1. Spirit Fanfics >
  2. Caçada >
  3. Decisão

História Caçada - Decisão


Escrita por: Mrscurly

Notas do Autor


Oláááá, tigers!
Sentiram saudades?
Pois olha só quem voltou depois de muitos meses?
Eu prometi que não iria desistir da fanfic, não é mesmo? Pois então! Finalmente consegui arranjar um tempo para escrever um capítulo, e achei que os leitores de Caçada mereciam depois de comentários lindos que recebi. Peço desculpa pela demora, mas estou sem tempo para nada, estudando vinte e quatro horas por dia(não exagera Gabriela!).
Espero que estendam e curtam esse capítulo de volta (que não está muuuito bom)
Boa Leitura.

Capítulo 35 - Decisão


Fanfic / Fanfiction Caçada - Decisão

Sabe quando assistimos à filmes de drama e bem no meio a personagem principal descobre o grande segredo de sua vida e toda a cena parece congelar e focar apenas no rosto chocado da atriz?

Eu me sentia como uma verdadeira personagem em um filme de drama, pois no momento em que as palavras de Ren me invadiram, o ar de meus pulmões fugiu e sentia-me completamente sozinha naquela casa enorme enquanto as palavras do tigre branco rodopiavam em minha mente.

“Houve um incêndio no circo.... O amigo pode estar entre os mortos”

Não percebi que meus olhos lacrimejavam e eu já não conseguia mais observar as pessoas pela fresta da porta, meus braços rodeavam meu corpo em um abraço protetor e as imagens de momentos vividos com Matt voltaram como um flash.

Um soluço saiu de meus lábios e meus pés deram passos inconscientes para trás, até que um som alto me despertasse de todo o torpor. A mesinha que apoiava um grande vaso decorado havia caio e cacos coloridos se espalharam pelo chão, fazendo com que todos os que estava na biblioteca olhassem em minha direção.

Infelizmente, o primeiro olhar que me prendeu foram os de Kishan, e seu rosto sempre tão alegre, agora demostrava uma enorme dor.

Pela primeira vez depois de todo aquele tempo com o tigre negro, eu não quis mais me prender em seus olhos de pirata, e sua imagem me causava mal-estar, portanto apenas abaixei a cabeça e comecei a me afastar.

− Mia, não... – A voz de veludo de Kishan me atingiu como facas no estômago e eu teria colocado toda a pouca comida de meu estômago no chão brilhante da casa, se não tivesse tampado a boca.

Novamente imagens de minha adolescência com Matt no circo me invadiram, e nossas risadas inocentes silenciaram o mundo em minha volta. O Benzini Brothers tinha pego fogo, e meu melhor amigo poderia estar morto junto com as cinzas de um circo decrépito.

Não era aquilo que imaginavamos para nossas vidas. Quando pequenos, nos deitávamos nos gramados dos campos em que o circo se instalava e enquanto olhávamos para as nuvens preguiçosas no céu, criávamos milhares de histórias para o nosso futuro (sempre juntos). Fomos as primeiras crianças no espaço, os heróis que acabaram com o mal do mundo, mas em nenhum momento pensávamos em nos afastar.

O que aquela viagem para a Índia tinha feito a todos aqueles sonhos?

Eu queria correr e correr até acabar em um lugar completamente desconhecido, mas meus pés estavam presos no chão.

− Senhorita Mia, por favor, você precisa se sentar. – A voz calma de Kadam cessou meus pensamentos confusos mais uma vez, e eu vi que todos me estudavam com um misto de pena e dor nos olhos.

Não quis mais ficar ali, mesmo sabendo que aquelas pessoas tinham me dado uma nova família, então, corri através da grande sala da casa, em direção às portas amplas de vidro que dariam ao jardim extenso e à floresta.

Eu ainda estava descalça, com as roupas sujas da floresta e nem conseguia pensar na forma como meu cabelo havia amanhecido, apenas corri o mais longe possível da propriedade reluzente, fazendo com que os chamados de Kishan ficassem mais e mais baixos.

Aprendi a ser corajosa em poucos dias naquele novo país, mas agora eu me sentia mais uma vez como uma garotinha amedrontada.

Segui o canteiro de flores até chegar aonde um muro de rosas envolvia uma pequena fonte branca. Nunca havia estado ali, nem conseguia imaginar até onde a propriedade dos príncipes ia, mas naquele momento, ali parecia um bom lugar para se estar.

