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História Calix - Vinte e Um


Escrita por: mahh9

Notas do Autor


"Sem corações partidos na boate
Sem lágrimas na boate
Porque estamos arrasando esta noite
Sem corações partidos na boate
Sem lágrimas na boate
Porque nós vamos arrasar esta noite."
— No Broken Hearts, Bebe Rexha (feat. Nick Minaj) —

Boa Leitura.

Capítulo 25 - Vinte e Um


Minhas mãos estão soando bastante e eu, mal consigo esconder meu nervosismo perante algo tão grande para mim, mas que é tão simples de ser resolvido. E pela primeira vez — desde que cheguei em Carolina —, marquei com America de sairmos para jantar. Se tudo desse certo, contaria uma parte de mim e deixarei com que ela decida o que fara com o que quer que seja que ela sente por mim. Aliás, eu não sou um ogro que mantem mulheres trancafiadas em lugares fechados e escuros.

Seco minhas mãos com um lenço que eu sempre carrego comigo. O ambiente é agradável e é iluminado com lamparinas que ficam nas paredes, dando um ar mais calmo e romântico. O que eu não estou tentando ser para que as coisas se tornem mais difíceis. Escolhi o restaurante que achei o mais adequado para ela e eu termos uma boa conversa e um bom jantar.

Estou dez minutos adiantado. Melhor assim, pois terei tempo de pensar e escolher bem as palavras que saíram da minha boca. Desde o dia que eu deixei a Your Point of Information, resolvi que também já está na hora de me revelar para aqueles que não sabem sobre mim. Não quero que essas pessoas fiquem sabendo da boca dos outros e não pela minha. Então, a melhor opção é ser verdadeiro. Mesmo que eu nunca tenha mentido para ela.

Minhas mentiras nunca foram tão grandes. Sempre pequenas e que não causava nenhum mal a ninguém. Como no jantar em que eu menti para Celeste, dizendo que eu trabalhava como auxiliar. No entanto, no ultimo almoço que teve na mansão Singer, pedi desculpas por ter mentido a ela e a mesma respondeu que estava tudo bem e que entendia. Porém, ela me alertou que eu deveria contar quem eu era a sua prima, já que America tem um gene esquentado e que insistiu e está bem cismada que sua prima está apaixonada por mim. Não entendi muito quando Celeste havia dito aquilo, mas depois que...

"Poucas coisas, fazem grandes diferenças."

Essas palavras martelavam em minha cabeça a todo momento, quase me deixando atormentado durante as noites, deixando-me sem sono. Sim, eu deveria ser cuidadoso com as minhas atitudes, mas não pude evitar de ajuda-la toda vez que eu a via perdida em seu mundo, sem ninguém para segurar em sua mão e dar uma ajuda. Me senti na obrigação de querer deixar um sorriso nos lábios da America, me senti em querer protegê-la de tudo que a atormentava.

E então, depois que eu converso com o meu tio, percebo que eu já sentia algo por ela. Mesmo que eu não quisesse sentir, eu já estava apaixonado pela America e perdido nesse mundo. Eu estava apavorado! Claro que não é a primeira vez que eu me apaixono, mas com America, as coisas são diferentes. Ela está carregando uma criança em seu ventre e sem falar que a todo momento é ela que quer me ver. E quando eu liguei para ela e a convidei para jantarmos, pude jurar que eu havia escutado um grito baixo em comemoração.

— Sim, estarei lá! — confirmou animada, após eu ouvir uma exclamação animada. E antes de eu desligar, eu ainda escutei: — May, ele finalmente me chamou para jantar!

Fiquei horas sorrindo como um bobo com essa última conversa dela que não foi comigo, mas que era sobre mim.

Olho o relógio em meu pulso, vendo os ponteiros marcarem: 19:58pm. Faltam apenas dois minutos. Posso sentir os pelos das pernas se eriçarem por causa do meu nervosismo. Como não ficar, quando estamos falando de uma mulher que sabe o que quer? A partir do momento em que nos beijamos pela primeira vez, ela deixou bem claro sobre isso e o que sente.

