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História Cachecol Yaoi - O Cachecol Colorido


Escrita por: Taimokio

Notas do Autor


O azul fraco da capa representa a diversidade de fatos que ocorrem na relação dos cinco amigos. Como o mar, coisas vêm e vão; aparecem e somem; crescem e se expandem iguais às ondas.

Capítulo 8 - O Cachecol Colorido


Fanfic / Fanfiction Cachecol Yaoi - O Cachecol Colorido

O dia do festival chegou e nós da equipe estávamos todos muito bem arrumados. Eu estava com uma blusa de manga longa marrom e também com um cachecol listrado entre bege e marrom; achei que meu cabelo castanho claro combinaria com minhas roupas, e então completei com uma calça preta. Sempre bem adiantado, fui o primeiro dos meus amigos a passar pelo portão da escola. O evento estava bastante bonito e também lotado.

Algumas meninas da equipe da Stefanny estavam me observando de dentro de uma sala. Ao perceberem que cheguei, três delas vieram me cumprimentar.

— Oliver, né? — Uma delas diz.

— Sim, sou eu. — Digo.

— A Stefanny quer pedir desculpas para ti. Ela está arrependida de ter sido infantil e ter te derrubado. — Ela diz.

— Tudo bem. — Digo.

As meninas saem andando pelo corredor, até que param e olham para mim.

— Você não vai vir? — Diz a mesma garota.

— Eu não aceito as desculpas. — Digo.

As três ficam bastante preocupadas, como se algo estivesse errado. Logo correram para a mesma sala e avisaram a chefa do plano, que ficou me olhando de relance pela porta.

— Essas meninas nunca aprendem. Sempre querendo me derrubar. — Digo e coço a cabeça.

Dois braços se envolvem na minha barriga e me abraçam forte, me levantando também. Olhei para trás envergonhado e vi que era o André. Estava com uma calça jeans negra e uma blusa de manga longa branca.

— Ei, baixinho. Tudo bem? — Ele diz enquanto me solta.

— Tudo sim! E você? — Digo e me viro para ele, tendo meu rosto corado ao ver seu sorriso.

— Tudo ótimo. — Ele diz. — Os outros ainda não chegaram?

— Não... ainda não. — Digo.

— Vamos andar por aí então. — Ele diz e cutuca a minha barriga com seu dedo indicador, me fazendo cócegas.

Dou um pulinho com a brincadeira dele e logo seguimos andando. A festa da escola tinha lojinhas por toda a parte. Nós tínhamos que esperar o pessoal da cozinha terminar os aperitivos, para então entregarmos todos para o público.

Eu e André passamos por uma barraca de correio romântico. Era gratuito, e qualquer um poderia escrever uma mensagem e colocar o destinatário. Fiquei muito interessado, mas acabei ficando tímido sobre isso.

— Odeio esses correios. Esses alunos não têm mais o que fazer. — Ele diz.

— Sério? — Digo entre risos fracos. — Ás vezes eles podem ajudar os adolescentes a se declararem para outros.

— Ou passar trotes. — Ele diz.

Uma garota dentro da barraca do correio acabou avistando André. Ele era alvo de uma mensagem enviada por alguém, e ela precisava entrega-lo o papel; ele não estava na festa quando escreveram.

— Você é o André?! Alguém deixou isto! — Ela diz e entrega o papelzinho na mão dele.

— Que inferno. Não me mande mais nenhuma mensagem. — Ele diz com olhos frios e ela se afasta assustada.

O bad boy abriu o papel e notou que era mais um trote. Estava escrito para ele abrir a geladeira e encontrar uma vaca de pelúcia dentro. Ri muito, mas não tinha ideia de quem escrevia essas coisas.

— Está vendo?! Eles só enviam essas coisas! — Ele diz irritado.

— Pois é! Mas você merece, senhor brincalhão. — Digo rindo.

Ele me cutuca bem forte na barriga.

— Ai! Isso doeu! — Digo ainda rindo um pouquinho.

— Era para doer! Vou pegar uma bebida. Te vejo depois. — Ele diz com sobrancelhas sérias e segue corredor adiante.

Dei um sorriso de garotinho travesso e corri para a barraca dos correios. Falei com a atendente e escrevi com uma caneta vermelha em um papel de corações: “Você fica muito fofo quando se irrita. De: desconhecido”. Pedi para a mesma entregar para o André, e mesmo ela insistindo que ele não queria mais, acabou aceitando por eu ser seu amigo.

