História Caminho das vinhas - A hora que quiser

Júlia acordou se lembrando "Droga tio Thomas me deu em noivado aquele homem com comerciante". Fitou o corpo do elfo era uma tentação, nunca tinha sido amante de ninguém, o sexo quente com provocação e a pegada do meu elfo que era única, realmente ficou tentada em ficar, mas provavelmente ele com tempo a abandonaria, estaria sozinha e apaixonada por um elfo galinha que cada hora era uma na fila, pensou que a melhor opção seria realmente Marcos, Júlia não quis nem pensar no bruxo, já tinha dor de cabeça demais, Astariel disse que com o bruxo ele ajudaria, então deixaria essa bomba com o general, se virou olhando ele como era sexy e gostoso.

Astariel apesar de manter seus olhos fechados estava acordado, puxou-a para si a abraçando.

- Madrugadora! – debochou, estava consideravelmente tarde, mas quis ficar mais tempo com ela em sua cama.

Júlia se virou mordeu o queixo do general dizendo;

- Está acordado é, como consegue fingir que dorme?! - Mordeu sua orelha como forma de punição, sorriu brincando com o elfo.

O general não sentiu dor, mas enrijeceu no ato, literalmente enrijeceu.

- Ei, sabe que isso é extremamente erótico?! – ficou sobre a humana. – É muito simples, basta fica quietinho apreciando seu calor, sabe?

- Mas é um cínico mesmo, não vale nada. - Deu um tapa na bunda nua do elfo e sorriu maliciosa.

- Está terrível hoje! – desceu os lábios por seu pescoço e clavícula, parando antes dos seios voluptuosos, queria apenas provocar e deixar alguma vontade. – Vamos, um banho e tomar café?

- Eu sei o seu banho... - Ergueu as sobrancelhas rindo na cara do elfo.

- Mas é claro que sabe, tão sábia minha humana arisca... – nem percebeu quando empregou o pronome minha, se tivesse notado teria travado.

O general realmente aproveitou o momento com a mortal, deu muito prazer a ela, mas também houve carinho, estava se habituando a ter uma rotina com ela, era estranho, mas era fato que ele dificilmente passava mais de uma noite seguida com alguém, muito menos em seu quarto. No café da manhã comeram sem pressa e conversando coisas triviais.

- Quer treinar comigo essa tarde? – ofereceu generoso.

- Deixe-me ver... - Pensou de modo para irritar o elfo e continuou. - Posso abrir uma exceção em minha agenda. - Sorriu divertidamente, bebeu chá olhando o general de forma diferente dessa vez, uma forma que evitava olhar para seu próprio bem.

Dulce tinha dormido tão bem, quando despertou reconheceu o dossel da cama, não estava em seu quarto, tinha dormido com o rei novamente, dessa vez não havia desculpa de não a verem, mas não se arrependia, sentiu-se tão segura com ele, além de ter sido realmente bom, não pensaria no que sentia, isso seria tolice. Sentou-se esfregando os olhos a cama estava vazia, ele tinha ido fazer suas coisas sem se despedir? Tinha... Concluiu mentalmente, levantou-se da cama e o que teve foi uma bela visão. O rei tinha saído do banheiro, todos seu torso nu, usava sua calça e botas, mas nada além disso, o peitoral e abdômen perfeitos expostos, a pele lisa e os músculos bem definidos. A mortal ficou vidrada um momento apreciando, mas sua bochecha começou a queimar, não devia estar vendo ele assim, virou-se de costas.

- Desculpe... – estava invadindo de alguma forma sua privacidade.

O soberano abriu um sorriso lindo, achou um máximo a expressão de timidez da pequena, será que seria assim também em seus braços se amando? Provavelmente, pensou o elfo, chegou perto da cama se sentou, passou a mão nos cabelos da musicista, beijando e cheirando lentamente.

- Bom dia minha pequena, não se desculpe, sou seu para que veja a hora que quiser... -Beijou novamente a cabeça dela, depositou um beijo no ombro exposto da pequena, sorriu maliciosamente, se levantou e foi colocar o resto de suas roupas.

- Tudo bem... – em si mesma resíduos de tudo que ele tinha feito, cada toque parecia reverberar em seu corpo por mais tempo que o contato em si.

