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História Café Com Leite - A verdade é que sua mãe morre de ciúmes de você.


Escrita por: lrdschats

Notas do Autor


Pai da Isa!!!!

Capítulo 47 - A verdade é que sua mãe morre de ciúmes de você.


Fanfic / Fanfiction Café Com Leite - A verdade é que sua mãe morre de ciúmes de você.

 

— Olha quem apareceu. - Rodrigo dizia ao me ver, estava deitado no sofá da sala e isso fez com que ele se levantasse. 

— Achei que não ia voltar mais. - Flávia aparecia com Luiza no colo que mastigava alguma coisa com a boca toda suja. 

— A mocinha ta comendo o que? - Pergunto após deixar os saltos em cima do sofá, pegando ela para meu colo. 

— É bicoito. - Ela responde com a sua voz fina fazendo todos rir. 

— Biscoito? - Pergunto, fazendo ela mexer a cabeça positivamente e voltar a sua atenção ao pacote que estava em sua mão. 

— Mais um pouco o teu pai pega carona com o Luan. - Flávia dizia, fazendo minha barriga estrilar. 

— Graças a Deus. - Digo aliviada. —  Preciso tomar um banho, cade a Bia? 

— Ta dormindo ainda. - Rodrigo responde, ele está lixando suas unhas de um modo bem afeminado. 

— Vocês saíram ontem, né? - Digo colocando Luiza no chão, e catando minhas coisas para subir. — O que vocês falaram pro meu pai? 

— Ele não viu a gente saindo, e voltamos antes dele acordar. - Rodrigo responde dando de ombros fazendo Flavia rir. 

— Seu pai tem sono pesado. - Flávia dizia. 

— Hum, menos mal. - Digo arqueando as sobrancelhas. — Vou tomar um banho e venho já. - Subo as escadas e ouço Flávia gritar. 

— Tem base no meu banheiro caso você não tenha trazido, passa um tolete no seu pescoço para disfarçar, porque a coisa ta feia. - Ela não viu a cara que fiz, e eu também não respondi. Mas ouvi risadas no andar de baixo, carambaaa Luan. 

Olho pro espelho e arregalo os olhos. 

— Meu Deus, isso aqui ta forte demais, como vou fazer? - Falo sozinha apreensiva com as marcas de chupões que percorriam no meu pescoço inteiro, talvez. — Acho que vou ir embora amanhã, estou com saudade de casa, não ia conseguir disfarçar tudo isso por mais alguns dias. 

Retiro minha roupa e entro debaixo do chuveiro delicioso. Estou com saudades do Caio, precisava passar um tempo com ele que também esta de férias. Desde quando terminei com Arthur minha cabeça ficou "avoada" para o tipo de coisas que sempre dei ênfase, a atenção do meu sobrinho.

Lembro da noite passada e foi inevitável não soltar uma risada. Que loucura. Arthur sempre supriu todas as necessidades que meu corpo tinha, mas o Luan supriu muito mais. Com o Arthur eu me sentia sua namorada, noiva, e com o Luan eu me senti liberta de qualquer rótulo, estávamos ali por puro prazer, e isso deixou a coisa bem mais quente e intensa. 

Sai do banho dando de cara com a Bia arrumando sua cama. 

— Amiga já ta aí? - Ela pergunta assustada ao me ver, afinal ela acabou de acordar. 

— Sim, acabei de chegar. - Digo vestindo uma roupa qualquer. — Pra onde vocês foram ontem? 

— Em uma balada na paulista, me acabei de dançar, estou um bagaço. - Ela dizia com uma voz pesada de sono. — E você em queridinha, seu pescoço prova que a noite foi boa ontem né? 

— Aí é verdade. - Bufo me lembrando do meu pescoço, quero ver o que eu vou fazer. — Passa pra mim amiga, acaba com esse tubo de base mas não deixa a mostra esses chupões. - Pedia aflita. 

