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História Caminhos entrelaçados - NaruHina - Cap.45- Kazekage


Escrita por: Milly_SS e Milly__SS

Notas do Autor


🥰

Capítulo 46 - Cap.45- Kazekage


Fanfic / Fanfiction Caminhos entrelaçados - NaruHina - Cap.45- Kazekage

Era impossível não lembrar dele, não pensar nele. Sua mente, uma traiçoeira, lhe pregava peças a todo momento. Passavam em sua cabeça filmes, momentos dos dois juntos.

Momentos com o Kazekage.

Nem se dava conta de que sorria para o nada, apenas deixou-se sonhar quando Kankuro entrou na sala cantando.

Tchubirau daum daum, tchubirau daum daum 

Amassou uma folha de papel e jogou nele que gargalhava.

— Palhaço! — ele ainda ria.

— Ah o amor, que delícia de se ver. Porque é tão gostoso ver as pessoas com cara de idiota? — Tenten riu — Gaara fica assim mesmo no escritório, com cara de panaca! — zombou e Tenten lhe jogou outra bola de papel. 

— Idiota! — Kankuro ainda ria. 

— Vamos logo almoçar, cunhada!  

— Cunhada? Eu já sou sua cunhada? — Tenten se levantou. 

— Sim, depois daquela bagunça no GQ você com certeza é minha cunhada! — 

O mestre das marionetes saiu correndo da sala, Tenten ameaçava lhe bater. Foram almoçar…

No restaurante Gaara já os esperava, almoçaram juntos rindo de trivialidades, piadas que a kunoichi ou Kankuro contava. No fim do almoço, os dois rapazes seguiram em direção do GQ, Tenten esperou eles dobrarem a esquina para caminhar em direção a mansão do Kazekage.

Não notou estar sendo seguida até ser tarde demais, ANBU's da areia a cercaram em uma rua. Aquilo a assustou.

— Por favor, apenas venha conosco!  

Não sabia o que fazer, deveria lutar contra eles? Engoliu em seco vendo que chamava muita atenção e uma confusão seria ruim para seu país, assentiu, mesmo sabendo que poderia se arrepender.

Caminharam por becos e vielas até chegarem em um bairro nobre de Suna, grandes casas de pedra, elegantes e bonitas. 

Entraram em uma das maiores casas ali, seu coração palpitava dolorosamente a cada passo que dava. Tirou seus sapatos quando viu que entraria em uma sala particular. A porta correu e entrou.

— Pode entrar, sente por favor. — 

Olhou para o homem de idade avançada, agradeceu e se sentou de frente para ele. Uma mesa de chá estava posta, isso só fazia o clima ser pior ainda.

— Mitsashi Tenten, seu nome corre solto por toda a vila, os boatos do seu possível romance com o Kazekage está sendo bem falado. — 

Não conseguiu dizer nada, suas mãos estavam tremendo e seu peito apertado. O que isso significava aquilo? Porque estava ali? 

— São só boatos, não são? 

Aquele senhor era tudo menos gentil, o jeito como ele lhe olhava era um tanto desgostoso. Com descaso…

— Eu… Me desculpa, mas, o que estou fazendo aqui? — reuniu todas as suas forças para dizer tais palavras.

— Você me parece uma mulher esperta, não faça esse jogo comigo. Sejamos francos, suas investidas ao Kazekage ficaram bem óbvias, seus encontros à luz do dia deram o que falar. Oh, e o povo nem sabe dos encontros noturnos.

Apertou fortemente suas mãos, o que aquele homem queria?

— O que quer comigo? — mesmo com as mãos tremendo a kunoichi estava se segurando firme. 

— Ótima pergunta — ele bebeu um gole de chá — Eu quero que volte para sua vila, que esqueça o que aconteceu aqui. Que deixei o Kazekage. 

Não sabe se riu de nervosa ou se achou mesmo engraçado o que aquele homem disse.

— Senhor, eu acho, que esse assunto não lhe diz respeito. Se eu tenho algo com Gaara isso é apenas do interesse dele e meu!  

— Me diga quanto quer, jovem. Me fale seu preço para deixar o Kazekage longe dos seus encantos.

— Eu não vou mais ficar aqui ouvindo o senhor me ofender, eu não sou uma meretriz! Não estou com Gaara por interesse! — se levantou brava — Não se intrometa em nossa relação, seu velho babaca! 

Abriu a porta para ir embora, mas antes que colocasse os pés para fora ouviu algo que a fez parar.

