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História Canção Do Paraíso - Angels or Devils


Escrita por: Mus1c4

Notas do Autor


Lá vou eu de novo, bem pra quem nao sabe essa fic já existe (ou existiu se eu decidi excluir a outra versão) mas no universo de Inuyasha, agora estou transformando-a no universo de amor doce

Bem essa fic tem uma pegada da série Supernatural (pra quem nunca assistiu recomendaria dar uma chance) e sim tem coisas que não estão cem por cento certas com as da bíblia. Certas coisas eu pesquisei e li outras eu inventei, porém espero que gostem!

Obrigada desde já!
Musica do título: Dishwalla - Angels or Devils

Capítulo 1 - Angels or Devils


Há muitos anos, antes de Deus criar o mundo dos homens ele criou criaturas poderosas que se assemelhava a ele. Seriam seu braço direito para a total criação do mundo que hoje conhecemos. Esses seres eram chamados de angelicais e Deus com amor a essas criaturas as deixou possuírem o livre arbítrio.

Deus criou uma hierarquia entre os angelicais, sendo dividia em três círculos. O primeiro circulo Essa é a ordem dos angelicais mais próxima a Deus, são os únicos que falam diretamente com Deus. Estes são divididos em 3 classes: Os Serafim que são os que sentam ao lado do trono de Deus. Os Querubim que são responsáveis pela guarda do trono divino e do jardim do Éden. E os Tronos que são a forma viva da justiça de Deus, é através deles que se passam os recados para os outros angelicais.

Na segunda classe se encontram os angelicais que encarregam do céu mas não tem contato com deus, também são divididos em 3 classes: os Dominações que encarregam das ações dos angelicais e burocráticas de classes mais baixas. Virtudes, responsáveis por manter o equilíbrio e ordem natural do céu. E os Potestas são os angelicais guerreiros.

Enfim a terceira classe que são os únicos que podem andar pela Terra. Temos os Principados que mandam as ordens de Deus para fora do céu. Arcanjos, que são os mais poderosos dessas classe e inspiram os corações dos homens e são os que lutam por eles e os Anjos que são os responsáveis pelos milagres aos humanos.

Naquela ordem ainda existiam 10 reinos, conhecidos como a Árvore da Vida. São eles a Coroa, a Inteligência, a Sabedoria, o Rigor, a Misericórdia, A Beleza, a Glória, A Vitória, o Fundamento e a Coroa. Em cada um deles havia três principados sempre com os mesmos nomes conhecidos como Amizade, Amor e Coragem. Cada um dos principados era dominado por um Dominação.

Dentre todos esses angelicais um se destacou, sendo o mais famoso e reconhecido de todos, o Seraph Lucifer. Quando Deus resolveu criar na Terra sua imagem e semelhança Lucifer foi contra. Quando Deus disse a ele que os humanos eram iguais a eles Lucifer discordou traiu a Deus. Uma batalha no céu foi tomanda terminando com a queda de Lucifer e muitos outros angelicais como Belieu, Azazel e Turiel. O Arcanjo Miguel baniu Lucifer em um lugar conhecido como o Inferno onde ele selou Lucifer em uma prisão. O Inferno foi dividido ainda em 7 reinos conhecidos como a Cobiça, a Preguiça, a Ira, a Luxúria, a Gula, A Inveja e o Orgulho.

Para que o selo da prisão fosse quebrado só havia uma maneira disso acontecer, e seria quando um anjo e um demônio se unissem. Isso causaria na Terra o chamado Grande Apocalipse, e para os angelicais a Ultima Canção do Paraíso.

_______________

Era uma quarta-feira em Bordeaux, França, em um apartamento no centro da cidade, qu escuro, frio e com cheiro de enxofre, havia uma cama onde uma menina de 11 anos urrava de dor, mas seu rosto estava branco e suado, suas pálpebras roxas e seu nariz sangrava. Seus braços e pernas estavam amarrados nas extremidades da cama. Um homem de cabelos vermelhos, olhos acinzentados e corpo esguio e alto, colocava uma cruz no peito da garota e com outra balbuciava coisas da Bíblia em Latim. Este era Castiel. Do outro lado do quarto estava um homem de cabelos na altura no pescoço, com cabelos prateados e olhos com heterocromia, ele colocava selos de proteção na porta, mas a energia maligna da garota estava-o deixando cansado.

— Vamos Castiel, não podemos perder muito tempo.

