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História Carisma No Dai Bouken - Dad, we need to talk


Escrita por: RedHotozo

Notas do Autor


Primeiramente, eu devo muitas desculpas, primeiro pela capa, que eu tive que editar nas pressas (não ter uma mesa digitalizadora é foda viu)
Segundo pela demora, por que esse capítulo era para ter saido no dia dos pais.
Terceiro pelo fato de que eu sei que eu vou demorar mais ainda para postar o próximo.
Mas fiquem com esse enorme capítulo!

Capítulo 10 - Dad, we need to talk


Fanfic / Fanfiction Carisma No Dai Bouken - Dad, we need to talk

Tem uma semana que descobrimos com quem devíamos falar, e, eu devo admitir, não estou bem com isso.

Entenda, não é que eu tenha medo de ir atacando diretamente, eu só acho que ele é mais importante para nós assim, vivo. Também tem o fato de que ele trabalha na empresa do meu pai, e ele praticamente vive lá, então atacar ele significaria ter que entrar lá e ataca-lo, ou pelo menos pegar mais informação com meu pai sobre ele, mas o "grande senhor Killan" nunca me deu nenhuma espécie de acesso ao sistema da empresa.

E aí pode surgir a pergunta: "Por que diabos ele não falou com o pai dele logo?"

O ponto é: eu e meu pai nunca tivemos a melhor das relações. Ok, posso dizer que "nunca" pode ser demais, mas vamos considerar que desde meus oito ele nunca fala comigo como antes. Ele está sempre trabalhando ou em viagem e quando vem falar comigo como uma pessoa de verdade, quando finalmente tem uma pausa para ir para casa, ele só diz "Como está o colégio?" Ou "E as notas?"

Ele só é meu pai quando se trata de notas e colégio, não um pai para brigar sobre essas coisas, ele nunca teve o que reclamar sobre mim. E talvez você acha que isso é bom, mas não é. Eu realmente queria que ele falasse mais algo, que ele me desse mais atenção, mesmo que fosse só para brigar. Eu só sinto que não existo para ele, que ele só me vê como algo que dá prejuízo com estudo e alimentação, mas eu garanto que não era assim antes, quando ele era pequeno ele até era mais legal, mas foi só aquela porcaria de empresa começar a crescer para ele me esquecer completamente. E sim, eu vou falar com ele, quando ele vir para minha casa, não que eu tenha medo de ter que ir na empresa para enfrentar ele, ou talvez eu tenha... sei lá.

Mas vamos ao que interessa, eu ainda tenho aula, eu ainda tenho que ir para o colégio. Eu levantei mais ou menos as seis e tomei banho como o cotidiano. Quando sai do banho vi que estava chovendo, e eu já tinha me acostumado a ver chuva, por que os dias amanheceram chovendo desde segunda, e já era sexta. Eu acharia bem incomum, mas na semana passada não tinha chovido, então acho que fazia sentido chover essa semana. Vesti uma calça jeans e uma blusa social de manga comprida, aproveitei e peguei meu casaco amarelo, nada especial sobre ele, é só amarelo. Arrumei meu cabelo e desci.

Pelo menos Chris não estava ali e eu poderia comer livremente. Não que eu odeie ele ou algo assim, mas logo de manhã não estou preparado para lidar com as piadas dele, então finalmente pude ter um café da manhã ótimo, com ovos, bacon e chocolate quente. Comi meu café na maior alegria, me despedi da minha mãe e peguei meu guarda-chuva. Bem, o dia tinha começado bem, não é? Na verdade... sim! O dia começou bem, e dias não começavam assim a muito tempo! E eu realmente pensei que o dia sairia bem, eu até sou um fã de chuva. Até que eu escutei alguém tocar a campainha, e adivinha quem era?

_Chris?- Eu falei surpreso, mesmo que eu não devesse estar surpreso.

_Mano! Eu pensei em passar na sua casa e...

_Eu sei eu sei, qual a do guarda-chuva?- Perguntei apontando para o guarda-chuva, que parecia muito grande, até mesmo para ele, e aí percebi que ele escondia uma das mãos nas costas.

_É o único que eu tenho! Pera, você ta de bom humor?

_O dia começou bem, então eu estou bem.

