Acordei sentindo a claridade em meu rosto, cocei meus olhos para me acostumar com ela, me movimentei um pouco e senti um braço forte me apertar, abri meus olhos e me virei para olhá-lo, sorri ao vê-lo dormir tranquilamente, seu rosto estava tão sereno, o acariciei e o mesmo abriu seus olhos azuis.
- Bom dia. - falei com um sorriso
- Bom dia... - me devolveu o sorriso que me aqueceu por dentro. - Que horas são?
- seis e vinte. - o mesmo suspirou
- Dormiu bem?
- Muito bem. - rimos do meu comentário.
- Melhor levantarmos, daqui a pouco minha mãe chega por aqui. - eu assenti. Ele se levantou primeiro e eu em seguida, ele abriu a porta do banheiro e então uma coisa voadora saiu de lá em auta velocidade e veio em minha direção, mas não para brincar. Gritei quando estava próximo.
- LILITH!!! - aquele bicho parou a centímetros de mim, seus olhos vermelhos me fizeram arrepiar, ele era todo azul com alguns detalhes em branco nas bordas de suas asas, uma cauda e quatro patas, eu diria que aquilo era um tipo de dragão. - Não ouse atacá-la. - aquele bicho olhou para ele e o mesmo tinha os olhos negros e a encarava, o animal se afastou e foi para perto dele e depois recebeu um carinho na cabeça.
- Ele me assustou!
- Rsrs, não é ele, é ela e você é a intrusa aqui, ela deve ter ficado com ciúmes.
- Humpf, é bom ela se acostumar. - me aproximei dele lentamente e envolvi meus braços em seu pescoço, ele segurou minha cintura e me deu um beijo calmo que foi se intensificando, mas eu o quebrei.
- O que foi? - me encarou confuso.
- Você não vai me deixar vai? - perguntei apreensiva.
- Eu não posso, porquê da mesma forma que você é minha, eu sou seu. - eu sorri e senti minhas bochechas queimarem, olhei pra aquela coisa e ela não pareceu gostar de mim.
- Tão pequena e já exala uma energia maligna dessas.
- E ainda é uma filhote, ela não pode ficar aqui por muito tempo, ela vai precisar de espaço, não faço a mínima ideia do que ela come e estou pensando em treina-la.
- Eu vou te ajudar, mas pra isso temos que nos dá bem não é Lilith? - ela apenas rosnou pra mim. - Melhor eu voltar pra casa, meu irmão deve estar preocupado.
- Te espero pra irmos a escola. - eu lhe dei um celinho, vesti minhas roupas e saí dando de cara com a mãe do Dylan.
- Susan?!
- Oi tia Rosely. - dei um beijo em sua bochecha e sai apressada.
Dylan
Ouvi a porta ser aberta e rapidamente peguei Lilith e à escondi atrás de mim.
- Quando foi que a Susan entrou? - diz minha mãe entrando no quarto e me olhando desconfiada.
- Ah... ela...
- Rosely, deixa o garoto, venha, você não está atrasada? - meu pai sorri e segura seus ombros a afastando da porta de meu quarto.
- Mas...
- Vamos. - eu falei um "valeu pai" mudo e ele sorriu, soltei a Lilith que me encarou "brava".
- O que? Não quero que eles vejam você, espero que se comporte enquanto eu estiver na escola. - ela se deitou na minha cama e eu comecei a me arrumar.
Quando saí, vi o David retirando o sal, assim que ele entrou, eu fui até lá já que a barreira foi desfeita.
- Dylan! - eu o encarei. - Eu só vou dizer uma coisa a você... se magoar minha irmã, eu vou te caçar aonde quer que você vá entendeu?
- Entendi. - falei firme.
- Não está exagerando maninho?
- Estou apenas dando um alerta. - ele sorriu falso.
- Vamos? - ela acenou que sim e eu peguei sua mão e voltei a encara-lo.
- Tchau maninho. - saímos de lá apressados já que estavamos um pouco atrasados, o caminho foi silêncioso, até Susan parar e ficar estranha.
- Susan, o que foi?
- Algo... vai acontecer... você precisa... estar pronto... - sua mão estava gelada, seu olhar distante.
- Susan! - segurei em seus ombros e ela pareceu acordar, me olhou assustada. - O que foi isso?
- Eu não sei... estou com um mal pressentimento.
- Se não quiser, não precisa ir pra escola.
- Não, já está tudo bem. - ela sorriu pequeno e continuamos nosso caminho, ela ainda estava gelada, o que me preocupou. Ao chegarmos, atraimos alguns olhares curiosos.
- Olha só, resolveram se assumir. - Eric diz com um largo sorriso
- Não era sem tempo. - a ruiva sorriu com deboche e arqueou uma sobrancelha.
- Calem a boca. - eu olhei diretamente para o braço dela. - O que houve no seu braço? - apontei para seu braço com um hematoma grande.
- Oh isso? Eu cai rsrs.
- Vamos gente. - Susan falou após o sinal tocar, entramos juntos na sala e logo atrás veio a professora.
- Bem alunos, espero que tenham feito a pesquisa que eu pedi sobre a mitologia asteca. - pelas caras dos outros, a maior parte não fez incluindo a mim.
Aut
Enquanto as aulas ocorriam normalmente, uma estranha movimentação se fazia, próxima a casa de Susan.
- Mestra... Há uma barreira. - dizia um demônio anão de quatro pequenos chifres e uma cauda pontuda.
- Ele acha que uma barreira dessas vai me impedir de entrar? - falava uma mulher de cabelos verdes compridos, olhos vermelhos sangue, usava um vestido preto bem justo ao corpo, de mangas compridas, com uma grande fenda ao lado direito e um decote chamativo em V. - ela encostou sua mão e um tipo de eletricidade a repeliu.
- Não faria isso se fosse você. - o mesmo homem de mascara que apareceu ao lado de Gor, na noite que ele atacou Dylan, apareceu ao lado dela.
- E quem é você?!
- Isso não vem ao caso Blair.
- Como sabe meu nome?!!
- Quer que eu o mate mestra?
- Tente. - o pequeno demônio o atacou em vão, o homem apenas se esquivou dele. - Eu quero sua ajuda... e eu posso te ajudar com isso.
- Humpf, como posso confiar em você? - ele se aproximou e procurou uma falha na barreira, ao encontra-la a quebrou.
- Quando terminar, me encontre no meio da floresta. - ele desapareceu e a mulher entrou na casa.
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