1. Spirit Fanfics >
  2. Calla Lily >
  3. Awake

História Calla Lily - Awake


Escrita por: KagnelaK e KagnelaG

Notas do Autor


Oi, meus xuxus. Primeiramente: sobre capas; não sei fazer. Segundamente: vou explicar um pouco de como a história surgiu e explicar algumas coisas que podem vir a confundir a cabeça de vocês.
Então, era pra isso ser uma teoria dos MV's do BTS, mas acabou dando muito errado sndasndkank ai a gente decidiu criar uma fic. Esse capítulo tá realmente muito confuso, então se estiverem com sono ou algo assim, vão tomar dois litros de café smkdmamk a gente tava pensando em fazer uns 7 capítulos, mas eu já estou escrevendo o segundo capítulo e ele tá muito grande, então acho que eu vou dividir ele em duas partes, mas mais do que 10 capítulos a fic não vai ter, garanto. O plano é ter muita treta e insanidade e tiro porrada e bomba, mas tudo pode mudar né skdamsdkma se acharem algum erro, avisem por favor, se bem que eu revisei isso umas três vezes, mas nunca se sabe e.e
Boa leitura sz
~K

Espero que gostem da fic, por ser uma história muito complexa provavelmente será bem extensa. Obrigada desde já por lerem <3
~G

Capítulo 1 - Awake


Eu espero que este diário caia em boas mãos. Nada foi fácil até aqui e peço que não me culpem pelas minhas decisões, pelas minhas escolhas, mas eu juro que sempre tentei ser o melhor para todos.

.

.

.

No começo, eu não era quem eu sou hoje, aliás, nenhum de nós dois éramos alguma coisa. Um simples nada no meio do espaço, com vários outros milhões de nadas a nossa volta. Não sei ao certo como Namjoon e eu surgimos, há muitas especulações sobre isso e ao meu ver, todas podem estar certas. A única coisa que eu me lembro é de estar caindo neste local e de colidir com Namjoon. Nós nascemos separados, mas havia uma conexão muito forte entre ele e eu. A única certeza que eu tinha é que viemos do mesmo lugar e que mesmo sendo dois corpos diferentes, éramos só uma alma.

Achava que só a companhia de Namjoon bastava. Nós vagavamos pelo “nada” que nos cercava, testando nossas habilidades e as melhorando. Tudo aquilo era novo para nós, aquele ser que eu me tornei, aquele lugar. Era tudo tão fascinante, mas ainda assim, entediante.

Não havia literalmente nada. Tudo era cinza e sem emoção. E claro que isso não incomodava nem um pouco Namjoon.

.

.

.

Resolvemos criar outros seres como nós, e não é dessa forma que é hoje em dia, claro. Tomamos essa decisão quando nosso mundo estava (quase) completo. Havia uma casa, um jardim. Era iluminado e bonito. Claro que toda essa parte foi criação minha e como Namjoon não poderia ficar para trás, ele também criou a sua parte no nosso mundo.

Dividimos o tempo igualmente, sendo 12 horas de cada mundo.

Aquilo lá em cima, no caso Céu, se chamava Sol e tudo o que se encontrava no mundo quando estava de dia, estava ao meu comando, eu que criara tudo aquilo. Me sentia orgulhoso apenas de ver, poderia sentar na grama e observar a minha criação por horas. Mas é claro que tudo tem um fim, e logo meu mundo se escondia para dar espaço ao de Namjoon. Ele chamara aquilo de Lua. Ela era iluminada pelo meu Sol, já que não havia luz própria.

Não vou me enrolar explicando o que é cada coisa, até porque a humanidade já avançou o suficiente para saber de tudo isso, espero.

Os seres que criamos eram quase iguais a nós, eram poucas as diferenças. Claro que por serem inferiores, não tinham as habilidades que Namjoon e eu tinha.

Hoseok tinha o meu DNA e sua personalidade se encaixava perfeitamente com o meu mundo. Ele era sorridente, brincalhão e bondoso. Meu mundo era claro, mas com ele ali pareceu se iluminar ainda mais.