— Pater noster, qui es in cælis, sanctificétur nomen tuum;

A menina urrava, se debatia e esperneava na cama, chegando a se machucar.

—  Advéniat regnum tuum; fiat volúntas tua sicut in cælo, et in terra. Panem nostrum cotidiánum da nobis hódie;

A menina gritava mais alto, começou a se puxar tão forte que a corda começou a arrebentar.

— DIABO! — Dizia a menina com duas vozes, uma feminina e outra masculina.

— Et dimítte nobis débita nostra,sicut et nos dimíttimus debitóribus nostris;

A menina conseguiu arrebentar uma das cordas, ela segurou a mão de Castiel com muita força, causando um ferimento, mesmo assim Castiel não tirava sua mão do rosto da menina.

— Et ne nos indúcas in tentatiónem;sed líbera nos a malo.

 Gritos, batidas, barulhos, choro, dor! Tudo isso Castiel sentiu em seu interior. Era assim, toda a vez que um demônio saia do corpo de uma pessoa.

— Amen!

Uma energia forte se espalhou pelo quarto. Castiel foi empurrado para trás e caiu no chão, com cheiro de enxofre o ar ficou tão insuportável que Castiel quase desmaiou. O outro homem segurava a porta e trancara janela para que o demônio não saísse da sala e possuísse outra pessoa. Entre as frestas da vidraça também havia sal para que de nenhuma forma o demônio escapasse. A energia maligna ficou presa no quarto, Castiel começou a jogar água benta por todo o cômodo. A energia parecia ficar irritada. Castiel colocou uma cruz no corpo da menina e prosseguiu:

—  In nomine patris, — Disse Castiel colocando a mão direita na cabeça;

A cama se mexeu sozinha, o abajur que estava no criado mudo caio no chão, os vidros das janelas ameaçavam quebrar.

—Et filii —  Disse Castiel colocando a mão direita no peito.

A menina desmaiada começou a tremer. A cruz quase caia de seu corpo e se isso acontecesse ela poderia ser possuída novamente.

— VAI LOGO CASTIEL!

— Et spiritus sancti.— Disse Castiel colocando a mão direita no ombro esquerdo e depois direito

            A cruz caiu do corpo da menina, seria uma questão de tempo até o demônio a possuí-la de novo.

— Amen!

            A energia apagou todas a luzes do apartamento. Estourou a lâmpada do abajur e ainda empurrou Castiel e o do outro homem para trás. O corpo da menina quase caiu da cama, e Castiel estava quase desmaiando.

—  Foi muito bom colega! Ótimo trabalho! — Disse o homem ainda caído no chão, ofegante.

—  Muito obrigado Lysandre! — Disse Castiel se levantando.

Lysandre também se levantou, cansado, e abriu a porta. A mãe da menina estava em prantos do lado de fora do quarto. Lysandre fez um sinal positivo junto com um sorriso e assim a mulher entrou e abraçou sua filha, estava inconsciente, mas estava bem.

— Ela vai ficar assim por algumas horas. O que aquele demônio fez com ela foi muito cansativo, ela precisa descansar.

A mulher sorriu para o garoto e tentou dizer obrigado, mas a emoção era tanta que ela mal conseguia falar. Lysandre apenas assentiu com a cabeça e saiu da sala, seguido por Castiel.

            Ambos saíram do apartamento e assim que chegaram na rua, ainda em silencio Lysandre pegou seu smartphone e começou a mexer.

— Eu disse que essa página no facebook iria ajudar! Olha só, em um mês recebemos mais de 300 curtidas! Isso é fantástico!

— Lysandre, a maioria deve pensar que somos os maiores idiotas da terra! É sério, veja os comentários! — Castiel pegou o celular da mão do Lysandre e foi descendo a página — Olha isso! “Não acredito que ainda existem pessoas como vocês que manipulam as pessoas para ganhar dinheiro! Que palhaçada!”

— Castiel, mas para cada resposta dessas, temos uma dessas — Disse Lysandre pegando o celular e rolando a página para baixo — “Muito obrigada pela ajuda de vocês! Vocês salvaram minha avó!”

— Lysandre, convenhamos que isso mais parece aquelas páginas de assustador.

— A gente devia botar fotos dos nossos exorcismos! — Lysandre ponderava

— Cê tá louco! Que ideia idiota! E o fato de sermos anônimos? Cadê a minha vida pessoal? eu tenho um emprego sabia?

