então ele não está brincando comigo, fico mais aliviada assim.

- Claro que ele não está! Fala sério, ele é irmão do Kou, os dois tem o mesmo sangue, com certeza ele é tão legal quanto o irmão! – Respondi empolgada tentando encorajar Murao.

- Nossa, você acha tudo isso do Kou? – Perguntou Murao sem acreditar muito no que eu acabara de dizer.

- Eu tenho certeza, ele é perfeito. – Respondi firmemente.

- Cuidado para não se decepcionar, ninguém é perfeito Futaba. – Disse Makita sentando ao nosso lado.

- E como está o mais novo, e secreto casal? – Perguntou Murao à Makita com um sorriso provocativo.

Makita riu e disse que os dois estavam super bem. Passamos o restante do dia conversando sobre Makita e Kominato. Makita parecia muito feliz, contou que Kominato a iria levar para conhecer os pais dele no domingo e que ela estava muito nervosa, mas seria impossível os pais de Kominato não gostarem da futura nora, Makita era muito meiga e doce, impossível não amar.

Conversamos tanto sobre o namoro de Makita que acabei me esquecendo da festa de Narumi mais a noite, Kou me lembrou na saída da escola e quando cheguei em casa dormi só um pouco antes de começar a me arrumar. Ainda faltavam umas 5 horas, mas a ansiedade falava mais alto.

Quando deu 21h30 Kou me mandou uma mensagem no celular dizendo que logo estaria na minha casa para me buscar, desci correndo para a porta e encontrei Kou me esperando para a festa.

Kou estava vestindo uma camisa jeans jogada por cima de uma blusa de malha branca, calça preta e tênis. Nada muito elaborado, mas estava tão cheiroso que me dava vontade de ficar agarrada a ele o tempo inteiro.

Chegamos à casa de Narumi, uma casa simples, de madeira, com cerca viva na frente. Enquanto nos aproximávamos da rua, já podíamos ouvir o som alto da festa tocando. Chegamos na porta e Narumi nos recebeu um tanto tonta, parecia já ter bebido bastante, estava com um vestido de lantejoulas verde, bem decotado, deixando os seios miúdos à mostra, e segurava uma garrafa de cerveja na mão.

- E ai casal, chegaram bem na hora, vão entrando, a casa é de vocês – Disse Narumi com a voz arrastada nos encaminhando para dentro da casa, Narumi estava com o olhar caído, seus olhos estavam cobertos por uma camada grossa de delineador preto que escorria pela lateral do rosto. Seu sorriso era idiota, não parecia estar nada sóbria.

Por dentro, a casa de Narumi era tão simples quanto por fora, a sala possuía um piso de madeira escura e móveis antigos que pareciam terem sido passados de geração em geração. Um sofá velho estava encostado ao fundo da sala, o estofado amarelo saia pela parte gasta do couro e havia um cinzeiro, abarrotado de bitucas, acomodado no braço do sofá. A casa estava com a iluminação baixa e um pouco turva, devido a quantidade de fumaça no ar. Fumaça essa que eu não sabia identificar tinha maconha ou só cigarro, provavelmente um pouco dos dois.

- Melhor nós irmos para a cozinha, o clima aqui está meio pesado – Disse Kou me encaminhando pelos corredores enquanto segurava minha cintura.

A cozinha da casa de Narumi possuía um balcão de uma madeira escura bem no centro, que estava coberto por biscoito, e migalhas. Um isopor grande com gelo e bebidas estava encostado ao lado do balcão, e uma poça de água se formava ao lado do isopor molhando o chão. As paredes eram de um azulejo amarelado, que um dia deve ter sido branco. Havia panelas gastas e enferrujadas penduradas em ganchos na parede perto do fogão. O lugar parecia um chiqueiro, um cheiro forte de perfume barato dominada o lugar. Provavelmente uma garota havia se pegando com um cara ali no balcão e acabou contaminando o lugar com seu perfume.

- A casa está cheia de gente, você conhece essas pessoas? – Perguntei a Kou.

- Nem a metade, pelo visto Narumi fez muitos novos amigos. – Disse Kou analisando as pessoas que circulavam pela casa.

 Um menino sardento de cabelos cacheados dançava perto da porta da cozinha com uma garota, na tentativa de conseguir um beijo. Mas pelo jeito que ela olhava para ele, não parecia que o garoto iria ter sucesso. A música da festa estava boa, mas o clima pesado estava deixando a mim e a Kou incomodados, além disso, eu já havia bebido um bocado, sentia que era melhor ir embora. Falei com Kou e ele concordou em irmos.

- Mas já? São só 23h! – Disse Narumi fazendo beicinho para nós enquanto equilibrava um copo de bebida na mão. – Vocês não podem ir embora, fiquem mais! Quero vocês aqui! Comigo! Vocês não são meus amigos?

