História Call my Babysitter - Não se prenda

A luz fraca e incomoda insistia em percorrer as frestas da cortina e avisar a Sehun que a hora de levantar já havia se passado.

Sua cabeça e seu corpo latejavam e seus olhos mal encontravam forças para se abrirem, deixando Sehun sem saber onde estava e ainda, com a dúvida de não saber o que era todo aquele peso ao seu lado.

Com um esforço maior ele abriu, devagar, apenas um de seus olhos e no instante seguinte arrependeu-se de ter o feito.

Um moreno bagunçado e perdido dormia ao seu lado, com um bico formado nos lábios e sobrancelhas tranquilas, porém ainda assim seu rosto parecia tencionado.

Com cuidado para não acordá-lo Sehun desfez o abraço e silencioso se levantou, levando um susto por estar vestido apenas em suas roupas íntimas perto de Jongin. Amaldiçoou-se mentalmente por deixar que isso acontecesse mas principalmente por não se lembrar de nada, muito menos de como voltou para casa na noite anterior.

Se lembrava de ter saído com Chanyeol mas não do que aconteceu com ambos durante toda a noite, o que era muito estranho já que Sehun não era o tipo de pessoa que se esquecia de algo tão fácil assim, ao menos que tivesse passado dos limites com o álcool, o que ele também não lembrava de ter feito pois bebeu apenas um ou dois drinks. Era o que ele achava. Mas de tudo isso o que mais lhe incomodava era o fato de ele ter dormido com Jongin. Não faria tal coisa por vontade própria e não conseguia imaginar fundamentos possíveis para aquilo ter acontecido, ao menos que Jongin tenha se aproveitado dele, mas Sehun não era tão desumano a ponto de acreditar que ele tenha feito algo parecido consigo, ainda mais sem ouvir os esclarecimentos do garoto.

Decidiu ignorar o assunto até que Jongin acordasse e pudesse lhe contar sua versão.

Saiu do quarto, já vestido adequadamente, em busca de seu celular, mas acabou encontrando uma bagunça em sua sala.

Além de um porta-retrato quebrado achou marcas de arranhões na parede e os quadros pendurados na mesma estavam todos desalinhados.

– Parece que alguém tem muito que me contar. - disse para si mesmo ao mesmo tempo que tentava afastar seus pensamentos curiosos.

Sehun revirou a casa à procura de qualquer remédio que pudesse livrá-lo da intensa dor que martelava em sua cabeça de segundo em segundo, até que desistiu e se jogou com tudo no sofá. Quando suas costas encontraram o estofado sentiu algo estranho incomodando suas costas, que por um acaso era seu celular perdido.

Assim que ligou o aparelho uma enxurrada de mensagens e chamadas perdidas tomaram conta de seu celular, e todas elas vindas de Chanyeol.

“Sehun precisamos conversar.”

“Me liga assim que puder”

“Não acredite nesse moleque, é tudo culpa dele”

“Sehun é importante, me liga”

Mensagens desse tipo inundaram o celular de Sehun e todas elas enviadas entre uma da manhã até cinco minutos atrás, deveria mesmo ser algo importante. Sehun chegou a se preocupar por um instante, no entanto assim que seus olhos encontraram o moreno aflito do outro lado da sala sua preocupação tomou outros rumos.

– Sehun você está melhor? - andou rápido até ficar próximo o suficiente do maior.

Sehun encarou Jongin vendo que ele parecia se importar de verdade com algo que nem mesmo ele sabia do que se tratava.

– Melhor de que? - perguntou confuso.

– Então não se lembra de nada?

Sehun nem teve chance de pensar, pois sua atenção foi atraída para seu celular que mostrava uma ligação de Chanyeol.

– Por favor não o atenda. - Jongin implorou - Não vai acreditar em mim se atender a essa ligação e eu sei disso.

Jongin já tinha total certeza de que Chanyeol o convenceria de que o culpado de tudo era ele e não daria ao moreno a mínima oportunidade de se defender.