— Isadora do céu, ta forte isso aqui em. - Ela dizia passando com uma certa força, devido ao meu pedido. — Me conta como que foi. 

— Depois eu conto, mas foi perfeito. - Digo com uma voz fanha, já que ela passa a mão sobre minha garganta agora, espalhando a base. 

Algum tempo depois... • 

— Anjo, seu pai ainda quer conversar com você sobre o episódio com a sua mãe. - Flávia dizia assim que me sentei no sofá junto com eles. 

— Não queria nem me lembrar disso. — Revirei os olhos. 

— Não sei porque ela é assim, qualquer mulher queria ter a honra de ter gerado uma pessoa linda assim. — Sorrio ao ouvir suas palavras amorosas. — Quero que você conte comigo cada vez mais tá bom? 

— Obrigada, você sabe que eu amo você né Flávia. - Dava lhe um abraço. — Minha mãe é caso perdido, não quero que meu pai tome nenhuma atitude, eu quero esquecer tudo o que aconteceu. 

— Ótimo, mas conversa com seu pai e dêem um ponto final nessa história com a Estela. 

— Pode deixar, vou tranqüilizar ele. 

— Agora, nos conte de ontem, pra onde vocês foram? Dormiu na casa dele? A mãe dele viu vocês juntos? - Rodrigo começou seu questionário. 

— Não, Deus me livre. Jantamos num restaurante de comida italiana, e bem... Depois fomos pra um apartamento dele. - Dizia rindo, visto que os três olhares estavam curiosos com o final. — Ai gente, me poupe dos detalhes, vocês sabem, né? 

— Lógico que quero detalhes, é bom? É grande? - Rodrigo me deixava constrangida com suas perguntas desnecessárias e cabeludas. 

— Rodrigo. - O repreendi. — É bom sim, é tudo bom, não sei se algum dia encontraria algum erro naquele homem. - Dizia depois de relaxar no sofá apoiando as costas no acento. 

— Aí maldita. - Ele dizia nos fazendo gargalhar. 

(...) 

Meu pai entrou pela sala depois de algum tempo, Flávia foi o receber com beijos, e Luiza pulou no seu colo fazendo ele rir. Ele nos viu no sofá, e parece ter ficado mais aliviado. 

— Nem vi você chegando filha, e olha que dormi tarde. - Ele começava um assunto, após afrouxar sua gravata e se sentar na poltrona da sala. 

— Ah pai eu disse que não precisava me esperar, mas não cheguei tão tarde. - Minto sem sucesso, não sou boa em desculpas. Ele me olhou desconfiado. Ou eu que estava "devendo", fiquei com essa encanação. 

— Ah entendi, e depois nós precisamos conversar. - Seu tom era calmo, assenti com a cabeça já sabendo do que se tratava o assunto.

Meu pai continuou ali conversando com a gente. As vezes tenho a impressão que ele sabe de tudo, só tampa os olhos e se faz de bobo. 
Rodrigo e Bia foram ajudar a Flávia a limpar o jardim, na intenção de nos deixar sozinho algum tempo depois. 

— Tá tudo bem com você? - Ele quebrou o silêncio que ia se instalar engatando o assunto.

— To bem pai, de verdade. - O tranqüilizo e sei que ele sente a verdade através das minhas palavras. 

— Sua mãe te procurou? Ela tá em São Paulo. 

— Fazendo o que aqui? - Pergunto estranhando. — Ela não me procurou e eu já deixei bem claro que não quero nenhum contato com ela, nem indiretamente. 

— Como foi que a situação chegou nesse ponto? - Ele pergunta. 

— A situação sempre foi nesse ponto, ela só provou mais uma vez o quanto sou insignificante para ela. - Contei sobre todo o ocorrido aquele dia, e ele me ouvia atento sem me interromper um só minuto. — E foi isso, pai ela sempre me tratou diferente, ela mesmo já assumiu isso, ela sempre me viu com outros olhos, o porque eu não sei. Eu sei que não sou fácil, tenho minhas manias, as chatices, mas pô pai, isso todo mundo tem. Isso não justifica, desde criança ela sempre me tratou diferente dos meus irmãos, o senhor sabe disso, todo mundo sabe. 