Quando saí da barraca, minhas bochechas coraram imediatamente ao me deparar com Ana e Julie. Fiquei com muita vergonha e sabia que iriam me interrogar sobre ter usado o correio romântico.

— Oliver, olá! O que está fazendo na barraca do amor? — Ana diz.

— Nada! Quer dizer... estava enviando um trote! — Digo.

— Trote? Hum... ok. Os aperitivos já estão prontos? — Julie diz.

— Não... ainda não! — Digo.

Julie estava vestida com uma camisa branca e uma saia cinza. Seu cabelo longo e negro jogado para trás era totalmente destacado. Ana estava com uma trança de lado e uma calça jeans escura com uma camisa xadrez amarela; a camisa combinava com seus fios de cabelo loiro.

— Ok! Nós duas precisamos experimentar aqueles docinhos de chocolate. Assim que fizermos, vamos te procurar! Até mais, amigão! — Ana diz.

— Até mais! — Digo.

Acenei para elas e as avistei de longe comprando e experimentando os melhores doces da festa. Não sabia o que deu na Julie, pois ela sempre estava de dieta. Comecei a me sentir solitário olhando para todos se divertindo.

Um braço é colocado no meu peito, me puxando para trás e me fazendo bater as costas em um peitoral grande e definido. Era Gabriel. Estava com uma jaqueta de couro e uma blusa branca, ambas peças acompanhadas de uma calça esportiva preta.

— Bonito cachecol. — Ele diz.

Inclinei meu rosto para cima e o vi. Sorri e ele me soltou.

— Obrigado! Gostei muito da sua jaqueta também. — Digo.

— Valeu. Os aperitivos já estão prontos? — Ele diz e coça a cabeça.

— Ainda não... o grupo está cozinhando. — Digo.

— Ok. — Ele diz.

Um silêncio permanece enquanto nós dois olhamos um para o outro. Gabriel desvia o olhar e dá de cara com a barraca do correio amoroso. Ele ficou com as bochechas coradas, pois obviamente notei as intenções dele de mandar uma carta. Era fofo de ver o jeito envergonhado do grandão.

Enquanto isso, André estava no bar do refeitório. O bar foi completamente organizado por uma turma inteira, e estava incrível.       

— Eu vou querer dois copos de refrigerante. — Ele diz enquanto coça a barba malfeita.

O garçom passa os copos para ele e um menino de boné esbarra com o bad boy. Era um dos entregadores do correio romântico.

— Mensagem para André! De: desconhecido! — Diz o menino, formal.

— Eu já disse que não quero mensagem nenhuma. — Ele diz e levanta, encarando o pobre rapaz com olhos assustadores.

Todos escutaram o barulho do banco do André quando ele se levantou. O entregador ficou tão assustado que acabou colocando a carta na mesa do bar e saiu correndo para a barraca. A atenção do público logo cessou e meu amigo abriu a carta.

— “Você fica muito fofo quando sorri. De: desconhecido”. — Ele diz, lendo.

— Acho que você recebeu a carta de um homem. — O garçom diz, rindo baixinho.

— Por quê acha isso? — André pergunta, observando os coraçõezinhos do papel da carta e a caligrafia.

— Ele se pronunciou como desconhecido, e não como desconhecida. — Diz o garçom, rindo.

— E qual é a graça? Está se intrometendo onde não deve, moleque. — André diz e dá um olhar assustador para o garotinho que estava atendendo.

Ana e Julie estavam experimentando alguns brigadeiros. Elas passavam de mesa em mesa e provavam um pouquinho de cada doce.

— Este parece ser uma delícia! — Ana diz olhando para o brigadeiro feito com amêndoas e morango.

— Parece mesmo! — Julie concorda.

O atendente da locadora de filmes nota Julie e se aproxima da mesma. Ele estava na festa também.

— Menina do filme. Prazer em te conhecer. — Diz sorrindo o garoto.

Ana o encarou com estranheza e também acabou ficando um tanto emburrada. Uma ou as duas haviam se apaixonado por alguém, e escolheram aquele filme específico para descobrir se estavam mesmo amando.

Continuei conversando com o Gabriel. Andamos pelo evento sempre juntos, e ele não saía de perto de mim para ir a lugar algum. As meninas e a Stefanny me observavam da porta da mesma sala, com raiva por eu estar com o ruivo.

— Vamos sujar toda a roupa dele? — Stefanny diz para uma das amigas.



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