1. Spirit Fanfics >
  2. Candy (Imagine Kim Seokjin) >
  3. Promete não me jogar fora?

História Candy (Imagine Kim Seokjin) - Promete não me jogar fora?


Escrita por: deepsuga

Notas do Autor


oi meus xuxus, tudo bom com vocês? I'M BACK BITCHESSSSS

o que acharam da nova capinha da fic?

obrigada pelos 679 favoritos, amo muito vocês <3

eu dei uma sumida porque nos últimos capítulos de praticamente todas fics diminuíram demais a quantidade de comentários, achei que menos pessoas estavam gostando e isso me deu uma desmotivada tensa, mas tem tanta gente me pedindo mais que eu percebi que tenho que postar por todas vocês que ainda estão aqui comigo :)

obrigada por continuarem aqui <3

vou deixar o link de uma fic nova com o Jimin nas notas finais tá? espero vocês lá :)

espero que gostem <3

Capítulo 15 - Promete não me jogar fora?


_____ P.O.V

Fechei a porta do quarto e desci as escadas, sentando ao lado do meu irmão.

– Obrigada pelo conselho, de verdade – falei enquanto pegava meu sanduíche.

– Não fiz mais do que a minha obrigação – sorriu fraco.

– Estou me sentindo bem melhor agora.

– Fico feliz por isso – falou enquanto tomava um gole de seu refrigerante – O que o Jin falou pra você?

– Nada de mais, só ficou animado por me ver assim de novo.

– Você não fez isso por ele, fez?

– Claro que não, ele tem uma namorada agora, quem deve fazê-lo feliz agora é ela.

– Tem razão, mas e você?

– Eu o que?

– Vai ficar sozinha ou vai continuar com o Yoongi?

– Eu nunca ‘’estive’’ com o Yoongi, a gente só estava se conhecendo mas não tem nada de mais, somos amigos.

– Você sabe se ele também só te considera como amiga?

– Na verdade não, mas agora com a mudança tenho certeza que tudo vai voltar ao normal. Vou ficar sozinha como antigamente, Yoongi vai voltar a andar com os garotos, Jin vai continuar com você e a namorada e o único que vai me dar atenção é o Kook.

– Eu não acho que seja bem por aí...

– Eu tenho certeza – falei sorrindo fraco.

– Você tá preparada pra se assumir pro mundo como era antigamente?

– Acho que nunca vou estar preparada pra isso na verdade.

– Saiba que vou te proteger de qualquer um que tentar te magoar.

– Eu sei disso – sorri – Mas acho que não vai ser necessário.

Ele sorriu e então voltou a comer seu lanche enquanto assistia algum de seus programas de variedade sem sentido, que ele amava muito por sinal.

– Acho que já vou dormir, foram muitas emoções misturadas pra um dia só – falei calmamente.

– Também acho, descansa um pouco porque amanhã vai ser um dia realmente novo pra você.

– É, com certeza – dei um beijo em sua bochecha e subi as escadas rapidamente – Boa noite, oppa.

Fechei a porta e respirei aliviada, deitando na cama logo em seguida.

Amanhã pode ser o pior ou o melhor dia da minha vida, pra ser sincera, o amanhã tem me assustado muito.

No dia seguinte...

Acordei bem cedinho e coloquei uma roupa básica que antigamente seria completamente descartada.

Desde quando eu usaria algo que não combinasse as cores, marcas e cujo o salto não me deixasse tão distante do chão?

Eu sentia falta do tênis velhinho, do moletom amarrado na cintura, do cropped simples e do jeans rasgado, da roupa confortável e não do aperto dos vestidos extremamente colados no corpo.

Então foi exatamente isso que vesti, tudo de que sentia falta.

Terminei de arrumar o cabelo, amarrei o moletom na cintura, pendurei a mochila em um dos ombros, tirei a chave do meu carro de dentro da gaveta e desci rapidamente.

Os meninos ainda não tinham acordado então tomei cuidado pra não fazer barulho, saindo o mais silenciosamente possível, indo até meu carro praticamente aposentado.

Fazia tanto tempo que não dirigia já que os seguranças sempre me levavam e me buscavam em todos os cantos, mas isso me fazia muita falta às vezes, ir e vir sem alguém te seguindo e te guiando cada minuto da sua vida.