_Não sei se eu rio ou fico surpreso!- Ele deu uma risada leve- Mas... eu estava passando e pensei...- Ele parou de falar, como se quisesse que eu adivinhasse.

_Em que Chris?- Eu perguntei, com medo da resposta.

_Beeeeeem... Eu tava passando em uma padaria aqui perto... e como aqueles pães doces recheados são seus favoritos...- Ele mostrou a mão que estava escondendo, que segurava uma sacola de papel- Eu comprei alguns!

_Que?- Eu falei, surpreso.

_An... Não gostou?

_Nã-não! Eu só to meio surpreso, pensei que ia ser alguma piada sua... Mas... Obrigado!- Eu peguei meu guarda-chuva, abri e comecei a andar.

Eu e Chris andamos o caminho conversando, comendo sonhos. O dia estava realmente legal, então pretendia que continuasse assim. Quando entramos no prédio dos segundos anos acabamos encontrando com Jenny e Anna, que já voltado do "hospital" que o senhor Greenway a colocou. Desde a semana passada ela já parecia ter começado a ter um maior controle do seu Stand, que Jenny colocou o nome de "Style", ela estava até treinando comigo, Chris e Jenny, ela estava aprendendo rápido, mas não parecia de falar muito.

Ok, ela falava muito com Jenny, mas não dirigia mais de duas palavras até mim e Chris, ela sempre parecia estar muito nervosa, ainda mais quando Chris inventava de molhar todo mundo com água, mas eu não sabia se era pelo fato dela estar molhada, ou de nós ficarmos molhados, se é que você me... Pera... Chris é que fala essas coisas! Ok ok, calma.

Mas, brincadeiras a parte, ela era uma boa garota, inteligente e esforçada. Explicamos exatamente o que estava acontecendo e ela disse: "Eu quero ajudar! Se a cidade está em risco... minha família e meus amigos também vão estar, não vão? Eu... não quero ser um peso, mas eu vou tentar dar o meu melhor! Eu prometo!" E bem... eu não via uma atitude assim a tempos, como eu podia dizer não?!

Quando nos aproximamos das duas que pareciam estar conversando, então tomamos o dever de dizer "oi".

_OI gente.-Eu disse me aproximando com Chris.

_Iae Jenny? Como tá Anna?-Disse Chris, já abrindo a mão para pedir um cumprimento.

_Iae.-Jenny disse enquanto mascava um chiclete e batia na mão de Chris.

_O-oi...-Falou Anna.

_Já sabem? O velho G contratou um cara novo no lugar do inspetor Yaoi.

_Inspetor Yaoi?-Perguntei confuso.

_Ah, foi o apelido que eu dei para o Clarencio!-Chris falou e deu uma risada de leve.

_Eu não quero nem saber o porquê... Mas me diga, quem é o cara?

_Não sabemos, o velho G só disse que nós íamos ver ele hoje. -Jenny completou.

_A gente tem aula de Geografia hoje? -Chris perguntou.

_Bem, eu e Anna temos, e isso inclui você também. -Eu respondi.

_Como nunca me viram na aula de Geografia? É uma das únicas aulas que eu faço com vocês! -Jenny disse.

_Na verdade eu não sou muito bom... então eu fico perguntando umas coisas pro meu mano na aula! -Chris disse.

_É... meio que isso. -Eu disse, no fundo sabendo que "algumas coisas" significava cada palavra do professor.

Fizemos nosso caminho até a sala 2 e sentamos em um esquema de quadrado, eu e Chris em uma fileira e as garotas em outra do nosso lado, de modo que eu ficava do lado de Anna e na frente de Chris, não que isso seja importante para ser detalhado, mas gostei da nossa organização. Passamos uns quinze minutos conversando, quero dizer Chris e Jenny contavam histórias e riam para um senhor caralho, enquanto eu ria meio deslocado do assunto, tanto porque eu não sabia como mudar de assunto como porque as histórias eram engraçadas.

