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História Calix - Dez


Escrita por: mahh9

Notas do Autor


Primeiramente, perdoe-me por não ter postado ontem. Minha mãe foi acessar não sei o que no meu notebook que fez com que ele ficasse todo preto. Ele acabou de sair de casa para ir na assistência técnica. No entanto, estou aqui, sofrendo em postar pelo PC em que o windows é XP. Ou seja, uma bosta. Mas estou aqui, fazendo esse sacrifício!

"Às vezes, a gente se afasta para refletir. Outras vezes, porque já refletiu." — achado no Pinterest.

Boa Leitura ;)

Capítulo 11 - Dez


Ontem, minha mãe havia me ligado perguntando como estão as coisas por aqui. Respondi que estava tudo na medida do possível. Brice aprendera falar melhor as pronúncias com o R, mas ainda falava um pouco com o som do L. E comentei que havia começado a trabalhar. Mamãe não reclamou nada a respeito do emprego, apenas disse para eu tomar cuidado.

Conversei pouco com meu pai, já que o mesmo estava ocupado, pois em alguns minutos teria uma reunião. Então, apenas falamos do básico de como cada um está. Não perguntei nada sobre como está à situação de Íllea. Rei Clarkson já tinha muitas dores cabeça e eu não queria tomar o nosso tempo com esse assunto. Conversaria mais tarde sobre isso com o meu tio.

Hoje, por incrível que pareça, o vento resolveu dar as caras, deixando Carolina um pouco fria e fazendo com que nós, arrancássemos pelo menos um casaco fino do fundo do guarda-roupa.

― Calix, se você quiser ir embora cedo, se apresse! ― Kenna, chamou a minha atenção. Era o meu intervalo, e eu estava relaxando um pouco. Reviro os olhos, concordando com ela.

Se tem algo que eu aprendi durante esse pouco tempo que trabalho aqui, é que devo apenas concordar e não contrariar Kenna. Minha chefe tem sérios problemas em administrar sua vida pessoal com a profissional. Todo dia a vejo de mal humor... Aliás, acho que eu nunca a vi com um sorriso esboçado no rosto.

― Sabe o que é isso? ― perguntou um que estava bebendo seu café. Concordei já sabendo sua resposta. Mas, de qualquer modo, ele respondeu: ― Falta de sexo com o patrão.

É o que todos falavam nessa empresa. Senhor Orders já tivera um caso há um tempo com Kenna. A mesma não aceitou muito bem, mas ele havia deixado claro que não era nada sério. Ou seja, ele havia a descartado. Porém, foi ela que decidiu se entregar ao homem.

Massageio minha têmpora antes de me levantar e enfrentar o humor de Kenna. O rapaz ao meu lado me deseja boa sorte, agradeço e sigo para a minha mesa, que me aguardava com uma caixa cheia de blocos para serem reorganizados.

Fiquei no máximo uma hora e meia, lendo e separando cada folha para depois voltá-las para dentro da caixa de papelão. No fim, meus olhos já pesavam. Colo a caixa na estante e despeço das poucas pessoas que estavam ali. E novamente, encontrei com o diretor.

― Boa noite, James. ― o saúdo, aguardando o elevador.

― Boa noite, Calix. ― ele sorri sem mostrar os dentes ― Sabe, eu estive pensando... Gostaria de subir de cargo? Para as edições... Não sei.

― Eu adoraria. Mas eu estou bem com os blocos e o humor adorável de Kenna. ― comentei, o fazendo rir.

― Tem certeza? Você receberá mais.

― Absoluta!

Era até uma boa proposta, mas eu já tinha muitas coisas para resolver e eu não queria ficar escrevendo sobre um Estado em que eu não morava fixamente. Eu ainda tinha muito o que aprender sobre o meu país. Sem contar que eu não sabia de muitas coisas sobre Carolina.

O elevador parou no primeiro andar. Despedi-me do diretor e atravessei a entrada moderna da empresa, seguindo em direção da barraca de jornais. Onde Aspen estava sentado olhando para tela do seu celular. Que folga!

― Como foi seu dia? ― perguntou ele com seu tom sarcástico, assim que fiquei ao seu lado.

― Produtivo. ― comento, vendo uma pilha de jornais aparentando ser novos dentro de uma caixa de papelão ― Você não tem que organizar esses…

― Ele tem sim, que colocá-los nas prateleiras. ― Aspen pulou do banquinho branco de plástico ao escutar a voz de um senhor ― Meu jovem, gostaria que não conversasse com Aspen até que ele encerre seu serviço por hoje.