Joguei minha mala no banco do passageiro e entrei, arrumando tudo e finalmente voltando a dirigir depois de tantos anos.

Era legal ver como tudo parecia tão incrível ao meu ver atual pois é como se tivesse me libertado de uma prisão interna, tudo parecia tão novo por mais que fosse tão velho. Nunca achei que voltar a rotina seria tão maravilhoso.

Decidi passar em uma cafeteria ali perto já que estava bem adiantada e não tinha nenhum risco de me atrasar.

Comprei um chocolate quente e algumas rosquinhas que comi em alguns minutos, logo voltando pro carro.

[...]

Quando cheguei na frente da faculdade, respirei fundo, tentando criar coragem de sair do carro e enfrentar os olhares confusos de quem antes me encarava com tanta admiração, era bem estranho imaginar como as pessoas mudariam comigo dali pra frente.

Apenas quem realmente gostava de mim ficaria ali ao meu lado, no caso, provavelmente só o Jungkook mesmo, o meu único amigo de verdade daquele lugar.

Peguei minha mochila e saí do carro sorridente como de costume, mas pela primeira vez em muito tempo, o sorriso não era falso.

Pude ouvir os comentários alheios, alguns estranhando e raras pessoas elogiando a mudança. As garotas que antes queriam ficar ao meu lado nem ao menos me deram bom dia, os garotos que disputavam minha atenção agora me viam como qualquer garota normal.

E eles estavam certos, eu sou só uma garota normal.

Acho que finalmente descobri qual é o significado da verdadeira felicidade, pra mim pelo menos é a felicidade de se olhar no espelho e saber que aquela é você, é a sua verdade.

E um dia essas garotas que tanto queriam andar ao meu lado por causa da popularidade vão aprender isso também, vão aprender quando perderem alguém que amam por causa da arrogância, quando olharem no espelho e não saberem mais diferenciar quem são de verdade e quem são personagens que criaram pra si próprias.

– ____? – Jungkook disse sorridente assim que me viu.

– Oi Jeon – falei sorrindo na mesma intensidade, recebendo um abraço apertado do mesmo.

– Você voltou mesmo?

– É, acho que sim.

– Tinha uma pessoa te procurando agora mesmo.

– Quem?

– Acho que ele acabou de te achar – disse ao ver Yoongi vindo em nossa direção – Vou deixar vocês conversarem à sós.

– Depois a gente se fala, não é?

– Claro, nós somos ou não somos amigos? – Kook perguntou sorridente enquanto se afastava.

– Claro que sim!

– Então depois a gente se fala, te espero na sala.

– Mudou hein? – Yoongi disse passando os dedos em meu cabelo.

–Tava precisando – falei cruzando os braços já esperando que ele fosse me zoar.

– Quer conversar? Falar sobre a mudança e tal?

– Não vai me zoar, me xingar ou dizer que fiquei ridícula?

– Não, por que faria isso? Nós não somos amigos?

– Somos?

– Se você quiser conversar comigo antes do sinal bater, isso quer dizer que somos amigos.

– Vai mesmo perder tempo com a versão menos idiota de mim? – falei sorrindo fraco.

– Eu já perdi tempo com todas as suas versões, mas eu gosto de perder tempo – sorriu e então o puxei pela mão até a arquibancada, como de costume.

Não sei dizer em que momento nos tornamos tão amigos, mas quando vi ele sorrindo e segurando minha mão enquanto me esperava falar, senti que a companhia dele tinha se tornado mais essencial do que achei que seria.

– Então, o que te fez mudar tão rápido? – perguntou enquanto mexia em meus dedos.

– Conversei com o Hoseok ontem e ele me deu conselhos ótimos...

– Não, não tô falando dessa mudança, tô falando de antes, por que ficou daquele jeito?

– Ah, é uma longa história Yoonie e o sinal já vai bater.

– Temos 15 minutos e mais 10 da tolerância de atraso, acho que você dá conta de me contar nesse tempo – falou fingindo olhar um relógio inexistente em seu pulso.

– Eu namorei uma pessoa ruim, Yoonie. Alguém que me xingava muito, me humilhava na frente de todo mundo mas ainda tinha um problema maior em tudo isso.

– Qual?

– Ele era o filho da minha ex madrasta, então ele sempre estava por perto, me olhando, gritando, dizendo que eu não devia olhar pra ninguém além dele e que seria meu dono dali pra frente.

