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História Calix - Quatro


Escrita por: mahh9

Notas do Autor


Saudações humanos!
~ Haha, bancando a alienígena :) (Nossa, como eu sou infantil! Pois é, sou mesmo)~

"Honestidade é o jogo mais desafiador" — Neal Caffrey.

Bom, venho com o capítulo antes do prazo, porque estarei viajando e só voltarei na terça. (aniversário da cidade \o/ Glória Deus!)
É por isso que eu estou aqui.

Boa Leitura :)

Capítulo 5 - Quatro


Quando finalmente chegamos em casa, fui direto pro meu quarto, encontrando Brice dormindo encolhida na minha cama. Ela não estava mais com febre, mas o remédio que Silvia deu, deve ter a deixado com um daqueles sonos que só irá acordar amanhã de tarde. Beijei seu nariz e corri para o banheiro.

Naquela noite, aqueles pares de olhos azuis me atormentaram em meu sonho, me deixando inquieto com isso. Diferente da qual eu conheci, em meu sonho ela parecia atormentada por algo. Mas nada de mais.

Eu havia acordado com um tapa na cara. Brice tinha sua mãozinha em minha bochecha e sua perna sobre a minha barriga. Praticamente quase em cima de mim. Sorri de sua posição, endireitando-a no meu lado e voltei a dormir.

Hoje estava aquele color suportável de Íllea. Aliás, eu não lembro quando teve aquele clima bem quente na minha terra. Íllea, como esse lugar faz falta. Como uma terra como ela pode estar sendo atacada pelos próprios cidadãos? Nós, tentamos fazer o máximo para que eles tenham uma boa vida. Mas está sendo difícil. Eu ainda não consigo me acalmar por ter deixado meus pais ao meio de tudo aquilo, queria estar com eles, os acalmando e estar ajudando-os descobrir o motivo. Eu só queria que Íllea voltasse a ter uma boa convivência.

— Senhor. — ouço a voz do meu assessor do outro lado da porta — Sua mãe está no telefone.

Pulei da cama, largando o livro que eu lia em cima da cômoda e apressei-me até chegar na cozinha. Pego o telefone da bancada e vou para sala, sentando no sofá.

— Mãe? Como a senhora está? — pergunto preocupado.

— Estou bem, meu querido. — suspira cansada.

— Aconteceu de novo, não foi?

— Sim, mas deixa isso pra lá. — eu ia argumentar, mas ela logo se apressou — Como estão? Fiquei sabendo que Brice esteve com febre.

— Sim, mas a Silvia já resolveu isso. Como o pai está?

— Está bem. No momento deve estar em uma reunião. Filho, vamos mudar de assunto.

— Tudo bem. — me rendi, para não força-la a nada e para distraí-la um pouco.

— Como foi o jantar? Aspen e Carter me contaram de uma Celeste.

— Ah sim. — murmuro — Foi bem. Nada de mais. Estou apenas tentando me adaptar a este lugar.

— Não fique preocupado conosco. Estamos bem. — posso imaginar o sorriso forçado se formando em seus lábios — Porque você não sai para se distrair um pouco? Talvez, arranjar uma pretendente? Adoraria ter uma nora. Sabe que se não encontrar uma até o seu vigésimo quinto aniversário, seremos obrigados a fazer uma seleção, não? E acredito que não irá querer isso.

— Mãe, eu estou bem. E eu terei tempo para achar alguém.

Não vim a Carolina para encontrar uma pretendente. Vim, porque eu não iria me arriscar deixando Brice em um lugar que no momento é perigoso para ela. Não arriscaria por sua vida em risco.

— É a mamãe?! — escuto a vozinha de Brice exclamar do corredor.

Olho para ela e aceno positivo, fazendo seu sorriso aumentar. Despeço da minha mãe e entrego o telefone para minha irmã, que logo começou a contar sobre sua aventura de brincar com Carter.

Vou para cozinha, perguntando quando que o almoço iria ficar pronto. Silvia respondeu que daqui uma hora estaria pronto. Assenti e disse que iria andar um pouco pelo quarteirão. Não informei Aspen por eu estar saindo, já que eu iria apenas andar pelo quarteirão. E também, porque eu queria sentir novamente a sensação de não ter guardas atrás de mim.

Não andei apenas pelo quarteirão do apartamento. Eu estava adorando andar pelas ruas de Carolina sem ser reconhecido por alguém. Íllea é pequena, então, poucos sabem de sua existência. Havia pessoas passeando com seus cachorros, mulheres indo às compras enquanto os homens a seguiam com a cara fechada pra cima e pra baixo. Era tudo perfeito. Adoraria se o meu país vivesse assim.

Ouço a badalada do sino da igreja tocar doze vezes, nos avisando que já é meio dia. Meu estômago começou a roncar e antes de sair de casa, eu havia pegado a minha carteira. O cheiro da padaria é ótimo, mas tinha um restaurante que eu não sei o nome, fazendo com que o meu estômago reclamasse mais ainda. Resolvi entrar, já que eu estou me adaptando com Carolina.

Ao entrar no estabelecimento, sou recebido por um homem, que logo indicou um lugar para mim. O cardápio é um tanto interessante, apenas pratos com carne vermelha e nada a mais. Não havia peixe, frango ou de porco. Apenas de boi.

