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História Captor - Capítulo Único


Escrita por: Atrevida-

Notas do Autor


Girls, hit your, "Hallelujah"
Girls, hit your, "Hallelujah"

Olá serumaninhos e serumaninhas.
My name is Bond, Mari Bond.
Brincadeira.

Eu sou a Miranda, mas Pehssego já está otimo ‘u’. Essa não é a primeira fanfic que eu escrevo, but, é a primeira que eu compartilho com o mundo. E gostaria de dedicar ela a @Wisteria- por ter me infernizado ate o ultimo átomo do meu corpo existente para posta-lá. Grata pelo esforço Sue. Sei que te fiz esperar muito por ela, mas , pegue, aproveite e espero imensamente goste.

Ah vocês, também espero que tenham uma boa leitura, e desculpem-me se essa one não for do agrado de vocês, mas eu tentei :)

Perdoem qualquer erro.

Au Revoir

Capítulo 1 - Capítulo Único


Me encostei sobre a janela, sentindo a brisa do verão tocar delicadamente minha face, e inspirando profundamente, deixei meu corpo relaxar após todo o stresse que passei hoje. Me coloquei a observar os outros alunos passarem abaixo da varanda. Garotas falavam sobre garotos e maquiagem . Gorotos falavam sobre times de futebol e quantas meninas eles comeriam na próxima festa em que eles iriam. Isso me dava nos nervos. 

 

Ninguém mais falava sobre algo realmente interessante. Ninguém tirava do seu tempo para discutir sobre o final de algum livro de ficção. Eu realmente sentia pena dessa geraçãozinha de merda que o mundo construía. 

 

Estava tão distraído com essa ideia que nem percebi quando aquele Captor arrogante tinha chegado e parado para me olhar lá de baixo. Eu o lancei um olhar duro, e ele esbanjou um sorriso fino de volta. Seus braços se encontravam apoiados a cintura, em uma pose debochada. 

 

Sollux Captor. Era um garoto metido a nerd, mas que na verdade passava seu dia atrás de um computador vendo vídeos pornôs e jogando Dota, League of Legends e Minecraft. Oh, céus, aquele jogo de bloquinhos irritante, como alguém tem paciência para isso? Só esse maldito mesmo. 

 

- Bela vista hein Ampora? - Ele gritou, sorrindo contagiante. Revirei meus olhos e bufei. 

 

- Vê se me erra Captor. O que você quer? - perguntei , tentando evitar enrolações vindas de sua parte, como ele sempre fazia . 

 

- Que você desça, é importante. - Ele disse, me fitando calmamente. Semicerrei meus olhos, tentando notar alguma expressão que me dissesse o contrario, mas ele não demonstrará nada. Ainda desconfiado, concordei. 

 

- Está bem, espere um minuto - Afirmei e ele balançou a cabeça de forma positiva. 

 

 

Comecei a ir em direção a porta , mas logo notei que, estava com uma roupa inadequada para sair em meio a pessoas, e com certeza não passaria despercebido por elas. Acabei tendo que trocar de roupa antes de sair. 

 

Alguns minutos depois eu usava uma camiseta preta, de manga curta, simples e uma calça azul escuro. Meu cabelo continuava um pouco bagunçado, mas era aceitável no momento. Acabei me recordando do dia em que eu resolvi pintar a minha famosa mecha roxa nele, meu pai ficou me irritando por semanas. Hoje em dia ele nem se importa mais com isso. Eu apenas acho que ele devia concordar que , sendo meu cabelo castanho escuro, uma mecha roxa ficava muito legal. Apenas acho. 

 

Parei de pensar em coisas aleatórias quando me dei conta de que já estava de cara com a porta de entrada do meu prédio. Quer dizer, estava mais para uma casa de três andares, mas ainda assim, chamo de prédio. Não era grande como uma casa, e vários outros estudantes dormiam aqui, incluindo meu companheiro de quarto, Karkat Vantas. 

 

Pude ver através do vidro, um Captor sentado sobre a calçada , mexendo em seu celular despreocupadamente. Abri a porta e andei de forma mais barulhenta possível para que ele notasse minha presença, e assim ele o fez, tirando sua atenção do aparelho e olhando para mim. 

 

- E então? - Questionei cruzando meus braços, enquanto Sollux se levantava, limpando o short jeans. 