– Por que não meteu um chute no saco dele? Aposto que te deixaria em paz.

– Queria eu que tivesse sido tão fácil, mas ele era perfeito pra todo mundo, e quando tentei dizer que ele me fazia mal, ninguém acreditou.

– Ninguém mesmo?

– Só o meu irmão e o Jin, mas éramos novos e ninguém acreditava em um bando de pirralhos como minha própria madrasta dizia. Desde então as coisas começaram a piorar.

Ele ficou em silêncio, fazendo carinho na minha mão enquanto prestava atenção em cada palavra.

– Eu consegui me afastar do garoto, e quando achei que o namoro tinha acabado, amigas dele começaram a gritar na frente da minha casa, jogaram pedras na minha janela e me bateram em meio à uma multidão que as incentivavam a me bater até a morte.

– Nossa, isso é horrível, e os meninos nunca souberam disso?

– Eles sabem da briga mas não sabem que foi por causa do mesmo garoto, acham que eu tive problemas com pessoas da minha sala e só.

– Eu mataria esse garoto se visse ele na minha frente.

– Você me lembrava muito esse garoto, Yoongi, por isso eu te odiava tanto – falei e ele me encarou surpreso.

– Porra, me senti o cara mais babaca do mundo por ser comparado com esse seu ex.

– Você não é babaca como ele, pelo menos não mais.

– Obrigado, eu acho.

– De nada.

– Então foi por causa disso que você decidiu se excluir, ficar com o Jungkook de fachada e se tornar popular...

– É, foi uma decisão idiota mas fazia sentido pra mim.

– Agora eu te entendo melhor, fico feliz que esteja de volta ao seu normal então – sorriu.

– Eu também Yoonie, eu também.

Ficamos conversando por mais um tempo até que o sinal tocou e nós nos separamos, cada um pra sua sala.

Sorri ao ver que Jungkook tinha guardado meu lugar como costumava fazer, e as coisas pareciam se encaixar aos poucos novamente.

[...]

Na hora do intervalo foi que percebi que as coisas não estavam ocorrendo exatamente como eu imaginei que aconteceriam.

Yoongi não tinha me largado de lado, eu não estava sozinha, meu irmão e o Jin estavam ali comigo também.

Yoongi e Jin não se olhavam, não trocavam cumprimentos e não falavam ao mesmo tempo, um falava e o outro abaixava a cabeça.

Eu destruí uma amizade por causa de um desejo, cara, quanto egoísmo.

– Vou lá falar com os meninos, ok? Já volto – Yoongi sussurrou assim que Jimin o chamou.

– Tudo bem – falei sorrindo fraco, mas o meu sorriso sumiu alguns segundos depois.

Apertei a mão do Kook assim que Stella sentou ao lado de Jin, ainda não conseguia digerir aquela cena, me incomodava e ela não parecia gostar dele, o problema é que ele parecia gostar dela sim e bastante por sinal.

– Quer sair daqui? – Jeon cochichou e eu apenas balancei a cabeça negando.

– Eu preciso aprender a conviver com isso, nós moramos juntos e ela é namorada dele – cochichei de volta e ele concordou discretamente.

Quando ele segurou a mão dela sobre a mesa senti como se tudo se embolasse dentro de mim, era horrível, bizarro.

– Vejo vocês em casa – falei saindo da mesa, sendo seguida por Jungkook que se demonstrava realmente preocupado.

– Eu devia ter te tirado dali antes disso acontecer.

– Eu precisava ver, Jeon, preciso aprender a perder.

Jin P.O.V

Algumas horas depois...

Quando cheguei em casa após o trabalho, percebi o silêncio em casa e subi até meu quarto, largando as sacolas de doce que havia comprado sobre minha cama.

Minha mãe estava ajudando o Chris no trabalho e já tinha me dito que só chegaria bem tarde e que era pra eu avisar o pessoal.

Peguei a caixa de chicletes que havia comprado pra ____ e fui até seu quarto pra entregar quando vi Jungkook sentado ao lado da cama dela, desembaraçando seus cabelos enquanto ela estava aparentemente dormindo.

– Ah, foi mal, não queria atrapalhar – falei assim que abri a porta – Falo com ela depois.