Deixei que minhas pernas moles desabassem no chão, e me enrolei como uma bola, deixando que as lágrimas caíssem mais constantemente.

Naquele momento, não sabia exatamente o que me machucava mais, a possibilidade de meu amigo estar morto ou a mentira que Kishan queria criar para esconder a verdade.

− Eu passei por aquele teste por ele! – Minha voz rouca saiu frustrada e com raiva, e meus dedos arrancaram um pouco de grama ao meu lado.

Eu havia passado pela purificação de uma deusa, lutado com criaturas de fogo loucas e invadido um prédio altamente protegido por Kishan, pelo simples fato de querer ver o tigre negro feliz depois de trezentos anos naquela maldição, mas ele não parecia confiar em mim.

− Eu odeio ele! – gritei para o céu, mas tudo o que recebi de respostar foi o barulho constate de água da fonte atrás de mim.

No fundo, sabia que era mentira, pois meu coração havia sido entregue para o príncipe moreno com olhos de pirata, mas eu estava despedaçada.

Esqueci de Kishan e minha mente voltou mais uma vez para a notícia do Benzini Brothers. Eu não sabia o que tinha acontecido, nem se Matt estava mesmo no meio dos feridos, mas não tinha como ter grandes notícias sem nenhum meio de comunicação com ele.

− Pleno século vinte um, e eu sou uma adolescente sem celular – resmunguei, limpando o nariz molhado na manga da blusa preta, a qual Kishan havia me emprestado na floresta.

Ainda tinha o perfume forte dele.

Eu precisava de informações tanto quanto precisava de lencinhos de papel, mas sabia que nossa segurança proibia o uso de internets comuns e aparelhos telefônicos, ou Lokesh descobriria nossa localização.

Por um segundo, não me importei com o homem cruel que nos caçava, apenas com o amigo que estava ao meu lado até mesmo nos momentos mais confusos de todos.

Meus pensamentos foram interrompidos por passos vindos em minha direção, e me preparei com todos os xingamentos que conhecia, pronta para atacar Kishan no momento em que ele aparecesse em meu campo de visão.

− Não ouse chegar perto de mim! – gritei esganada, mas minhas palavras morreram no momento em que um enorme tigre branco apareceu em meu campo de visão, estudando-me com cautela.

Seus olhos azuis profundos me fizeram estremecer e por um momento parei de soluçar como um bebê, mas me encolhi mais, abraçando os joelhos com meus braços. Depois que Ren percebeu que o local estava seguro e que eu não estava a ponto de mata-lo, ele se aproximou de mim, rugindo baixinho.

− O que está fazendo aqui, Ren? – perguntei, levando a mão trêmula até a cabeça peluda do animal, que deitou-se em minha frente, ainda olhando em meus olhos. – Eu quero ficar sozinha.

Queria poder ter uma ligação tão forte com Ren como tinha com Kishan, naquele momento, apenas para entender o que aqueles olhos azuis cobalto queria me dizer, mas apenas balancei a cabeça e abracei o pescoço do tigre, deixando as últimas lágrimas escorrerem de meus olhos para o pelo branco.

− Não acredito que algo tenha acontecido com Matt, simplesmente não pode ter acontecido! – disse, deixando que todos os sentimentos dentro de mim saíssem. – Não posso perder mais ninguém da minha família.

O tigre continuou em silêncio, apenas ronronando baixinho enquanto deixava que eu o abraçasse como um ursinho de pelúcia. E por um momento eu me senti melhor, sentindo o estranho perfume de sândalo que encobria o cheiro forte de minha blusa.

Quando finalmente me afastei, meus olhos doíam e estavam inchados, mas abri um sorriso reconfortante para Ren, passando os dedos por suas orelhas felpudas.

− Você é ótimo nessa história de confortar pessoas – zombei, limpando as lágrimas secas de minhas bochechas.

No momento em que abri meus olhos, o tigre branco havia dado lugar ao príncipe alto e esguio, com roupas brancas e pele morena. A sua forma humana ainda era diferente para mim, e senti-me um tanto desconfortável na frente do homem que me estudava com curiosidade.

