Fernando conferiu se não ficara nenhuma pendencia, pegou uma pasta com alguns documentos e seguiu para a mesa de Paula Maria.
- Quero que tire copias desses documentos e entregue a Omar.
- Sim senhor. Ela se prontificou. – Algo mais?
- Como já sabe, hoje não vou voltar mais a empresa, então qualquer imprevisto passe para Omar.
- Certo. Sorriu.
- Marcia ainda está?
- Não, Lola acabou de me informar que ela deixou um recado para o senhor. Entregou um papel.
- Obrigada. Agradeceu e seguiu para o elevador, abriu o pequeno bilhete.
Tive que sair mais cedo, estarei a sua espera no consultório.
Ele suspirou desanimado, hoje iria escutar e ver o seu terceiro filho. Preocupou-se como seria a reação de Leticia logo após essa ultra, ficaria com raiva? Mais ainda? Ou entenderia? Pouco provável, os hormônios a cada dia a possuíam mais, sorriu, a única parte boa era que quanto mais calorosa fossem as discussões, mas intensas as reconciliações, menos mal, pensou ele.
- Boa tarde, senhor Fernando. Celso, o porteiro o cumprimentou.
- Boa tarde. Fernando entrou dentro do seu carro ainda aéreo pensando em como lidar cada dia com um novo problema.
O trajeto fora tranquilo até o consultório, quando estacionou o carro, de longe viu o de Marcia um pouco mais a frente.
- Boa tarde. Ele cumprindo a secretaria. – Marcia Vi...
- Estou aqui Fernando. Ela apareceu vindo de um corredor. – Venha, o médico está a nossa espera. Voltou sem o esperar.
- Com licença. Ele a seguiu.
- Olá Fernando. O médico o cumprimentou.
- Olá doutor.
- Vamos começar? Questionou.
- Sim. Marcia respondeu ansiosa.
- Por favor, deite-se aqui. Ele pediu a ajudando.
Fernando se aproximou dela e se surpreendeu pois Marcia o segurou sua mão quanto o médico passava o gel pela sua barriga.
- Estou ansiosa. Justificou-se sem o olhar.
Ele não a respondeu, apenas sorriu sem jeito.
- Marcia e Fernando, este é o bebê de vocês. Apontou para o monitor, chamando a atenção do casal.
- Como é pequeno! Ela disse emocionada.
- Está tudo bem, doutor? Fernando o notou estranho.
- Está sim, é que eu acompanho Marcia há algum tempo e fico emocionado, não sabem como me sinto a vendo realizar o sonho de ser mãe.
- Eu que agradeço a Doutor. Você me ajudou muito. Sorriu. – Podemos escutar o coração dele?
- É claro.
Não foi como escutar dois corações batendo. Mas, Fernando não negou a emoção quando escutou o coração daquele novo ser, e mais ainda quando viu Marcia tão contente. Poderia não a ama mais, porém isso não significa que não queria seu bem.
- Não é incrível, Fernando? O questionou.
- É sim, Marcia. Sorriu para ela.
- Vocês querem fotos?
- SIM! Márcio respondeu ao doutor rapidamente.
- Vou imprimir. Levantou-se e deixou os a sós.
- Seus pais me ligaram hoje pela manhã. Ela disse quanto retirava o gel.
- Disse algo a eles? Perguntou.
- Nada em relação a nosso divórcio, nosso foco foi o primeiro neto deles.
- Pretendo fazer um jantar e contar tudo a eles.
- Já vou avisando que não irei.
- Marcia. Resmunou.
- Não vou me humilhar, Fernando. Acha que eu vou chegar lá e dizer: Terezinha e Humberto, estamos esperando um filho, porém, estamos nos separando. Ah! E querem saber o motivo? Fernando está apaixonado por outra mulher.
- Eles vão querer ...
- Eu sei, vão querer fazer com que nós dois reatemos, vão alegar que isso é o melhor para o bebê. Mas sabe? Não faço a mínima vontade de lutar por isso.
- Aqui estão. O médico entrou interrompendo e entregando duas pastas. – Como me pediu, Marcia.
- Uma para mim e outra para você. Ela explicou. – Pelo menos a foto da ultra do nosso filho vai querer, não é?
- É claro, sou pai dele.
- Ótimo. Ela saiu sem dizer mais nada.
- Tenha calma. O médico o orientou. – Marcia está assim pelos hormônios. Sorriu.
- E como eu sei. Pensou em Leticia.
Quando tudo terminara, já era quase noite e Fernando seguiu para seu apartamento. Quem sabe não teria mais sorte com Leticia? Mesmo antes de parar em frente a porta de seu apartamento, Fernando cansado, não pensou duas vezes em retirar a gravata e desabotoar o paletó. Tranquilamente ele destrancou e adentrou o local, após trancar a porta atrás de si, sorriu quando viu um caminho de vê-las iluminando até seu quarto. E sim! Iria ter mais sorte com Leticia!
A passos lentos, ele seguiu até seu quarto. – Oi? Se encostou na porta aberta.
- Oi. Disse sorrindo se levantando da cama, a qual estava sentada.
- O que estamos comemorando?
- Não posso mais fazer algo especial assim? Se aproximou lentamente e o agarrou pela gola da camisa, iniciando contínuos selinhos no queixo e pescoço dele.
- Sempre que quiser. Largou o a gravata no chão juntamente com sua pasta.