Já Yoongi, criação de Namjoon, era a personificação completa dele. Deixava seu mundo ainda mais sombrio. Sua expressão nunca mudava, era sério e calado. Olhava para Hoseok com desdém e não era diferente comigo. Logo eu percebi que aquela expressão era típica dele e ele não fazia por mal. Bom, as vezes fazia, mas isso é irrelevante.

Aconteceu que conforme o tempo passava, Yoongi e Hoseok ficaram mais próximos e aquilo relaxou o meu coração, porque eu queria que fôssemos como uma família. Namjoon não se importava com o que Yoongi fazia ou deixava de fazer, mas vez ou outra eu o ouvia dizendo ao menino que ele surgiu para fazer as vontades de Namjoon. Aquilo me deixou com raiva, mas não pude e ainda não posso interferir nas coisas de Namjoon.

Claro que havia outros mundos e outras realidades. Mundos inferiores e superiores ao nosso.

Namjoon e eu não controlamos nada nos outros mundos. Nossa realidade era a mais distinta dentre todas, não queríamos muita gente ou coisa do tipo. Eu gostava de observar as coisas que aconteciam na Terra, os humanos me divertiam.

Não demorou muito para que eu ficasse entediado. Na verdade demorou séculos, mas para mim isso passa em um piscar de olhos. Dei a idéia de criar outros seres, mas dessa vez com características minhas e de Namjoon.

Resolvemos arrancar três fios de cabelo. Amarramos um no outro, o meu ao fio de Namjoon. Para que as crianças não nascessem com características iguais, colocamos os três em lugares diferentes. O primeiro jogamos no mar. O segundo, ideia minha, colocamos no Sol. E o terceiro e último, amarramos no tronco de uma árvore.

Talvez isso seja confuso de entender, mas era assim que as coisas funcionavam na nossa realidade. E eles não foram reproduzidos e sim, criados.

Logo eles surgiram. Eram chamados de Jimin, Taehyung e Jeongguk.

Jimin foi o primeiro. Bondoso e sensível como o mar. Era carente e sempre queria nossa atenção, sempre pedia para que Hoseok brincasse com ele, mas Hoseok brincava com o menor mais por obrigação do que por vontade mesmo. Yoongi sempre estava disposto a brincar com Jimin. E isso foi uma surpresa até para mim, já que o mesmo sempre estava sério e calado. Foi a primeira vez que eu vi um sorriso nos lábios de Yoongi desde que o mesmo surgira, há séculos. Ele parecia feliz. Namjoon às vezes o repreendia, o questionando daquele comportamento “inadequado”. Ele não deixava que Yoongi ficasse fora de casa quando estava de dia. Namjoon estava me irritando, mas eu preferia fingir que não via e nem escutava.

O segundo foi Taehyung. Igual ao Sol, era extremamente bonito, explosivo como a imensa bola de fogo lá no Céu. Ele sorria facilmente, era muito hiperativo, não conseguia ficar parado, vivia correndo. Logo pegou afinidade com Namjoon, que adorava aquela criança e se preocupava em dar mais atenção a ele, então Yoongi ficava livre para poder brincar com Jimin. Eu fiquei feliz por Namjoon, porque ele saia mais de casa e assim interagia mais com todo mundo.

O último, mas não menos importante, pelo contrário, o meu favorito: Jeongguk. Como a maravilhosa natureza que eu criara, ele era inofensivo. Sua inocência era adorável. Se esforçava pelos outros e sempre tentava ser o seu melhor. Ele era o mais parecido comigo e por essa razão, sempre estava perto de mim. Embora Jeongguk sempre tentasse chamar a atenção de Yoongi para brincar, o mais velho quase nunca saia de perto de Jimin.

Hoseok, com o tempo, se afastou de mim. Ele disse que fora eu que o deixara de lado, mas eu negava aquilo veemente, mas no fundo sabia que era verdade. Eu não devia ter feito isso. Se eu tivesse tomado outra decisão, tudo teria sido diferente.

