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História Caindo na escuridão (Jikook - abo) - Repostando. - Já carregava muitas culpas que não eram suas.


Escrita por: MinYukki

Notas do Autor


Oi bolinhos de arroz ❤

Cá estamos nós com mais um capítulozinho 🎉

Boa leitura e leiam as notas finais!!!

Capítulo 6 - Já carregava muitas culpas que não eram suas.


Fanfic / Fanfiction Caindo na escuridão (Jikook - abo) - Repostando. - Já carregava muitas culpas que não eram suas.

Já havia se passado uma semana desde que Jimin e Jungkook se relacionaram pela primeira vez. 

O Jeon não compareceu mais no quarto do loirinho durante esse tempo, nem lhe deu nenhuma atenção ou falou sobre. E no fim, por mais que estivesse melancólico por isso, o Park achava que aquilo era bom — diferente de seu lobo — pois não iria continuar alimentando a ilusão de que o mafioso iria dar importância ao que aconteceu ou aconteceria entre eles.

Ele era um idiota por pensar aquilo. Lobo idiota! 

Em uma de suas conversas com Taehyung ele acabou descobrindo que o mafioso gostava de variar e de foder com várias pessoas mansão a fora, nas palavras do Kim, contudo sempre gostando de ter um ômega em casa para se satisfazer no momento em que lhe desse vontade. 

O Hacker ocultou informações chaves do garoto, como o fato de Jungkook não ter um ômega em sua mansão a quase três anos, mas Jimin não precisava saber.

O baixinho se sentiu amuado dando de ombros. Não estava acostumado com aquilo, era estranho ter deixado alguém aproveitar de seu corpo e saber que ele iria fazer o mesmo com outros. Saber que ele não se importava, saber que era só mais um.

É, definitivamente não tinha gostado, seu lobo não tinha gostado, não mesmo, mas o que poderia fazer? Não podia reclamar, certo?

Contudo, não deixou de ficar meio incomodado. Aquela noite tinha sido sua primeira vez, tinha significado e muito para ele, mesmo que tenha sido em um momento de desespero e carência extrema, foi importante. Todavia parecia que para Jungkook havia sido apenas mais uma foda.

A lua já brilhava em meio a escuridão da noite, os lençóis quentinhos cobriam as pernas do loirinho e sobre suas coxas o livro de Dom Quixote estava aberto. Ele estava atento à leitura e estranhou quando ouviu batidas na porta, torcendo o nariz ao ver Min Yoongi atravessá-la.

— O que você tá fazendo aqui? — perguntou baixo encarando o ser em sua frente que deu um sorrisinho de lado. 

Ele sabia que dava medo em Jimin.

— Olha, Park, eu não queria estar aqui tanto quanto você não queria que eu estivesse. — profere se aproximando, sendo sincero em suas palavras. Não queria estar perto daquele loiro de merda. — Porém, eu estou aqui a mando de Jungkook. — o pálido para em frente a cama.

— Jungkook? — seu coraçãozinho acelerou. — O-o que ele quer?

— E como eu vou saber, em? Acha que eu sou Deus? — foi ríspido. — Ele mandou você ir ao escritório dele, então vai logo. — rosnou indo em direção a porta, a batendo ao sair. 

Com os pés descalços, o ômega desceu da cama, depois é claro de esperar alguns minutos para ter certeza que não esbarraria com Yoongi. O chão estava frio, então ele tratou de pôr meias antes de caminhar até o escritório do Jeon, onde bateu na porta e fez uma breve reverência após entrar.

Ele estava tenso, suas mãozinhas estavam juntas em frente ao corpo pequeno e seus olhos fitavam os pés. 

— O... Hm, o Yoongi disse q-que você estava me chamando.

— É, estava mesmo, senta. — aponta para cadeira em frente a sua mesa com uma caneta em mãos, e o loiro faz o que o mais velho ordena, se aproximando e  sentando na cadeira confortável.

— O que o senhor queria comigo? 