Sua face ardia, era difícil administrar tudo que o elfo a fazia sentir, até mesmo o que ele falava, não acreditava muito quando ele dizia que ela não partiria, mas gostaria de ficar a seu lado e isso a perturbava de alguma maneira, olhou a pulseira em seu pulso, ele tinha sido tão cuidadoso e gentil. Se queria ver ele? Claro que queria, se perguntou como seria por completo e se culpou por isso, ele era tentador apenas respirando, mas exposto? Foi até o espelho e tentou arrumar seu cabelo.

Thranduil voltou plenamente vestido,foi no banheiro novamente mais voltou rápido, beijou a cabeça de Dulce dizendo;

- Preparei seu banho, pode ir se banhar, tem vestes nova lá para a senhorita... - Fez um carinho no rosto dela.

- Obrigada! – ia se retirar, mas antes pensou em algo. – Pode me chamar de Dulce, quando estivermos sozinhos! – dizendo isso bem humorada foi ao banheiro, achou um tanto estranho ter algo novo para vestir no banheiro do rei, ele sabia que ela dormiria ali? Já era o segundo vestido que ganhava dele. Tomou seu banho e fez toda sua higiene o vestido era linda e assentava perfeitamente em suas formas.

A pequena saiu do banheiro vestida linda, seu vestido era lilás bem clarinho, solto com um bordado no busto de dourado, era um vestido bonito, não era extravagante, era diferente do último que ganhou como no dia do baile, o rei sorriu e puxou uma cadeira para a pequena se sentar, ela sentou-se, o soberano se sentou ao seu lado, pegou em sua mão a beijou modo terno.

- Está linda com esse vestido... - Os dois tomaram café juntos, logo depois se despediram, pois o rei tinha seus afazeres reais, a pequena foi para seu quarto.

Era por volta da metade da manhã quando as irmãs se encontraram no jardim, Dulce estava realmente feliz.

- Eu tenho algo importante para falar com você... – respirou fundo criando coragem. – Eu contei meu segredo ao rei... – revelou por fim. – Mas não o nosso! – esclareceu de imediato.

Júlia conhecia sua irmã como a palma de sua mão, olhou ela estava com vestido novo e uma pulseira nova? Estranhou isso já estava indo longe demais, jamais deixaria alguém brincar com os sentimentos de sua irmã.

Thranduil estava conversando com o general sobre o bruxo da noite passada estavam, conversavam tentando armar alguma para Lúcio, quando passam perto do jardim escutam as vozes das humanas e param para prestar atenção, pois não queriam que elas ouvissem o plano deles.

- Dulce não se iluda uma coisa é ele estar afim, outra coisa é você ceder, ele é um rei e nada disso é de graça, o elfo não é gentil, desculpa minha irmã só quero que não sofra, somente isso... - Disse modo que queira proteger a irmã.

- Acha que... – respirou fundo, ela tinha razão, ele era o rei e nem mesmo humano era, poderia só estar passando o tempo. – Que estou sendo usada de alguma forma? – considerava seriamente o que sua irmã tinha a dizer. – Você está saindo com o general também... – cutucou.

- Ele não está usando você, pelo menos eu acho que não, pois não se deitou com ele não é mesmo! Só quero que não sofra é só isso... Aliás estou sim dormindo com ele, mas a diferença é que eu sei que não vai durar, pelo contrário a qualquer momento pode acabar o que nunca começou! - Falou de modo que engolia seco com as próprias palavras. - Eu sei lidar com isso de modo que não me afete, é errado sim muito, mas eu já estou ferrada mesmo com outras coisas piores que você sabe, eu me preocupo com você Dulce! - Fez um carinho no rosto da irmã menor. - Se você se entregar e ele a rejeitar logo depois, saberá lidar com isso? - Foi franca com ela expôs todas as opções.

- Acho que não, mas tem razão não dormi com ele em sentido carnal... E não me sinto pronta para isso... – olhou para o chão e pensou por um momento. – Mas eu duvido muito que você saiba separar as coisas desse modo, o que é físico pode facilmente infiltrar-se no coração...

- Só quero que não sofra, eu apoiarei em qualquer decisão sua mesmo que você possa quebrar a cara minha irmã! Dulce você é moça para casar, mesmo com o acontecido, você é honrada, qualquer um vê isso, você merece o melhor! - Em seguida abraçou a irmã com amor.