— Gaara, como você gosta de chamar, não pode ter relações amorosas com uma mulher que não tem sangue puro. O que significa sangue puro? Uma legítima princesa da areia.— 

Engoliu o nó na sua garganta e olhou para trás. Para o velho.

— O que significa que você e ele não passam de um caso, uma aventura. Estou apenas tentando evitar futuras confusões, desilusões. — o velho lhe olhou — Ele está na idade de casar e já temos uma noiva, não seria bom ter você por perto quando ela chegar. Seria desagradável para você, minha jovem. — Ele se levantou devagar — Não tenho nada contra sua pessoa, não é nada pessoal. Não me importa quais foram os motivos de ter se aproximado, se foi interesse financeiro ou amoroso. Eu só estou fazendo meu trabalho, cuidando da Vila, cuidando do Kazekage que é como um filho para mim.— Tenten abaixou a cabeça — Se seu envolvimento com Gaara for confirmado, ele terá sérios problemas e pode até ser deposto. 

— Deposto? Ele pode perder o cargo?— estava assustada. 

— Infelizmente sim, há muitas regras por trás do Kazekage, minha jovem. — o mais velho tocou na sua mão — Se você não se aproximou dele por interesse desonesto, eu lhe imploro que se afaste enquanto ainda há tempo. Gaara não pode ter a imagem manchada, ele é um príncipe, o Kazekage! 

— Eu… eu preciso ir. — sua mente estava bagunçada demais.

— Claro, pode ir. Mas antes, deixe que eu lhe diga que o Hokage pediu seu retorno, algo relacionado aos exames!

Não teve coragem de agradecer, apenas calçou suas sandálias e saiu correndo para o mais longe daquela casa, passou da muralha da vila. Precisava ficar sozinha e pensar no que ouviu. No que faria...



Temari e Shikamaru atravessaram o deserto em metade do tempo previsto. Conseguindo chegar em Suna em 40 horas após deixar Konoha. 

Não podiam esperar muito, foram direto até Gaara, que se aprontava para deixar o GQ. 

— Temari… — soltou o nome da irmã assim que ela adentrou em sua sala feito furacão. 

Estava em pé, terminando de arrumar documentos. Mas suspirou voltando a se sentar quando viu a feição da irmã. 

Havia ligado para o Hokage e insistiu até ele lhe contar o que aconteceu. Por Konoha já haviam boatos do envolvimento do casal, uma briga contra Uzumaki Naruto.

— Gaara. Você tem que me ajudar! — foram as palavras que Temari soltou.

Gaara olhou para o relógio e seus planos de sair cedo haviam sido arruinados, outra vez.

— Deixe-me conversar com Shikamaru, a sós! — pediu sério. 

— Não. Não, porque isso não tem haver só com ele. É a minha vida também, eu quero decidir. Nós vamos decidir juntos! — segurou a mão do Nara.

— Ela fica!

Shikamaru acrescentou 

— Kankuro.

Chamou pelo irmão que entrou na sala, estava na porta apenas esperando seu nome ser chamado. O moreno caminhou e ficou ao lado de Gaara. Já estava sabendo de tudo.

Vendo que aquele era seu momento para falar, Temari respirou fundo e olhou nos olhos do Kazekage.

— Não era pra ser assim, as coisas não saíram como o planejado. Mas agora tanto faz. Não vai demorar muito para os boatos chegarem até aqui, logo todos ficarão sabendo do meu compromisso com o Shikamaru!

— Compromisso esse que nem era para existir...— Kankuro estava sério, de braços cruzados ao lado de Gaara.

— Mas aconteceu; tá legal? Não escolhemos por quem nos apaixonamos, não funciona assim. O amor só vem. De um dia para o outro, pronto, ele está lá e nada pode o parar depois que começar a crescer! 

Gaara sentiu o peso das palavras da irmã. Talvez Kankuro achasse ridículo, mas ele entendeu fortemente. O amor pode nascer de simples gestos, em apenas algumas conversas. Começa com um interesse e de um dia para o outro, ele já está ali; fazendo seu coração bater a mil e suas mãos tremerem. Faz você sentir então as famosas borboletas no estômago, sua boca fica seca e encharcada ao mesmo tempo. A queimação no peito é extremamente gostosa, faz você sorrir e ficar nervoso.

Quando o amor nasce dentro do seu peito é quando finalmente começa a entender ele. Você então vê sentido em meras coisas que um dia nunca ligou…

Vê o sol nascer diferente. A lua no céu agora tem um sentido maior. As estrelas não são só mais pequenas luzes… a vida já não é tão sem graça.