− Não fique assim, priya – Ren disse, tocando levemente a lateral de meus cabelos em um carinho reconfortante. – Kadam está em busca de notícias sobre o circo e seu amigo.

Minhas bochechas estavam quentes e coradas devidos ao toque dos longos de Ren, e eu olhava para baixo enquanto brincava com meu amuleto de Damon.

− Não posso ficar sem ele, Ren – murmurei, olhando finalmente para o par de olhos cobalto carinhosos. – Matt é a última pessoa que ainda me conecta aos meus pais.

Nós dois ficamos em silêncio, e por um rápido momento Ren voltou seus pensamentos para longe, pois um suspiro longo e pesado saiu de seus lábios. Em um movimento rápido, o príncipe me tomou em seus braços, abraçando-me de forma reconfortante.

− Por alguma razão, eu entendo você – ele murmurou contra meus cabelos, e por um momento não sabia quem estava confortando quem.

Ficamos ali por alguns minutos até que o brilho de minha pulseira chamou minha atenção e eu me afastei de Ren, sentindo meu peito apertar.

− Onde está Kishan? – perguntei, mesmo sabendo que naquele momento eu deveria estar mais brava do que preocupada com o tigre negro.

Ren olhou em volta, como se fizesse uma busca por toda a floresta com seus sentidos de tigre, e não duvidei por nenhum segundo que ele conseguiria, afinal, em quase dois dias ele estava muito melhor do que quando o encontramos no prédio de Lokesh.

− Provavelmente foi caçar, ele gosta de fazer isso quando está irritado. – Ren se levantou ao dizer aquelas palavras, limpando da roupa branco um pouco de grama de terra que grudara em suas pernas. – Não deixei que viesse conversar com você, não no seu estado.

− Obrigada, Ren – murmurei ao aceitar sua mão estendida para me levantar. – Apenas não entendo como ele consegue ser tão teimoso...e não confiar em mim.

As últimas palavras saíram como um sussurro e acabei brincando com o pingente de tigre na minha pulseira, tentando afastar a vontade de estar nos braços de Kishan naquele momento.

Nós finalmente tínhamos conseguido quebrar a primeira parte da maldição e agora, os tigres tinham seis horas como humanos, mas os problemas pareciam chegar em uma bola de neve gigante.

Ren sorria para mim quando me puxou pela mão para dentro da casa, e quis questioná-lo para saber aonde ele me levava, mas seu sorriso misterioso fez com que cada centímetro do meu corpo se agitasse e apenas deixei que ele me levasse para o andar de cima da casa, seguindo até uma porta que eu nunca prestei muita atenção.

− Kadam está fazendo algumas ligações para amigos nos Estados Unidos – ele disse, colocando-me de frente para a porta enquanto segurava meus ombros. – Quero que você relaxe, pois sei que Matt está bem.

Suas palavras me fizeram sorrir por alguns instantes, até que a porta misteriosa foi aberta e a surpresa tomou conta de minha face.

Um quarto de paredes brancas entrou no meu campo de visão e logo meus olhos começaram a captar os detalhes do cômodo que entendi ser de Ren, diferente do de Kishan, tudo ali era muito claro, mas os poucos móveis ainda era a característica marcante dos dois.

Uma cama de madeira com lençóis brancos ficava no centro do quarto, duas poltronas circundavam uma escrivaninha cheia de papeis bagunçados, e alguns quadros e abajures completavam os móveis.

− O que estamos fazendo aqui? – Girei nos calcanhares até ficar de frente para o príncipe, que remexia nos papéis da escrivaninha.

− Soube que ama ler, então achei que seria bom mostrar algum dos meus textos para você – ele murmurou, arrumando uma pequena pilha de papéis nas mãos antes de me entregar. – Nunca mostrei meus poemas para muitas pessoas, mas acho que posso confiar em você.

Ren piscou para mim, mas eu estava muito ocupada olhando com admiração as folhas em minhas mãos, então simplesmente joguei-me na poltrona mais próxima e folheei os poemas que estavam em inglês.

− Obrigada, Ren – murmurei, mas assim que olhei para frente, vi que o tigre estava de volta, e agora deitava em cima de meus pés descalços – e um pouco sujos.

