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História Caça e Caçador - Quem é você e o que somos.


Escrita por: Am_Crespo05

Notas do Autor


Adiantei esse capítulo. Espero que gostem!

Sem Obs no momento.

Boa leitura o/

Capítulo 5 - Quem é você e o que somos.


Fanfic / Fanfiction Caça e Caçador - Quem é você e o que somos.

Aquela noite estava diferente das demais para Lucy. Não foi pelo calor que fazia, mesmo estando em pleno outono, época em que a temperatura começava a baixar, tampouco o lugar, pois quando erguia a vista se deparava com o mesmo céu noturno da capital Londres onde residia, pontilhado de estrelas e uma bela lua prateada e brilhante. A diferença se encontrava na ausência de sua família. Sentiu uma grande falta do jantar caloroso com a boa comida de sua irmã mais nova, da companhia amável e um pouco severa de seu pai e até da implicância de seu irmão com praticamente tudo que fazia ou dizia a mesa.

Algo que era tão simples e comum em sua rotina, mas que agora lhe fazia tanta falta. Atravessou o gramado cabisbaixa, os pensamentos distantes. – Onde estarão nesse momento? – Se perguntou, contemplando o negro mar de estrelas acima. Estariam todos juntos e bem, ou assim como ela teriam sido vendidos para famílias diferentes?

Parou ao lado de uma cerejeira quase sem folhas. Recostou-se sobre o tronco e deixou o corpo pesar até o chão.

– Estou com medo. – Sussurrou. A voz trêmula pelo choro iminente. – Posso ter escapado por pouco, mas como farei das outras vezes já que terei que conviver com eles?

Encolheu as pernas, abraçando-as e pousando a cabeça nos joelhos.

(...)

Horas atrás...

A distância entre Natsu e Lucy não passava de meio metro. Ele havia se ajoelhado após o corpo da bela jovem ter retornado ao solo pelo fraquejar das pernas, e estendia a mão na direção do rosto pálido dela.

– Sente-se mal? – Soou preocupado. Reconheceu que de alguma forma era responsável por ela, embora não tivesse sido intencional sua compra.

Antes que a tocasse, a porta se abriu bruscamente, assustando-os. Lisanna discutia algo com Loke que, devido à distância, nem o Dragneel e muito menos sua acompanhante conseguiam entender.

– Mas o que diabos estão fazendo? – A japonesa pronúnciou entre dentes ao fitar o casal.

Natsu observou sua posição frente a garota de olhos caramelos, a mão, que intencionalmente a tocaria na face, houvera caído ficando na altura dos seios.

– N-Nada... – Tentou se explicar, levantando as mãos para o ar em forma de rendição. Odiava ser acusado por algo que não fizera, o que infelizmente vinha acontecendo bastante nas últimas horas. Porém, foi seguro pela gola da camisa e arrastando para longe da garota.

Distraída com os escândalos estrondosos da albina enciumada, Lucy não percebeu a aproximação do tracker ruivo. Ele lhe estendeu um vestido descente e roupas íntimas.

– Respire fundo. Precisa manter a calma. – Sibilou no ouvido da bela jovem depois que agachou ao seu lado. O ruivo piscou, sorridente, e Lucy, relutante com a sugestão do desconhecido, agiu assim como dissera: Concentrando-se, puxou o ar para dentro dos pulmões e expirou lentamente, repetindo vezes suficientes para sentir a pulsação voltando ao normal.

– Q-Quem é você? – Indagou, internamente feliz pela dica está funcionando.

– Alguém disposto a ajudar. – Lucy ergueu uma sobrancelha ainda sem entender. – Na verdade sou amigo do Natsu. Aquele rapaz sendo atacado ali.

Então ele se chama Natsu!

Loke a reparou comprimir os lábios numa linha reta, enquanto fuzilava o japonês sem ao menos piscar.

– Posso saber como a senhorita se chama? – Interrogou numa tentativa de amenizar a situação e mudar o foco da jovem.