Sehun olhou para Jongin, depois para o celular e por fim, chamou Jongin para que se sentasse à sua frente. Pegou o telefone e atendeu, ligando o mesmo no viva-voz fazendo um sinal de silêncio para Jongin, que assentiu.

“Sehun? Que bom que atendeu, pensei que tivesse acontecido alguma coisa.”

– Está tudo bem Chanyeol, apenas me assustei com algumas coisas quebradas aqui. - tampou o alto falante do celular e sussurrou baixo para Jongin - Apenas faça sim ou não com a cabeça quando ele disser algo, ok?

Jongin confirmou.

“Sabia que isso aconteceria. Não queria ter que te contar sobre isso mas você tem que saber”

– O que houve Chanyeol? - fingiu preocupação.

“Ontem a noite você estava um pouco mal, então decidi te levar de volta. Eu ia ficar e cuidar de você, mas o garoto que está cuidando da sua filha nos recebeu e disse que ele mesmo cuidaria de você e me mandou embora.” - atropelou as palavras.

Jongin estava perplexo, além de aproveitador o canalha era mentiroso.

Sehun olhou para o moreno que de imediato negou tudo com a cabeça.

– O Jongin fez isso? Não acredito! Como posso manter alguém assim em minha casa. - fez drama.

“Sim, e ainda quando voltei para pegar minhas chaves vi ele tentando te agarrar. Eu tentei fazer alguma coisa mas ele veio pra cima de mim e me deu um soco certeiro.”

Sehun nem precisou perguntar nada a Jongin, pela sua expressão já era visível sua raiva pelo homem que mentia descarado para si.

– Chanyeol, posso te fazer uma pergunta? - disse brando.

“Quantas quiser.”

– Como foi que Jongin abriu a porta se ela estava trancada, e só eu estava com a chave?

Chanyeol ficou mudo do outro lado da linha.

– Você deveria agradecer por eu não te denunciar a polícia seu desgraçado! Nunca mais apareça na minha frente ou eu arrebento a sua cara.

– E eu também. - Jongin tampou a boca de imediato.

O moreno se empolgou demais e acabou por entregar que estava junto com Sehun, mas isso só serviu para irritar mais Chanyeol. Sehun riu do moreno e desligou o telefone em seguida, não permitindo nenhuma manifestação de Chanyeol.

De fato Sehun nem precisaria das afirmações de Jongin para saber que tudo que Chanyeol havia dito era falso, apesar de haver sim outra chave ele não havia dito a Jongin onde ela estava. E também ele poderia saber o que aconteceu só olhando as câmeras do corredor.

– Então quer dizer que ele inventou toda essa história? - ergueu a cabeça para que pudesse ver o rosto de Jongin.

– Menos a parte do soco, eu realmente bati nele. - passou a mão pelos cabelos envergonhado por ter que dizer isso a Sehun.

– Acha que vale a pena me contar o que aconteceu? - perguntou meio triste.

O moreno recuou por um momento, não queria lembrar da noite passada.

– Digamos apenas que talvez ele tenha colocado algo a mais na sua bebida, e talvez tentado coisas que você se recusou a fazer… - um pequeno rubor surgiu na face de Jongin.

– Por que está com essa cara? - Sehun arregalou os olhos - Não me diga que eu o beijei ou algo do tipo? - ele parecia realmente preocupado.

O moreno agora se perguntava se deveria ou não contar a ele o que aconteceu entre os dois, não queria abalar mais seu dia.

– Bem… não a ele. - falou receoso.

Sehun teve que raciocinar um pouco até entender o que Jongin quis dizer com isso, e quando entendeu quis enfiar sua cabeça numa das divisórias do sofá, mas antes que pudesse ouviu pequenos passos vindo em sua direção.

– Appa! Nini! - Hyesu chegou correndo para abraçar os dois.

– Bom dia meu amor! Dormiu bem? - Sehun foi o primeiro a se manifestar.

Hyesu balançou a cabeça dizendo que sim.

– Bom dia princesa! - Jongin se abaixou para receber o abraço da pequena.

