Autor ON
A garota se via perdida no meio de vários corredores e estrondos naquele laboratório abandonado. As paredes feitas de metal prolongaram barulhos que podiam ser ouvidos a distâncias longínquas. A garota correu por mais alguns metros dentro daqueles corredores até chegar a um elevador, que pelo aparente parecia intacto. Sua ignorância fez com que ela entrasse no elevador sem hesitar, subindo aos andares superiores sem saber aonde estava realmente indo.
Chegando ao andar superior, Killua se deparou com milhares de celas de contenção, a maioria estava vazia, mas algumas continham seres e objetos bizarros, aprisionados e trancafiados nas celas sem ter escapatória. Agora já dava para saber da onde vinham os sons.... Após correr tanto em busca de Killum, a garota já estava cansada sem rumo ou caminho para voltar. A mesma se via perdida no meio dos milhares de corredores e alas enumeradas de 01 a 100.
Autor OFF
Killua ON
Eu estou perdida, disso eu tenho certeza pelo menos. Como eu fui parar aqui? Não sei nem como voltar agora, droga! Esse lugar tem um cheiro horrível além de ser assustador; as luzes não param de piscar e os grunhidos destes monstros me assustam demais. Eu estou com medo...
- K-Killum... aonde você está, por favor...
KILLUA!!
Eu olhei para o fim do corredor e numas das celas estava Killum, amarrado em uma cadeira. Corri o mais rápido que pude com lágrimas em meu rosto. (Killum! Eu estou aqui)...
- Finalmente, você n-não sabe pelo que passei! Esse lugar é assustador... V-vamos sair d-daqui K- AAAAHHH!!
Killum havia se despedaçado quando entrei dentro da cela, virando uma poeira cinza que caiu no chão. Eu recuei e bati as costas na porta da cela, que havia fechado sozinha quando entrei ali dentro.
- SOCORRO!! ME AJUDA!! KILLUM!!
Minhas palavras inúteis não faziam efeito. Killum não estava aqui e era impossível dele me achar. Minha falta de percepção está tão fraca e estou tão cansada... Minha voz já se esgotou de tanto eu gritar por ajuda. Eu estou ficando sem ar aqui dentro; está ficando difícil respirar...
- Alguém... Por favor...
Não restou nada para mim fazer, eu fiquei cansada e não tinha como respirar, restando apenas com que eu desmaiasse no chão, esperando a minha morte horrível vir...
- Eu... não quero m-morrer... desse jeito...
Fechei meus olhos e não voltei a acordar tão cedo.
Killua OFF
Autor ON
A garota permaneceu sem consciência por mais de três dias dentro daquela cela. Seu cérebro foi drasticamente afetado pela inserção de MindCol no sangue. Suas vias respiratórias estavam quase fechando, o que resultaria num falecimento breve. Não há escapatória desse lugar, o que lhe resta é clamar por ajuda... Mas agora, nem isso consegue fazer mais.
No começo do quarto dia, sem consciência, Killua acorda tentando perceber aonde está, porém, não consegue se manter de pé, pois passaram-se três dias em que não come nem bebe, estando fraca e muito vulnerável, continuando ainda trancada dentro daquela cela.
Autor OFF
Killua ON
Eu... ainda estou aqui...? Como... eu ainda não morri? Quantos h-horas se passaram?
- Ugh... (N-não c-consigo nem m-me levantar)...
Minhas pernas não me obedecem, igual ao meu corpo todo. Eu apenas estou olhando o chão em que estou deitada, pois não consigo me mover...
- (Por que ninguém veio ainda? Você vai me deixar para morrer mesmo, Killum...?)
Tentei chorar ao pensar nisso, mas eu estava tão desidratada que nem saiu uma simples lágrima. Meus olhos estam cansados demais para se manterem abertos. Está difícil até de falar com a garganta tão seca assim...
Resolvi ficar deitada no chão, já que não podia fazer nada para sair dali mesmo, e provavelmente esse será meu último lugar de vida também.
- Ki.... llum... (Que dor...)
