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História Can't Remember To Forget You - Sizzy - Um pedido


Escrita por: Dessinha1206

Notas do Autor


Oi gente, não me xinguem por favor jkk
Eu demoro mt, né?
Bom, aqui estamos com o capitulo que eu mais esperei durante a fanfic toda, espero que esteja bom, Juju você ainda não me respondeu heuheu mesmo assim to postando pq amanhã eu não vou conseguir.
Esse é o penúltimo capitulo, e sim, vou botar um final bem curtinho pra não enrolar, espero fechar todas as pontas com um capitulo final e talvez um epilogo bem fofo e curtinho.
Espero que gostem, estou meio feliz e triste por estar acabando Can't Remember to Forget You, ainda não sei o que sentir hahaha
Boa leitura meus amores <3

Capítulo 36 - Um pedido


Fanfic / Fanfiction Can't Remember To Forget You - Sizzy - Um pedido

“Porque no final, quando perdemos alguém, cada vela, cada oração, não compensarão o fato de que a única coisa que sobrou é um buraco na sua vida onde aquela pessoa que você gostava costumava estar...”

- Damon Salvatore

                                                                              

Revirei o porta luvas atrás da minha carteira de motorista, sempre a deixava escondida ali já que uma foto horrorosa minha estava estampada nela em meus terríveis 16 anos.

— Isabelle! — Jace veio atrás de mim. Os olhos dourados continuavam preocupados e aflição era a única coisa presente em seu rosto.

— Achei! Sabia que essa coisa horrorosa estava aqui — falei saindo com a carteira em mãos.

— Achamos que você ia embora — confessou ele me olhando confuso, intercalando olhares entre meu rosto e a carteira.

— Logico que não! Ela é a minha melhor amiga e precisa de mim agora — falei trancando o carro. Depois de um bip retornamos para o hospital.

Voltei para a recepção junto com Jace, meus pés batucavam o chão enquanto a recepcionista olhava com interesse além do normal para a minha identidade. Bufei quando ela parou para dizer algo a outra recepcionista.

— Com licença, estou com pressa, moça! — Falei estalando os dedos na frente do rosto dela.

— Mal-educada — a ouvi resmungar. Antes que eu pudesse invadir o balcão e dar uns tabefes nela, ela me entregou um cartão de acompanhante. — Ela vai te acompanhar até a paciente.

Não demorei muito a seguir a recepcionista número 2 para a sala onde Clary estava. Uma enfermeira estava verificando o soro que ela tomava na veia, as vestes da ruiva não eram as melhores, uma camisola verde que não cobria a bunda e uma toca que segurava o cabelo.

— Você está bem? — Perguntei avaliando-a mais uma vez. Ela fez que sim com a cabeça.

— Estão tentando induzir um parto normal.

— Você não pode estar aqui — disse uma outra enfermeira que entrava na sala. — Vamos leva-la para a outra sala, Srta. Fairchild. 

— Hmm, okay... — Clary apertou minha mão com força. — Deus, odeio essas contrações — murmurou.

— Já volto para levarmos ela para a outra sala — uma das enfermeiras, a que já estava ali quando cheguei, saiu da sala.

— O que é que estão te dando? — A mulher, rechonchuda e medonha olhou o rotulo do liquido que Clary recebia na veia. — Kaelie só pode ser muita burra! Ela não viu sua ficha? Possível paciente com eclampsia. 

— O que isso quer dizer? — Perguntei olhando para a enfermeira tirando a agulha do braço branco de Clary.

— Que ela não pode induzir um parto normal ou o útero da sua amiga virará um forno para essa criança. — Ela saiu da sala.

— Clary, acho que estamos com problemas — falei olhando de volta para a ruiva. Seus olhos estavam se fechando e sua mão começava a soltar a minha. — Clary? — Sai da sala às pressas do quarto — Enfermeira, e-ela desmaiou — aquela era Kaelie, a tal enfermeira burra que tinha injetado o soro nela.

— O que aconteceu? — Um médico bonitão vinha pelo corredor com a enfermeira rechonchuda.

— Ela teve um deslocamento prematuro da placenta, então induzi o parto como o Dr. Wayland havia mandado — Kaelie falou entrando na sala junto aos outros.

— De acordo com o histórico, ela sofreu um pré-coma há alguns meses e o diagnóstico é de pré-eclâmpsia — a rechonchuda disse enquanto o médico checava os batimentos dela.

— Talvez não tenha sido o soro, chame o Doutor Wayland — ele falou diretamente para Kaelie. — Pegue a anestesia, Amabel. Precisamos correr. — Ele pegou um aparelho para medir pressão. — Preciso que saia e espere na recepção, avisamos quando os dois tiverem alta. — Disse diretamente a mim.

Sai da sala, vendo Kaelie voltar para o quarto junto com outro doutor, este menos bonito, talvez até carrancudo demais. Estava confusa enquanto voltava até a recepção, Jace veio correndo na minha direção.

— Como ela está? — Balancei a cabeça e tentei dizer que não sabia, mas nada saiu por minha boca.