Ela não poderia estar mais feliz, ver os dois homens que ela mais amava juntos era a melhor coisa do mundo, e como crianças não são bobas ela não perderia a oportunidade de unir ainda mais os dois.

– Appa, me leva no zoológico? - suas mãozinha se juntaram pedindo por favor.

– Por que esse pedido de repente? - Sehun indagou divertido.

– É que eu sonhei que andava numa girafa appa, elas são altas. - fez biquinho - Por favor appa, vamos ver as girafas.

Parando pra pensar, Sehun saía pouquíssimas vezes com sua filha, ele apenas a levava para a escola e quem sabe uma ou duas vezes a levou até o parque de diversões. Mas também tempo era o que lhe faltava, de que adiantava ter dinheiro e não ter tempo para gastá-lo com seu bem mais precioso.

– Que tal irmos à tarde? - perguntou a pequena.

– Sim! - pulou de alegria - Nini vai com a gente né?

Sehun olhou para Jongin que parecia meio sem graça com o “convite”, ele sabia que sua relação com Sehun não era das melhores, e não queria atrapalhar um momento tão especial entre pai e filha.

– Ah Hyesu, hoje não vai dar. Tenho alguns comp-

– Por que não Jongin? Afinal no seu contrato estava escrito “finais de semana a combinar”, e isso inclui sábados e domingos.

É, contra essa Jongin não poderia negar.

Por fim acabou cedendo aos encantos de Sehun, pois ele poderia muito bem negar aquela oferta e negociar o preço com Sehun mais tarde, e Sehun sabia muito bem disso.

– Bom, eu preciso ir agora. Minha mãe deve estar preocupada que não apareci por lá. - juntou suas coisas e já ia se retirar - Senhor Oh, se não for atrapalhar poderia me dar uma carona mais tarde? Meu prédio é logo no caminho.

Sehun fingiu pensar por alguns segundos.

– Esteja pronto às três em ponto, não gosto de atrasos.

– Sim, senhor! - se despediu e saiu pela porta.

“Oh Sehun o que você está fazendo, prometeu que não deixaria isso acontecer.” - batia vezes seguidas em sua cabeça com a mão.

– Appa, você está bem? - Hyesu perguntou.

– Sim filha, mas talvez eu não esteja tão convicto disso.

…

O zoológico não ficava tão longe do apartamento de Sehun, uns 30 minutos no máximo.

Antes de sair havia recebido uma mensagem de Jongin com seu endereço, já que o moreno saira com tanta pressa que acabou por esquecer. Realmente ficava logo a caminho do zoológico e Sehun agradeceu por estar enganado em achar que o moreno tinha sido sarcástico consigo.

Assim que chegou ao prédio, ligou para Jongin.

– Estou aqui em baixo.

“Já estou indo.”

Sehun se assustou ao ouvir latidos altos de fundo na chamada.

– Você tem um cachorro?

“Na verdade tenho três, mas só um fica comigo, os outros dois não se sentem à vontade morando nas alturas.”

– Hyesu sempre quis um cãozinho.

– Então talvez algum dia ela possa vir conhecer o meu. - disse se apoiando na janela do carro.

Sehun estava tão centrado na conversa que nem percebeu a aproximação de Jongin.

– Bem rápido. - elogiou.

– Sou pontual com meus serviços.

– Nini-ah está tão bonito. - elogiou, a pequena.

– Mas ainda não consegui superar sua beleza - falou apertando as bochechas redondinhas da menina.

Nem Sehun poderia negar que Jongin estava deveras mais bonito do que o habitual. Os cabelos úmidos puxados para trás com algumas mechas caindo sobre seu rosto o deixavam ainda mais charmoso e isso foi comprovado, assim que Sehun quase causou um acidente por ficar olhando Jongin pelo retrovisor.

Logo que passaram pelo portão principal do zoológico o carro se encheu com a euforia de Hyesu. Estava tão animada que saiu saltitando do carro, cantando sobre ver suas preciosas girafas.