Descobre também que há muito para si lá fora, que sua vida pode ser bem mais do que ficar atrás de uma mesa o dia todo. E quando a noite cai, terá pressa para voltar para casa, porque sabe que há alguém te esperando. 

E não há sensação melhor no mundo do que sentir que há alguém pra você, por você! 

O amor nasce de pequenos gestos…

— Gaara.— Temari o chamou, o fazendo despertar de seus devaneios — Eu preciso de você, como meu irmão!

— Sabe que vai ser difícil. Eles vão fazer uma audiência, vão querer falar sobre as regras! — fechou os olhos para pensar. 

— Não queria ter que usar isso, mas...— deu de ombros tirando a luva de couro da mão direita — É a minha vontade! — ergueu a mão, mostrando a cicatriz que a atravessa — Esse é meu pedido, pelo nosso sangue. Irmãos! 

A carta na manga foi usada. O laço de sangue foi posto na mesa e eles teriam que cumprir. 

— Puta merda, hein! — Kankuro exclamou, andando de um lado para o outro.

O pacto feito logo após Gaara ser nomeado, nunca havia sido usado antes por nenhum deles. Nenhuma situação havia sido tão difícil para eles, também não haviam discutido desde a nomeação. O pacto de sangue não podia ser quebrado, quando um irmão pedir ajuda os outros dois devem ajudar. Não importa o que seja. Serão os três contra tudo ou todos…

Adentrou sua casa e seus olhos foram atrás dela no sofá, infelizmente não a viu; a televisão estava desligada e não havia nenhuma coberta no sofá.

Ficou parado olhando para aquela parte escura, despertou quando Temari o chamou.

— O que foi? — a loira questionou no meio da escada. 

— Vá dormir, Temari. Amanhã o dia será longo! — a deixou para trás indo em direção a cozinha. 

— Vamos!

Shikamaru chamou a loira que mesmo a contragosto e intrigada o seguiu.

Na cozinha, Gaara não achou vestígios de Tenten. Não havia louça na pia. Abriu a geladeira, a jarra de suco ainda estava ali…

— Kazekage-sama! — 

A governanta apareceu, em uma troca de olhares ela disse a ele o que queria saber.

— Senhorita Mitsashi foi dormir cedo, ela estava cansada! 

— Ah…

Poderia estar sendo insistente demais indo até o quarto dela, talvez um pouco inconveniente. Mas queria, só por alguns segundos, a ver antes de dormir. Então bateu na porta do quarto duas vezes, não teve resposta. Respirou fundo ao girar a maçaneta, olhou para dentro do cômodo.

Lá estava ela, deitada na cama, de costas para a porta. Sorriu minimamente, não a acordaria. Fechou a porta indo em direção a seu quarto, precisava dormir. 

A kunoichi estava sim deitada, só não dormia. Seu pobre coração doía no peito. Tudo que ouviu pela manhã estava doendo em sua cabeça e tudo que não queria era olhar para Gaara agora.

Suas razões, seus sentimentos, tudo dentro de si estava bagunçado demais. Queria ficar sozinha, mesmo que seu coração doesse por não estar perto do Kazekage.

Shikamaru desceu o lance de escadas vendo Tenten abotoando suas sandálias. Estranhou, era cedo demais para sair.

— Caiu da cama? — tentou ser sutil. 

— Estou saindo. Teste de explosivo na areia. Tchau. 

A batida forte da porta fez o Nara desconfiar mais ainda que algo estava errado. Olhou pela janela e já não a podia ver, a luz começava a clarear a cidade de areia. Sentou-se na mesa para tomar café após uma empregada aparecer. Foi o segundo a levantar. Esperou os demais.

Logo Kankuro apareceu sendo seguido por Temari e enfim Gaara, que parecia distante.

— Senhorita Mitsashi saiu bem cedo!

Shikamaru ouviu muito bem quando a governanta cochichou ao ouvido de Gaara. A feição do ruivo mudou, ficando mais sério. Notou que ele mal havia tocado no café. Notou também que Kankuro o olhava, como se soubesse o que se passava na cabeça dele.

— Kazekage-sama...— a governanta chamou, fazendo todos a olharem — Ligação de Konoha, Hyuuga Hinata está ligando a mando do Hokage! 

Gaara levantou com pressa, atravessou a sala indo em direção ao seu escritório. O telefone fixo estava fora do gancho, em cima de sua mesa.

— Alô?

Kazekage-sama, obrigada por atender. Desculpe se é cedo demais 

— Não se preocupe. Diga-me, o que deseja?

