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História Café Com Leite - A minha mãe irá vir aqui semana que vem.


Escrita por: lrdschats

Capítulo 113 - A minha mãe irá vir aqui semana que vem.


Fanfic / Fanfiction Café Com Leite - A minha mãe irá vir aqui semana que vem.

{Luan} 

Pisco algumas vezes, e na ultima, recupero-me e tento, de alguma forma, acabar com o sono que sinto. O frio não é devastador, mas posso sentir os pelos do meu corpo, pedir por algo quente que chama: minha cama. Eu oro para que a viagem não dure mais do que meia hora, tudo o que penso é: como foi que eu cheguei ao ponto de levantar da minha cama no meio da madrugada para poder comprar kiwis com morango?

Isadora acordou assustada essa madrugada, talvez seja pelo fato de Laís estar no Brasil resolvendo todas as suas coisas. Ela pediu por tais frutas, eu reclamei no mesmo segundo, mas quando encarei seus olhos brilhosos, não pude dizer não, e embora não saiba nada dessa cidade, ativei o GPS e segurei na mão de Deus. 

Entrego a quantia de dinheiro para o homem atrás do balcão, ele embala minhas compras e me manda um simples sorriso de lado, quase como se soubesse que meu sono está prestes a derrubar quase todo o meu corpo. Devido a habilidade de andar e o cuidado excessivo, cambaleio para trás, porém não caio.

São três horas da manhã, quero dizer, não exatamente, mas não mais do que três e meia.

Toronto pode ser grande, há cerca de três ou mais mercenárias abertas vinte e quatro horas. Eu rodei a cidade em busca de uma.

Eu passo algum tempo dirigindo olhando para a cidade escura e morta, penso na Isa e no nosso bebe. Perco-me em recordações, mas que, por alguma razão, tiveram um resumo estranho pois eu sorrio ao me pegar pensando em nomes para ele. Talvez seu nome devesse ser algo que me lembrasse dela, ou da sua personalidade incomum, porém incrível.

Eu olho para os morangos ao lado e rio, talvez eu queira ser esse tipo de pessoa. Alguém capaz de levantar na madrugada para comprar algo apenas para fazer alguém bem, nem que seja por alguns segundos.

Tranco a porta depois que coloco meu corpo dentro da casa escura. Sei o caminho até a cozinha de cor, no entanto me arrasto. Sentindo o sono finalmente apossar novamente minha espinha das costas.

Coloco as três bandeiras de morango sobre o balcão, faço o mesmo com as outra tês de kiwi. Procuro o creme de leite em um dos armários e recolho um prato, também. Quando aproximo meu corpo da pia, sinto suas mãos rodearem meu corpo. Sua barriga, agora, maior do que eu pensava que estaria, me faz relaxar em seus braços e me fazer soltar uma risada fofa, deixando evidente o quanto eu gosto dos seus simples toques de carinho. 

Ela se afasta e para ao meu lado abrindo as bandejas, todas elas. E logo a vejo lavar os morangos, enquanto eu descasco os kiwis. Solto uma risada engraçada enquanto eu preparo sua gororoba gostosa, jogando os pedaços das frutas dentro do prato coberto por creme de leite e açúcar.

Seu corpo sobe na cama, ela demora um pouco, mas logo se senta cruzando as pernas. Eu acompanho cada movimento, e depois lhe entrego o prato cristalino da cor azul escura. Ainda ao seu lado, apoio minha cabeça no travesseiro e a vejo saborear as frutas agora brancas. Seu rosto se move, ela sorri meiga e recolhe um morango com um dos seus dois dedos, levando-a até minha boca, sujando meus lábios porém, o gosto é ótimo.

— É bom, não? - pergunta. Mesmo demorando alguns segundos para dá-la a resposta, balanço a cabeça e rio após engolir a fruta.

— É bom mesmo.

— Mas eu não vou te dar mais. - rio alto e noto que seu rosto voltará a estar da forma de minutos atrás.

— Boa noite, Isa. - fecho meus olhos, ela não me responde mas sei que ouve minha voz, mesmo que baixa, esteve cercada por gentileza. 

Eu ouço o barulho que o vidro do prato faz ao tocar no chão. Ela acabou de comer, não preciso vê-la para ter essa certeza. Entretanto, exato dois segundos, eu sinto seus lábios doces tocarem minha bochecha. Isso me faz rir, ela solta uma risada deliciosa, é cativante, acho que ninguém poderia não se prender a isso. 

{Isadora} 

Saio do quarto com cautela ouvindo uns barulhos me incomodarem, apoio minha mão sob a barriga, e vejo a porta central totalmente escancarada, e algumas caixas no meio da sala.

Mas que merda é essa? Cade o Luan? 

Assim que vejo seu rosto soado, sorrio ao ver seus braços puxarem algo para dentro de casa.

Depois de alguns segundos, vejo Rafael e Rober puxarem uma enorme caixa, trazendo-a para o corredor que da acesso aos quartos. 