— São pratos brasileiros, senhor. — o garçom me informa, enquanto segura seu bloquinho de pedidos — É novo por aqui?

— Sim, apenas hoje resolvi andar um pouco. — sorrio.

— Então, recomendo o churrasco. A carne é bem temperada e a farofa que vem acompanhada, é esplendida!

— Certo, quero um desse então.

O homem se foi, mas também logo voltou com uma garrafa de vinho espumante. Que de acordo com ele, esse vinho é perfeito para um clima como hoje. Pois dá aquele ar de celebração. Tudo bem, eu não estava celebrando nada, mas não pude evitar de concordar com o garçom, pelo vinho ser perfeito em um clima desses. Em casa, eu apenas degusto do vinho para os jantares. Que de acordo com a minha mãe, eu tenho um paladar extraordinário e peculiar na hora de escolher os vinhos certos.

Não demorou muito, e logo o meu prato está a minha frente e o cheiro, é maravilhoso. Desfruto da carne, mal passada. Desde que eu me conheço, acho que eu nunca comi uma carne mal passada. E para ser sincero, eu adorei. Minha mãe, com certeza iria ficar assustada por isso. Pego um pedaço de carne e a mergulho na farofa. Sabor de maçã com bacon. Fantástico!

Ao terminar a minha refeição, deixo uma boa gorjeta para o rapaz que me atendeu e vou para o caixa, pagar a minha conta. Satisfeito com o meu passeio, resolvo que é hora de voltar. Com certeza, há pessoas que agora devem estar arrancando os cabelos com a minha demora.

Faço o mesmo percurso que eu havia decorado. Tenho uma memória fotográfica, então, eu não me perderia tão cedo. Cada passo que eu dava, eu ficava mais tranquilo em saber que eu não seria reconhecido tão cedo. E quando eu me esbarrava com alguém, apenas pedi perdão e em troca, recebia uns olhares carinhosos e outros nem tanto. Mas nenhum que me revelasse.

Faltam apenas três quarteirões, e eu ainda não estava cansado. E com toda certeza do mundo, eu irei levar um belo sermão por ter demorado tanto e por não ter avisado. Não ando com celular, aliás, eu não tenho. Ter um aparelho celular nunca me interessou, e pelo que eu vejo nos noticiários, eles só servem para estragar a pessoa. Sem contar que eu não tenho tempo para isso.

— Hey! Você, Loirinho.

Automaticamente giro para trás, encontrando a ruiva de ontem, sentada no banco de frente para uma loja cara de roupas.

— Você mesmo. — ela faz um gesto para que eu me aproxime.

Indeciso, resolvi caminha até ela. Agora de perto, percebo seus olhos vermelhos e inchados, deixando vestígios de que não faz muito tempo que ela havia chorado.

— Sim?

— O que você faria, se estivesse escondendo algo muito importante de sua família? — ela questionou sem delongas.

— Contaria a eles. — respondo o mais correto — Não seria justo eles não saberem de algo importante.

— E se eles te odiarem e nunca mais querer vê-lo?

— Desculpe, senhorita Singer. Mas, a onde quer chegar? — pergunto um tanto receoso com as perguntas profundas dela.

— Apenas responda!

Suspiro derrotado — Certo. Acredito que eles não fariam isso. Pais nunca nos deixam de nos amar.

— Eu sei, mas...

— Confie no amor deles. — a interrompo — Por que está perguntando essas coisas pra mim?

— Gosto de desabafar com estranhos. — ela força um sorriso, para depois limpar as poucas lágrimas que escorriam de seus olhos azuis profundos.

— Tome cuidado. Às vezes, os estranhos sabem mais sobre sua vida, do que você mesma. — a alerto — Bom, vou indo senhorita...

— America. — me interrompe — Me chame apenas de America.

— Claro, como quiser, America.

Não posso contraria-la. America é filha do prefeito da cidade e que ainda, é velho amigo do rei. Sem falar que, como príncipe e herdeiro, sou cavalheiro e respeito às mulheres.

Mas, confesso que eu fiquei intrigado sobre algo que a senhorita America está escondendo de seus pais. O que seria tão importante para ter a feito chorar? Chacoalho a cabaça, espantando essa curiosidade e volto para o meu caminho.


Notas Finais


* Eita, eita! O que será que a ruiva está escondendo...? Mistério, mistério e mistério! Acho que essa vocês não iram conseguir responder...
* Vou ser breve, porque eu ainda tenho que arrumar a mala.
* Vocês estão gostando da fiction ser narrada pelo nosso Maxon? Espero que sim. E eu não pretendo ficar escrevendo vários pov dos personagens. Apenas do Maxon. Mas, se eu tiver com vontade, irei escrever um ou uns capítulo pelo ponto de vista da Ames. Como eu fiz em New Life e em Strong Heart.
* Vocês já assistiram White Collar? Não? Vá assistir porque é foda! (é o meu ponto de vista. Apenas recomendando mesmo.)
~ Ai, eu quero assistir Reign e The Tudors. Mas e o tempo? Cadê? Essa semana está sendo tão corrida por causa das olimpíadas. ~
* Por hoje é só. Bom final de semana pra vocês! Kisses <3


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