Pela entrada do salão em que estou, avisto a mulher que eu tanto aguardo esta noite. America estava deslumbrante naquele vestido marrom rodado e com algumas mechas de cabelo presos para trás. De joia, apenas um colar com o pingente de um pássaro e um relógio marcando as horas. Em seu rosto, nada tão forte como eu havia acostumado. Naquela simplicidade toda — bom, em comparação nos primeiros dias que eu a vi —, America estava mais bela que o seu normal. E sorri, sem esconder nada naquele momento.

— Senhorita. — a comprimento, depositando um beijo na costa de sua mão — Devo-lhe dizer, que está estonteante esta noite.

Vejo America ruborizar-se diante de minha palavra. Fiquei imensamente feliz por dentro.

— Eu... errr... Obrigada.

A ajudei a se sentar, puxando a cadeira para ela. America sorriu, me parecendo nervosa e olhou para mim, após eu me sentar em sua frente. Logo, o garçom entregou os cardápios, em seguida anotando os pedidos. E como America não pode nada alcoólico, irei acompanhá-la em um suco natural.

— Como está? — pergunto, um pouco preocupado.

— Estamos bem, a cada dia é uma loucura! — comentou, alegre enquanto alisava sua barriga não tão grande mas não tão pequena, mas que não dá mais para esconder. — Esse bebê pesa demais, mas fora isso, tudo normal.

— Está de quantos meses mesmo?

— Cinco. Mais quatro meses e essa belezinha já irá nascer!

— Então já sabe o sexo da criança? — pergunto, pois eu estou realmente curioso.

— Sim, é uma garotinha. E vai ser ruiva dos olhos azuis que nem a mamãe, aqui. Não é, filha? — America sorriu, olhando para sua barriga, conversando com sua bebê.

America tinha um sorriso maravilhoso nos lábios enquanto olhava para sua barriga. Sorri, e senti meu coração acelerar ao admirar a cena diante de mim. Com toda certeza, ela seria uma grande mãe! Isso eu não tinha como duvidar. Dá para ver o brilho em seu rosto quando ela encarava sua filha que ainda habitava em seu ventre.

Os pratos com as comidas começaram a chegar, e enquanto comíamos, conversávamos sobre diversos assuntos, principalmente sobre sua gravidez e seus desejos. Fiquei curioso como seria vê-la com vontade de comer tais coisas, então, a convidei para almoçar em casa um dia desses só para eu ver como seria a reação da America diante das comidas que Silvia prepara.

Decidi que é melhor eu contar quem eu sou depois que jantássemos. Não quero que ela saia durante o jantar e fique sem comer por minha causa, para depois ficar passando mal pelos cantos da cidade. Pelo contrário, quero que ela se alimente bem para ter forças para assim, poder cuidar de sua filha que em breve, estará no mundo.

Durante esses dias, pude confirmar que eu amo a senhorita Singer. E a amo mesmo! Bom, para eu ter chego nessa minha conclusão, tive que ouvir do meu tio, dizendo que eu estava apaixonado, e a senhorita Celeste comentar que sua prima estava... Caidinha por mim, como ela mesma disse. No entanto, não foram esses argumentos que me fizera acreditar do que eu sentia pela America. Foi a minha cabeça e meu coração trabalhando juntos. Porque a todo momento em que meus lábios e os delas se colidiam e depois se separavam, eu ficava mais dependente de sentir seu gosto e meu coração parecia que sairia para fora do meu corpo a qualquer momento. Sem contar que quando eu senti a criança chutar de dentreo dela, tive a melhor sensação de todas. Senti meu coração bater como ele nunca bateu durante todos esses dias, parecia que ele tinha acordado de uma longa hibernação. Então, decidi que seria melhor eu contar tudo a ela, para que depois, as coisas não tornassem ruins entre nós.

— O doutor Stage disse que eu não posso me estressar muito, senão a minha pressão cai, fazendo com que eu tenha desmaios e isso prejudica a neném. Só que é tão difícil não me estressar, com tantas coisas borbulhando em minha cabeça.

— Desmaios? Anda desmaiando frequentemente? — preocupado, deixo os meus talheres de lado e ponho-me a ouvi-la.