 

- Bem, eu vim aqui a pedido de alguém - Afirmou enquanto levava a mão ao bolso - A Feferi me pediu para lhe entregar essa carta. - Ele disse e esticou o papel para mim. Eu a peguei, já sentindo meu sangue ferver. Deus, hoje não. Pensei, enquanto já tinha em mente do que estaria escrito ali. - Olha, eu sei que não tenho nada a ver com isso mas, Eridan, a Feferi parecia muito mal, sabe, e.... - Eu o cortei, antes que ele continuasse com aquela baboseira. 

 

- E ela parecia estar arrependida de algo? Parecia sem chão, e sem esperanças? Ela tinha os olhos vermelhos como se tivesse chorado a noite inteira? - perguntei amargamente, e só pelo seu olhar, eu tive minha resposta. - Sollux. Não me venha com essa. Não é a primeira nem a ultima vez que aquela...aquela... Essa coisa manda recados para mim. Olha, você sabe, todo mundo sabe, que eu namorei ela, mas está acabado Sollux, e ela tem que entender isso. Esse draminha que ela faz quando manda alguém vir me dizer algo em nome dela não é novo. O que ela te falou? Que não tinha coragem de me ver pessoalmente? De que ela sentia vergonha de si mesma? Pois fale a ela que, como ela acha que eu vou dar uma chance para ela se, todos os finais de semana eu vejo ela passando aqui em frente com alguém diferente? Eu não sou idiota. E nem você, agora faça o favor de devolver isso a ela e manda-la ir se danar na casa do cacete - Afirmei entregando a carta de volta. Ele parecia surpreso com aquilo. 

 

- Isto, é verdade Eridan? - perguntou. Fora uma das poucas vezes em que eu o vi desorientado, sem saber exatamente o que pensar. É claro, ninguém nunca ouvia o meu lado da história, era apenas Feferi, Feferi, Feferi...

 

- É. E diga a ela que ela não faz o meu tipo - Afirmei e dei as costas para ele. Andei até a porta , pronto para abri-la quando escutei Sollux deixar uma risada escapar. Eu me virei para ele e o mesmo já se contorcia tentando não cair no chão de tanto rir. - Do que você esta rindo animal? - Perguntei

 

- É que - fez uma pausa. ele tentou recuperar o fôlego, mas estava difícil. - Bem, eu não sabia que O Eridan Ampora passava por problemas amorosos, e eu, bem, imaginei você chorando por alguém, sabe?! - Respondeu, e eu o encarei com a maior cara de merda possível. Analisei também a sua aparência. O sueter branco e cinza que ele usava, não favorecia muito, afinal sua pele era muito pálida, além da calça skinny e o all star velho bicolor. Seus cabelos negros tinham um desfiado estranho, porém agradável de se olhar. Mas agora, aqueles óculos 3D que ele usava , era demais. Santa falta de gosto, aquilo o deixava ridículo. Não que os óculos fossem feios, mas, que graça tem usar aquilo, sendo que a visão do ser humano já é em 3D? Eu juro que não entendo. Mas o fato era que, ele parecia alguém morto, com toda aquela palidez, que tinha um gosto estranho por assessórios. E o que eu queria naquele momento , era fazer ele ganhar o tom de roxo de tanto eu o socar. 

 

- Escute, imbecil. Eu não estou passando por problemas amorosos, ela esta. A Feferi que não sabe o quer. Eu sei que, a quero longe de mim. Ela é mimada, chata, irritante, e grudenta. Eu nem sei porque na verdade, comecei a namorar ela, talvez por pena, mas acabou, e ela tem que superar isso e parar de me amolar. - Ditei puxando a porta e colocando metade do meu corpo para dentro do prédio. Ele me parou . 

 

- Espere, eu posso entrar? - Perguntou. Eu olhei para sua mão em meu ombro, e depois para seu rosto, e novamente para sua mão, e quando estava pronto para dizer um não...

 

- pode - Afirmei ,e ele sorriu. Dei espaço para ele passar, eandei, enquanto ele me acompanhava. "Porquê eu não o impedi?" Dia de merda. 

 

 

Andamos , e em poucos instantes já estava abrindo a porta para que ele entrasse. Assim que nós encontrávamos lá dentro, eu disse para ele se sentar e assim o fez. Me sentei em uma cadeira a sua frente, e observei. 

