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História Cachecol Yaoi - O Cachecol Mal Feito


Escrita por: Taimokio

Notas do Autor


A cor azul do capítulo representa a personalidade do André. Aparentemente frio, embora alguns dizem que azul é a cor mais quente.

Capítulo 2 - O Cachecol Mal Feito


Fanfic / Fanfiction Cachecol Yaoi - O Cachecol Mal Feito

Depois de voltar do quiosque com os amigos, fui direto para o quarto me olhar no espelho. Peguei meu pente marrom e comecei a passar no cabelo fazendo visuais de diversas formas: com franja, sem franja, príncipe valente, ondulado bagunçado..., etc. Meu cabelo era da cor castanho claro e eu sempre usava um cachecol rústico para combinar com ele, mas atualmente estávamos em dias não tão frios assim. Levemente ondulados, meus penteados ficavam bastante bonitinhos com franja ou de uma forma um pouco bagunçada, mas eu não sabia qual deles que o André preferia. Resolvi ligar para a Julie.

— Julie, preciso muito da sua ajuda. — Digo assim que ela atende a chamada.

— Oi... pode falar. — Ela diz, com voz de sono. Eu esqueci que ela sempre cochila depois dos passeios no quiosque.

— Ah, desculpa incomodar, mas é urgente. Você acha que eu fico mais bonito com o cabelo em franja ou... meio bagunçado? — Digo.

— Ele fica mais bonito em franja. Você é justo, fofo e inteligente. A franja combina mais para você. — Ela diz.

— Obrigado! Agora você pode voltar a dormir, era só isso que eu queria perguntar. — Digo e vou afastando o celular da orelha.

— Você gosta do... — Ela tenta dizer algo, mas eu acabo desligando o celular antes.

Julie era uma das meninas mais bonitas da escola. Ela tinha cabelos longos e escuros, além de olhos na cor de um castanho claro romântico. Sempre que eu precisava de um conselho de moda, era com ela que eu falava. Decidi usar franja após receber seu conselho.

Coloquei uma calça jeans em tom de azul fraco e um suéter marrom xadrez. Estava tudo perfeito para a noite do filme de terror. Não conseguia esquecer o elogio ressoando na minha mente: “Um garotinho medroso é sempre uma boa companhia para um filme de terror”. Não era um elogio tão grande assim, mas era muito gostosa a sensação de sentir como se eu fosse especial para ele; não acho que alguém do nosso próprio grupo trairia a minha confiança.

Mais tarde, cheguei na porta da casa do André. Respirava fundo e batia três vezes na madeira esperando ser atendido. Eu podia ouvir as risadas da mãe dele lá dentro enquanto esperava olhando fixo e reto para a porta, bastante firme, formal e cortês.

— André! Atende a porta para a mamãe! — Sua mãe grita da sala para o quarto.

— Estou indo! — Ele grita de volta.

Escuto passos rápidos vindos em minha direção e então a porta se abre, mostrando André com uma blusa branca e uma jaqueta preta: roupas que só usava quando saía para lugares importantes (me senti privilegiado).

— O que é isso? Você parece uma estátua! — Ele diz e começa a rir.

— Não pareço não! — Digo mordendo os lábios, ainda parado igual uma estátua.

— Entra aí! — Ele diz, sorrindo.

— Tudo bem. — Digo.

Eu andava e ele abria um pouco de espaço com a porta. Passava do lado dele, bem perto, entrando enquanto ele me encarava de leve. Sua mãe estava sentada no sofá com um copo de cerveja, rindo das piadas da televisão. Quando ela me notou, levantou e andou até mim para me cumprimentar.

— Oliver! Que saudades! — Ela diz e beija a minha bochecha enquanto eu faço o mesmo com a dela.

— Saudades de você também, senhorita Raquel. Desculpa aparecer aqui em uma hora tarde como essas, vou assistir um filme novo com o seu filho. — Digo, bem-educado.

— Ah... obrigada! Fique à vontade! — Ela diz e dá um sorrisão, voltando para seu sofá e sua cerveja.

— Vocês se gostam mesmo, em? — Ele diz.

— Eu adoro a sua mãe. — Digo sorrindo.

— Vamos para o quarto? — Ele pergunta.

— Vamos. — Respondo.

Andamos até o quarto dele e ele logo sentou em sua pequena e velha poltrona na frente da TV. Olhei para a porta aberta e em seguida para o André enquanto escutávamos o som alto da televisão da sala.

— Pode fechar. — Ele diz.