— Mas só das vítimas!

— Continua sendo uma ideia estupida, nem todas as pessoas querem ser taxadas como loucas psicóticas!

— Tá bom Castiel, tá bom! Já entendi! — Lysandre suspirou vencido.

— Ótimo!

            Eles pararam em um ponto de ônibus, ambos sentaram e continuaram a conversar.

— E como seu trabalho? Está gostando?

— Não muito! Não sou chegado a trabalhar em automobilísticas, ainda mais fazendo funilaria. Estou lá apenas porque meu pai pediu. Sabe como é, as contas estão apertadas.

— Eu imagino. E....como seus pais reagem a nossa...vida peculiar?

— Não gostam mais aceitam, simples assim. Eles saber que se não aceitassem eu iria ser assim do mesmo jeito!

— Entendo!

— E você, não tem pais Lysandre, nunca o ouvi falando sobre eles?

Castiel percebeu Lysandre ficar sem graça.

            O ônibus de Castiel estava quase chegando. Ele se levantou e deu o sinal para que o ônibus parasse.

— Depois conversamos mais Castiel, seu ônibus chegou.

 Castiel apenas acenou com a cabeça e entrou no ônibus. Só havia ele, já que eram duas horas da manhã. O motorista o olhou com certo temor, já que Castiel não se vestia como um homem comum, usava tênis allstar, jaqueta e calças pretas, e isso porque naquela noite nem fazia tanto frio. Ele se vestia como um típico roqueiro.

 Ao sentar no banco Castiel sentiu o cansaço em seus ombros, todas as vezes que exorcizava, ele se sentia muito mal. Ele olhava a janela e encostou o rosto na janela e fechou seus olhos, e sem querer, ele cochilou.

Castiel acordou assustado, quase em um sobressalto. Ele olhou para a janela, e estava quase em seu ponto. Ele se levantou do banco, deu o sinal e desceu do ônibus. Caminhava até sua casa ainda cansado, só queria uma boa cama para dormir.

— Ei, você!

Ele ouviu uma voz masculina na rua e se virou para ver quem era, um homem o olhava próximo, com uma expressão demoníaca. E de repente ele apontou uma arma na direção de Castiel, e sem que ele tivesse tempo de reagir, ele atirou. Parecia que a bala vinha em câmera lenta até ele

Mas de repente ele sentiu uma chacoalhada.

— Moço, estamos no ponto final. — disse o motorista.

Castiel apenas sonhara. Ele olhou para o rosto do motorista e apenas fez um tchau com as mãos. Desceu do ônibus irado, pois havia dormido demais e teria que andar 5 pontos para trás. Ele foi andando por quase 3 quilômetros quando chegou na única casa em meio a tantos prédios na rua. Uma casa verde bem antiga, a casa de sua namorada.

Ela abriu a porta e lhe deu um terno beijo, ambos entraram em seu apartamento e deitaram na cama.                                                                                                                                                                             

 _______________ 

Victória fazia as contas de matemática pela centésima vez. A garota sempre teve dificuldades, mas mesmo assim se esforçava. Era seu último ano do colegial, ela precisava passar no vestibular, era uma questão de honra. Não apenas na universidade, como queria passar na Universidade Panthéon-Sorbonne, a melhor universidade Da França, afinal seu pai estudara lá, tal como seu avô. Ela queria continuar o legado da família de advogados e para isso não mediria esforços.

            No auge de seus estudos ela ouviu um barulho alto no quarto ao lado. Victória levantou-se correndo e lá encontrou seu avô, desmaiado no chão.

— Pai!  Você está bem?

—Vicky!

O homem começou a ter um ataque epilético e a cuspir sangue. Victória estava pronta para ligar para a ambulância quando os olhos de seu pai reviraram.

— Maldita! VACA! VADIA! — sua voz estava mudada, pois havia vários timbres nela.

— Pai! Por favor não! — Victória começou a chorar.

            Seu pai sempre tinha esses tipos de problemas, por mais que tentassem nunca descobriram por meio da ciência o que acontecia, afinal ele não tinha problemas neurológicos. Foram em um psiquiatra e o receitaram um remédio fortíssimo, nada adiantou. Victória já começava a achar que aquilo era algo sobrenatural.

            Ela se agachou e tentou encostar em seu pai, mas ele a empurrou e ela ficou caída no chão. Em seguida ele foi em sua direção para sufoca-la. Ele pegou seu pescoço e apertava com força, Victória não tinha reação. Neste momento a mãe e o irmão de Victória chegaram naquele momento.