Não demorou muito para que o senhor Greenway entrasse na companhia de um homem com pele na cor de chocolate e com uma barba que deixava o couro cabeludo dele com inveja. Não sabia que cor era seus olhos, era um pouco indescritível quando ele estava com os óculos, mas parecia algo escuro. Suas roupas não eram muito fabulosas, eram um simples suéter azul com uma blusa social branca por baixo e uma calça social azul escuro... ou marinho... sei lá! Mas era azul, isso eu podia dizer.

_Um pouco de atenção, por favor! -Disse Greenway batendo algumas palmas e chamando a atenção de todos.

_Iae tio Green?! -Chris gritou, fazendo parte da sala rir.

_Bom dia minhas crianças! -O senhor Greenway quase que ignorou o comentário de Chris, mas ainda sim deu uma rizada de leve- Como vocês já devem saber... o professor Clarencio acabou tendo uma fatalidade...

_Ele morreu?! -Uma das garotas perguntou.

_Nã-não! Ele sofreu um acidente de carro, mas logo passará bem... Mas ele acabou pedindo demissão do colégio para poder seguir sua vida. Quero apresentar a vocês seu novo professor de Geografia, O senhor Morales!

A sala bateu algumas palmas, algumas pessoas assobiaram bem alto, e com "algumas pessoas" quero dizer Chris.

_Na verdade podem me chamar só de Lorenzo! -Ele riu, de uma forma simpática.

Eu não achei ele muito estranho, parecia um cara normal. Depois das outras palavras que o senhor Greenway tinha para dizer, o professor pegou um giz e começou a escrever no quadro negro.

_Muito bem jovens. -Ele falava enquanto escrevia seu nome no quadro- Como vocês já sabem, eu sou Lorenzo e vou estar aqui para ensinar geografia. Alguém pode me dizer o que significa?

Quase que automaticamente Anna sussurrou algo para Jenny e a outra levantou a mão.

_Você. -Ele falou apontando para Jenny.

_É uma palavra que quer dizer literalmente escrita da terra. -Ela falou.

_Muito bem senhora...

_Gillany. -Completou.

_O ponto é que quando sabemos de onde as palavras derivam, nós podemos entende-las sem nem as conhecer! Por exemplo... -Ele escreveu "confiança" no quadro- O que quer dizer isso?

Ninguém respondeu, parece que saber o significado de coisas simples é o mais difícil.

_Bem, então eu digo. "Confiança" é uma palavra que deriva do verbo "confiar". Literalmente, quer dizer "a capacidade de acreditar nas pessoas", mas todos sabemos que significa muito mais que isso. É saber que a pessoa irá fazer algo por você mesmo que não peça, que nunca irá te fazer mal... essas coisas. E essa é uma coisa que vocês podem ter comigo, isso serve para os estudiosos... -Ele olhou para mim e Anna- E para os que... tentam. -Ele olhou para Jenny e Chris.

_Hey... -Chris sussurrou chamando nós três.

_Fala... -Jenny disse inclinando-se para o lado de Chris.

_Acham que ele é um usuário?

_Usuário? -Eu disse- Bem.. não podemos confirmar nada, mas eu acho bem possível.

_Mas eu ainda não admitirei conversa! -Ele falou com um tom um pouco mais alto olhando para nós.

Nós trememos e voltamos as nossas posições, por que mesmo que ele não fosse um usuário, ele ainda era um professor.

Ele começou a dar sua aula, falava sobre as formações geológicas da área dos grandes lagos.

_Uma das características básicas - Ele dizia - é seu formato de depressão, que se vocês não estudaram, é algo como...

O giz que ele segurava não parecia tocar no quadro, só estar próximo, mas mesmo assim começou a ser formado um desenho realmente detalhado, mostrava as camadas de rochas diferentes, o local onde deveria ficar o lago... ninguém mais pareceu perceber o desenho se formando do nada, só perceberam quando ele já estava pronto. Para confirmar que não estava louco, virei e olhei para Chris.

_Você viu isso? - Perguntei.

_Caraka meu! Isso não é tipo... o sonho de todo desenhista?!

_Eu acho que é Stand...

_Oh, você "acha"?!-Ele falou irônico.