- Somos Narumi, mas é melhor irmos embora agora, ou daqui a pouco estaremos igual a você. – Disse Kou enquanto abria passagem em direção a porta.

- Mas eu estou ótima! – Gritou Narumi de longe enquanto nos via ir embora. – Fiquem! Vai ter bolo! Vou sentir saudades de vocês!

Fechamos a porta e saímos daquela casa fedida e cheia de gente esquisita. Eu e Kou estávamos a pé, e resolvemos caminhar pelo acostamento, paralelo ao rio que cortava a cidade. Resolvi caminhar em cima de um paralelepípedo e dei a mão para Kou para ele me ajudar a equilibrar.

- Kou, o que aconteceu com a Narumi, ela é meio louca assim mesmo? – Perguntei para Kou enquanto caminhava a passos lentos sobre o paralelepípedo.

- Ah, mais ou menos, Narumi sempre foi meio louca, mas ultimamente ela tem andado muito estranha, e com gente estranha, não sei o que está acontecendo com ela, fico preocupado. – Disse Kou olhando para baixo enquanto segurava minha mão.

- Ela parece estar andando com uma galera bem pesada, se não se cuidar, vai acabar fazendo coisas das quais ela pode arrepender.

- É, vou conversar com ela, talvez a mim ela escute.

- Com certeza ela vai. – Falei revirando os olhos.- Achei que Narumi era rica, mas a casa dela parece mais uma pocilga, tudo sujo e revirado. - Por um segundo de descuido escorreguei e quase caí do paralelepípedo.

- Hey! Cuidado! – Disse Kou segurando firme em meu braço. – É melhor você descer Futaba, pelo visto você bebeu demais. – Torci o nariz e continuei andando sobre o paralelepípedo, com os braços abertos, com andar cambaleante. - Narumi aparente ter mais do que realmente tem, os pais sempre deram mais do que realmente podiam, e ela cresceu acostumada a viver de aparências. Mas a casa nunca foi bagunçada, não sei o que esta acontecendo, estou te falando, ela esta estranha, as vezes foi por que os pais estão viajando.

- E ela não pode limpar a casa enquanto isso?  Tinha uma visão completamente diferente dela, me surpreendi hoje, mas enfim né..acho que vou descer daqui. – Respondi com um semblante triste cedendo ao pedido de Kou – Mas você terá que me segurar.

- Ok! Pode vir! – Respondeu Kou animado abrindo os braços para mim.

Não pensei duas vezes e pulei em seus braços, mas Kou e eu estávamos um pouco altos devido a bebida da festa. Kou acabou escorregando e caiu para trás me levando junto com ele. Rolamos no gramado descendo uma pequena ladeira na encosta da ponte.

Caímos um do lado do outro, Kou se levantou e começou a rir da cena, sentei no gramado e comecei a rir com ele. Kou chegou perto de mim e sentou-se ao meu lado.

- Você está bem? – Perguntou sorrindo colocando a mão no meu rosto.

- Estou. – Respondi gargalhando. – E você?

- Melhor impossível.

Kou me deu um rápido beijo e se levantou esticando a mão para me levantar, mas puxei sua mão retornando-o para o chão.

Kou sentou do meu lado e me deu um selinho.

- Vai ficar aqui para sempre? – Perguntou Kou sorrindo.

- Estou com preguiça de levantar. – Disse fazendo charminho. – Fica aqui comigo.

Kou me deu um sorriso provocante e se ajeitou ao meu lado no gramado. Acariciou meu rosto, deslizando sua mão até meu pescoço e beijou minha boca lentamente, seus lábios tocavam os meus num ritmo tão suave e lento, que fizeram meu corpo estremecer por inteiro. Senti um frio na espinha, e contrai os ombros, Kou percebeu minha reação e sorriu para mim. Parecia feliz com o efeito que causava. Kou acariciou meu rosto e voltou a me beijar, mas dessa vez com mais intensidade, entrelaçou os dedos pelo meu cabelo e o segurou forte, passei meus braços por seu pescoço e o beijei. Estávamos nos beijando intensamente, quando Kou me puxou para mais perto dele e acabei me acomodando em seu colo.

O clima estava perfeito, uma noite de verão não muito quente, periodicamente soprava uma brisa nos refrescando e levantando o cheiro de grama recém cortada. Se fazia um silêncio reconfortante, só podíamos ouvir o barulho de grilos e de carros mais ao longe.

Kou delizava suas mãos por minha cintura, e a apertava de vez enquando, até que senti suas mãos deslizarem por dentro da minha blusa, subindo pelas minhas costas. Senti um arrepio na espinha, e passei minhas mãos por dentro de sua camisa também. Nunca havíamos namorado desse jeito, não nessa intensidade toda, algumas vezes na casa de Kou nós já havíamos dado uns amassos, mas Kou nunca tinha colocado a mão por dentro da minha blusa, nunca havia colocado a mão diretamente sobre a minha pele. Senti a volume da calça de Kou aumentar e fiquei levemente envergonhada, mas gostei de ter causado tal reação nele. Depois de mais alguns minutos, Kou estava tão duro que parecia que sua calça iria explodir. 