— Pai! Por favor pare! — Disse o irmão de Victória já em prantos.

— Matar ela! — Disse ele com a mesma voz diabólica de antes.

— Pare...— Victória tentava balbuciar algo mas estava sem ar.

            Charli em desespero puxou seu pai pelos cabelos enquanto mãe de Victória tentava soltar as mãos do homem de sua filha. Depois de muito esforço o Phillippe a soltou. Victória se levantou correndo e os três saíram do quarto e trancaram a porta. Eles ouviram alguém arranhá-la e chutá-la. Depois começaram a chorar.

            Os três foram até a sala e ligaram o som, pois não queriam que os vizinhos escutassem. Sentaram os três no sofá da sala. Se olhavam ainda chorando e tentando entender o que acontecia naquela casa. Victória passou a mão pelo seu pescoço, estava muito dolorido. Ela se levantou e foi no espelho do banheiro, e percebeu que havia marcas. Ela não se aguentou e chorou mais ainda. Molhou o rosto e voltou para a sala.

— Mamãe! Isso não é normal! Sério, não é!

— Tá bom Victória, mas o que vamos fazer!  Já procuramos toda a ajuda médica possível, não sei quem mais…— A mãe de Victória começou a soluçar.

— Mana...sei que parece loucura, mas devíamos procurar por uma ajuda espiritual! Sei lá, um médium, algo assim!

— Filho...mas isso...é..tudo mentira! — A mãe nunca acreditara em sobrenatural, nem mesmo quando criança.

—  Mentira mãe? — O garoto alterou a voz — Mentira é o que fazemos todos os dias dizendo que tudo está bem!

— Charli tem razão mãe! Não a outra saída. Nós já buscamos todo o tipo de ajuda e nada.

            O silencio pendurou pela sala por alguns minutos. Os gritos sessaram e Charli desligou o som. Os três se olharam por alguns instantes até que a mãe deles finalmente falou.

— Tudo bem, vamos procurar ajuda espiritual.

— Obrigada Dona Lucia  — Charli sempre dizia isso quando ganhava uma discussão de sua mãe. E está sempre lhe lançava um olhar severo.

— Mas não pensem em chamar qualquer charlatão por ai! Quero gente séria aqui nesta casa.

 

No dia seguinte Charli, antes de ir para a escola, começou a procurar por sites, blogs ou em qualquer outro lugar para encontrar algum padre ou exorcista. Procurou por vários sites mas alguns eram muito longes e outros cobravam caro. Foi quando ele encontrou uma página no facebook chamada “Destruidores de Demônios”.

— Victória! — Ele gritou.

            A garota foi até o quarto do irmão e o viu sentado em sua cama mexendo no notebook.

 — Tá louco menino! Tá quase na hora de ir para a escola!

— Vicky, olha isso!

            A menina se aproximou do computador e leu os comentários da página.

— Charli, tem certeza que isso é confiável?

— Eu não sei! Estou com tanto medo quanto você, mas esse foi o único que era grátis e em Bordeaux!

— As pessoas cobram pra fazer exorcismo? — Victória olhou para Charli incrédula, ele apenas fez sim com a cabeça — Esse tipo de coisa tinha que ser de graça!

— Mas esse é! Não custa nada tentar!

— Tá, e como fazemos para chama-los?

— Vou deixar um MP* e vamos ver se eles respondem.

            Charli passou a escrever a mensagem, Victória apenas o ajudava de vez em quando.

— Vamos ver se ficou bom — disse o garoto — “Bom dia, nós somos a família Winterfell e estamos com um problema, nosso avô tem se comportado de maneira estranha de um tempo para cá, tendo convulsões e sendo agressivo, gostaria de saber se vocês podem me ajudar! Ass. C.Winterfell”.

 — Perfeito, agora manda e vamos logo porque já estamos atrasados.

            Charli enviou a mensagem e os dois foram para a escola, tudo que teria que fazer agora era esperar pelo melhor.


Notas Finais


N/A: Só pra vocês saberem, MP é como nós de SP chamamos a mensagem privada do facebook, como não sei se todos falam da mesma maneira, decidi colocar aqui.
E outro detalhe: as orações estão mesmo em Latim! Então não estranhem se algumas palavras estiverem diferentes.

Beijos a todos e espero que gostem.


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