Meus olhos vagavam pela letra trabalhada e bonita de Ren, lendo poemas que sobre a natureza e momentos felizes, mas a maioria deles narravam sentimentos angustiantes. Encontrei até mesmo um poema para Yesubai denominado “Flor de Lótus”, mas simplesmente não tive coragem de entrar tão fundo na intimidade do príncipe.

A poltrona ficava cada vez mais confortável, e meu corpo tenso já estava relaxado depois de algumas horas lendo. A luz que entrava pelas portas de vidro do quarto ficava cada vez mais branda e nenhum sinal de Kishan.

O tigre aos meus pés dormia profundamente, remexendo-se em alguns momentos durante algum sonho turbulento. Minha mente ainda não conseguia esquecer Matt, e pegava-me chorando em silêncio enquanto lia os poemas sofridos de Ren.

Não vi quando o dia se tornou noite, nem quando o tigre branco despertou e saiu de cima dos meus pés, pulando para a própria cama no momento em que o homem apareceu.

− Você ficou realmente entretida nos poemas – disse Ren, tirando-me a concentração. Pisquei algumas vezes antes de focar o olhar no homem bonito que sorria para mim, ao mesmo tempo em que brincava com a manga da própria blusa.

− Acho que isso era o que eu precisava para esfriar a cabeça – respondi, sorrindo timidamente enquanto me levantava, deixando os poemas de volta para a mesa de madeira perto de mim.

Uma sensação de desconforto me fez morder o lábio, e brinquei com a caneta usada ao lado dos papéis, sem nenhuma coragem de olhar para Ren.

Um barulho vindo do andar de baixo me assustou, e em poucos segundos a porta do quarto de Ren foi aberto com um baque forte, fazendo-me pular. Virei-me rapidamente apenas para encontrar o tão familiar par de olhos dourados, que pareciam completamente enfurecidos enquanto passavam de mim para Ren sem parar.

− O que você está fazendo aqui? – rosnou Kishan para mim, com o peito subindo e descendo ferozmente contra a camisa preta.

A imagem do príncipe moreno em minha frente deixou-me ofegante, e meus pés deram pequenos paços em sua direção.

− Eu... – Minha boca mexeu-se involuntariamente, mas as palavras foram interrompidas por Kishan, que parecia não querer ouvir nada.

− Eu soube que você faria isso no momento em que eu virasse as costas e deixasse Mia sozinha. – As palavras atacaram tanto a Ren quanto a mim, e mais uma vez, a raiva por Kishan me consumiu, fazendo fechar as mãos em punho.

− Você não tem o direito de falar isso para ele, depois do que ia fazer comigo. – Minha voz saiu dura e baixa, mas atingiram Kishan da forma como eu queria, e seus olhos voltaram a se tornar tristes.

− Mia, por favor, venha comigo e eu posso explicar – ele disse com a voz calma e sedutora de sempre, estendendo a mão para mim.

− Deixe-a em paz, Kishan. – A voz de Ren era de um verdadeiro rei, e soube que seu tom forte e decidido teria movido milhares de exércitos em seu tempo.

Os dois irmãos travavam uma batalha silenciosa apenas com o olhar, e soube que seria a hora de eu intervir mais uma vez antes que algum deles saísse machucado. Cruzei os braços e respirei profundamente, indo em direção à Kishan e deixando Ren surpreso.

− Não quero que vocês briguem de novo, por favor – murmurei, abraçando meu corpo ao lançar um olhar de desculpas para Ren e parando em frente ao corpo alto e musculoso de Kishan.

O tigre negro buscou meus olhos, mas eu abaixei a cabeça e passei por ele, indo direto para o corredor e em direção ao meu quarto, um dos poucos lugares que poderia me acalmar. Joguei-me na cama enquanto a porta era batida com força, e Kishan aproximou-se de mim com seu andar calmo e calculado.

− O que você estava fazendo com Ren? – ele perguntou, olhando para mim como se eu houvesse o traído de alguma forma.

Em um dia normal, meu coração teria se apertado, mas naquele momento minha expressão se endureceu e eu balancei a cabeça, impedindo ele de se aproximar de mim.

− Você não tem o direito de perguntar isso – murmurei com raiva, jogando um travesseiro em sua direção. – Não depois de hoje...

O travesseiro passou longe do corpo forte de Kishan indo parar perto da porta. O tigre passou as mãos pelos cabelos negros e por pouco não me permiti suspirar.