Tinham personalidades tão distintas, mesmo sendo do mesmo princípio, embora fosse essa a intenção, eu ainda me surpreendia. Jimin era extremamente bondoso, Jeongguk era inocente e frágil, já Taehyung… aproveitava-se da bondade e inocência dos meninos para que eles fizessem o que ele queria. “Coisa de criança”, eu pensava. Mas eu estava errado. A situação ia muito mais além do que eu imaginava.

“Precisamos conversar” Adentrei o quarto de Namjoon, que apenas respondeu que estava ocupado e não poderia me dar atenção naquele momento. Nem sequer desviou o olhar daquele caderno. “Eu estou falando sério. É sobre Taehyung” Finalmente consegui que sua atenção se voltasse a mim, os olhos tentando esconder a curiosidade. Afinal, o assunto era Taehyung, seu favorito.

“O que houve?”

“Eu estava saindo do quarto de Jeongguk e enquanto passava no corredor, dei uma olhada no quarto de Taehyung. Ele estava de costas, colocando a camisa e…” precisei respirar fundo para continuar. Era um assunto delicado, e o olhar impaciente de Namjoon me perfurando a alma estava me sufocando. “Namjoon, ele tem a marca” Eu ia contar que pensei em entrar no quarto de Taehyung e perguntar a ele sobre aquilo, mesmo já sabendo, mas eu não estava conseguindo raciocinar direito.

Seus olhos continuavam serenos, como se aquilo não fosse nada, como se ele já soubesse. Não me surpreenderia, já que o mesmo era quase grudado em Taehyung, mas ficaria decepcionado por não ter sido avisado sobre isso. Eu esperava que o outro me dissesse o que fazer naquela situação que me desesperava a cada segundo.

“Jogue-o na Terra” Ele disse como se já tivesse ensaiado aquilo milhões de vezes. Não hesitou, não pensou. Apenas disse.

E naquele momento eu tive a certeza de que eu era estúpido ao esperar um conselho de Namjoon. Se fosse há um tempo atrás, eu receberia até um abraço. Agora ele me trata com frieza e aquilo para mim foi o suficiente para que eu perdesse a paciência.

“Olha, sinceramente eu não estou gostando desse seu comportamento de uns tempos para cá. Saiba que eu não vou mais aturar você desse jeito. Trate de mudar isso” Eu estava tão desesperado com a marca de Taehyung que não consegui ao menos me controlar. Seu rosto inexpressivo me deixava ainda mais furioso.

“Se não o que, Seokjin? O que você vai fazer?” Finalmente Namjoon pareceu sentir algo, mas esse “algo”, não era coisa boa. Eu não podia fazer nada, não poderia expulsá-lo dali ou algo do tipo, porque querendo ou não estávamos ligados. Percebendo que eu não diria nada, pela falta de argumentos, ele se levantou e caminhou até mim. “Você só enxerga essas crianças e ainda por cima se acha melhor do que eu, não só para cuidar deles, mas pra tudo! Eu não passo de um ‘solucionador de problemas’ para você”

“Você não pode estar falando sério” eu ri de deboche e aquilo pareceu o deixar ainda mais nervoso, mas ele continuou com aquela falsa aparência de inabalável “Você nem se importa com eles. Eu venho aqui te dizer que um deles está marcado e a única coisa que você diz é ‘jogue-o na Terra’, como se ele não fosse nada! Você só fica nesse quarto e esquece de todo o resto e ainda fala que eu me acho melhor que você, bom, pelo menos eu estou fazendo alguma coisa por eles”

Ele prendeu a respiração por alguns segundos e abaixou o tom de voz.

“Você veio aqui para que eu resolvesse mais um dos seus problemas…”

“Nosso problema” o interrompi “Eles não são só responsabilidade minha, Namjoon. E já que você não faz nada, poderia pelo menos me dizer o que fazer”

“Eu já disse”

“Quer que eu o largue lá? Isso é tão fácil para você?”