Kou deslizou as mãos por meu corpo e acariciou minha barriga, um pouco abaixo dos meus seios. Um frio subiu pela minha espinha, e dessa vez, não era só Kou que estava extremamente excitado.

- Kou, acho melhor pararmos por aqui – Falei tirando delicadamente as mãos de Kou de dentro da minha blusa e saindo de seu colo. Sentei no gramado de frente para Kou e ajeitei minha roupa.

- Desculpa, passei dos limites? – Perguntou Kou com o rosto corado passando as mãos pelo cabelo. – É que depois que você me deixa em um certo nível, é difícil parar, fico com vontade de fazer várias coisas com você. – Meu rosto corou no mesmo instante, e desviei o olhar de Kou. Olhei para as folhas do gramado tentando não encará-lo diretamente, mas minha atitude era tão ridícula que voltei a olhar em seus olhos. A Lua estava iluminando seu rosto e seus cabelos balançavam com o vento, o deixando incrivelmente perfeito.

- Tudo bem, eu também não queria parar – Respondi olhando novamente para baixo, então Kou pegou minhas mãos e as beijou suavemente. Senti uma confiança tão grande em Kou, ele era tão fofo, minha vontade era de pular nele e continuar com nosso amasso, mas a consciência falou mais alto. – Acho que aqui não é lugar para fazermos isso, estamos na beirada da ponte, imagina se alguém passa por aqui e nos vê?

- Essa é sua única preocupação? – Perguntou Kou com um sorriso travesso – Porque se for, vamos para a minha casa agora!! – Sorri para ele e balancei a cabeça em sinal de negação.

- Não é só o lugar, eu também não me sinto muito a vontade para isso, não agora.

- Tudo bem Futaba, eu te respeito, não vou fazer nada do que você não quiser. Mas é difícil me controlar com você sentada no meu colo, se é que você me entende...

- Eu sei, eu sei, também é difícil me controlar com você beijando meu pescoço e passando as mãos nas minhas costas.

- Se é tão difícil assim, por que você não deixa rolar? Vamos nos amar – Disse Kou com uma piscadela e com um sorriso tão lindo, que fez meu coração derreter todo.

- Ainda não estou pronta Kou, mas quando chegar a hora, pode deixar, você vai ser o primeiro a saber.

- Pode ter certeza que vou ser o homem mais feliz do mundo nesse dia– Disse Kou com um sorriso enorme. – Mas tudo bem, não vou forçar, tudo no seu tempo.

- Obrigada. – Abracei Kou e ele deu um beijo em minha cabeça. – Agora vamos embora, por favor? Estou começando a sentir frio.

- Frio? Já? – Respondeu Kou sorrindo me dando a mão para levantar. – Eu estou morrendo de calor, meu corpo é puro calor!

- Ta bom Kou, já entendi! – Falei sorrindo. Kou tirou a camisa jeans e me deu para vestir, ficou só com a blusa branca de malha, mas não aparentava estar sentindo frio.

Fomos embora para casa, conversando sobre várias coisas durante o caminho, Kou me contou que quando pequeno achou um gatinho na rua e levou para casa, mas o gatinho sempre fugia, até que ele desistiu e resolveu deixar o gato na rua, mas que vez ou outra deixava um potinho com ração e leite para o gato na porta de casa. Contei que nunca tive um animal de estimação, e combinamos de adotar um cachorro quando nos casássemos, mas acabamos brigando quanto ao nome do cãozinho, Kou disse que “pompom”, o nome que eu escolhi, não era respeitável o suficiente, achamos melhor não discutirmos o nome do cachorro por enquanto, mas eu sei que vai ser Pompom no fim das quantas.

Cheguei em casa e tomei um banho quente, minha perna estava toda coçando por causa da grama, e haviam umas folhinhas no meu cabelo. Me troquei e deitei na cama, a noite de hoje havia sido incrivelmente boa. Saí mal-humorada para a festa de Narumi, mas os momentos que tive com Kou mostraram para mim como ele consegue deixar tudo mais colorido. Acabei dormindo sem ver e sonhei com Kou. Acordei no outro dia com uma mensagem, mas não era de Kou, era de Touma. Confesso que fiquei um pouco decepcionada.

“- Bom dia Futaba, espero que tenha dormido bem, vou ter um show sem ser domingo agora, no outro, lá no Galpão cultural, seu nome vai estar na lista, vê se aparece p me ver, Bjs Touma. “

Parece que ele não se toca, um pouco de semancol seria bom para ele. Nem em mil anos eu iria em um show para ver ele, pensei comigo mesmo, decidi por ignorar a mensagem e voltei a dormir. Quem sabe não conseguia voltar ao meu sonho com Kou?



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