− Não é o que você está pensando – ele disse baixinho, aproximando-se lentamente até ficar em minha frente. Levantei a cabeça e rapidamente me vi presa nos seus lindos olhos, os quais acalmaram a loucura em minha mente.

− Você queria esconder de mim o acidente no Benzini Brothers – ataquei, passando as mãos no rosto para impedir que as lágrimas voltassem a cair.

− Achei que seria o melhor para você, bilauta. – O apelido que eu tanto gostava fez-me abrir um pequeno sorriso.

− Como isso seria o melhor para mim, Kishan? – questionei, afastando-me um pouco da beirada da cama, permitindo que o príncipe de olhos dourados sentasse ao meu lado. – O Benzini Brothers foi o meu lar por anos, mesmo que eu odiasse aquele lugar, era o único que eu tinha... e você também.

O rosto de Kishan se tornou surpreso, e soube que as lembranças dos dias no circo voltaram para ele tanto quanto para mim. As noites que passei na tenda do tigre negro pareciam loucura para qualquer um, mas fora ali que eu conhecera o homem que mudou a minha vida.

− Você já passou por coisas demais em pouco tempo, queria tem certeza de que Matt estava vivo para finalmente lhe contar. – A menção de Matt no passado e a voz melancólica de Kishan fizeram com que eu pensasse no meu amigo, e lágrimas começaram a escorrer de meus olhos.

Sem muita demora, braços fortes me envolveram com ternura, e Kishan começou a murmurar coisas em híndi contra meus cabelos ao mesmo tempo em que minhas lágrimas encharcavam sua camisa preta. Nunca percebi antes, mas aquelas palavras sem significado para mim me acalmavam.

− Você não devia ter feito aquilo, Kishan – disse mais uma vez, prendendo os dedos no tecido fino da camisa, sentindo seu peito musculoso. – Matt é a única pessoa que ainda faz parte da minha antiga vida, e que me permite lembrar de meus pais.

− Não chore, bilauta, nós vamos encontra-lo vivo, Kadam está fazendo buscas – garantiu Kishan, tomando meu rosto em suas mãos grandes, antes de selar nossos lábios em um beijo calmo.

E naquele momento senti mais uma vez a ligação entre mim e Kishan voltar, fazendo-me jogar os braços em seu pescoço e puxá-lo para mais perto, apenas para ter certeza de que ele era real.

Senti o seu gosto forte quando nossas línguas se encontraram, e eu queria ficar naquele beijo para sempre, apenas para ter certeza de que tudo ia ficar bem.

− Prometa que vai confiar em mim – sussurrei contra seus lábios, sentindo nossas respirações ofegantes se misturando.

− Eu sempre confiei, bilauta, mas entenda que tudo o que quero é seu bem. – Ele tocou em meus cabelos desarrumados, e eu fechei os olhos, aproveitando os carinhos lentos que Kishan deixava em meu rosto. – Eu sei que Matt está bem, sabe por que?

Apenas balancei a cabeça negativamente, hipnotizada pelo pequeno sorriso maroto que se formava no rosto do tigre negro.

− Ele nunca deixaria você – disse ele, fazendo com que meu peito se apertasse no momento em que um pensamento tomou conta de mim.

− Mas eu o deixei, Kishan – sussurrei, tapando a boca com a mão quando a verdade me apunhalou.

Matt estava sempre se sacrificando por mim, mas eu o deixei na primeira oportunidade que apareceu de fugir daquele circo. E agora, eu apenas me conformava em ficar sentada em uma poltrona esperando por notícias.

Eu não podia me permitir isso. Não com Matt.         

Olhei para os olhos de Kishan e percebi que ele compreendeu o que se passava em minha mente muito antes de eu dizer.  Ele pegou minhas mãos com força e arregalou os olhos, balançando a cabeça como uma criança que não queria ficar sem a mãe.

Mas eu já havia me decidido.

− Eu vou voltar para os Estados Unidos, Kishan.

Continua...


Notas Finais


Pois é, sei que não foi o melhor capítulo de Caçada mas espero que tenham gostado e matado as saudades, porque eu estava morrendo de saudades de Mishan <3 Acho que vocês verão mais alguns capítulo novos nesse mês de julho pois estarei de férias, mas peço paciência, pois não desistirei da fic!
Beijos e abraços!
Gabi G.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...