Se Clary não ficasse bem, eu não sei o que faria. Não poderia ser nada grave, mas se fosse, como Jace ficaria? E Jocelyn? Nós não podíamos perde-la.

Simon estava sentado ao lado de Luke nas cadeiras desconfortáveis que tinham ali, me sentei ao seu lado. Seus olhos me observavam preocupados por trás das lentes do óculos que ele havia colocado.

— Ela vai ficar bem? — Ele perguntou passando o braço por meu ombro.

— Eu não sei.

***

Não sei como e quando eu havia ido para casa. Estava cansada demais depois das horas em que ficamos esperando por respostas. Jocelyn e eu corremos alegres até a maternidade do hospital, onde tinham colocado Valentina Fairchild Lightwood. Mesmo que Clary ainda não soubesse por causa das complicações que houveram durante o parto, Jace tinha dito as enfermeiras que ele era o pai biológico da bebê, não que Sebastian fosse contraria-lo, acredito que ele tenha ficado muito feliz ao constatar que não teria que ser pai.

Pelo que Maryse tinha me dito algumas semanas antes em um telefonema animador, Sebastian estava em Idris feliz e salvo, fingindo que nunca tinha se envolvido com alguma garota nova-iorquina.

Jace ao contrário, parecia se sentir completamente paternal, ele até pediu que deixassem ele dar banho em Valentina. Os médicos disseram que ela até então não tinha nenhum tipo de deficiência, ainda estavam fazendo exames quando saímos do hospital. Ela tinha uma saúde relativamente boa e se todos os exames confirmassem, ela logo estaria em alta, ao contrário de Clary.

Clary parecia não ter acordado ainda, como um coma estranho, disseram que ela teve convulsões pouco depois que eu saí do quarto. Eu não estava entendendo nada, mas Jocelyn pediu que eu me acalmasse e que saísse do hospital para dormir e tomar um banho.

Ragnor me ligou. Escutei Simon atende-lo e explicar o que aconteceu, ninguém havia percebido nossa saída estranha do evento. Não me dei ao trabalho de imaginar como eles não perceberam.

— Você não pode ficar assim, Izzy — Simon falou se sentando ao meu lado na nossa cama. — Clary vai ficar bem, só está em observação.

— Você fala como se ela estivesse recebendo visitas e reclamando a todos da comida horrível que tinha lá — respondi. — Existe esse peso no meu peito, sinto que fui uma péssima amiga e que não consegui estar lá para ela. Os médicos entraram e eu fiquei olhando sem fazer nada, ela estava desmaiada e eu nem tentei acorda-la. 

— A culpa não é sua e de ninguém — ele acariciou minhas costas. — Valentina está bem, não é isso que importa? — Ele perguntou me dando um de seus sorrisos aconchegantes.

— Sim, — falei por fim — só estou preocupada.

— Sei o quanto sente a falta dela, mas Clary vai ficar bem. — Sorri para ele e me acomodei na cabeceira da cama. — Suspeitava que você fosse ficar meio para baixo e chamei reforços, espero que não queira me bater.

— Tudo isso é medo? — Raphael apareceu na porta do quarto, os braços cruzados sobre o peito me lembravam quando eu morava com ele.

— Parece que sim — Max surgiu ao lado dele tentando emita-lo. — Alec e Jace estão vindo, parece que Alec está tentando mantê-lo na linha, seja lá o que isso significa! — Ele se jogou na cama. — Estava pensando, vamos jogar twister ou ver algum filme de menina?

— Aposto que ela nos fará ver um filme de menina — Raphael disse fazendo cara feia.

— Um com caras bonitões e garotas que não acreditam mais no amor — Simon se juntou a eles.

— Pode ser algum sobre melhores amigas grávidas? — Perguntei fazendo a expressão de todos eles murcharem. — Ou um filme de terror, será engraçado ver as maricas chorando de medo.

— O que são maricas? — Max perguntou curioso.

— No, no, no, no, no, nada de preguntas curiosas, niño — Raphael disse desesperado a Max. O ponto de interrogação na cara de Max era evidente.

— Você é fluente em latim? — Max perguntou em um quase gritinho. Raphael bateu a mão na testa em resposta, e ao longe pude ouvi Simon rindo.

— É espanhol, Max — respondi, o sorriso de meu irmãozinho murchou.

— Que sem graça — disse para Raphael, que revirou os olhos.

— Por que ele estava aqui mesmo? — Meu amigo perguntou, Simon lhe deu um tapa na cabeça.

— Por que ele é irmão dela, seu idiota!

— Não comecem a brigar, por favor... — Murmurei e então uma chuva de gritaria nasceu. Raphael começou a gritar ao sobre Simon ser um idiota e Simon o mandava para lugares que Max não devia escutar. — O que acha de irmos fazer pipoca? — Perguntei para Max, o sorriso dele voltou.

Fomos os dois para minha nova cozinha, eu ainda não tinha parado para observar os moveis do apartamento, nem como ele era aconchegante e lindo. Era um belo apartamento, um sonho que estranhamente eu não sabia que tinha, morar com alguém que eu amasse, eu podia imaginar Simon usando um dos quartos extras para atormentar nossos novos vizinhos com sua música, minhas pilhas de desenhos espalhados pela mesa da sala e o quarto do nosso futuro filho, isso se eu conseguisse contar a ele sobre minha infertilidade e adotássemos um.

