[ S/N ]
(S/N) – Como...
Fico estática encarando aquela pintura sem entender o motivo do rosto de Sehun estar nela. Olho para os lados buscando uma resposta lógica para o que vejo;
(S/N) – Moça? Com licença... – Pergunto a uma garota que passa por mim.
- Pois não?
(S/N) – Pode... pode me dizer quem é esse rapaz do ônibus? – Aponto a imagem.
- Não sabe quem ele é? – Me indaga surpresa. – Esse é Oh Sehun, maknae do EXO! Não acredito que não o conhece?
(S/N) – Você tem certeza? Tem certeza do que está dizendo? – Insisto pois ainda me custa acreditar no que estou ouvindo.
- Claro! A propósito ele é meu utt, veja só.
Ela me mostra seu celular e tanto a capa que o envolve quanto o papel de parede do aparelho, são imagens de Sehun, que por sua vez eu já reconheço com total clareza. Em uma delas ele está usando aquele moletom azul marinho que eu tanto gosto, que tem um pequeno coração bordado no canto esquerdo. Sinto minhas pernas bambas, e penso que seja minha pressão caindo, por alguns segundos tenho a sensação que irei apagar.
- Moça está tudo bem? – Segura em meu braço preocupada.
(S/N) – Está sim... está tudo bem, obrigada... – Sorrio forçadamente.
( . . . )
Saio dali em choque, meio anestesiada com todas aquelas informações... Decido interromper o percurso e dar meia volta, pois minha cabeça está cheia de pensamentos confusos, e eu só quero voltar para casa. De repente como num passe de mágica começo a ver a figura de Sehun em todos os lugares, num outdoor, em panfletos pelo chão, nas tvs na vitrine das lojas de eletroeletrônicos pelas quais passo, e estampando as capas das revistas empilhadas na banca de jornal.
- Vai querer essa senhorita? – Pergunta o senhor que presumo ser o dono do local, ao me ver parada ali encarando as novas mercadorias que ele organiza nas prateleiras.
(S/N) – E-u... eu vou levar...
Entrego o dinheiro a ele e saio com a revista nas mãos.
(S/N) – Não pode ser verdade... este não é o meu Sehun. O meu Sehun é só um fotografo que veio do interior, não essa pessoa que diz aqui; “modelo, ator, rapper, compositor, dançarino...” Ele nem sabe dançar, foi o que ele me disse... Isso tá errado! Ele não faria isso, não mentiria para mim assim...
Digo ainda em estado de negação, em meio a lágrimas foleando as páginas da revista.
( . . . )
----- Apartamento – Sehun -----
Retorno ao apartamento e as informações vão chegando uma a uma em minha mente, e quanto mais eu penso e me recordo das coisas, mais percebo que tudo isso não é tão absurdo quanto parece, na verdade tudo faz muito sentido.
---- FLASH BACK 1 ----
(ALGUNS DIAS ATRÁS)
(S/N) – Amor chegou esse documento aqui para você.
(Sehun) – Que documento é esse?
(S/N) – Eu não abri mas o entregador disse que é o contrato de aluguel do apartamento, parece que está faltando uma assinatura sua, algo assim.
(Sehun) – Ah sim... – Diz pegando uma caneta e assinando rápido pois o mesmo estava de saída para o trabalho. – Guarda para mim no armário tá?
Ele me entrega a pasta com os papéis e me beija antes de ir.
Abro os olhos quando mais aquela lembrança retorna, vou até o quarto e procuro no armário o documento que guardei para Sehun.
(S/N) – Aqui está ele.
Sento-me na cama e procuro a assinatura;
(S/N) – “Oh Sehun”...
---- FLASH BACK 2 ----
(Daehan) - Fique com ele, é um presente para lembrar de mim.
(S/N) – Tem certeza?
(Daehan) – Tenho sim, ah e se um dia precisar o venda na internet, aposto que vai conseguir um bom dinheiro. Sabe por quê? Porque aí dentro tem o autógrafo de um dos integrantes do grupo, que eu tive a sorte e o prazer de conhecer.
Olho para a capa do álbum e nela está escrito “EXO”.
(Daehan) – Que engraçado, o nome dele é Sehun também...
Abro os olhos outra vez, e vou depressa até a dispensa onde estão algumas caixas com coisas que eu trouxe do meu antigo apartamento. Começo a tirar tudo de dentro delas e então encontro o que procuro, o CD do EXO que Daehan havia me presenteado antes de se mudar para o Canadá. Volto para o quarto e pego novamente o contrato na pasta, minhas mãos trêmulas abrem o CD e então comparo as assinaturas...
(S/N) – “Oh Sehun”... - Sinto o choro se formar no fundo de minha garganta quando vejo as letras idênticas. – Não... por que... por que Sehun...?
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