História Caos Irreversível - The Last Ring of the Petal Bell

Autor ON

Ambos Eddie e Killum corriam pelas escadas para tentar procurar por Killua. A garota não sinalizava de maneira alguma para que a achassem, e isso provocava uma incerteza quanto a sua vida. Killum resolve utilizar os corredores para tentar achá-la, pois o mesmo acredita que a garota não saiu do mesmo andar que eles. Os sons do laboratório se tornaram fracos e silenciosos aos poucos, deixando um clima morto e tenso pairar sob suas espinhas. 

Um cheiro estranho vinha de um lado dos corredores, incitando algumas das criaturas presas nas celas. O garoto chega correndo na direção de onde vinha o cheiro, se separando com Killua perfurada por uma estaca negra, com seu sangue se esvaindo, escorrendo pela estaca até pingar no chão. O garoto junto de Eddie, tentam retirá-la daquele jeito, porém é impossível tirá-la de lá, pois é perigoso, porque pode ser que isso piore a situação em que já está. Mesmo assim, Eddie presume uma ideia de quebrar a estaca usando sua cauda, enquanto Killum a retira da lança que a empala. Os procedimentos médico-cirúrgicos viriam depois que tudo estivesse resolvido. 

Após retirar a garota daquele estado, Killum e Eddie a carregam até a saída mais próxima do laboratório, que seria a entrada principal, o portão do bunker. O peso da garota não era tão grande a ponto de ser difícil de carrega-la, mas o fato de estarem muito próximos de qualquer perigo, fazia a situação ficar mais tensa e cautelosa a cada passo. Killum parecia calmo demais com tudo isso, mas era só para parecer mais com um homem, pois esse garoto não passa nada mais que a impressão de ser um. 

Chegando no fim das escadas que levavam ao portão do bunker, Eddie solta Killua e começa um procedimento demorado de cura intensa em seu estômago, que tinha sido praticamente destruído. Seus órgãos internos não respondiam direito, dando a impressão de que faleceria em breve. Os olhos do garoto estavam longe, olhando o céu com atenção, tentando achar uma resposta a como sair deste momento de vida ou morte.

Autor OFF

Killum ON

Não sei se estou agindo do jeito certo, mas vai ter que ser assim. Não posso parecer uma criança o tempo todo, eu tenho que aceitar o peso das consequências desse mundo impiedoso. Pouco a pouco o destino me tira uma peça importante da minha história, me fazendo de bobo enquanto brinca comigo! 

Soquei o chão, fazendo minha mão começar a sangrar.

- Toda vez que estou tentando te proteger... você volta e age de maneira imprudente, arriscando sua vida... Você está querendo mesmo me matar, Killua...

Falei baixo para mim mesmo ouvir, mas Eddie tinha orelhas bem desenvolvidas para ainda assim me escutar.

Eddie: não culpe-a pelas suas ações, garoto. Se você não fosse alguém tão descuidado, isso não teria acontecido!

Ele se levantou deixando o resto de sua mágica curar automaticamente Killua.

Eddie: seu descuido pôs Killua neste estado! Se você prestasse mais atenção em vez de ficar se preocupando com ela, isso NUNCA, JAMAIS, poderia acontecer!

- O que?! Você ao menos sabe do que está falando?! Você é apenas mais um deles, ponha-se no seu lugar, sua aberração!!

Disse sem pensar antes, me arrependendo do que falei logo em seguida.

- E-Eddie, foi m-

Ele me interrompe com uma voz ríspida.

Eddie: não precisa se desculpar. Isso é normal vindo de "vocês"... Já estou acostumado.

Eu estava enganado. Não é o destino que toma as coisas preciosas de mim... Sou eu mesmo que as perco...

Eddie: temos que correr daqui, aquelas sombras vão vir sedentas pelo cheiro de sangue. Pare-as e eu vou seguir em frente, entendido?

- S-sim... Mas Eddie... Me perdoe pelo que disse, não foi intencional...

Eddie: eu entendo, garoto... Apenas vamos sair daqui rápido, resolvemos isso depois quando for dar toda a sua comida para mim...

