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História Cancer - Yoonseok - Eighth little letter


Escrita por: namjope

Notas do Autor


galera aviso antes do cap começar, eu sei que gwangju fica tipo BEM longe do litoral mas não ia encaixar no plot se do nada eu mudasse a cidade onde eles moram, ignorem isso hehe boa leitura

Capítulo 8 - Eighth little letter


Eu te amo.

Eu acho que nunca amei tanto alguém como eu te amo, Hobi.

Eu me esforcei tanto para fazer da nossa amizade a melhor, eu me esforcei para te fazer feliz todos esses anos, fiz de tudo para realizar seus desejos e seus sonhos. Todo meu esforço valeu a pena, afinal.

Eu não poderia querer alguém melhor ao meu lado, você é maravilhoso. Você é a pessoa mais maravilhosa que existe. Você fez de tudo para que minhas ultimas horas aqui fossem as melhores, e realmente estão sendo, amor.

Você me mostrou um lado seu que eu ainda não conhecia, bom, mais ou menos. Você sempre foi muito aplicado quando realmente quer algo, mas o que você fez por mim, foi muito maior que qualquer coisa que já fizeram à mim. Você se esforçou, assim como eu me esforcei para fazer tudo por você nos últimos sete anos.

Você juntou toda a força que eu te dei nesse tempo e de alguma forma passou ela para mim.

Meu Deus, eu estou tão feliz, me desculpe se nada aqui fizer algum sentido no final, eu ainda estou tremendo um pouco.

De qualquer maneira, você sempre soube que eu apreciava as pequenas coisas da vida, esses pequenos detalhes são as coisas principais. Passear no parque, dar carinho em um cachorrão bem peludo, colher flores, contar carros da mesma cor, comer biscoitos bem gostosos e quentinhos.

Essas coisas pequenas são as que me fazem feliz, e eu fiz cada uma delas ao seu lado pelo menos cinco vezes em toda a minha vida.

Nós conseguimos completar quase todos os itens da nossa enorme listinhas de "coisas simples que suga e hobi irão fazer juntos", faltando apenas um, o mais especial, aquele que eu estive esperando por muito tempo.

Gwangju fica a apenas sete quilômetros de uma das praias mais bonitas da Coreia do Sul, nós temos muita sorte né? Eu amo tanto o mar, eu amo todas as coisas sobre ele. Eu amo o som do mar, a brisa gelada que bate no rosto quando ficamos pertinho dele, o cheiro da maresia, a sensação gostosa da água gelada batendo nos dedinhos do pé. O mar é uma das minhas coisas favoritas.

Você também é.

Se juntar os dois então, perfeito.

O último item da nossa listinha era um piquenique na praia, apenas eu e você, você e eu. Um piquenique completo, com sanduíches, morangos com chocolate e suco de laranja.

O dois últimos dias foram maravilhosos, amor. Nós sentamos no telhado e olhamos as estrelas, você viu comigo pela ultima vez meu filme favorito, fomos até o mercadinho da esquina da minha casa e eu realizei meu primeiro furto, mesmo que tenha sido de um chiclete de menta, foi emocionante.

Nós rimos como bobos e dormimos de conchinha, Deus, foi maravilhoso. Enquanto estávamos deitados agarradinhos eu pensei em Jimin e ri baixinho, aposto que você não abraça ele daquela maneira né, aquele otário. Ele não te merece, Hobi. Faça me um favor depois que eu ir e arranje alguém melhor, por mim.

De qualquer maneira, eu estava pingando felicidade apenas por fazer coisas simples com você, quando você disse que tinha uma surpresa eu sorri tão largo que eu sentia que minhas bochechas poderiam rasgar. Eu já sabia, você é demais.

Você me agasalhou bem para eu não pegar nenhum tipo de friagem, saúde era muito importante naquele momento, eu precisava viver só mais um pouquinho, nós precisávamos completar nossa listinha. Eu entrei na sua casa e você me puxou pelo pulso até a garagem, abriu o porta mala do carro da sua mãe e me mostrou tudo que tinha lá, com um sorriso enorme no rosto.

Eu pude ver uma toalha verde e azul quadriculada, uma pequena cesta de piquenique e um cobertor bege de plush. Eu quis chorar, você ia me levar pra praia, nós íamos fazer um piquenique na praia.

Você então me fez entrar no carro e sentar no banco do passageiro enquanto ia correndo para dentro da sua casa pegar a chave do carro. Hobi, você é louco! Eu apenas ria como um doido enquanto você dava partida no carro e arrancava para fora da garagem, deixando a sua mãe gritando e acenando para trás.

Um carro velho, uma cesta de piquenique e dois garotos, no banco do motorista se encontrava Hoseok, dezessete anos, sem carteira de motorista, seu passageiro, Min Yoongi, dezoito anos, pouco menos de trinta horas de vida.

Eu estava feliz. Eu nunca estive tão feliz. Nós estávamos fazendo loucuras, nós estávamos vivendo.