– Relaxa, você não atrapalhou, inclusive, que bom que você chegou – disse se levantando – Preciso ir pra casa mas não queria deixá-la sozinha, ela tava passando meio mal e acabou dormindo, acho que vai melhorar quando acordar.

– Pode ir, eu fico com ela.

– Me chama se ela precisar, ok?

– Pode deixar.

Sentei no mesmo lugar onde ele estava anteriormente, mexendo no cabelo dela do mesmo jeito.

– Eu comprei uma caixa dos seus chicletes favoritos – sorri mesmo sabendo que estava falando praticamente sozinho – Faz tempo que você não compra lá na loja, achei que iria gostar.

Coloquei a caixa ao lado dela de um jeito que ela fosse ver assim que acordasse.

– Fiquei feliz em te ver bem hoje, mas sinto que te magoei de alguma forma, me desculpe por isso, não era minha intenção – passei os dedos em seu braço descoberto, parando assim que encostei em sua mão – Fiquei feliz em saber que você e o Yoongi não estão juntos, sou uma má pessoa por ficar alegre em saber que está sozinha? Acho que não.

Levantei e dei um beijo em sua testa, virando as costas pra ela até que senti seus dedos puxando a barra da minha camiseta.

– Jin? – disse abrindo seus olhos lentamente – Fica aqui comigo.

– Você ouviu tudo, não ouviu?

– Só metade, muito obrigada pelo chiclete inclusive – sorriu ao ver a caixinha do seu lado – Quero te contar uma coisa que nunca contei pra ninguém.

– Pode falar – falei voltando a me sentar.

– Sabe por que eu amo tanto chicletes?

– Na verdade não.

– Eu me identifico com eles de certa forma, sabe – disse se sentando na cama – Quando o chiclete é doce, as pessoas costumam gostar dele, não é?

– Sim.

– Mas quando ele perde o gosto, as pessoas cospem e algumas querendo ou não acabam pisando nele. Sabe o problema disso tudo Jin? Eu ainda era doce quando eles pisaram em mim.

Ela segurou a minha mão e abaixou a cabeça, conseguia sentir a dor em suas palavras, não sabia que era assim que ela se sentia esse tempo todo.

– Eu fui cuspida e pisada como um maldito chiclete, Jin.

– Desculpa por isso – parte de mim me fazia sentir como se fosse culpa minha, pois eu sabia do que ela passava mas nunca tive coragem de enfrentar aquele cara, fui medroso demais pra enfrentar o ex da menina que eu amava, mais uma vez fui fraco quando ela precisava de mim.

– A culpa não é sua Jin, a culpa é minha mesma por ter me envolvido com alguém tão cruel.

– Não se culpe.

– Mas é verdade, a culpa é toda minha – respirou fundo – E sabe o que mais eu aprendi sobre os chicletes com o passar dos anos?

– O que?

– Que mesmo sendo doce ou azedo, alguém vai gostar do seu sabor e você se tornará o favorito dessa pessoa – falou balançando a caixinha de chicletes e eu sorri.

– ____ – falei pegando um dos chicletes – Existem chicletes que no começo são azedos, você vai fazer careta enquanto mastiga e vai detestá-lo por um tempo, mas se tiver paciência, eles se tornarão doces.

– Mas no final das contas o destino é o mesmo, o lixo.

– Só que a diferença é que quando é seu favorito, vai ser como esse aí da caixa que eu te dei, você nunca vai enjoar, quando viciar não vai querer mais viver sem e sempre vai continuar querendo mais.

– Talvez você esteja certo.

– Eu não era muito chegado em chicletes, sabia? – falei sorrindo – Mas agora que você me contou sobre isso acho que lembrei de um que é o meu favorito.

– Qual?

– Você _____, você é meu chiclete favorito – ela sorriu envergonhada e abaixou a cabeça.

Então promete que não vai me jogar fora quando meu sabor acabar?


Notas Finais


Perfect Sinners: https://spiritfanfics.com/historia/perfect-sinners-imagine-park-jimin-9293542

me perdoem pela demora
prometo responder cada um dos comentários amanhã
agora vou dar uma dormidinha porque já faz 36 horas seguidas que tô escrevendo, mas valeu a pena por saber que muitas de vocês vão voltar a ler minhas nenês <3

espero que tenham gostado :)


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...