 

- Eridan - Começou, enquanto se ajeitava melhor no pequeno sofá em que sentará- Para ser sincero, eu acho que você realmente não devia aceitar a Feferi de volta. - Ditou. Ele mexia seus dedos de forma aleatória, e quase me deixou irritado em não ver um padrão naquilo. 

 

- Por que está dizendo isso? A alguns instantes você tentará me convencer do contrario - respondi sem muito animo. 

 

- Olha, aquilo era o que ela me pediu para lhe dizer. Mas no momento em que ela me entregou essa carta, eu sabia muito bem quem estava tomando a decisão certa. Fora que, existem outras pessoas que gostariam de estar com você Eridan. Que gostam de verdade de você. E eu sei que com certeza não é a Feferi. 

 

- HM. E espera, que outras pessoas? - Perguntei. Por mais que eu estivesse sempre reclamando das outras pessoas, eu também não era uma pessoa muito agradável de se conversar. Por isso, naquele momento , não dava para pensar em alguém com cabeça para me aturar. 

 

- Apenas outras pessoas. E uma delas está fazendo algo contra vontade nesse momento. Mas olha, quer saber, já está tarde, eu tenho que ir. - Sollux disse tão rapidamente que quando eu finalmente processei o que ele tinha dito , ele já se encontrava na porta. 

 

- Hey, espere, do que você está falando? - Questionei. Ele me encarou , intimamente e eu revidei o olhar. Nos encaramos por alguns instantes, e aquele sentimento agoniante voltará. Novamente não. 

 

 

Eu estava, estava tão perto. Tinha conseguido minha certeza de que não sentia mais nada por ele, mas eu apenas me enganará. "Idiota". Não queria, e não quero,  mas ultimamente parece que eu não tenho muita escolha se não a de aceitar o verdadeiro motivo pelo qual eu tinha terminado com Feferi de vez. Eu estava apaixonado por outra pessoa. Um maldito e infeliz jogador de Dota e Lol. Que vergonhoso. E agora ele estava ali a minha frente, tão perto...

 

 

  Me pergunto em que momento todas as nossas discussões passaram a serem agradáveis para mim. Em que momento, durante nossas brigas, eu deixei de querer o arrebentar para poder o abraçar. O fato era que, na verdade, eu encontrei um ponto entre as duas coisas. Eu o odiava. O odiava por ter notas melhores do que as minhas, odiava por ele ser mais social do que eu, o odiava por ser mais amado do que eu, e ter Aradia para ele, por que ela sim se importava com ele, diferente de Feferi. Mas eu amava sentir isso por ele. De alguma forma, ele me tirava das loucuras da vida. Quando eu brigava com ele, era apenas aquilo e nada mais. Não tinha Feferi tentando voltar. Não tinha apresentações da faculdade, era apenas eu e o bom e velho orgulho contra a teimosia dele. Era estranho, eu sei, mas , eu queria o matar, e ao mesmo tempo amá-lo incondicionalmente. Literalmente, entre Tapas e Beijos. 

 

Estava perdido em seus olhos. Eu queria que ele dissesse algo, ou que eu dissesse,mas aparentemente estávamos atordoados demais em encarar um ao outro para isso. Mas ele o fez, quebrando o silêncio estranho que se fazia ali.  

- Você vai mesmo ficar ai só me encarando ou vai me beijar logo?  - Ele perguntou me fazendo gelar na hora.  Será que era tão visível assim que eu gostava dele?  

 

- O que?  - Perguntei intrigado.  Fora mais por mania,  do que por falta de entendimento.  Eu havia compreendido perfeitamente o que ele havia dito.  

 

- Oh santo mago dos gifs de gatinhos.  Eridan,  você é um tonto!  Ou será que é apenas sonso demais?  - Questionou.  Eu o encarei,  sem entender nada do que ele estava dizendo.  Pensei que pudesse ser uma idiotice mas ele parecia realmente achar que eu era umas duas coisas.  - Vem cá - ele afirmou revirando os olhos,  e me puxando contra si.  Eu não consegui acompanhar meu próprio raciocínio no momento.  Apenas senti seus lábios doces e suaves contra os meus.  Estava pronto para fechar meus olhos quando ele me soltou e saiu batendo a porta com força.  E eu fiquei lá parado,  piscando os olhos inúmeras vezes tentando compreender o que acabará de acontecer.



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