Fazia muito tempo desde que Sehun havia visitado aquele lugar, estava totalmente diferente e repaginado, era mais lindo do que se lembrava. Da última vez, Hyesu era apenas um pequeno embrião no ventre de Hyeri. Ela não sabe mas já tinha visitado aquele zoológico, a diferença é que agora ela poderia ver tudinho com seus próprios olhos.

– Appa vamos logo! - a pequena puxou Sehun, o tirando de seus pensamentos.

O zoológico era gigantesco, e Sehun sabia que não andariam nem metade do local naquele ritmo. Já haviam passado pelos macacos, pelas aves e estavam chegando perto dos crocodilos, mas ainda continuavam longe das tão desejadas girafas.

– O que acham de nós acelerarmos esse passeio e alugarmos um carrinho? - Sehun sugeriu apontando para um dos automóveis de pequeno porte.

– Eu quero dirigir! - Jongin e Hyesu falaram é uníssono.

Sehun riu e disse que os dois eram muito pequenos para dirigir, o que resultou em dois bicos emburrados que só fizeram com que ele risse mais ainda.

Após feita a metade do caminho encontraram a ala onde ficavam os ursos, e por sorte foram na época em que os filhotes estavam prestes a acordar e dar seus primeiros passos.

– Olha nini! - disse apontando para um filhotinho em especial - Ele parece com você.

E Hyesu estava certa, o filhote de urso lembrava, e muito, Jongin. Estava deitado num canto com sombra comendo alguma coisa, além de que aparentava estar sorrindo como Jongin sempre estava.

– Nini tire uma foto com o urso.

Sehun estacionou o carrinho e seguiu atrás dos dois. Olhando daquele ângulo Hyesu e Jongin pareciam seus filhos e ele o pai cuidadoso, qualquer um que os visse pensaria nos três como uma linda família aproveitando o fim de semana com programa caloroso.

Jongin estendeu o celular para que Sehun tirasse a foto, porém Sehun mais o apreciou do que bateu fotos. Jongin estava com Hyesu em seu colo, com a boca aberta fingindo ser um urso faminto prestes a devorá-la, enquanto isso o urso ao lado deles parecia animado com todo o movimento.

– Sehun-ah você tem que aparecer nas fotos também! - Jongin gritou.

Aquele “Sehun-ah” o pegou de surpresa,não esperava ouvir Jongin o chamando com tanta intimidade assim.

– Não sou muito fotogênico. - inventou uma desculpa qualquer.

– Venha logo Appa! - chamou-o com a mão.

Sehun se rendeu e foi. Com uma das mãos segurou o celular e com a outra envolveu Hyesu, deixando o urso Jongin por cima.

– Felizes? - perguntou entregando o celular a Jongin.

Os dois fizeram que sim com a cabeça.

– Então vamos andando que ainda temos um longo caminho a percorrer.

Quando menos esperavam e Hyesu já estava quase dormindo, finalmente avistaram as tão esperadas girafas.

– Ei bela adormecida, as girafas! - Jongin exclamou despertando a menina.

O sono que se apoderava dela logo se dissipou e ela já estava cheia de energia novamente.

Foi com tudo até a grade e tentou ao máximo erguer sua mão para alcançá-las.

Jongin percebeu sua dificuldade e foi rápido até ela, pegou-a pelos braços e a colocou sobre seus ombros para que pudesse enfim tocar os animais.

Ela se encantou ainda mais, quando uma das majestosas girafas se aproximou de sua mão e por breves segundos deixou que ela tocasse sua cabeça.

Sehun que estava atrás não perdeu a chance de fotografar o lindo momento, o fato de que nenhum dos dois havia percebido que estavam sendo fotografados fez com que a foto ficasse ainda mais bonita.

– Appa você viu? Eu fiz carinho na girafa! - voltou correndo em direção ao pai.

– Eu vi meu amor, parece que ela gostou de você. - acariciou o topo de sua cabeça.

– Nini-ah, posso tirar fotos das girafa? - ergueu as mãozinhas pedindo por seu celular.