 Nara Shikamaru deve voltar. Rokudaime pede a volta dele o mais breve possível 

— Aconteceu algo? — O silêncio na linha era sua resposta — Passarei a informação para ele.

Obrigada, Gaara.

Encaixou o aparelho ao gancho e suspirou. Para ter recebido uma ligação direta, algo aconteceu. Kakashi pediu o retorno do assessor e isso seria um problema, já que teriam longas audiências com os anciãos.

— O que era? — Temari estava na sala, Kankuro e Shikamaru também.

— Teremos que ser rápidos em relação a aceitação do Shikamaru. Dêem um ótimo motivo para o casamento de vocês ser aceito, digam o que precisa ser dito — olhou para o moreno — O Hokage pediu seu retorno imediato!

A loira e o moreno trocaram olhares cúmplices, ele não podia voltar até tudo estar resolvido.

Odiava estar junto a aqueles homens. Verdade seja dita; os enterraria na areia e não sentiria remorsos.

— Como assim relacionamento? Que baboseira é essa? — Gaara fechou os olhos. A audiência começaria.

— Se não sabe nem o que é relacionamento, não deveria estar nessa sala! — Temari não segurava sua língua, a maioria dos anciãos a detestava.

— Temari...— Shikamaru a chamou — Não faz isso..

A contragosto, Temari que estava em pé, voltou a se sentar.

— Você sempre faz essas coisas, sempre é a rebelde! — Hann, um dos senhores mais poderosos ali, começou a falar — Gosta de testar a paciência de todos. Fazendo birras e batendo o pé. Nem parece ser a guerreira disciplinada que foi criada para ser. — revirou os olhos — Fracamente. Nos faz vir aqui para perder tempo com suas palhaçadas — se levantou devagar — Conhece as normas, sangue puro se casa com sangue puro. Assim, sempre temos um Kazekage puro!

— Não estou na linha de sucessão! — Temari rebateu, irritada — Sou a última opção!

— Mesmo assim. Não gosto de arriscar!

— Se Gaara não tiver filhos, virão os meus em segunda opção. Ou até eu mesmo. Temari nem está na lista de sucessão, muito menos os futuros filhos dela! — Kankuro se pôs em pé — Pelas normas, Temari não pode e nem seus herdeiros assumir devido ser uma mulher. Uma regra posta pelo segundo Kazekage que era a favor da opressão feminina. — Jogou na mesa cópias do documento, os anciãos pegaram.

— Onde você achou isso? — Hann amassou uma das folhas. 

— Não é o único que está por dentro de toda a burocracia de Suna!

— Mesmo assim. Temari tem título de princesa, não pode se casar assim. E caso se case com esse rapaz, que aparentemente é mudo, ela se mudaria para Konoha. Teria outro nome! — outro ancião protestou. 

— Isso não mudaria minhas origens. Continuarei fiel a meu irmão Kazekage e meu primeiro nome!

— Perderíamos muito na força militar. Você, nós querendo ou não, é a líder da segurança do país do vento. Nossos poderes estariam desbalanceados em relação a outras nações!

— E se fizermos um acordo? Uma troca!

Pela primeira vez a voz de Shikamaru se fez presente naquela sala. Os anciãos o olhavam com nojo, mas atentos ao que diria.

— O que poderia oferecer? Você não tem nada, rapaz! O título de líder dos Nara nem está mais na sua casa. Você o rejeitou após a morte de seu pai, o que é uma vergonha. Aquele homem foi um grande militar! — era plausível a repudia de Hann pelo moreno 

— O Título voltou para minha casa. Assumi como líder no dia em que tomei Temari para mim!

Gaara, que estava de olhos fechados, ignorando todos, despertou após a revelação. Os anciãos se levantaram. Atordoados com a revelação da princesa não ser mais pura.

— Calados! 

Gaara não gritou, não se exaltou. Apenas fez a mesa tremer com sua areia, chamando a atenção de todos.

— Gaara, você como Kazekage tem que tomar uma providência. Temari já se deitou com esse homem sem títulos! — Hann estava possesso. 

— Shikamaru. Me dê o dote e pode se casar com a minha irmã. Já a tomou como sua mesmo! 

Kankuro olhava de boca aberta junto com os demais. Temari não entendia nada. Estava sendo trocada? Vendida? O que acontecia ali? Seu sangue ferveu e estava prestes a gritar quando sentiu a mão do Nara por baixo da mesa. Ele estava ao seu lado, mas não a olhava.

— Você deveria pagar o dote, Gaara. Mas entendo suas razões. — Shikamaru bocejou — Pago o dote e o clã Nara faz aliança com os Sabaku. Somos ótimos guerreiros de frente e os melhores estrategistas. Quando precisarem, estaremos lá! 