Lucy tornou para o estranho, se demorando a responder, procurava saber através do semblante do rapaz ao seu lado quais seriam suas verdadeiras intenções. Loke por sua vez lhe retribuiu a triagem com alegria nos lábios, desprovido de culpa, e a loira derrotada o informou.

– É um bonito nome. – A garota ficou encabulada pelo elogio. – Me chamo Loke.

Levantando-se estendeu a mão.

– Não se preocupe tanto Lucy! Tudo ficará bem se conseguir controle sobre si.

(...)

Tempo presente...

O vento soprou frio, zunindo ao passar pelas árvores campo a fora. O pouco de folhas que ainda restavam na cerejeira caiu como uma chuva sobre a pessoa que buscava amparo abaixo de seus galhos, no momento finos e esguios. Lucy estremeceu e se encolheu ainda mais para esquentar o corpo.

– Conseguir me controlar... O que será que Loke quis dizer com isso? – Murmurou ainda se recordando da conversa.

– Que será facilmente descoberta caso não oculte seu poder.

Lucy gritou a todo pulmão, assustada com a repentina presença do ruivo.

– D-Desde qua-ando estava aqui-qui? – Falou gaguejando.

– Uhm... – Segurou o queixo pensativo, ou escolhendo as palavras certas. A bela jovem tinha motivos de sobra para desconfiar de uma pessoa como ele. – Faz um tempinho. Desculpe, não quis interromper seus devaneios. Posso? – Sentou-se antes de qualquer resposta.

Um silêncio incômodo pairou sobre ambos. Por questão de minutos ficaram calados na companhia um do outro. Com o canto dos olhos, Lucy o fitava imaginado o que se passava em sua mente, se estaria tramando contra ela.

– Não vou lhe fazer mal. – Loke quebrou o silêncio.

Telepatia? Incrédula, fez uma cara espantada que tirou gargalhadas do rapaz.

– Sabe, Lucy, não foi difícil descobrir sua identidade. Natsu deveria estar muito distraído com alguma outra coisa para não ter reparado. Mas se ele a tivesse tocado naquele momento, poderíamos nem está tendo essa conversa agora. Ele tem uma sensibilidade no tato para detectar a presença de qualquer quantidade de magia acumulada, e a sua, por mais fraca que fosse, transbordava.

A garota arregalou os olhos e Loke conseguiu ver, mesmo com a pouca iluminação provinda da lua, o quão marrons eles eram.

– Então sabe que sou...

– Uma bruxa? – Concluiu. – Sei! E a maior de todas elas.

Reparou que o poder, perfeitamente oculto, voltou a reacender devido ao nervosismo dela. Tinha que revelá-la quem seria ou algo pior poderia acontecer.

– Mas não se preocupe, apesar de ser rotulado caçador como meus amigos, não tenho problemas pessoais com sua espécie. Diferente do Gray e do Natsu... – Ele deixou a frase suspensa. – Tenho o equilíbrio ao meu favor, pois o meu objetivo nesse mundo é outro. – A fitou com intensidade. – Sou nessa época a reencarnação do tigre, minha mestre, um dos seus protetores.

– O que? M-Mestre... Do que está falando? – Num sobressalto, levantou-se, se afastando o máximo que seu corpo trêmulo conseguia.

– Você não sabe? – Assombrado com a situação, Loke ficou de pé analisando a difícil tarefa que tinha de explicá-la. – Ao menos reconhece que é a Ten no Megami? – A loira se limitou a balançar positivamente a cabeça. Ele suspirou em partes aliviado. – Há décadas atrás, a Deusa Celestial resolveu não mais consumir energia humana para fortalecer o seu corpo, pois para isso necessitaria de bastante consumo da essência vital desses seres humanos para se satisfazer, resultando na morte de uma grande quantidade de pessoas.

Lucy engoliu em seco, ouvindo atentamente, e de maneira involuntária apertou o tecido na região baixa do tórax, onde se localizava a marca lendária.