O professor voltou a olhar para nós dois como sinal de aviso e nós novamente nos viramos para prestar atenção na aula. E sim, você pode perguntar "Como vocês não ficaram desconfiados e partiram para cima dele?". Vamos deixar claro que 1- tem umas cinquenta pessoas nessa sala, 2- a única coisa que vimos ele fazer foi desenhar e 3- ele pediu confiança, vamos dar confiança (ainda temos nossos princípios okay? )

 

-----------6 horas depois-------

 

Bem, o colégio não é o melhor lugar do mundo, é claro que tem os amigos e a comida e tals, mas eu realmente não queria ter que terminar minha semana com a angústia da possibilidade de uma prova surpresa do velho Billbord na segunda, mas agora está tudo bem. Eu só vou para casa, descaçar. É só eu dizer para o pessoal e que eu ainda não falei com o meu pai e eles vão entender e nós vamos achar uma forma de conseguir informações, uma que não envolva qualquer interação unilateral entre mim e meu pai.

_COMO ASSIM VOCÊ NÃO FALOU NADA?!- Gritava Jenny na frente do portão do colégio.

_Ah mano! Aí eu não tenho como te defender!- Dizia Chris.

_Me dá um tempo! Eu não vi ele a semana inteira!

_Não me importa se você vai ver ele hoje ou não!- Jenny interrompeu- Eu não vou mexer um dedo para ajudar vocês hoje!

_Por que?- Chris perguntou.

_Ora, por que eu to puta.

_E você Anna?

_Eu...- Ela ia dizer alguma coisa, antes de ser interrompida por Jenny.

_Ela ta puta também.

_Eu to?

_Sim, você tá. E também eu preciso de ajuda em história....- Escutei ela sussurrar.

Íamos continuar conversando, mas começou a chover, e fomos obrigados a abrir nossos guarda-chuvas. Jenny e Anna disseram que iam ficar em casa estudando, quero dizer, Jenny disse, Anna concordou.

_Bem, nós já vamos.- Jenny disse, puxando Anna consigo.

_Tchauzinho!- Anna disse fazendo um sinal de tchau com a mão.

_Eu também já vou Adan...- Chris ia andar na mesma direção que as duas, antes de ser segurado por mim.

_Hey hey hey!- Eu sussurrei puxando ele.

_O que foi Adan?

_Eu preciso de ajuda.

_An?

_Help me!- Eu disse, tentando convence-lo de que a porra era séria.

_Ta ta, não precisa chorar! O que é?

_Pode me ajudar a falar com o meu pai?

_Eu ainda não entendi por que é tão necessário que eu fale com o seu pai.

_Eu não posso falar com ele sozinho! Por favoooooooor!- Eu estava quase de joelhos implorando.

_Ta ta! Não precisa chorar!- Ele disse

_Obrigado!- Eu não conseguia mostra o quão feliz eu estava.

Seguimos nosso caminho até a minha casa, enquanto Chris parecia muito confuso.

_Posso... fazer algumas perguntas?

_É claro.- Respondi, sem deixar de andar.

_Por que nós temos que falar com seu pai?

_Bem... não sabemos qual é a habilidade dele, e atacando de qualquer jeito estaríamos em desvantagem... e bem... precisamos de informações.

_E por que você não quer falar com o seu pai sozinho?

_Bem... eu não sei como ele vai reagir sobre isso tudo.

_Isso... tudo?

_A gente... a organização... Carisma...

_Então pretende contar cada parte do que a gente sabe?

_Não tudo, mas pelo menos o básico...

_E por que não falou com ele?

_É só...- Eu parei de falar, não por que era difícil de falar ou alguma coisa assim, eu só não quero falar.

O ponto é que: depois de tanto tempo sendo o pilar que segura o grupo, e com isso quero dizer o pilar que não faz tudo dar merda, não quero parecer tão fraco na frente dele, ou de ninguém.

_Bem, está chovendo muito esses dias não é?- Falei, apertando mais o passo.

_Adan?- Chris também apertou o passo.

_Sim?- Disse, sem olhar para ele.

_Você não me respondeu.

_Bem... eu... olha! Um pássaro!- Eu apontei para alguma espécie de pombo.

_Adan... Eu vou ficar puto se você não me...

_Olha lá! Chegamos! Vamos logo!- Eu praticamente forcei ele a entrar, puxando seu braço e correndo em direção a porta.

Ao abrir a porta encontrei Sebastian, um dos empregados do meu pai.