— Bem. — se ajeita de forma relaxada na cadeira. — O Taehyung me procurou há dois dias para falar sobre os seus estudos. — começou sem fitar o garoto a sua frente, resistindo a insistência de seu lobo de puxa-lo para perto. — Como você está no último ano, ele disse que seria bom você terminar os estudos, seria algo para você se distrair, e isso me pouparia problemas com uma possível investigação sobre o seu paradeiro visto que seu pai apenas madou o foda-se para tudo. Então, você irá voltar a frequentar a escola.  — o menor se surpreendeu com a reviravolta inesperada. — Assim você termina o ensino médio e eu não vou ter que me preocupar com a possibilidade de alguém relatar seu desaparecimento. Menos uma dor de cabeça para mim. — estalou a língua encarando os olhos escuros e atentos do garoto encolhido na cadeira, sentindo um arrepio estranho.

— O que? — é a única coisa que consegue dizer.

— Você não escutou o que eu disse? — travou o maxilar levemente irado. Jungkook odiava quando não o escutavam.

— Ah, sim, e-eu escutei, desculpe.

Não é como se ele não quisesse terminar os estudos. Porém, enfrentar nossos demônios não é sempre o que nós queremos não é mesmo? E voltar para a escola significava enfrentar de forma mais profunda toda a humilhação e amargor que o atormentavam todos os dias.

— O que foi? Não gostou? — o alfa apoiou os cotovelos na mesa fitando o mais novo de cenho franzido e cabeça tombada para o lado. O cabelo sedoso fez um leve movimento devido ao ato.

— Eu... Eu não sei. — solta um suspiro.

— Hm. — assente com a cabeça —Não vou perguntar o porquê, não me interessa, e não me interessa se você gostou ou não.— ah, interessava sim. — É melhor você ir dormir, você começa amanhã. — se apoiou novamente a poltrona após pegar o copo com um líquido cobre dentro. — Ah, e os seu matérias novos já devem estar no seu quarto. — diz após bebericar um pouco da bebida.

— Tudo bem. — apático, diz  se levantando.

— Não.

— O que? — franze o cenho.

— Não. Não é "tudo bem", é "sim senhor". Vamos lá, tente de novo. — voz rouca sílaba.

—  S-sim senhor.

— Ótimo. Agora vá.

Jimin assentiu e voltou ao seu quarto, notando que o que o Jeon disse sobre os materiais era verdadeiro. Eles estavam sobre a  cama junto a um novo uniforme e sapatos. Iniciou a tirar tudo de cima da cama e pôr ao lado da mesma com cuidado, se deitando em seguida, aspirando fundo o ar pouco denso. Ele iria voltar pra escola. Voltar a frequentar um dos piores setores do inferno que é a sua vida.


[...]


Após o café da manhã, Taehyung foi em direção a grande garagem que ficava ao lado direito da mansão depois de dizer ao Park que o esperasse em frente a mesma, e Jimin o fez. 

Com os olhos pingos e se sentindo exausto sem ter feito nenhum esforço, ele olhou ao redor admirando mais uma vez a vegetação tão linda que cercava a casa e sorriu ao lembrar da tarde em que o Tae havia lhe mostrado todo o jardim. 

Deu um pulinho em susto ao ouvir um pigarrear repentino, se virando para trás dando de cara com um Jungkook sério segurando um celular. 

— Senhor?

— Toma. — estendeu o objeto em sua direção.

— 'Pra que isso? — olhou para o aparelho e depois para o rosto bonito.

— 'Pra que mais seria? Para ligar! — dita um pouco alterado e o loirinho se encolheu o ouvindo suspirar. — Se você precisar de algo é pra ligar pra mim. Está entendo? — o ômega assentiu rapidamente. — O meu número está salvo nos contatos o do Taehyung também, agora pega. — o menor apenas o encara, receioso. — Pega! — impaciente pega a mão alheia colocando o eletrônico sobre ela. 

E ambos puderam sentir a eletricidade que percorreu seus corpos e agitou seus lobos com aquele simples toque.

 — O-obrigado. — pede envergonhado, sentindo os lumes escuros lhe observarem, os braços grossos agora estavam cruzados em frente ao peito ao que os fios negros caiam em seu rosto.

O Park se viu hipnotizado com tudo aquilo. Jungkook, com certeza, era muito bonito.  

Deu outro salto com a buzina do carro, correndo em direção ao automóvel de cor azul como os fios do Kim quando o ouviu gritar:

— Vamos logo! Você está atrasado!

E Jungkook apenas ficou para trás, perdido em seus próprios pensamentos sobre o que acabara de sentir. 


[...]