― Claro. Perdão se eu atrapalho. ― comento, fazendo com que Aspen me fuzile com seu olhar tão bem treinado de durão ― Vou andar pelo quarteirão. ― aviso e me distancio, deixando meu amigo bufando. Ri de seu humor.

Aspen era inacreditável! Era incrível como ele conseguia achar uma brecha para descansar um pouco, mas sempre era pego. Desde que ele trabalha no castelo, eu só o via levar broncas do general Markson por suas folgas. E por causa de seu humor contagiante, eu pedi para que o transferisse como meu guarda pessoal. A única coisa que ele teria que fazer, era participar dos meus treinos, ficar me seguindo pra cima e para baixo e me proteger.

Chacoalho a cabeça, me concentrando no caminho que faço.

A noite estava bem iluminada pelas estrelas e pelas luzes de natal em volta das árvores. Não, ainda não é natal. As luzes nas árvores é apenas uma decoração. E ainda faltam meses para essa data chegar.

Apesar de o clima estar um pouco baixo essa semana, ainda estava com uma boa temperatura. Havia muitas pessoas sem seus casacos finos para proteger do vento que batia contra o nosso corpo. Sentei-me no primeiro banco que avistei e logo me arrependi por ter sentado ao sentir o contato gélido contra as minhas nádegas e coxas. Mas, mesmo assim, eu não me levantei. Além de estar exausto de tanto correr com as papeladas, eu estava adorando ficar sentado ali, sem ter pessoas que possam me reconhecer.

Havia casais e famílias andando por todos os lados que eu andava. Também tinha aqueles que estavam às sós. Mas a maioria desses estavam ocupados demais, teclando algo em seu aparelho telefônico ou com o objeto grudado ao ouvido.

Agora, pensando assim. Eu gostaria de saber como seria a minha vida, caso eu não fosse um herdeiro que carregaria uma coroa na cabeça e um reino nas costas. Meus pais seriam o quê? Minha irmã, provavelmente estaria na creche, brincando com bonecas. E eu, o que eu faria nesse mundo? Eu seria inteligente o suficiente para passar em alguma universidade? Não que eu seja burro, mas eu nunca fui bom com exatas. Sempre preferi história. Eu adorava aprender sobre diversos assuntos. Mas eu amava quando eu aprendia cada vez mais sobre o meu país.

Novamente, chacoalho a cabeça, espantando tais assuntos que podia me fazer lembrar de casa. Distraio-me observando ao redor, parando meu olhar em uma ruiva que eu aprendera a reconhecer.

America andava desorientada pela calçada, esbarrando em todos que passava por ela. A mesma olhava para o chão com os braços na frente de seu abdômen como se estivesse se protegendo.

Levantei-me e caminhei até America, para fazê-la se sentar um pouco. E quando eu estava prestes a alcançá-la, uma pessoa correndo com sua bicicleta em alta velocidade passou por ela, a fazendo cair de joelhos. Apressei-me para chegar logo, ajoelhando em sua frente.

Percebi que ela estava chorando, pois soluçava sem parar e fungava a cada segundo. A ajudei a se levantar e guiei-a até o banco em que eu me encontrava sentado minutos atrás. Assim que America se sentou, me abraçou forte, como se eu fosse a pessoa que iria a proteger de todos os pesadelos que ela passava. Eu não sabia o que eu tinha que falar ou como agir. Então, eu apenas a abracei e deixei que derramasse suas lágrimas quentes sobre a minha camisa.

America estava gelada e eu estava sem meu paletó para ao menos, colocar sobre seus ombros para aquecê-la um pouco. Então, afaguei suas costas na intenção de aquecê-la. Aos poucos ela foi se acalmando.

― Seja lá o que estiver passando, vai ficar tudo bem... ― murmurei para ela. Eu não sabia o que falar. Então, resolvi usar uma das falas que a minha mãe sempre usava para mim quando eu era menor.

Um curto tempo depois, eu não ouvia América chorar. A respiração dela já se encontrava lenta e calma. E quando eu estava tirando meus braços ao redor dela, a mesma desabou em meu peito.

— America? — não obtenho resposta — Senhorita Singer, acorde.

Chacoalho ela, mas America não acordou ou  se quer, resmungou. Simplesmente continuava ali, de olhos fechados com a cabaça enterrada na curva do meu pescoço. Ela só podia estar de brincadeira comigo! America havia pegado no sono e eu nem havia percebido.