Você colocou a sua mão da minha coxa enquanto dirigia, eu fiquei com medo, não vou mentir, você poderia bater o carro, sei lá! Mas como o bom aproveitador que eu sou, não fiz nada, a sensação da sua mão quente entrando em contato com a pele gelada da minha perna estava boa demais para sequer pensar em tirá-la de lá.

Nós chegamos rápido na praia, descemos do carro e você pegou na minha mão, sorrindo levemente pra mim, eu corei o máximo que minha pele me permitia, felizmente, você nem notou.

O sol estava se pondo, o céu estava parcialmente nublado, os brilhantes raios alaranjados e amarelados passavam pelas nuvens, causando uma vista linda. O mar estava calmo, a praia estava vazia, eu estava em paz.

Nós sentamos no capo do carro, a toalha embaixo de nós, os morangos no prato, os sorrisos no rosto. O som das ondas quebrando se juntaram com barulho da sua respiração calma, formando uma melodia perfeita, não poderia ser melhor.

Nós conversamos sobre coisas aleatórias enquanto comíamos, até que você disse que tinha uma surpresa pra mim, se levantou do capô e foi a procura de algo no banco traseiro. Eu fiquei surpreso, não fazia ideia do que era.

Você se sentou novamente, olhando pra mim com um sorriso sacana e tirou uma garrafa de Soju das suas costas. Eu dei uma risada alta, você queria me embebedar, Hoseok?

Diferente de você, eu nunca havia experimentado qualquer bebida alcoólica, eu tinha medo de acabar passando mal, algo assim. Acho que eu peguei um certo tipo de trauma depois de ter que te pegar em pelo menos umas oito festas pois você não conseguia mais lembrar quem você era. Eu te ajudava a tirar a roupa e ficar apenas com sua cueca, o que já me deixava vermelho como um pimentão, e te jogar dentro do chuveiro gelado. Ah, eu fiz isso tantas vezes, ainda bem que você não se lembra de nenhuma, é constrangedor demais para eu lidar.

Você então pegou dois copos de plástico que tinha trazido na pequena cesta e serviu metade deles para nós dois. Você me olhou com aquela cara de quem diz "vai logo", e eu fui, eu virei a bebida amarga de uma vez só.

Hobi, aquilo queimou como o inferno! Eu nunca senti minha garganta queimar tanto em toda minha vida, eu sentia que se eu tossisse poderia lançar fogo pela boca. Você gargalhava da minha reação, quase caindo para trás.

Não era ruim, mas não era bom. Eu devo ter bebido mais dois ou três copos, o que já me fez levemente tonto, por nunca ter bebido antes. Eu não pensava mais coerentemente nas coisas que eu falava e ria de tudo que você dizia.

O sol estava baixo no horizonte, era possível ver apenas uma pequena bolinha laranja lá longe, no final do oceano. Os raios batiam forte em seu rosto, lhe deixando mais angelical do que já era. O vento batia em nossos rostos e soprava partes da sua franja nos seus olhos, eu levei minha mão delicadamente para perto de seu rosto e coloquei a mecha de cabelo para trás da sua orelha.

Você congelou e acompanhou meus movimentos. Eu não sei se foi a música calma que vinha do seu celular que deixava o clima ainda mais pacifico, ou os raios de sol deixando sua pele alaranjada, ou até mesmo os copos de bebida que eu havia tomado.

Você estava tão lindo, eu estava a ponto de derreter no momento em que você segurou minha mão no seu rosto, merda, amor!

E então, eu o fiz.

Eu lhe beijei. Você parecia uma miragem de tão maravilhoso enquanto eu fui me aproximando cada vez mais e mais. Eu pressionei meus lábios nos seus levemente, um calor subia pela minha coluna fazendo com que o ambiente ficasse cada vez mais quente. Sua boca estava chamando meu nome e quando eu estava prestes a me separar você me puxa para mais perto, fazendo com que fiquemos apoiados no vidro da frente do carro.

Você apoiou uma mão na minha cintura enquanto a outra estava apoiada no vidro, eu fazia carinho nos pequenos fios de cabelo da sua nuca enquanto você aprofundava o beijo ainda mais. Eu me sentia no paraíso, a brisa do mar, o cheiro da maresia e do álcool misturados com o aroma doce do seu perfume faziam a minha sanidade diminuir a cada segundo.

Enquanto nós nos beijávamos, mil coisas passavam pela minha mente, quando você se afastou lentamente, encarando meus olhos e sorrindo, eu tive certeza de uma coisa.
Te beijando ou não, eu te deixaria da mesma maneira.

Agora a parte mais difícil disso tudo é te deixar sabendo que no final, você correspondeu ao meu beijo.


Notas Finais


hey leitores do social, eu tinha até esse cap postado no wattpad e infelizmente agora não sei quando vou postar os últimos dois dessa fanfic, não vai demorar eu prometo! obrigada por todos os comentários e favoritos!!


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