- O QUE?!

Eddie: combinado então. Vamos nos concentrar agora...

Ele saiu correndo com Killua nas costas, pulando por cima das sombras e subindo pelos prédios. 

- Espera!

Fui o acompanhando enquanto eliminava as sombras com minhas mãos, já que não tinha as mesmas habilidades acrobáticas dele. Percebi que no meio do caminho, uma presença negativa se acumulava de um lado das ruas, seguindo-nos. 

- EDDIE!!

Eddie: o que foi, garoto?!

- DESCE!!

Uma onda de chamas consumiu o próximo prédio em que Eddie iria pular. Ainda bem que consegui avisar a tempo.

Eddie: o que foi isso?!

Uma silhueta preta se formou do lado de Eddie, correndo ao seu lado.

Dr. Sunshine: OLÁ, EDDIE!!

Eddie: é ruim, hein!! Dispersar!

Uma onda de choque jogou o Dr. Sunshine com tudo contra o prédio ao lado.

- Vamos até as Dark Woods, podemos despista-lo lá!

Eddie: ao seu comando!

Desviamos nossa rota em direção a floresta outra vez. Só que agora não será para NÓS se perdermos. 

Tivemos que pular e se arrastar pela floresta que ainda estava derrubada e alagada pela tempestade anterior. Os troncos estavam todos caídos pelo chão, dando uma ótima cobertura para que descansássemos um pouco. Durou uns três minutos nosso descanso antes que pudéssemos escutar alguns passos vindo em nossa direção. Voltamos a correr outra vez, não olhando para trás.

Eddie: não pare, Killum! 

- Digo o mesmo!

Dr. Sunshine: e eu digo o contrário!!

Aquele doutor bizarro estava logo na nossa cola. A sua respiração estava muito perto da minha nuca, mas parecia que ele não queria a mim, mas sim Eddie, e quando tentei tirá-lo de cima de mim, eu o vi pegando uma seringa tendo MindCol como nome.

- NÃO DEIXA ELE CHEGAR PERTO, EDDIE!!

Dr. Sunshine: cale a boca! Ugh!!

Eddie começou a correr mais rápido com Killua, mas eu não podia acompanhá-los com a mesma velocidade, deixando eles fugirem sozinhos. O Sunshine ficou furioso o suficiente para me pegar em vez deles. A sua raiva foi transferida a mim em forma de socos e gritos.

Dr. Sunshine: AHAHAHAHA!! O CHEFE NÃO VAI GOSTAR, O CHEFE NÃO VAI GOSTAR, O CHEFE NÃO VAI GOSTAR!!!

Ele repetia essas palavras enquanto socava meu rosto diversas vezes. Eu não conseguia mais me mover e nem a enxergar também. Não podia me mover porque ele estava sentado em cima da minha barriga, socando minha cara cada vez mais rápido e forte. 

- (Eu consegui salvá-los pelo menos)...

Dr. Sunshine: O QUE É ESSE SORRISO?! AAAAAHHHH!! É TÃO FRUSTRANTE!!

O doutor veio com seu punho prestes a me dar o golpe final. Os segundos eram contáveis... O som era lento... Os relógios não paravam de tocar...?

Killum OFF 

Autor ON

Os sinos batiam junto dos ponteiros dos relógios naquela sala feita para um gigante de 20 metros. Tudo era gigantesco e som do relógio era de causar uma forte dor de cabeça a cada badalar que soava. O garoto não sabia aonde estava, mas não se importou em saber. 

Killum: isso já está ficando repetitivo...

Disse o garoto tentando ficar em pé.

Seus movimentos eram mais lentos que os ponteiros das horas. Seus passos demoravam uma volta e meia. Seu piscar de olhos marcava meio-dia. Com tamanha incerteza e motivo do porquê de estar ali, Killum tentou ao menos procurar saber do que se tratava este lugar.

Uma voz respondeu-lhe sem nem precisar perguntar.

- Bem-vindo, Killum... 

Killum: bem-vindo a onde? Ou seria mais "ao quê"?

- Bem-vindo a última queda de sua pétala...