“Não é como se ele fosse morrer, Seokjin. E outra que a gente vai sempre ficar o observando. Querendo ou não, se ele continuar aqui, ele vai influenciar as outra crianças e você sabe qual vai ser o fim dessa história”

O coração dele pareceu amolecer um pouco. Isso era até estranho. Eu poderia levar em consideração que estávamos falando da criança favorita dele e sair de perto de Taehyung, que era o que eu menos tinha contato, parecia estar doendo mais em mim do que em Namjoon, que sempre estava com ele.

“Tudo bem”

“Mas, é claro que se o Taehyung for, os outros terão de ir também”

Seu olhar severo me observava porque ele sabia que eu não queria me separar deles. Se só de pensar em deixar um na Terra me doía, deixar os três era como se arrancasse um pedaço de mim. Mas era o certo a se fazer, por mais deplorável que a Terra fosse, era nossa única opção.

“Tudo bem” apenas repeti e deixei o quarto do outro.

.

.

.

Era diferente sem os meninos. Eu ainda tinha Hoseok e Namjoon ainda tinha Yoongi, mas eu ainda me sentia vazio depois que as crianças partiram. Hoseok era uma ótima companhia, mas não era isso que eu queria, eu precisava de alguém para cuidar. Sentia falta dos três, mas sentia mais falta de Jeongguk. Não queria fazer comparação dos três, mas como eu passava mais tempo com o mais novo, era normal que eu sentisse mais falta dele.

Eu só ficava os observando.

Eles não se lembravam de nada, claro. Seria doloroso demais para eles se eles tivessem a oportunidade de lembrar o quão bom era estar perto de mim.

Resolvemos colocá-los em um orfanato e deixar que a vida os guiassem.

Com o tempo eu me acostumei com aquele vazio que as crianças deixaram no meu coração, até porque eu poderia os observar, já que Hoseok não reclamava tanto por eu não dar a atenção que ele achava que merecia, ele estava muito ocupado com Yoongi e eu ficava feliz, não só por ele, mas por mim também.

.

.

.

Jeongguk foi o primeiro a ser adotado. A família dele era boa, tinha apenas ele como filho, já que a mulher não tinha condições de engravidar. Eu fiquei feliz por Jeongguk, porque ele era uma criança muito boa e merecia tudo de bom que a Terra tem a oferecer.

Taehyung e Jimin se aproximaram ainda mais depois da saída de Jeongguk. Eles fizeram jurado de melhores amigos e Taehyung o fez prometer que ele sempre o ajudaria, em qualquer situação que fosse. Mesmo se eles fossem separados, eles dariam um jeito de se encontrar. Foi engraçado, porque eu sabia que querendo ou não, os três se encontrariam em algum momento de suas vidas. Aquilo não durou muito porque logo foi a vez de Jimin, cerca de duas semanas depois. Um casal de lésbicas o adotara, e é claro que eu achei aquilo maravilhoso, já que por Jimin ser o mais carente, duas mulheres seria a melhor escolha do destino.

Taehyung fora deixado para trás.

Eu não o observava muito, já que estava mais ocupado olhando Jeongguk e Jimin. Mas sempre que eu o via, ele estava chorando. Na verdade, teve uma vez que ele bateu em um dos coleguinhas de quarto em um dos seus ataques de raiva, que apartir daquele dia se tornaram mais constantes. Por esse motivo, Taehyung passara mais tempo no orfanato. Quem gostaria de adotar uma criança tão agressiva?. Toda vez que aparecia um casal querendo o adotar, os comentários começavam a surgir: “não, tia, ele não, ele vai bater em vocês também”, “ele é louco”, “vão acabar mortos se o levarem”. Claro que esses comentários eram das crianças mais velhas e mais maldosas. Taehyung não tinha força e nem tamanho para bater neles.