- Vem. O chamou se afastando e o puxando para a cama. – O que é isto? Reparou em um envolve próximo a pasta dele.
- É ... é ... Fernando começou a gaguejar.
Leticia o ignorou e foi pega-lo, sem agir Fernando a viu abrir e encarar alguns segundos a foto.
- É ele? Perguntou encarando a foto.
- É. A respondeu temendo a reação dela.
Leticia ficou alguns segundos em silêncio, ela tocou o seu ventre e para a surpresa de Fernando ela sorriu.
- Olha meus amores, é o irmãozinho de vocês. Seu olhar foi para o ventre. – Ele está um pouquinho menor que vocês, mas vão ter quase a mesma idade, sabia? Ela foi até a cômoda ao lado da cama e de dentro de uma gaveta ela retirou uma foto da ultra sua. Estava dentro da mala que trouxera. – Agora vamos fazer uma surpresa para o papai. Leticia ajeitou e colocou a duas fotos sobre a cômoda.
- Eu te amo, sabia? Ele a abraçou por trás.
- Pensou que eu agiria de outra forma? Sorriu.
- Sim, pensei que por causa dos hormônios ...
- Ele ou ela também é seu filho Fernando, não quero vê-los brincando ou algo do tipo, quero vê-los unidos e independente de quem é a mãe, que eles possam se apoiar e ajudar um ao outro.
- A cada dia eu me apaixono mais por você. Ele a virou e a beijou calorosamente. – Voltamos para nossa noite especial. Sorriu para ela.
- Ótima ideia. Ela envolveu seus braços e o beijou ferozmente.
Fernando segurou-a pelos quadris e a levando, fazendo Leticia cruzar suas pernas na cintura dele. A deitou sem deixar de beijá-la, as mãos astutas dela desabotoaram rapidamente a camisa dele, logo mais sendo a vez da calça. Ele a ajudou retirando cada peça, e enfim fora a vez dela se despir.
Carinhosamente, ele retirou a camisola que ela vestia, beijou cada centímetro do corpo dela, enquanto a mesma se contorcia em seus braços.
===
Marcia estacionou o carro na garagem como de costume, não negava que o espaço vazio do carro de Fernando a incomodava. Encontrou a casa toda arrumada, um bilhete deixado pela sua governanta explicava o motivo por ter saído mais cedo. Pelo menos deixara o que ela pediu antes de sair.
- Agora é só eu e você. Disse abrindo a geladeira e pegando a sobremesa. – Huummm... como estava com vontade. Confessou abocanhando um pedaço.
A tranquilidade do ambiente encerrou-se com o toque insistente da campainha.
- Rápido, não? Ela questionou vendo Otavio com uma caixa de pizza.
- Tudo para você. A respondeu entrado.
- Obrigada. Tomou das mãos dele a caixa e seguiu para a cozinha.
- O que está comendo?
- Pudim. Disse abrindo e pegando uma fatia da pizza.
- Eca! Ele disse quando a viu misturar a pizza e a sobremesa.
- Por favor, Otavio! Não me faça sentir mais triste do que já estou. Pediu comendo sem o menor pudor.
- Está bom? Se aproximou sem negar a cara de nojo.
- Uma delícia, experimente!
- Não, obrigada. Vou comer apenas a pizza. Pegou uma fatia.
- Como está Mônica?
- Bem, hoje ela lembrou de você e me pediu que mandasse um beijo. Ameaçou beija-la no pesco, porém Marcia se esquivou.
- Já te avisei, Otavio. Reclamou.
- Desculpa, amigos ... tudo bem! Levantou as mãos em rendição.
- Eu trouxe algo e quero te mostrar. Largou a comida e foi até a bolsa pegando o envelope. – Olhe. O entregou.
- Não acredito! Ele sorriu largo. – É ele? Pergunto encantado olhando para foto da ultra.
- Sim, olhe ele bem aqui. Apontou para o minúsculo ponto.
- Pagaria uma fortuna para escutar o coraçãozinho dele. Disse empolgado.
- Uma fortuna? Ela questionou sorrindo. – Pois vá depositando logo em minha conta. Revelou um pen drive.
- NÃO! Disse surpreso.
- Você tem me ajudado muito Otavio, se estou ainda aqui com o meu bebe é porque você está ao meu lado. Afirmou tocando o ventre.
- Eu te amo Marcia, e quando se ama somos capazes de tudo, até mesmo de ver quem a gente ama nos ig...
- Vamos ver? O interrompeu. – Vem! O puxou para seu quarto e imediatamente colocou o vídeo.
- Bate forte, não? Ele questionou hipnotizado na tv.
- Não foi assim com Monica?
- Não, quando soube da gravidez ela estava perto de nascer, não tive esse momento. Confessou.
- Aproveite. Sorriu.
- Irá me deixar ir com você? Perguntou esperançoso.
- Não posso, Fernando disse que irá me acompanhar.
- Eu entendo. Não negou a tristeza.
- Porém, isso não quer dizer que vai estar longe. Sorriu. – Vou te mostrar tudo! Ele ou ela terá um ótimo padrinho.
- Como? Isso foi um ...
- Uma intimação. Otavio, aceitar ser o padrinho dele ou dela?
- E seria louco de recusar? Gargalhou.
- Obrigada por tudo. Tocou a mão dele.
- Marcia?
- Sim?
- Me perdoe. Ele a encarou e sem nenhum aviso a beijou.
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