– Aqui está. - entregou o aparelho a ela.

Os dois passaram a observar o céu, que agora já mesclava suas cores entre tons alaranjados e azuis, significando que em pouco tempo iria escurecer.

– Appa! Nini-ah! - Hyesu chamou.

Os dois se viraram em sincronia, e foram surpreendidos por um flash. Notaram o sorriso estampado na face de Hyesu e não contiveram os seus também.

– Tá bom, chega de fotos agora. Está ficando tarde e nós temos que ir embora.

Antes de voltarem ao carro, Hyesu fez questão de que todos comessem um algodão doce junto com ela. Sehun estava dirigindo de volta a entrada do zoológico, então preferiu não comprar, e Hyesu estava ocupada demais comendo o seu, porém Jongin era bom demais para deixá-lo sem provar nem um pedaço.

– Sehun! - o moreno o chamou - Diga ahh.

Sem mesmo tirar os olhos do caminho, já que haviam muitas pessoas passando, ele abriu a boca. Já nem lembrava mais como aquele doce sabor era tão bom, tinha gosto de infância.

– Obrigado! - agradeceu.

Jongin o retribuiu com um sorriso, mesmo que Sehun não pudesse ver.

…

Hyesu dormia tranquila no banco de trás enquanto Sehun e Jongin mantinham uma silenciosa troca de olhares. Dessa vez o silêncio que os rodeava não era algo incômodo para eles, mas sim o silêncio de quem queria dizer algo porém por mais que tentasse não conseguia, e foi assim que eles seguiram até chegarem ao prédio de Jongin.

– Muito obrigado por tudo Sehun, eu me diverti bastante hoje. Nem sei como agradecer. - disse com seu, sempre, sorriso doce.

– Tudo bem, eu que agradeço por me ajudar com Hyesu. Sua presença foi de grande importância. - Sehun não fazia ideia do que estava dizendo.

Jongin não fazia ideia, mas estava corado.

– Bom, então… te vejo amanhã? - estendeu sua mão.

– É que amanhã eu não vou trabalhar, mas… se você quiser ir mesmo assim. - apertou sua mão com força.

Jongin não sabia se aquilo era um convite ou era apenas para que ele fizesse companhia a Hyesu, no entanto seus instintos diziam com toda força para que ele aceitasse. Estava de frente para Sehun, então foi difícil despistar seu sorriso.

Assentiu com a cabeça, e se virou para sair do carro e ir embora, porém foi impedido pelas firmes mãos de Sehun que não o soltaram.

– Precisa de mais alguma coisa? - perguntou confuso.

Sehun foi aproximando aos poucos seu rosto ao de Jongin, estava receoso de ser rejeitado já fazia anos que Sehun não praticava tal ato, em sua sobriedade claro, e quando achou que Jongin fosse recuar sentiu seus finos lábios tocarem os do moreno. Quando já estava confiante o suficiente soltou seu braço e o levou até suas maçãs coradas, e cuidadoso pedia por mais espaço.

A boca de Jongin era diferente de todas que ele já havia provado, a textura, o sabor, a sincronia, era tudo perfeito, como se os dois tivessem sido feitos um para o outro.

Se dependesse de Sehun, ele nunca mais se desgrudar ia daquela boca, porém infelizmente não seria possível. Se afastaram devagar ainda imersos na sensação de prazer que eram suas bocas e nenhum dos dois sabia o que fazer.

– Obrigado. Não por isso... isso também, mas por tudo.

Jongin riu da maneira desengonçada de Sehun com as palavras quando estava envergonhado.

– Sabe que não é a primeira vez que faz isso, certo? - disse abrindo a porta.

– E não será a última.

Após dizer isso ele só pode ver a face de Jongin ficar vermelha por inteiro e seus pés quase tropeçarem um no outro enquanto ele corria para casa.

Sehun tentou ser forte, mas pouco a pouco percebia que cedo ou tarde ele desistiria de resistir e cairia por completo na armadilha que era Kim Jongin.