Certo dia Taehyung estava brincando com um carrinho e uma outra criança, no máximo tinha 2 anos, tomou o brinquedo de suas mãos e colocou na boca. Taehyung puxou o brinquedo e a criança começou a chorar, chamando a atenção de todos ali no quarto. O choro da criança ecoava em sua cabeça e logo a raiva o dominou. Gritando um “pare de chorar”, Taehyung chutou a criança que não demorou a desmaiar. As responsáveis pelo orfanato o deixaram de castigo. Taehyung já se encontrava em lágrimas e era sempre assim, depois que seu ataque de raiva passava, ele entrava em pânico, porque ele não queria fazer aquilo, mas não era como se ele tivesse o controle de suas ações. O levaram para o jardim e o colocaram de joelhos, de frente para a parede, retiraram a camiseta dele e ficaram horrorizadas ao ver a marca em suas costas. A cicatriz no meio das costas, um pouco abaixo dos ombros estava mais saliente, como se tivessem cicatrizada há poucos dias. A dona respirou fundo e, ignorando a marca em suas costas, pegou o chicote e começou a sessão do castigo. Taehyung estava tão acostumado que nem ligava mais. Secou as lágrimas dos olhos e respirou fundo, se recompondo. Logo a senhora se afastou e pegou a mangueira, deixando a água o mais quente possível, no jato mais forte. Taehyung gritou de dor, apoiando as mãos no chão e deixou que as lágrimas escorressem pelos seus olhos mais uma vez.

Taehyung, não aguentando mais, resolveu fugir. Ele não tinha exatamente um plano, mas saberia se virar, era como pensava.

Foi numa noite de lua cheia, não havia muitos responsáveis no orfanato. Ele não precisava se preocupar se os colegas o vissem, até porque eles queriam mais era que o Taehyung sumisse mesmo. Então aquilo só alimentou ainda mais a imaginação dele. Taehyung sabia o que tinha que fazer para pular o muro, só não sabia o que devia fazer do muro a fora. Já havia saído do orfanato, o local permitia algumas “excursões” pelo bairro.

Com sua malinha nos ombros, ele saiu do quarto sem acordar ninguém, desceu as escadas e correu para porta, que se encontrava trancada, mas claro que ele já esperava por isso. Havia uma janela, só que ela se encontrava muito alta para o pequeno Taehyung. Analisando o que ele poderia fazer, arrastou a mesa para a parede e colocou uma cadeira em cima desta, logo subindo e abrindo a janela. Era um pouco estreito, mas ele conseguiu passar. Machucou os pés por estar tão distante do chão, mas logo levantou, limpou a roupa e continuou sua jornada. Resolveu ir pelo jardim, porque ali tinha menos chances de o descobrirem. Pisou nas flores que a dona do orfanato mais gostava, escreveu e desenhou coisas aleatorias na parede do prédio, porque sabia que eles não teriam dinheiro para pintar novamente e antes de ir embora, quebrou a janela da cozinha para poder entrar e colocar mais comida em sua mala. Saiu correndo quando a luz da sala acendeu, acabando por cortar o braço em um dos cacos de vidro. Escalou a árvore para poder pular o muro, machucando ainda mais os pés.

Não foi fácil a vida de Taehyung a partir daquele momento. Estava tudo bem enquanto ele tinha comida, dormia em um beco, que era mais seguro do que as avenidas. Quando sua comida acabou, ele foi obrigado a roubar. Tinha onze anos, não havia outra escolha e o pequeno ficou sem comer por muito tempo até que a fome se tornou insuportável. Ele ia em lanchonetes, lojas de conveniências, supermercados… Até que um dia ele foi pego.

“Sabe que isso é errado, não sabe?” Disse uma mulher, dona do estabelecimento. Taehyung já estava pronto para correr, olhando para a porta e para a mulher que se encontrava próxima desta. “Não se preocupe, eu não irei chamar a polícia. Sente-se, pode comer”

Taehyung não sabia se podia confiar na mulher, mas resolveu relaxar e caminhar até o balcão, tirando os doces que havia colocado na bolsa.