- Não acho tão simples assim me casar... Mas obrigada pelo apoio, aliás você tem chances maiores de casar que eu, claro se sua fama não for a lama! – comentou por alto. – Mas...

Astariel ouviu cada palavra da conversa das humanas, Juh tinha um senso de realidade bastante cru, não se iludia, mas percebeu algum amargor em sua fala. Ele realmente era promíscuo, sabia que era, mas ouvir dela foi bem desconfortável, por um momento pareceu ser algo errado. Ela sabia mesmo lidar com isso? Ele não afetava nenhum pouco? Gostaria de afetar, ter os sentimentos dela entregue, o desconforto o tomou com tudo que escutava.

Thranduil ouviu toda conversa, não culpava a irmã da musicista, pois tinha razão em algumas coisas, mas o que ela não sabia que o soberano, queria a pequena ao seu lado não somente uma noite ou outra, queria modo que fosse para sempre, uma vez que o sentimento no rei era verdadeiro, realmente a vida não foi boa com Dulce, tinha traumas passados, mas ele iria dar a volta por cima e provar para a pequena, inclusive para a irmã dela que, ele realmente merecia Dulce.

- Fama acho que não tenho mais isso! - Riu fraco dela mesma e continuou. - Se precisar me casar me caso com Marcos...

Demetrio estava junto de Elion, ambos tinham muitos negócios em comum, agora estavam preste a viraram concunhados, as irmãs eram perfeitas.

Claro que Elion considerava sua escolha mais sábia e não disse em nenhum momento para o humano o cheiro que havia em Júlia, uma vez que isso poderia respingar em sua noiva, estava mesmo interessado na humana desde que dançou com ela, parecia tão doce e tímida.

Demetrio pensava no dote, mas havia mais, queria simplesmente domar o gênio aparentemente complicado de Juh, ele conseguiria dobrá-la.

- Bom dia... – disse o humano arrancando uma rosa e entregando na mão de Júlia.

- Bom dia, senhorita... – Elion sorriu.

O soberano viu o elfo dito cujo "noivo" enervou-se na hora, queria ir lá e fazer o elfo engolir o bom dia dele, mas se segurou, pois não queria passar por desesperado na frente de todos, por mais que estivesse, conteve-se para ver a tragédia prestes a acontecer.

O general detestou ouvir a voz enjoativa de Demetrio, entendia como os humanos funcionavam e que quisessem casá-la, mas era tão ruim digerir um casamento forçado com os motivos dados a ela.

- Estava melhor antes... – Dulce foi ácida, não seria cortês com nenhum dos dois.

A irmã mais velha olhou os noivos arranjados, "nossa já cedo". Fez uma cara horrível para ambos os machos;

- Bom dia! - Falou ríspida e hostil, pegou a rosa por educação, mas iria fazer engolir o comerciante caso enchesse o saco dela.

- Calma pequena, tudo vai se ajeitar... -tocou no rosto de Dulce sorrindo gentilmente.

Thranduil quase enfartou, afinal tinham tocado em sua musicista, o soberano fechou a mão e apertou com força, para não apertar o pescoço do elfo.

- Vim para nós conversarmos sobre o noivado, procurei e não a encontrei ontem depois da dança! - Elion falou modo calmo e tranquilo.

"Noivado na sua fuça, elfo desgraçado" xingou em pensamento, o rei não sabia lidar com suas emoções, pois nunca tinha sentido ciúmes em toda sua longa vida.

- Se não me encontrou é por eu não querer ser encontrada! – respondeu Dulce de modo firme.

- Mas agora está aqui,e só isso que importa. - Olhou nos olhos de modo firme que a humana seria sua sim.

"É só isso que importa", o rei repetiu a frase mentalmente zombando do elfo ao mesmo tempo querendo partir a fuça do mesmo.

- Vou fazer que nosso casamento não demore para acontecer... - O elfo disse sério para Dulce.

- Não vai não, não quero casar com você e você não deveria tentar casar comigo! – Dulce disse condescendente, quase tinha pena do elfo.

- Também gostaria de conversa com você... – Demetrio sorriu. – Venha comigo! – estendeu a mão de modo gentil.

Continua...