_Oh, olá senhor Killan.

_Sebastian, meu pai ta em casa?

_Bem... ele acabou de chegar e...- Ele ia terminar o pensamento, mas eu simplesmente puxei Chris e segui em frente.

_Valeu Sebastian!

_Você pode me soltar por favor?!- Disse Chris, balançando o braço até eu soltar, sem diminuir o passo.

_Desculpa... mas é que é raro eu ver ele... Pai!- Eu disse, parando quase instantaneamente.

_Oh... oi Jojo, eu já estava de saída.- Ele parecia estar mandando uma mensagem pelo celular.

_Pai! Eu... digo... Nós, queremos falar uma coisa.

_Então fale logo, estou atrasado.- Ele não olhava para mim.

_Bem... Pai... eu...

_Ah, eu já sei que você é gay, esse é seu namorado?

_Nã-não!- Eu disse, totalmente envergonhado, e quando vi Chris a cara dele só parecia um tomate- Eu sou um usuário de Stand!

_Stand?- Ele olhou nós dois, em uma mistura de confusão e surpresa- O que isso? Oh! Aquelas estantes que os músicos usam? Ah, que bom Adan.

_Eu... bem...- Eu não conseguia arrumar minhas frases.

_Se você não vai falar, me dê licença que eu preciso ir.- Ele ia passar por mim.

_Carisma!

_Sim, mestre...- Carisma saiu e agarrou um dos vasos do corredor, e mesmo sabendo que meu pai não podia vê-lo, eu sabia que pelo menos o vaso flutuando pareceria, no mínimo, exótico para meu pai.

­_Isso é...- Ele guardou o celular- Vocês tem dez minutos para me contar tudo.

 

---------------2 minutos depois-----------

 

Eu, Chris (já recuperado do ship do meu pai),e o Senhor Killan sentamos na mesa de jantar, eu e Chris um do lado do outro e meu pai à nossa frente.

_E isso foi o que aconteceu até agora... bem... só precisamos que o senhor nos ajude e...- Eu dizia.

_Você vai parar com essas ideias agora Jojo.- Ele disse em tom frio.

_Eu... pera o que?- Falei surpreso.

_Eu disse que você vai parar com isso agora! Você tem uma vida! E eu não vou deixar você estragar a sua vida com essas... ideias loucas! Você tem o colégio! Quer ser expulso nos primeiros meses?! O Michael sabe disso?

_Michael?- Perguntei confuso.

_É o primeiro nome do tio Green...- Chris sussurrou para mim.

_Bem... ele... sabe...

_Eu sabia! Quando ele me pediu para colocar você lá... meu deus! Ele sempre está envolvido nessas coisas!

_Vocês... se conhecem?- Chris perguntou.

_Nós... éramos colegas na escola. Agora olha aqui, você vai parar com essa história me ouviu?

_E por que eu deveria?! Eu to só tentando ajudar!- Eu disse, me levantando.

_Escute bem garotinho, você não vai fazer nada assim! Eu sei o que é melhor para você! Eu não vou deixar você fazer algo tão sem motivo!- Ele levantou também.

_Você sabe? Você nem me conhece! Você nunca está aqui para me ajudar! Você não vive comigo! E eu posso dizer com toda a certeza que essa é uma causa que vale a luta! Eu não vou criar nenhum problema! Eu só acho...

_Você não tem que achar nada!- Ele interrompeu- Eu não ligo para o que você acha! Não quero você criando nenhum tipo de problema! Você vai ficar em casa, você vai estudar, e você vai ter uma vida normal! ESTÁ CLARO?!

Eu não sabia o que fazer, o que dizer. Por um momento, por um simples momento, achei que ele estava certo, que eu não deveria fazer nada... aquilo era tão... agoniante... eu era tão... fraco.

_NÃO!- Eu escutei a voz de Chris, seguida de uma batida forte na mesa.

_O que você disse?- Meu pai falou, vendo ele pulando em cima da mesa e aproximando o rosto dele.

_Eu disse não. Quer que eu soletre ou algo assim? Você pode achar que você conhece seu filho, mas você nem vive com ele! Eu posso dizer com certeza que você não é um "pai"! