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História Caçadora Pelas Circunstâncias - Lutando Pela Vida


Escrita por: CrisdeLeao

Notas do Autor


Olá galera, deu um bug no meu PC, por isso o atraso. Aí está o capítulo de hoje.

Foto da capa formiga preta

Capítulo 35 - Lutando Pela Vida


Fanfic / Fanfiction Caçadora Pelas Circunstâncias - Lutando Pela Vida

A clareira se abriu à frente deles e uma lufada de calor bateu em seus rostos e subiu até as árvores. Aquilo não parecia em nada com o inverno de Long Island. Trepadeiras reluzentes estavam em volta das árvores, flores tropicais cresciam no chão da floresta, até uma arara vermelha estava pousada sobre um cacho de bananas verdes.

Os quatro olhavam fascinados. No meio da clareira, dois buracos idênticos, envoltos em lama cinza em formato de oito. Eram dois gêiseres, sem dúvida, mas no momento não estavam em atividade.

- É seguro? – perguntou Meg.

- Definitivamente não – disse Apolo. – Vamos precisar de uma oferenda.

- Por que não oferece seu ukulele? – perguntou Annabeth.

- Não posso fazer isso, foi um presente – disse ele -, mas você me deu uma ideia. Vou oferecer aos deuses dos gêiseres um poema. Eu tenho certeza que eles vão adorar.

- Hã... Apolo, acha uma boa ideia? – disse Nina. – Não sei não.

- Sem problema lindinha, esse meu atributo ainda está intacto – disse ele alegre pegando o ukulele.

- Não foi isso o que ela quis dizer – disse Annabeth.

- Acho melhor vocês duas ficarem para trás – disse Nina.

Annabeth entendeu e puxou Meg para trás de Nina.

Apolo deu um passo à frente e começou:

— Ah, gêiser, meu gêiser,

Vamos cuspir então, você e eu,

Nesta noite lúgubre, enquanto ponderamos

De quem é essa floresta?

Pois não sucumbimos a esta boa noite,

Mas vagamos sozinhos como nuvens.

Procuramos saber por quem os sinos dobram,

Então espero, fontes eternas,

Que tenha chegado a hora de falar de muitas coisas!

Apolo quando terminou olhou para Nina esperando que ela ficasse impressionada e batesse palmas, mas o que viu o deixou decepcionado. Nina olhava de olhos arregalados para algo atrás de Apolo. Ele franziu o cenho e se virou.

- Bem, você conseguiu minha atenção – disse uma voz rouca.

Um dos Pálicos pairava acima do gêiser, a parte inferior do corpo era feita de vapor. A parte superior era humanoide e tinha o dobro do tamanho de um humano comum. Tinha braços musculosos, cabelos que pareciam espuma de capuccino, vestia uma blusa polo azul-bebê com a figura de uma árvore costurada no bolso.

Annabeth e Meg se aproximaram. Esta última de boca aberta.

- Ah, grande Pálico – começou Apolo. – Nós rogamos....

- O que foi aquilo? – interrompeu o espírito. – Aquilo que estava falando?

- Poesia! – disse Apolo. – Poesia pra você!

- Não, aquilo não foi poesia – disse o espírito esfregando o queixo lamacento.

- Meu bom espírito — falou. — Poesia não tem que rimar, entende?

- Não estou falando de rima. Estou falando de passar a mensagem. Nós sempre fazemos pesquisas de mercado, e sua poesia não seria aprovada para nossas campanhas. Agora, a música do comercial do Big Mac, aquilo é poesia. A propaganda tem não sei quantos anos e as pessoas ainda cantam a música. Você acha que consegue nos dar uma poesia como aquela?

Apolo pareceu ofendido e ia falar, mas o espírito foi mais rápido.

- Vamos começar de novo. Vou explicar tudo e talvez você possa me dar alguns conselhos. Oi, eu me chamo Pete. Bem-vindos à Floresta do Acampamento Meio-Sangue! Você estaria disposto a fazer uma breve pesquisa de satisfação do cliente depois desse encontro? Sua opinião é importante para nós.

Pete remexeu em seu corpo de fumaça, como se estivesse procurando algo nos bolsos. Tirou de lá um livreto com páginas brilhantes e começou a ler.

— A floresta é sua parada obrigatória no caminho para a… Humm, aqui diz diversão. Pensei que tivéssemos mudado para exultação. Sabe, a gente tem que escolher as palavras com cuidado. Se Paulie estivesse aqui… — Pete soltou um suspiro. — Bom, ele se sai melhor na apresentação. De qualquer modo, bem-vindos à Floresta do Acampamento Meio-Sangue!

- Você já disse isso – disse Apolo.

- Ah é – disse o espírito.

- Quem é Paulie? – perguntou Meg.

- Meu parceiro – disse ele apontando o outro gêiser. – Talvez a gente possa acrescentar um mapa a esse livreto e....

- Sr. Pete – disse Nina chamando a atenção do Pálico. – Por acaso o senhor viu algum semideus perdido por aqui?

- Não recentemente – disse ele. – Mas nossa sinalização deveria ser melhor. Por exemplo, vocês sabiam que existiam gêiseres na floresta?

- Não – disseram todos em uníssono.

- Viram? É disso que estou falando. Como vamos divulgar nossa existência se não temos propaganda? – disse o espírito. – Temos refletores, mas eles atraem o tipo errado de atenção. Então, não o usamos.

- Refletores? – perguntou Meg.

- Sim, veja – um raio vermelho saiu de dentro do buraco.

- Legal! – disse Meg exultante.

- Talvez sua campanha de divulgação funcione se nos disser onde os semideuses perdidos estão – disse Annabeth – assim, podemos dizer a todos sobre vocês terem ajudado a encontrá-los. Desse modo quando alguém se perder na floresta podem vir até vocês pedir ajuda. Que tal?

Nina deu um sorriso, Annabeth como sempre tocando o ponto fraco dos deuses.

- Humm – resmungou o espírito.

- Pense bem, vocês ficarão mais conhecidos depois disso – disse Nina.

- Não é má ideia, mas é que esse é o departamento de Paulie – disse ele.

- Você sabe sobre um bosque sussurrante? – perguntou Meg.

- Não posso falar sobre o bosque – disse Pete se abaixando.

- Por quê? – perguntou Apolo.

- Paulie disse que assustaria os turistas – disse ele guardando o livreto. - O bosque é um problema, a região não tem nem permissão para funcionar como oráculo – disse ele – Paulie foi até lá para tentar realocá-lo, mas...

- Ele não voltou – disse Nina olhando para Apolo.

Pete assentiu, desolado.

- Como vou cuidar de tudo sozinho? Estou com saudades dele.

- Talvez a gente consiga encontrá-lo – disse Annabeth. – Trazê-lo de volta.

- Paulie me fez prometer não falar do bosque a ninguém e nem ir atrás dele – disse Pete.

- Desculpe, mas eu acho essa sua história muito estranha – disse Apolo.

- Co.. como assim? – perguntou o espírito.

- Eu acho que esse bosque não existe – disse ele.

- É claro que existe.

- Ah é, eu duvido que você saiba onde fica.

- Eu sei sim – disse o espírito.

- Então nos mostre – disse Apolo quase implorando.

- É que a única entrada.... – ele olhou para trás dos semideuses. – Ah, droga.

O refletor se apagou.

Os quatro se viraram e Meg sufocou um grito. Três formigas pretas estavam atrás deles.

- Pete, quando você disse que seu refletor atraía o tipo errado de atenção.... – disse Apolo.

- Myrmekos, eles atraem os myrmekos – disse ele.

As formigas vieram na direção deles prontas para atacar.

- Não façam movimentos bruscos – disse Annabeth.

- Pete, o que você faz quando myrmekos invadem seu território? – perguntou Apolo.

- Eu me escondo – disse ele mergulhando no poço de lama fumegante.

- Isso não ajuda em nada – disse Apolo. – Tive uma ideia.

Apolo pegou o ukulele e ia jogar, mas as formigas avançaram.

- Droga! Desculpe meninas – disse Apolo.

- Elas são atraídas por coisas brilhantes – disse Annabeth.

- Vamos ter que lutar – disse Nina. – Preparem-se.

Ela tira uma flecha de sua aljava mágica e aponta para a formiga que estava mais a frente. Então ela atira acertando bem no olho da formiga, a mesma dá um recuo e sacode a cabeça tentando tirar o incômodo do olho. As outras duas partiram para cima de Annabeth e Apolo. Meg estava ao lado de Nina atirando flechas no myrmeko, mas a maioria ricocheteava na carapaça dura da formiga. Foi então que Nina pegou sua espada e partiu pra cima da formiga, ela correu para baixo do inseto e cortou uma pata.

Meg fez o mesmo que Nina. Pegou seus anéis e os transformou em um dimaqueiro ou espadas duplas. Ela partiu para o ataque e ajudou Nina a cortar a formiga, que mesmo desprovida de várias patas e antenas continuava resistindo.

Annabeth estava em apuros, pois a formiga a encurralou perto de um rochedo. A semideusa com a espada na mão se defendia das mandíbulas afiadas. Então, o inseto levantou a cabeça para jogar o ácido. Annabeth aproveitou essa pequena vantagem para fugir, foi quando a formiga jogou o ácido acertando a rocha. Ela enfiou sua espada de osso de drakon no abdômen do myrmeko. Fazendo o mesmo soltar um guincho e ficou parado. Annabeth satisfeita correu para ajudar Apolo.

Apolo lutava para não ser atingido pelo ácido da terceira formiga. Ele conseguiu desviar da cuspida dela, mas acabou tropeçando e caindo. Ela tentou mordê-lo, mas o que conseguiu foi bater na lateral de sua cabeça deixando-o meio zonzo. Ele pegou a espada e quando a formiga cospe ácido novamente ele rebate atingindo o olho dela com o próprio ácido, quando Apolo tentou atacar sua espada tinha derretido ficando somente com o cabo. Agora sim ele estava com dificuldade.

A formiga ataca novamente, mas ela dá um guincho de dor. Apolo olha para trás da formiga e vê a filha de Atena retirando a espada do abdome do myrmeko. Ele respira, aliviado, pois estava sem saída.

- Obrigado, você chegou bem na hora – disse ele – minha espada já era.

- Vamos ajudar a Nina e a Meg – disse ela correndo para onde estavam as duas caçadoras.

De repente, eles veem um corpo voando e se chocando com uma árvore. Era Nina que escorregou até o chão e caiu desmaiada.

- Nina! – gritou Apolo que correu para ajudar.

Annabeth chegou primeiro e se ajoelhou perto da caçadora.

- Nina! – disse ela desesperada. – Apolo, por favor.

Apolo se abaixou e examinou a cabeça de Nina, havia um galo, mas nada muito grave.

- Ela vai ficar bem – disse ele -, mas vai sentir muita dor quando acordar.

- Obrigada – disse ela, aliviada.

De repente, um grito. Os dois se assustam e olham na direção do som. Era Meg que fora capturada por um myrmeko.

- Droga! Esquecemos a Meg – disse Annabeth se levantando, mas já era tarde demais para ajudá-la. As formigas pegaram a garota e se foram. Não havia mais sinal de Meg McCaffrey.


Notas Finais


Até o próximo.


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