Não demorou muito até  chegarem à escola. O caminho foi bastante tranquilo e Taehyung mostrou ao mais novo algumas músicas de um cantor chamado Lauv, sobre quem ele tagarelou o trajeto inteiro. 

O tempo estava ensolarado devido a primavera e os passarinhos cantavam uma melodia bonita. Quando já estacionados, Jimin olhou pela janela, avistando alguns alunos conversando na frente do prédio e outros já lá dentro, suspirando baixinho.

— Vai logo, senão você vai se atrasar. — o maior destravou o carro.

— Tá bom. — diz abrindo a porta.

— Ah, quase ia esquecendo! — Jimin esperou pacientemente o ômega mais velho retirar a carteira de sua calça e lhe entregar duas cédulas. — O Jungkook disse que era para o seu lanche.

— T-tá bom. Obrigada.

Uma vez dentro do local, ele tentou ficar alheio aos cochichos e olhares das pessoas ao redor, indo em direção a sua sala, a sua banca, se sentando.

— Olha quem voltou. — uma voz feminina soou perto de si. Droga!— Por onde você andou em seu esquisito? Fiquei sabendo que você foi trazido para escola por um homem em um carro caro. — zombou junto às garotas. — Está dormindo com homens mais velhos Park? — ele permaneceu calado, não disposto a retrucar. Nunca retrucava. E a garota de fios tingidos pareceu ficar irritada por ser ignorada — Olha aqui seu merdinha, não ouse me ignorar. — segura o rosto do loiro com uma das mãos, o obrigando a olhá-la.

— Me solta, Rose. — pediu puxando a cabeça tentando se soltar, porém ela não o soltou. — Por que não me deixa em paz?!— ela enfim o larga empurrando sua cabeça e Jimin fecha os punhos irritado. Já estava cansado daquilo. — Não sou eu que durmo com caras mais velhos aqui! — exclama realmente sem querer ao lembrar de vê-la aos beijos com o professor de história no ano anterior.

As pessoas ao redor olharam diretamente para os dois, e ninguém acreditava que Park Jimin havia respondido Roseanne daquela forma.

— Quem você acha que é? — irritada ela aumenta a voz.

— Bom dia alunos. — o professor entra na sala, interrompendo a briga que nem havia se iniciado.

 — Isso ainda não acabou. — aponta indo para a sua carteira.

As três primeiras aulas passaram lentas, e o loirinho tentava se atentar aos assuntos, contudo sua cabeça estava uma bagunça e quando finalmente chegou a hora do lanche, por um momento, ele esqueceu-se de que tinha trazido dinheiro, acabando por se lembrar ao colocar a mão no bolso.

Ficou de pé indo até a cantina da escola, comprando um sanduíche e um suco de caixinha voltando para a sala sobre os olhares julgadores dos colegas que estranharam o fato de ele ter comprado lanche com notas altas de dinheiro.

 Ótimo, mais motivos para acharem que ele estava dormindo com homens mais velhos. 

Quando o sinal tocou, já havia terminado a refeição, então abriu o estojo para pegar uma caneta, enquanto via os alunos entrarem às pressas, franzindo as sobrancelhas ao perceber que havia uma pulseira prateada no mesmo. Logo segurou o objeto na mão, tentando descobrir de onde aquilo tinha saído até que ouviu um grito.

— Não acredito! — Rose expele apontando para ele. — Foi o Jimin! Ele roubou a minha pulseira! 

Jimin torceu o nariz confuso, olhando para a ruiva em sua frente conforme todos o miravam.

— Eu te disse que vi ele pegando! — Lisa alimenta a mentira.

— Do que vocês estão falando? — o baixinho questiona olhando para as três garotas vendo o professor entrar na sala ainda com a pulseira em mãos.

— Professor! — Roseanne voltou a gritar. — O Jimin roubou minha pulseira! — corre até o profissional fardado segurando em seu braço.

— E você tem provas disso Senhorita Roseanne? — indaga o professor levantando as sobrancelhas.

— Mais eu não-

— Silêncio senhor Park, estou perguntando à senhorita Roseanne. E então, senhorita?

— Tenho sim, a Jisoo e a Lisa viram ele mexendo na minha bolsa quando todos saíram.

— Isso é verdade, senhoritas Jisoo e Lalisa? — o professor fitou a morena e a loira.

— S-sim, é sim, eu vi tudo! — Jisoo confirma e Jimin se vê boquiaberto pela facilidade em que tinham para mentir.