— Não me parece justo. Temari vale mais do que 100 homens!

— Mendokuse...— Shikamaru torceu os lábios — Metade da floresta dos cervos e faço ela embaixadora de Suna, em Konoha! 

— Embaixadora? Você tem esse poder?— Haan questionou. 

— Ele tem! — Gaara levantou — Quero a união em menos de um mês. Por sua conta! — ergueu a mão para o futuro cunhado 

— A cerimônia será aqui, seguindo as vossas tradições!

Apertaram as mãos, selando ali o acordo. Deixando todos sem palavras. Haan tentou protestar, mas Gaara não o deu voz. Deu a sessão por encerrada e os anciãos saíram nada contente.

Quando o último saiu, a porta foi trancada e nenhum som era ouvido. Temari deu um tapa em Shikamaru, o fazendo cair da cadeira no chão.

— Seu desgraçado, gênio de merda. Como você me faz uma dessa e não me fala nada? — tentou chutá-lo, mas o rapaz foi mais rápido.  

— Foi improvisado, eu juro! — se justificou. 

— Não grite Temari, eles podem estar por perto! — Gaara a repreendeu. 

— Cala a sua boca! — estava brava — Falavam de mim como se fosse uma vaca à venda. Vão se foder!

Caminhou até a outra mesa para beber água, sua mão tremia de nervosismo.

— Eu só ofereceria ajuda militar e metade da floresta. Mas ficou bem óbvio que os arcaicos pensamentos machistas ainda estão enraizados em Suna. Os usei a meu favor apenas! — o Nara olhou para a loira — Desculpe. Precisei falar!

— Então é verdade? — Kankuro fez cara de nojo — Vocês são muito irresponsáveis mesmo!

— Ah, cala a boca. Você não tem moral alguma — Temari voltou a se sentar — Só aceito ouvir sermão do Gaara e mal — virou o copo d'água.

— Ele também não tem moral alguma...— resmungou, fazendo Gaara o olhar feio e Temari se engasgar com a água. 

— Eu perdi alguma coisa? — olhou para o ruivo — Vocês estão estranhos desde ontem!

— Você vai amar saber que o Gaara es…

A porta fora aberta discretamente, um ANBU, ainda com a máscara adentrou a sala.

— Perdão pela intromissão, Kazekage-sama! — o rapaz estava ofegante — Mitsashi Tenten acabou de deixar a Vila...

A muralha de Suna já estava distante, de onde estava já não era tão imponente. Aos seus olhos, ela era pequena. 

Continuou caminhando, séria, sua expressão era indescritível. 

Caminhou até seus pés serem presos pelas areias, até ele a achar. Não se debateu ou tentou escapar, esperou ele parar à sua frente.

— Você está indo embora? — o tom de voz de Gaara era doloroso. 

— Gaara...— fechou os olhos, respirou fundo e olhou para os olhos verdes dele — O que você quer?

— Co… Como assim? — o ruivo estava perdido — Você pegou suas coisas, deixou a Vila. Não falou comigo… você simplesmente saiu! — se concentrava em não deixar seu nervosismo sair em suas palavras.

Para o desespero do ruivo, Tenten sorriu irônica, revirando os olhos e negando com a cabeça. 

— Eu sabia que isso daria merda no final — passou a mão no rosto resmungando. 

— Pode, por favor, ser mais clara?— o coração do Kazekage estava a mil, o comportamento da kunoichi estava o deixando louco.

— Clara? Sim! — olhou nos olhos dele — Foi só um caso, Gaara. Algo casual. Uma distração na missão, foi de momento!

— Só um caso? — seus lábios tremeram. 

— Olha. Eu deveria saber que você iria se apegar. Mas foi só um caso, beleza? — o descaso estava bem presente na voz dela — Agora eu volto para a minha vila, você segue sua vida, eu sigo a minha. Pronto. Casos são assim, Gaara. Duram poucos dias!

Desviou o olhar, direcionou sua visão para dunas de areia à sua esquerda. Não conseguia olhar mais nos olhos chocolate. seu coração já não batia acelerado, ele ainda estava em choque, parado.

Despertou apenas quando ela passou por si, seguindo seu caminho, voltando para sua vila. 

O deixando para trás com o coração na mão, quebrado, despedaçado.

Acreditou fortemente que o que tinham era… amor. Mas no final, não passou de um caso, uma aventura…



Continua...


Notas Finais


Oq me dizem? 💁🏽‍♀️


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