America se encolheu no banco, percebendo o que havia dito a mim.

— Errr... Sim. — por fim, respondeu. — Aquele dia que eu desmaiei nos seus braços, não era a primeira e nem a última vez. Sinto muito se eu o assustei. Não foi a minha intensão.

Sobre a mesa, pego sua mão e acaricio com o polegar, a fazendo me encara com aquele par de olhos azuis intensos que parecia que atravessava a minha alma como uma bala que acabar de ser disparada de um revolver atravessa em uma pele.

— Mas então, — limpou a garganta, olhando para as nossas mãos e depois para mim. Fui para soltar a sua, mas America agarrou a minha um pouco mais forte — qual o motivo do jantar?

Então, eu lembrei do porquê de ter a trazido para um restaurante. America acabara de comentar que o doutor pediu para não se estressar, pois era perigoso ela desmaiar e afetaria a criança em seu ventre. E o assunto que eu desejava tanto abortar esta noite, ficaria para outro dia. Especificamente para depois que ela ganhasse sua filha. Sei que em quatro meses, muitas coisas podem acontecer. Mas eu não me vejo em outra saída no momento. America não pode se estressar, e isso, é o que eu menos quero para ela.

— Bom, é sempre a senhorita que me convida para sairmos, então, pensei em dar uma pesquisada pela redondeza e chama-la para um jantar.

Não disse nenhuma mentira. Eu realmente passei um dia inteiro — com a ajuda de Justin e Aspen —, em busca de um ótimo lugar para conversarmos e botar para fora, o que cada um sente.

— E também, — emendei, antes que ela pudesse dizer qualquer coisa — não quero ser rude, mas eu gostaria de saber o que sente por mim.

— Não está claro para você, Loirinho? — com delicadeza, ela afasta a sua mão da minha — Eu gosto muito de você. Não fico por mais de um minuto sem pensar ou lembra do seu jeito delicado de cuidar de mim, ou da textura de seus lábios grudados nos meus. Meu coração fica louco dentro do meu corpo toda vez que eu estou perto de você, como agora, ele parece querer sair de dentro de mim e pular para a suas mãos. Calix, desde o dia em que me viu chorando, eu me vi encontrada no mundo, mas também, me vi perdida em suas mãos. Eu...

Não vi o momento em que eu me levantei da cadeira para poder abraçá-la, mas eu a apertei em meus braços, a deixando assustada de início, porém, aos poucos ela contornou seus braços em torno de meu pescoço. Querendo ou não, essa mulher passou a ser importante em minha vida. E eu temia o dia em que eu teria que contar a verdade. E se ela não me aceitasse, ambos ficaríamos com o coração quebrado e eu não queria faze-la sofrer. Eu queria apenas que ela sorrisse de felicidade.

Quando seu cheiro adocicado inalou minhas narinas, deixando-me um pouco atordoado, desfiz o aperto e a encarei por um tempo. Ah, esses grandes e lindos olhos azuis intensos que não para de atormentar-me durante o meu sono... Beijei sua testa e voltei para onde eu estava sentado.

—•—•—

Deixamos o restaurante assim que terminamos de beber o resto do suco em nossos copos. Era final da primavera e início do verão. Resolvemos dar uma caminhada pela cidade, mas eu estava atento no ritmo da respiração da America ou qualquer sinal de diferente.

Percebendo que ela já diminuirá o seu ritmo de andar, resolvi que já era hora de descansar um pouco. Assim que sentamos em um banco, mais uma vez, trouxe seu corpo para perto do meu, a deixando aninhada em meus braços. Esse ato, é um dos meus favoritos, pois eu me sentia que estava a protegendo, como se nas minhas costas tivessem asas, em uma das mãos eu segurava uma espada e na outra um escudo.

Senti mãos pequenas apalpar um dos meus bolsos e retirando do direito, minha pequena câmera fotográfica.

— Posso ver? — perguntou com os olhos brilhando de curiosidades.

— Pode. — a deixo e ela volta a se encostar em mim.