“Só irá comer isso? Não é nada saudável. Farei um ramen para você”

Enquanto ela preparava o macarrão, fazia perguntas a Taehyung, que além de estar todo sujo e descalço, estava sangrando por ter apanhado do dono de uma lanchonete mais cedo.

“Onde estão os seus pais?” Ela entregou o copo com o macarrão para o outro quando ficou pronto. Taehyung pegou os jojgarak’s e enfiou uma boa quantidade na boca, acabando por se queimar. Seu estômago doía de fome, então nem se preocupou com a dor de sua boca e continuou comendo. Não respondeu a pergunta da mais velha. “Olha, eu estou querendo te ajudar. Me diga, onde estão os seus pais”

“Eu não tenho” respondeu de boca cheia, sem ao menos desviar o olhar do prato.

“E onde está morando? Não me diga que está na rua” a criança apenas afirmou com a cabeça. Estava no inverno e o corpo doentio de Taehyung, pela magreza, não estava protegido com aqueles pequenos e rasgados panos de roupa. “Eu irei ligar para o orfanato”

“Não!” Taehyung praticamente gritou, colocando a mão no telefone, impedindo que a outra o pegasse. Engoliu a comida em sua boca e encarou a mais velha com os olhos marejados. “Eu prefiro ficar na rua do que voltar para aquele lugar” sua voz chorosa e os olhinhos tentando não deixar as lágrimas escaparem foram o suficiente para que a mulher se sentisse comovida com aquilo.

“Tudo bem…”

Taehyung terminara de comer. A mulher não perguntou mais nada, apenas pensava no que fazer com aquela criança sentada à sua frente, que só então lembrou que nem sabia seu nome.

“Você tem um nome?”

“Taehyung”

“Meu nome é Nayoon. Taehyung, você irá comigo para minha casa”

“Pra quê?”

“Prefere ficar na rua?”

“Se você for me maltratar igual as tias do orfanato, sim, prefiro”

A mulher ficou encarando aquele rosto infantil e tentando associar com aquela personalidade tão forte. Ela concordou com a cabeça e desligou a TV, pegando as chaves do carro.

“Certo, então você irá comigo, porque a última coisa que eu farei, será te machucar”

Taehyung a retribuiu com um enorme sorriso e concordou várias vezes com a cabeça, como a criança feliz que ele se sentia naquele momento. A seguiu e entrou no carro. O caminho até o pequeno prédio foi silencioso, Taehyung estava ocupado demais observando a paisagem, nunca havia ido para a parte mais “nobre” de Busan.

No pequeno apartamento, ele disse:

“Você vai ser tipo… Minha mãe?”

“É, tipo isso”

Seu sorriso não saia de seus lábios por um segundo se quer. Ele não queria esconder a felicidade que sentia e a mulher não se sentia diferente. Só esperava a aprovação do marido.

Taehyung foi tomar banho e então a outra pôde ligar para o homem e pediu para que este fosse para casa, que o teor da conversa era mais do que importante. Não demorou muito para que o outro chegasse. Ela explicou a situação enquanto o Jongsoo ouvia tudo cuidadosamente, concordando com a cabeça.

“Ele está aqui?” ela concordou com a cabeça. “Não há nada que eu possa fazer, você já o trouxe mesmo”

“Então ele vai ficar, tá?”

O outro concordou com a cabeça e deu um beijo na testa da mulher, antes de ir embora novamente, trabalhar. Ele trabalhava de noite até de madrugada, assim Taehyung poderia dormir na mesma cama que ela, até ela comprar uma cama para colocar no outro quarto.

Tudo estava indo muito bem. Bem demais para uma criança que deve sofrer.

.

.

 


Notas Finais


Foi isso dkamdkamd eu to um pouco enferrujada, faz séculos que eu não escrevo, mas espero de coração que tenham gostado ;u;
Deixem a opinião de vocês, nós ficariamos muito felizes em saber o que vocês acharam, o que vocês esperam e qualquer coisa nasdksakda
Tchauzinho meus xuxus, até o próximo capítulo~~~
~K


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...