— O que é isso? - pergunto curiosa. 

— Isso é um berço. - responde Rafael. — Mas o resto das caixas é a mudança da casa que você e sua amiga estavam. - ele complementa depois de limpar o suor que exala em sua testa por todo o esforço que faz. Eu sorrio ao notar que realmente é um berço. É branquinho, e a madeira do berço é bem nova. 

— Porque vocês pararam? - pergunta Luan. 

— Porque está pesado. - Rober responde com a respiração descompassada. — Porque você não vem nos ajudar? 

— Porque eu vou pegar as tintas. - ele responde. 

— Estou vendo você atoa, não to vendo nada de tintas. - Rober rebate. 

— Relaxe. - Luan responde e sai de casa, noto uma caminhonete parada perto do gramado de casa. 

Depois de acabar com a distância, beijo a bochecha de cada um deles, recebendo sorrisos bondosos. Dou um imenso espaço e os deixo seguirem com a caixa, logo levo meu olhar para fora e caminho, me aproximando da caminhonete. Talvez ele esteja sendo um pouco apressado, talvez ele queira deixar as coisas certas antes de voltar pro Brasil, ou talvez simplesmente ele esteja ansioso com tudo isso. 

Luan tira algumas caixas de dentro de veículo preto. 

— Eu trouxe tintas brancas e amarelas já que não sabemos o sexo do bebe. - Luan diz quebrando o silêncio.

— Você quem comprou o berço? - pergunto ansiosa.

— Foi uai. - ele ri. — Nós vamos começar a pintar no sábado que vem, porque hoje está foda. - explica. Hoje é sábado, mas suponho que ninguém queira passar o final de semana pintando o berço do bebe. — Ah, e antes que eu me esqueça... Tem uma sacola dentro da caminhonete, é sua.

— Minha? - quando pergunto, ele joga as chaves para cima e eu as pego com rapidez, vendo-o se afastar e ir em direção a porta aberta, segurando quatro latinhas com muita força.

Assim que recolho a sacola branca e vejo por dentro da mesma, analiso algumas latas de picles e alguns potes de manteiga de amendoim. Meu paladar transfere água no mesmo minuto, eu havia dito que estava com vontade disso, mas não imaginava que ele daria um jeito de me trazer.

Entro em casa e coloco a sacola clara em cima do balcão da cozinha, retirando os objetivos de dentro e os colocando dentro do armário preso a parede branca.

Assim que me aproximo perto do quarto do neném ouço Luan se alterar.

— Tomem cuidado com esse berço. - Rober gargalha, está olhando pela janela enquanto Rafael se mantém ao lado das quatro tintas, duas brancas e duas amarelas. 

— Você tem dinheiro, para de reclamar. - Rafael zomba.

— Bom, está aí. Sábado a gente começa a pintar. - Rober suspira. — Vai á festa na boate da esquina? 

— Não, eu estou cansado. - Luan apenas responde e eu finalmente entro no quarto, vendo a atenção de todos serem expostas á mim.

— Beleza, a gente ta indo nessa. - Rober diz. Logo ele caminha em minha direção e me abraça, beijando minha bochecha. Isso se tornou comum desde o dia em que nós conhecemos. — Até mais Isa, qualquer coisa grite. Estamos ao lado. - ele ri. 

Os dois se despedem de mim, e os vejo irem embora deixando-me sozinha com Luan.

— O que tem na esquina? - eu pergunto de uma forma meiga, enquanto aliso minha mão na madeira do berço. 

— Sei lá, é uma festa. - ele ri. — Os meninos vão. Você pegou a sacola de dentro da caminhonete? 

— Aham. Mas vou deixar para comer mais tarde. - explico. 

— A minha mãe irá vir aqui semana que vem, talvez a Bruna também venha. 

— É, a Bruna disse por wpp. Minhas amigas também viram, agora os meus pais eu não sei. - ele deposita um beijo em minha testa e com seus dedos grossos acaricia meu cabelo.

"Eu quero você, eu quero você
Deixe-me apresentar 
Olhando nos seus olhos me faz imaginar como eu tenho tanto tempo com você quando tem mais em volta.
Eu sei de toda a competição que tenho, então eu fico pensando...
Isso é bom demais para ser verdade
Nós estamos vivendo em um conto de fadas sem malícias ou mentiras, querido.
 É difícil acreditar que todo o amor que você tem dentro de si é só meu
É assim que eu sei que não posso ser sua única 
Não, eu não posso ser sua única
Pois você é duas vezes mais bonito do que qualquer outro e seu amor é três vezes melhor 
Como alguém pode esquecer?
Como eu me deito com você toda noite 
Ainda me custa acreditar que você permanece do meu lado 
Não estou dizendo que não mereço você mas eu estava sonhando mais alto do que sabia quando meu sonho de vida."
(Only - Ariana Grande) 



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