Porém, havia algo de errado. America começará a soar e respirar com dificuldades, me alertando de que a mesma não estava dormindo, e sim, desmaiado.

As coisas que aconteceram em seguida foram muito rápidas. Por sorte, Aspen havia acabado seu turno e havia chegado a tempo de nos levar correndo para algum hospital próximo.

Quando chegamos em um, meu amigo para na frente da entrada emergência. Peguei America em meus braços e corri para dentro do estabelecimento, logo vieram as enfermeiras e um médico a me socorrer. Desolado, sentei-me na cadeira que tinha ali e uns minutos depois, uma enfermeira que não atravessou a UTI, perguntou:

— O senhor é o que da paciente?

— Um amigo. — respondi, não sabendo exatamente o que falar ou como agir. Aliás, essa era a primeira vez que eu estava a sós sem meus pais para me ajudar numa situação dessa.

— Poderia contatar a família? — concordo, girando os calcanhares e indo em direção da entrada, onde Aspen acabara de passar.

— Contate a… — não terminei de falar, um médico entrou como um furacão na recepção berrando o meu nome.

— Quem aqui se chama Calix?! — ele parecia bem bravo, por não sei qual motivo. Apenas ergui a mão, indicando que a pessoa que ele procurava era eu.

Aspen que havia arregalado os olhos, estava pronto para ficar a minha frente e enfrenta o homem. Mas eu ergui a mão, fazendo com que ele ficasse onde estava.

O homem de cabelos grisalhos vestido com seu jaleco branco — mais ou menos da idade de meu pai —, caminhou com passos firme na minha direção. E fez algo que eu não imaginaria que fosse acontecer: deu um soco forte o suficiente em meu rosto — que, com certeza iria ficar um roxo depois —. Se não fosse pelo meu amigo, eu teria caído no chão com tamanha força do senhor a minha frente.

— Agora eu me sinto melhor! — ajeitou o jaleco e estendeu a mão, para me ajudar. Relutante, mas acabei aceitando.

As pessoas que estavam ali, estavam em choque ao ver um médico do hospital, socar a cara de um jovem. Por sorte, ninguém que estava ali parecia me conhecer. Caso contrário, esse hospital teria um grande problema com as imprensas.

Aspen que estava pronto para partir para cima do homem, se conteve ao ver meu rosto e segurou sua risada. Com certeza eu teria que aguentar ele, Carter, Justin e a criatura do meu primo tirando uma com a minha cara.

— Agora… — começou o médico que havia socado a minha face — Como você pode abandonar a ruiva e agora, mais ainda o bebê que ela carrega em seu ventre? — arregalo os olhos, um pouco assustado e em choque — Por que veio atrás? Minha menina estava muito bem, longe de você! Agora ela fica chamando por você. — acusou-me, deixando totalmente perplexo.

— Senhor, perdão. Mas creio que se enganou. — falo, o fazendo arquear as sobrancelhas.

— Você se chama, Calix? — concordo — Então eu não me enganei…

— Doutor, — a enfermeira que conversava comigo o chama — A Senhorita Singer quer falar com ele. Ela acordou. — ele assentiu e se virou pra mim.

— Agora vá! Estarei de olho em você! — concordei e apressei os passos para seguir no ritmo da mulher e para ficar longe do homem.


Notas Finais


* Parabéns aqueles que imaginavam que a Ames está grávida!
~ Vocês são muito bons em adivinhar e bem inteligentes! ~
* Capítulo dramático...
~ I know, I know ~
* Aspen preguiçoso...
* James e Kenna (emoji de malícia. Hehehe)
* E esse doutor louco? aklsdlsaj Melhor cena que criei nessa vida de escrava de selectioner! laskjdlashd
¬¬¬¬¬¬¬ AVISOS ¬¬¬¬¬¬¬
- Eu não sei se terá capítulo novo nesse domingo! Porque eu não sei quando o meu notebook irá voltar essa semana... Então, peço a compreensão de vocês, obrigada!
(Tentarei escrever pelo celular, mas eu não sei se irá sair algo...)
* Vou ficando por aqui...
Kisses e nos vemos nos comentários!

~ Depois de séculos, finalmente eu tirei A Sereia da estante para ler ~
~ Alguém aqui já leu A Ultima Estrela do Rick Yancey? quero spoilers! ~


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