Fecho a porta e me aproximo dele ficando de pé ao seu lado. O filme já estava pronto na pequena TV do quarto, e bastava dar play para começar.

— Você sabe que eu não consigo dormir depois de assistir, não sabe? — Digo.

— Sei. — Ele diz.

— Eu não posso sentar perto de você? — Digo e minhas bochechas ficam levemente coradas.

— Tudo bem, criança. Vamos sentar no chão, os dois. — Ele diz e puxa um cobertor grosso da cama, jogando no chão e arrumando para sentarmos.

— Ah, é que eu me sentiria mal estando longe de você. Se aparecesse algo assustador na tela, eu não teria ninguém por perto. — Digo enquanto sento no cobertor, com ele.

— Pronto, relaxa, criança mimada. Agora podemos começar. — Ele diz e se alonga até a TV, apertando o botão grande de ligar com os dedos.

O filme começava e mostrava uma menina fugindo de uma maldição. Sempre que a maldição a “alcançava”, ela ouvia vozes e de repente surgia um homem mascarado das sombras tentando a dilacerar com uma faca. Aparecia muito sangue na tela e ele achava isso incrível enquanto eu tampava meu rosto com o cobertor. Apenas ouvia os gritos com medo.

— É melhor eu não ver mais nada. Eu quero conseguir dormir esta noite! — Digo empurrando o cobertor com força no meu rosto, encolhido e com as costas deitadas na base da poltrona.

— Relaxa, bebê chorão. Você precisa assistir tudo, vem. — Ele diz e agarra um dos meus braços, me puxando para perto dele, sem soltar.

— Ei, eu não quero ver! — Digo e tento soltar meu braço, mas ele acaba segurando mais forte e também prende o meu outro, impedindo de me cobrir com o cobertor.

— Ei, eu te convidei! Você precisa ver sim! — Ele diz.

— Não! Olha o jeito que ele corta a menina! Não é humano! — Digo e fecho os olhos.

— É interessante! E você não deve fechar os olhos. — Ele diz e me coloca no meio de suas pernas no cobertor, prendendo minhas mãos em minha barriga com seu braço.

— Ei! Para! — Digo e fico com as bochechas coradas, olhando para os braços levemente peludos dele, um pouco menos musculosos do que os do Gabriel.

— Olhando para a TV. De olhos abertos. — Ele diz e usa sua mão livre para segurar minha testa com a palma, me fazendo olhar para o filme.

— Não é justo! — Digo.

— É justo sim. Eu te convidei, lembra? — Ele diz, sorrindo com o canto dos lábios.

Como eu não era de deixar as coisas barato, aproveitei e tirei meus sapatos usando os meus próprios pés. A ideia era fazer cócegas nos dele, e ele já estava descalço apesar de bem vestido. Deslizei a base do meu pé abaixo do dele, esfregando meu dedão em sua sola para provocar cócegas. Ele murmurava de vez em quando, mas não perdia a atenção ao filme. Resolvi apelar.

Movia minhas mãos presas em minha barriga com força, as fazendo dar uma volta e encostar em seu abdômen que estava logo atrás de mim.

— Você acha que pode prender um tigre? — Digo, sorrindo triunfante.

— Hã? — Ele diz, concentrado ao filme.

Fiz cócegas na barriga dele até não aguentar mais. Ele me soltou rapidamente e perdeu o foco na TV caindo em gargalhadas enquanto tentava prender minhas mãos. Virei-me para sua frente e continuei as cócegas mordendo os lábios com um rosto astuto.

André então consegue prender minhas mãos com as dele, me parando.

— Finalmente te peguei. Agora está na hora da vingança! — Ele diz e faz um rosto malicioso.

— Me pegou? Eu acho que não. — Digo e inclino meus pés até a barriga dele, continuando as cócegas e o obrigando a se jogar para cima de mim afim de me impedir.

Seu corpo estava todo em cima de mim. O corpo de um homem estava me tocando, bem perto do meu. André era mais “bad boy” e não era completamente peludo como Gabriel. Ele era um pouco mais alto do que eu e possuía um abdômen mais definido do que o do ruivo. A sensação de sentir um homem todo jogado por cima de mim era ótima. Dali para frente, eu sabia que teríamos uma noite cheia de cócegas e provocações, mas ainda não podia dar lugar para o amor; precisava analisar melhor os dois e decidir se poderia me imaginar com algum deles no futuro.


Notas Finais


Gostou do personagem? Ou ainda está ansioso para conhecer o Gabriel?


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