Escutei sons de passos vindo do outro lado desta cela, parecendo vir em minha direção. Os passos ficavam mais altos igual a minha esperança, porém eles pararam e começaram a se distanciar. O pouco que restava de minha voz eu utilizei para chamar seu nome...
- K.... Ki.... KILLUM!!
Os passos aceleraram vindo até minha cela. Fiquei tão aliviada, mas isso acabou na hora em que ele chegou até aqui, pois não era quem eu esperava.
Um homem alto me olhava através da cela. Seu cabelo era grisalho na cor azul-cinzento (parecendo um pouco jovem), ele vestia uma roupa típica de um cientista com um jaleco branco. Seus olhos eram meio avermelhados (provavelmente por cansaço) e ele usava um óculos retangular. Me encarando com um sorriso assustador na cara, este homem falou comigo...
???: SURPREENDENTE!! MAGNÍFICO!!
Ele bateu o rosto no vidro da cela, fazendo-o rachar. Sua testa começou a sangrar em seguida.
???: É impressionante como as coisa funcionam, não é verdade?! Como é possível?! A garotinha louca acaba de voltar para a casa da loucura! Isso é imprescindível!! HAHAHAHA!!
- (Que medo, que medo! O que é isso?! Não! Pare!!)
Ele abriu a cela com um soco no vidro, espalhando os cacos sob meu rosto. Suas mãos fortes e robustas seguraram meu braço, me puxando para perto de seu rosto, me encarando olho por olho.
???: Hahahahah!! Como ficou viva?! É impossível! Sua danadinha, você fugiu não foi?!
- (Para, por favor!! Está me assustando!)
???: Que expressão linda! MAGNÍFICA!! Mostre-me mais!!
Ele retirou de seu bolso no jaleco, uma seringa com um líquido azul-claro brilhante, espetando-a no meu braço. Minha visão começou a ajustar logo em seguida, e meus músculos começaram a me obedecer de novo. Me senti renovada outra vez.
???: Olá, criança! Diga-me sua numeração.
Respondi não sabendo o que eu mesma estava falando.
- Killua. Número 27.
???: MAGNÍFICO!! É VOCÊ MESMA!!
Ele soltou o meu braço me jogando de costas contra a pia que havia na cela, quebrando-a em pedaços. Um dos pedaços da pia estava do meu lado e eu o peguei para me defender.
- F-FIQUE LONGE!!
Apontei o caco na sua direção mesmo estando tremendo de medo.
???: Sugiro que me chame de Nyukan, sua PIRRALHA!!
Ele avançou me dando um soco na minha barriga. A força de seu soco foi o suficiente para mim vomitar.
Nyukan: HAHAHAHAA!! EU ESTOU TÃO FELIZ EM TE VER, CRIANÇA!! O CHEFE FICARÁ ORGULHOSO!!
- SAIA DE PERTO!!
Esfaquiei-o no pescoço usando o caco. Nyukan agonizou e caiu no chão e eu saí correndo pelo buraco na cela feito por ele. Quando passei pelo buraco eu acabei me cortando por toda parte, deixando um rastro de sangue pelos corredores. Corri o mais rápido que pude, mesmo estando quase imóvel pela força que aquele homem me atirou. Cheguei ao final do corredor e entrei dentro do elevador, apertando freneticamente o botão para descer ao andar da onde eu vim. O elevador fechava a porta lentamente, e pela fresta das portas eu vi ele vindo correndo na minha direção.
Nyukan: KILLUUAAAA!!!
Eu corri para o fundo do elevador e Nyukan (parece o nome dele) bateu com força nas portas, não conseguindo entrar, mas ainda assim deixando uma marca prensada de sua mão no metal. Eu sentei escostada na parede, chorando de desespero.
Os minutos dentro do elevador pareciam horas, e quando cheguei no andar de baixo, corri para fora com toda velocidade, correndo até os prédios da Capital e ignorando todas as sombras que estavam no caminho. Minhas forças foram se esgotando e eu caí no meio de um beco entre os prédios, que parecia ser o lugar mais seguro possível para desmaiar outra vez. O sangue ainda escorria dos meus braços e pernas que foram cortados pelo vidro da cela. Minha visão ficava turva e eu estava tremendo. No último vislumbre que tive, vi alguém se aproximar e me levar para longe.