Fiquei um tempo vendo as fotos com ela da câmera. Ali, não tinha nada que pudesse fazer com que descobrisse a minha identidade. Haviam apenas fotos que foram tiradas recentemente.

— Uau, é você quem tirou?

— Sim, uma coisa que eu faço em meu tempo livre.

— Espero que tenha um tempo livre daqui três meses. Quero que me fotografe antes da neném nascer. — comentou, passando para a próxima foto. Uma que tirei na semana passada quando levei Brice em um passeio ao redor do apartamento para distrai-la. Ela estava com o rostinho vermelho de tanto que chorou porque queria voltar para nossa casa em Íllea. — O que houve com a sua irmã, nessa foto? Parece tão triste...

— Saudades do nossos pais.

— Sinto muito pelo o que está acontecendo com vocês. Tome. — assenti, guardando a minha câmera de volta no bolso — Acho melhor eu ir, já está tarde.

Levantamos do banco e a ajudo ajeitar o vestido que havia engomado um pouco.

— Te acompanho. — ofereço o meu braço e ela aceita rapidamente.

Voltamos para frente do restaurante em menos de uma hora, no entanto, fiquei ao lado de America esperando o seu chofer vir buscá-la. E não demorou muito para o mesmo chegar.

— Obrigada, Calix. Eu adorei o jantar e o passeio. — retribui o seu sorriso. America se aproximou e ficando na pontinha dos pés, ela alcançou meus lábios, depositando um selinho gostoso.

— Tenha uma boa noite.


Notas Finais


* Um capítulo fofo para vocês ^^
* Gente, me perdoe por ficar demorando tanto para postar, a verdade é que a faculdade toma muito o meu tempo. Parece que é mentira, mas não é. Moro no interior e eu tenho que pegar ônibus todos os dias para chegar na cidade onde é a faculdade. Eu ainda não trabalho, mas eu estou a procura de um e eu sempre estou ajudando meus pais com os serviços de casa.
* Sei que vocês devem estar irritadas comigo por sempre pedir desculpa pela demora, mas eu apenas estou tentando deixar claro que eu não posto porque eu não quero, e sim, porque eu estou com falta de tempo. Me perdoe pessoas!
*Tenho uma surpresa para vocês!
* E tbm, tinha uma pessoa no watt que conseguiu me deixar na bed por um dia inteiro. Gente vocês sabem que eu não reviso muito os capítulos, pois estão comigo a muito tempo (a maioria aqui pelo menos, eu acho) o que eu reviso, é quando o word avisa ou quando eu vejo, caso contrário, passa pelos meus olhos e eu nem vejo as vezes. E essa garota veio com fogo e pedra para cima de mim. NO ENTANTO, a pessoa diva aqui (só que não asdla) falou uma boas a ela. E eu fiquei tão feliz quando eu respondi no finalzinho que: "eu nunca disse que sou inteligente, ok? bjos, querida" e no fim, ela acabou excluindo o comentário. Pessoas lindas, meu objetivo não é humilhar ninguém aqui, mas eu fiquei tão triste com o que ela disse... Enfim, chega de desabafamento aqui.
* Gosto de me desabafar aqui, vocês não ficam me julgando e sempre me dizem coisas sábias que meu animo dá um up! Amo vocês.
* Sim, teremos um spin-off narrado pela nossa princesinha Brice! No entanto, ela será postada, assim que eu finalizar essa e assim que eu tiver os capítulos dela prontos, pois eu não quero deixar vocês na mão. E serão poucos capítulos, acho que uns 10 no total. (O que eu não faço por vocês!), mas a ideia veio do nada!
* Vou ficando por aqui que eu tenho APS para fazer nesse feriado que é para entregar na quinta, agora.
* Kisses meus mozões!

Para quem quer saber como que é o look da Ames: http://www.polyvore.com/untitled_266/set?id=211851183
Para quem quer saber o comentário da pessoa e minhas respostas: https://twitter.com/dammitcavill/status/832776042305646593
(desculpa gente, mas eu tenho que compartilhar com vocês uma vitória que para vocês podem ser pequeno, mas para mim é uma grande coisa, pois eu não sou de tretar)


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