– Logo, reunindo todos os elementos celestes, Megami deu vida a cada um dos doze, no qual os chamou de protetores. E seria por meio desses protetores a restauração de sua energia.

Estreitou o cenho. Então ela não seria o tal monstro sedento cujo os boatos populares tanto descrevem?! Novas dúvidas começavam a surgir, conforme se desdobravam os relatos. Desse modo, quais as justificativas para minha mãe tê-la lacrado? Questionou-se por instantes, notando que precisava voltar ao diálogo.

– Quer dizer que... me alimento de vocês? – Perguntou tão envergonhada quanto atordoada, e o piscar atrevido dos olhos alheios em concordância a deixou completamente sem graça. – E-E-Eu não ousaria! – Disse pela intimidade que a ação poderia causar em qualquer um dos doze elementos. Era vulgar. Espontaneamente mentalizou a imagem dela disposta sobre o corpo do Dragneel saboreando sua energia. Kyaaaa...!!! Espalmou o rosto, encobrindo-o, meneando a cabeça.

– E o Natsu... é um de vocês? – Procurou saber, falando por entre as mãos no rosto.

Loke permaneceu calado, mas satisfeito com a receptividade da loira a ideia. Indicou com essa atitude muda que o assunto estava encerrado por aquela noite. – O que acha de voltarmos? Está ficando tarde.

Lucy ainda tinha muitas dúvidas não esclarecidas, contudo concordou, afinal, o cansaço daquele dia fatídico havia se apoderado de seu corpo, tanto que suas pálpebras batiam constantemente.

(...)

– De forma alguma!! – Os gritos de Lisanna podiam ser ouvidos do lado de fora do casarão. – Aquela garota não vai dormir com o Natsu! O que aconteceu com os outros quartos dessa casa? – Gesticulou, relembrando-os do tamanho da residência.

– Sinto muito Srta. Lisanna. – A criada ao lado de Wendy se pronunciou dando um passo à frente. – Ontem os quartos desocupados foram dedetizados devido aquele problema com insetos. O prazo mínimo será de uma semana para utilizá-los.

Antes de qualquer contestação, a governanta completou: – Lembre-se que foi justamente a senhorita que pediu para tomarmos uma providência. Que a casa estava imunda! – Reproduziu. – Então...

A garota mordeu os lábios, os punhos de tão cerrados passavam a ficar vermelhos. Lucy sentiu um calafrio lhe percorrer a espinha e não precisou olhar para comprovar que Srta. Lisanna era o motivo. Ela bem que gostaria de intervir nessa decisão, até porque concordava em não dormir com o Natsu (no momento seu inimigo mortal), no entanto para alguém que não fazia nem 24h que fora morar naquele lugar, sua opinião e nada dava no mesmo.

– A jovem ficará nesse quarto! – A voz veio da entrada do cômodo, chamando a atenção de todos. Um homem de cabelos negros e ar misterioso, que Lucy reconheceu estando no topo da mesa quando espionou na hora do jantar, adentrou, deixando o clima ainda mais tenso com sua presença. – Meu irmão estava ciente das responsabilidades quando a comprou.

Irmão!!

– Sim. – Não foi uma pergunta, mas o rapaz de cabelos rosa respondeu em relutante obediência.

– Ma-Mas primo...

– Alguma dúvida, Lisanna? – O olhar gélido fez a japonesa engolir as palavras, negando com a cabeça, receosa. – Ótimo! Agora que resolvido, possamos todos dormir.

Contrariada, com os olhos cheios d’água, a albina acompanhou seu primo, seguida pelas criadas. Nossa! Quanta autonomia! Em meio à reflexão, Lucy ficou constrangida com a olhadela do belo homem antes sair.

– Essa é a nossa deixa... – Loke empurrou um Gray sonolento, desejando uma boa noite ao casal. – Comportem-se! – Advertiu, se divertindo antes de bater à porta atrás de si.


Notas Finais


Até o próximo capítulo o/


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