A campainha tocou enquanto eu me esticava para pegar o saco do milho de pipoca no armário.

— Já volto — falei para Max que balançava as pernas na cadeira alta de frente com nosso balcão. Eu sabia que deveriam ser nossos outros dois irmãos, Jace e Alec, os inseparáveis Lightwoods.

A cara de Alec não me deixou muito animada para noite que teríamos quando abri a porta. Ele passou por mim e caminhou até a sala, sentando-se no sofá.

— Cadê o Jace? — Max perguntou para o mais velho. Alec engoliu em seco.

— Ele foi para o hospital — meu coração disparou ao ouvir suas palavras. Como se já soubessem, Raphael e Simon vieram para sala. — Jocelyn ligou para ele desesperada, parece que alguma coisa aconteceu com Clary, e-ela não suportou e... Está morta.

Senti o impacto contra meus joelhos quando cai no chão, meu corpo sem forças e minha mente vazia. Estava tentando compreender o que ele tinha dito, mas só palavras desconexas me prendiam: está morta, morta, morta.

A palavra se repetia, eu não ouvia mais nada. Simon e Raphael vieram me alcançar assustados. Senti algo quente em minha bochecha, pensei que pudesse ser a mão de um deles, mas descobri ser uma lágrima, apenas uma dentre todas as que eu impedia de descerem.

Eu não tinha sido uma boa amiga, não a que ela precisou.

Voltei a escutar Alec aos poucos, ele dizia algo sobre Jace não querer que eu fosse ao hospital. Pediram que eu levantasse, mas eu não conseguia e só balancei a cabeça.

Braços fortes me tiraram do chão, me escondi no pescoço quente de Simon enquanto ele me levava para nosso quarto. Vi de relance Raphael passar a mão no rosto sem a expressão animada de sempre, Alec ainda estava paralisado e Max parecia perdido, eu queria o abraçar, mas não conseguia nem me confortar.

***

Senti braços me sacodindo, me forçando a acordar.

— Isabelle caralho, acorda! — Sua voz nada doce me fez abrir os olhos. Estávamos em meu antigo quarto, no apartamento em que dividíamos.

Clary estava sentada na beira da cama com uma expressão nada feliz dentro de seu pijama de gatinho favorito.

— O que foi? — Perguntei para ela irritada por ter me acordado. Estranhei estar de jeans e camiseta na cama.

— Precisamos conversar — ela falou séria.

— E sobre o que seria?

— Sobre mim. — Ela disse e ajeitou a franja ruiva atrás da orelha. — Você sabe, estou morta.

Ri sem graça.

— Não, não está. Está aqui na minha frente — respondi com uma expressão de obviedade.

— Estou apenas na sua cabeça, Izzy — balancei a cabeça em negação. A lembrança de Alec chegando em meu apartamento passou por minha mente. — Você terá que aceitar que não poderei cuidar mais de você. E preciso que cuide de alguém para mim. — Sua mão passou por meu rosto, o toque era tão real que não podia ser mentira. Ela estava ali.

— Não, você não pode ir embora — falei descontente. — Não de novo, voltaríamos a ser unidas novamente, e eu te ajudaria a criar Valentina, sendo a madrinha que a mimaria enquanto você seria a mãe ranzinza. Alec estava mentindo! Jocelyn se enganou!

— É sobre Valentina que precisamos conversar — Clary falou — quero que cuide dela por mim. Não considere isso um fardo, talvez seja um presente, mas não poderia confia-la a mais ninguém. Talvez a minha mãe, mas seria doloroso demais para ela.

— Então é isso? Vai me deixar e ainda vou ter que cuidar da sua filha? — Perguntei inconformada. — Eu quero você e não ela. A minha melhor amiga que sempre esteve ao meu lado, a melhor cunhada que eu poderia ter.

— E você me terá, toda vez que olhar para ela irá ver um pedacinho de mim, uma lembrança da melhor amizade que qualquer uma das duas já teve — seus olhos verdes brilhavam — é a única coisa que te peço.

— Não — meus braços a envolveram num abraço apertado. — Não me deixe.

As mãos pequenas e delicadas dela acariciaram meu cabelo, enquanto eu me agarrava a ela.

— Eu amo você, Izzy.

— Eu também te amo — minha voz estava embargada e meu choro parecia se tornar incessante. Um soluço me escapou.

— Ela precisa de você — Clary sussurrou. — Um dia você chorou para mim nesse mesmo quarto por um filho que você não teria mais, essa é a sua chance, Isabelle. Agarre-a.

— Eu não sei quero.

Levantei da cama assustada, Simon estava sentado na ponta da cama com os cotovelos apoiados nos joelhos e o rosto entre as mãos.

— Simon — ele se virou como se tivesse despertado de um transe. — Podemos ir ao hospital? 


Notas Finais


Até o próximo capituloooo


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