Sophie
Tudo começou por causa dessa maldita festa que mamãe quis realizar, ou deveria dizer a bendita festa?
Encarar seus lindos olhos cor de mel depois de todos esses anos fazia com que minhas pernas fraquejassem. Porém a cena que vi alguns degraus atrás me faz querer arrancar os cabelos lisos e macios desse homem a minha frente.
- Até que enfim te encontrei Sophie! – Ele sorriu com aquele sorriso torto que deixam as borboletas que residem em meu estômago mais agitadas que o normal.
Cruzei os meus braços apoiando-me na porta.
- E você achou que me encontraria nos braços de Chloe? – Ele arqueou uma de suas sobrancelhas se aproximando, o que me fez recuar mais para a porta. Se fosse possível, a porta e eu nos tornaríamos um só corpo.
- Andou me vigiando? – Ele parou quando minha mão esquerda pousou em seu peito. Senti seu coração bater calmo, bem o oposto do ritmo que o meu batia.
- Não tenho culpa se vocês não conseguem ser discretos. – Revirei meus olhos enquanto ele apoiava na parede me deixando entre seus braços. E céus! Que braços fortes eram aqueles!
A camisa social branca que ele usava moldava seu tronco revelando as suas costas larga. As mangas dobradas um pouco a baixo de seu cotovelo, deixava claro para todos o quanto Jean era forte. E minha mão esquerda ainda estava apoiada e sentindo os músculos de seu peito.
- Jean?! Você está aqui? – Uma voz aguda e irritante interrompeu nosso momento, não que eu ainda não quisesse o enforcar.
Antes que a dona da voz se aproximasse, Jean respirou fundo fechando seus olhos e escorregando seus braços para o lado do seu corpo.
- Acho melhor você responder! – Digo com um sorriso irônico.
Jean olhou para o lado onde as escadas finalizavam no corredor e eu aproveitei para escapar dele. Desencostei-me da porta e a abri ao mesmo tempo em que senti uma mão forte segurar firme o meu braço me empurrando rapidamente para dentro. Em alguns segundos estávamos dentro de algum cômodo, onde eu estava novamente entre a porta e Jean.
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Jean
Ainda mantinha minha mão direita segurando seu braço. Sentia sua pele macia sob minha mão e sua respiração ofegante na altura de meu peito. O fato de Sophie ser menor que eu, despertava em mim a vontade de protegê-la.
Ela me encarava ofegante, apesar de ter algo como ódio expresso em seu olhar. Seria por causa da cena que ela viu entre Chloe e eu? Céus! Como eu odeio aquela garota mimada.
- Você sabia que seus olhos são verdes na parte inferior? – Ela me olhou curiosa inclinando de leve sua cabeça. Eu sou um idiota mesmo. Mas naquele momento foi a única coisa que me veio a cabeça. Para falar a verdade, era algo que eu iria dizer a ela alguns anos atrás, antes de deixá-la ir embora.
Alguns cachos de seu cabelo havia se soltado, mas não deixou que o charme de seu penteado não destacasse a beleza de Sophie. Não resisti e levei a minha mão até seu rosto o contornando. Seu rosto era fino, sua pela macia. Ela ainda tinha as sardas que eu adorava. Aliás, adorava tudo nela.
- Sophie! – Disse me aproximando. Senti seu corpo ficar tenso.
Uma batida na porta fez com que prendêssemos nossa respiração. Segurei mais firma a maçaneta da porta. Ninguém iria me interromper nesse momento. Foram quase cem anos acreditando que havia superado Sophie, e agora, a única coisa que penso é tê-la em meus braços.
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