Killua OFF
Autor ON
A garota dormiu o resto do dia num abrigo feito dentro de um dos prédios da Capital. Ela acordou presa a uma cama com uma pessoa aplicando injeções em seu braço. Killua não gostou daquilo e começou a se debater, mas isso foi inútil, pois mesmo assim ainda foi possível que inserissem a agulha em sua pele. O líquido queimava quando entrava em suas veias, mas Killua não conseguia gritar, porque sua boca estava amordaçada com um pano.
A garota chorou durante o processo, mas depois se acalmou e se sentiu um pouco melhor, recuperando a visão e o resto dos sentidos, continuando ainda assim, fraca o suficiente para ter dificuldade de se locomover. A pessoa a sua frente era um garoto completamente exausto, que retirou o pano de sua boca e as coisas que a prendiam na cama.
Autor OFF
Killua ON
- Q-quem é você...? O que fez comigo?!
Peguei um pão que estava na cômoda ao meu lado e o apontei no seu rosto.
???: E-ei, se acalme! Estou INTRIGADO com sua atitude, haha! Eu apenas te dei um pouco de AECOTINA.
- Você é um idiota, Ki-
Ele me interrompeu.
???: Olá outra vez, Killua...
Aquele garoto sorriu para mim depois de tirar aquela máscara (que normalmente usam em cirurgias). Fiquei muito surpresa, e após isso, comecei a chorar que nem uma criança, abracando-o.
- Por que n-não veio a-antes? S-seu idiota! (Oh meu Deus, Killum. Finalmente te encontrei...).
Killum: desculpe... Me perdoe, eu estava perdido e não sabia onde te achar... M-me desculpe...
Killum retribuiu o abraço e chorou junto comigo. Eu nunca mais quero ficar perto daquele lugar, nunca mais...
Killum: venha, tem um lugar para você descansar aqui...
Saindo do abraço, Killum me guiou para uma pequena tenda.
Killum: é confortável e quente para você.
- A-aonde você vai dormir...?
Fitei-o nos olhos por um momento enquanto estávamos perto um do outro. Quando percebi o que estava fazendo eu o soltei e virei o rosto, envergonhada com o que tinha feito.
Killum: n-no canto ali, mas não vou ficar longe, não se preocupe!
- N-não!
Killum: não?!
- Não... (O que estou fazendo?!)
Killum: hmm... Que tal assim, eu fico do lado de fora da tenda fazendo companhia para você, mas só até você dormir... Está bem?
- Por que não pode ficar comigo? Sempre fizemos isso...
Vi ele ficar um pouco envergonhado e me respondeu um pouco baixinho.
Killum: n-não podemos fazer mais isso, é errado, além disso, eu sou um garoto e você é uma garota!
- O que isso tem a ver...? Não lembro de você ter dito que isso é errado...
Killum: (Por que você não se toca?!) I-isso é senso comum, Killua!
- Hm? Vai mesmo tentar me convencer com isso?
Killum: v-v-vamos de uma vez! Droga... (Você é tão impossível!).
- Hehe, vamos!
Sorri para ele, o abraçando de novo.
Killum: você não tem jeito, hmph (Não acredito que perdi para ela, caramba)...
- Você é horrível em perder, Killum.
Killum: e você é horrível em compreender!
- Hehe! Idiota...
Killum: somos dois idiotas... Agora vamos deitar logo...
- Não sei se consigo dormir...
Killum: quer fazer o que então?
- Eu tive uma ideia!
Killua OFF
Autor ON
A noite terminou com os dois conversando dentro da tenda, esquecendo tudo o que se passou antes disso. Não importa o quão a vida é difícil para ambos, pois enquanto tiverem um ao outro, o mundo acabará com os dois aí mesmo tempo...
Subject 27 Out of Contention
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