— A verdade é que tua mãe morre de ciúmes de você. E isso começou desde a descoberta. Eu babei mais em você do que na sua irmã, não que fazia diferença, mas você era menor, você sempre teve um carinho a mais por mim, desde a barriga dela, eu falava com você, e você chutava. Quando você nasceu, estava na sessão do parto, e ela te pegou no colo, mas você não parava de berrar um só minuto, sua mãe ficou envergonhada, apesar de ser normal, você era um recém nascida mas a partir do momento que você veio pros meus braços, você parou de chorar. Aquilo encheu meu coração mais ainda de amor, pra ela só a Isabela bastava, e a gravidez que ela enfrentou com você foi difícil. O corpo dela mudou drasticamente, estrias, celulite, coisas de mulher, ela sofreu muito com tudo isso porque abalou todo seu ego. Eu nunca lhe contei sobre isso, mas a Flávia era enfermeira. Ela acompanhou todo seu parto, e foi lá que a conheci. O meu casamento com a sua mãe nunca foi dos melhores, ela sempre foi contra tudo o que eu fazia e eu, sempre abaixava a cabeça com tudo porque ela era mãe dos meus filhos, e eu tinha pra mim que isso era a coisa mais importante, que nunca poderia abandona-lá. Você ficou na maternidade por alguns meses, e pela gravidez ter sido um pouco complicada sua mãe teve que ficar de observação também. Todo dia, em qualquer tempo vago eu ia te ver. - Eu ouvia atenta toda aquela história. — A Flávia foi a enfermeira que fez todos os procedimentos. Ela sempre me explicava o quadro em que você estava, em que a sua mãe estava. Nós começamos a ir almoçar juntos, mas isso era tudo por conta da situação, entendeu? Nunca foi minha intenção. Porém, eu comecei ver ela com outros olhos, eu desabafava com ela e ela me ouvia, me incentivava. Comecei a ver que o meu mundo não se limitava apenas com a sua mãe, que eu poderia ter meus filhos comigo, sem ter a necessidade de estar casado com ela. Porque filha, eu não era feliz naquela casa. Sua mãe saiu do hospital, você também mas eu continuava me encontrando com a Flávia. Sua mãe até pegou algumas ligações, mensagens. Já na gravidez do Pedro ela não queria ir no mesmo hospital que teve você e sua irmã, ela diz que não mas eu sei que era por conta da Flávia, sua mãe já desconfiava. Quando eu decidi que queria me separar, ela fez o inferno na minha vida, dizia que eu não ia ter direito de ver vocês mais. Mas a Flávia me incentivou a ir atrás dos meus direitos, eu já não estava mais com a sua mãe, por isso não deixava de exibir a Flávia para todos, inclusive para a sua vó. A sua mãe então, se revoltou contra tudo, e colocou na cabeça que tudo isso tinha sido sua culpa, porque foi na sua gravidez que conheci a Flávia, e foi a gravidez de risco que deixou danos em seu corpo, esse é o motivo de tanta indiferença. Mas me diz, isso justifica alguma coisa? Não Isa, não justifica. Não foi voce, eu até que abri o olho tarde demais. Agradeço a sua mãe por tudo o que tenho hoje, ela me ajudou a construir a muralha que temos. Mas infelizmente os defeitos dela, pesam bem mais do que as qualidades que hoje, são bem menos. E eu te cuidei na maior parte do tempo e por isso sempre fomos apegados, e sempre iremos ser. - Ele dizia com uma voz fina, ele sempre fez essa voz quando quer me agradar de alguma coisa. Nós rimos, eu estava com os olhos marejados e isso foi a deixa para que uma lágrima caísse dele. 