— Pois bem, senhor Park, para a sala do diretor, não só ele mais vocês três também. — o professor caminha para a fora da sala juntamente ao trio de mentirosas.

O loirinho suspirou vendo todos da sala olhando-o e cochichando entre si, tentou ignorar aquilo sentindo sua garganta fechar e seus olhos marejarem, seguindo até a sala do diretor.

— Com licença. — foi educado ao entrar no cômodo.

— Sente-se senhor Park. — o diretor profere e ele senta, encolhendo-se. — Então, podem me contar o que está acontecendo? — as três meninas começam a contar a mesma história de antes, e quando acabaram clamaram por justiça. O diretor, um beta barbudo com óculos redondos, olhou seriamente para o loiro. — Sinceramente, Park Jimin, eu não esperava isso de você. — lamentou nem mesmo dado a oportunidade do garoto se defender.

— Mas eu não fiz isso! — exclamou com lágrimas nos olhos sentindo seu corpo esquentar e formigar.

— Você ainda quer se fazer de inocente seu ladrãozinho? — Lisa o repreende com um sorriso de canto e o loiro a olhou indignado.

Por que estavam fazendo aquilo?

— Senhor Park, nós temos duas testemunhas aqui, infelizmente não pode querer que nós acreditemos em você quando temos três pessoas atestando que viram o ato, e além do mais o objeto estava no seu estojo!

— Mais diretor, eu não fiz isso. — murmurou baixinho com a cabeça latejando.

 A sensação de ser culpado de algo que você não fez é uma das mais desconcertantes de todas. E Jimin já carregava muitas culpas que não eram suas. Não eram. Soluçou sentindo uma lágrima grossa cair sobre o seu rosto que já estava inchado e vermelho. Seu coração batia rapidamente e seu estômago estava gelado.

— Sinto muito, Park, mas nada posso fazer. Contra provas não há argumentos. — o diretor concluiu.

— O que o senhor vai fazer com esse ladrão diretor? — o tom ácido de Rose se faz presente.

— Sinceramente, vou ligar para os responsáveis e vou pedir para o senhor Park devolver a sua pulseira.

— Não precisa professor, ele pode ficar, não vai me fazer falta, além do mais não quero pegar em nada que foi tocado pelas mãos sujas de um ladrão. — foi maldosa, olhando diretamente para seu alvo, dando um sorriso debochado e logo saindo junto com as outras duas. 

Por quê? Por que sempre consigo? Por que sempre ele? O que ele havia feito de mal para tudo que acontecesse em sua vida fossem coisas ruins?!

— Como dito antes, senhor Park, vou ter que ligar para o seu responsável. — afirmou o beta.

 Ele iria ligar para o seu pai? Não. Não podia.

— Diretor... — murmurou. — E-eu juro que não roubei nada, eu não sou um ladrão. — sua voz saiu chorosa e suas mãos amassavam o fardamento escolar.

— Park, por favor, quer parar de mentir?! — repreendeu pegando o telefone e a agenda de dados dos alunos, discando o número do responsável quando achou os de Jimin.

— Mas senhor diretor- — tentou avisá-lo que ele não deveria ligar para o seu pai e sim para Jungkook, porém ele lhe corta.

— Silêncio! — grita o velho colocando o telefone na orelha, saindo da sala.

O loirinho ficou sozinho, amuado sobre a cadeira pouco confortável. Amedrontado, ele se encolheu abraçando o próprio corpo, limpando o nariz que escorria pensando no que poderia acontecer se seu pai aparecesse ali. Tremendo ao lembrar das surras.

Após alguns minutos, o diretor entra na sala novamente, informando que logo o seu responsável chegaria, e ele assentiu ainda chorando.

Jimin não soube quanto tempo esperou, nem quando suas lágrimas secaram deixando consigo apenas um sentimento ruim deveras enorme,  mas não pode deixar de tremer quando ouviu as batidas na porta que foi aberta em seguida. E os olhos miúdos se arregalaram e seu lobo se remexeu ao que vislumbrou ninguém mais ninguém menos que Jeon Jungkook entrar na sala.

 Por que o Jungkook estava ali?


Notas Finais


Roi :)

➡ Como eu disse no aviso do primeiro cap, no início da estória teremos um Jimin no colegial certo?

Bia 💜


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