— Ta explicado. Ela teve seus motivos, ou achou que isso eram motivos. - Digo limpando a lágrima e revirando os olhos. — O modo como ela sempre me tratou foi justificado, mas nada consegue tirar toda a magoa que sinto dela pai. Quando vocês se separaram definitivamente, o tempo que você não estava comigo, eram os piores para mim. Eu me sentia o patinho feio da família. O natal em que você viajou com a Flávia, eu chorei o feriado todo. Ela comprou presente até para os sobrinhos, e não me deu um pirulito se quer. Eu era pequena, mas já sentia toda a indiferença que ela tinha. - Ele abaixou a cabeça, ele sabia dessa e de outras histórias, que até eu mesmo não sabia. Imagino o quanto ele ouviu e agüentou por mim causa.

— A Isabela me ligou e disse que deu um tempo na relação com sua mãe. Ela está bem chateada com essa situação. 

— Ela ficou pai, e senti por isso porque ela e o Pedro sempre foram os queridinhos dela, eles não tem o que reclamar da mamãe, não tanto quanto eu. Eu nem sei se o Pedro tá sabendo. Mas, também não quero que ele saiba. 

— Eu vou conversar com a sua mãe, mais uma vez, não podemos viver assim até o fim de nossas vidas. 

— Não pai, não quero. Não tem o que falar, eu tenho 20 anos isso nunca mudou, porque você acha que mudaria alguma coisa agora? 

— Não mudaria, mas ela não pode e nem deve bater na sua cara por uma coisa que ela acha que é. Isso não da o direito nenhum filha, mas você que sabe. Não vou fazer nada sem a sua ordem, eu não quero nunca perder seu respeito, sei que errei em ter abandonado ela, mas nunca abandonei vocês. Isso não, por nada no mundo, vocês são as coisas mais valiosas para mim, das quais eu mato e eu morro. - Dizia se levantando me convidando para um abraço com os braços abertos. 

— Você tem o meu respeito, e meu amor. E não foi errado você ter pensado no que seria melhor pra você, eu nunca te julguei por isso, na verdade é ao contrário, só mostra o quanto você é corajoso. - Lhe abraço, e ele afaga meus cabelos me dando beijos na cabeça. — Te amo. 

— Eu que amo você minha vida. - Ele dizia com a voz falha, prestes a chorar, o que não queria que acontecesse, desgrudo nossos braços. 

— Só que pai, eu vou embora amanhã tá bem? 

— Poxa filha, pensei que você tinha adotado a idéia de vir morar com o papai. - Ele ria com a mão em volta do meu pescoço me conduzindo para o jardim. 

— Não dá pai, minha vida tá no Rio e eu to com saudades do Caio. 

— Eu que to com saudades daquele menino que ta difícil de vim me ver. 

— Vocês podiam ir em casa também né? De final de semana vocês são livres, é mais fácil para vocês. - Digo isso pela milésima vez. Sempre chamo eles. 

— Filha e o Arthur? 

— Tem umas coisas dele em casa e preciso devolver e pegar algumas coisas que também tem na casa dele. - Bufei ao me lembrar. — Mas eu to tranqüila sabe pai? Aquele fogo no estômago que tive passou, graças a Deus. Semana que vem eu volto pra faculdade também. Não deu nem tempo de parar em casa e sentir a falta dele, mas eu ainda gosto, vai ser difícil esquecer por completo. 

— Não acho. Você já esqueceu, a verdade é que vocês passaram tempos juntos, a comodidade ainda está aí, mas isso é questão de tempo. Que horas que vocês vão?  Eu venho pra levar vocês no aeroporto. 

— Acho que no voo da 13:45, ele vinha de fortaleza e ia fazer ponte aérea em SP. Vai esse mesmo. 


Notas Finais


Esse capitulo foi meio chatinho HAHAHAHHA só p não deixar vcs sem nada mesmo!!!! Se todos os favoritos comentassem o que estão achando, eu agradeceria do fundo do coração!!!! 😍 beijooooosssss lindas!


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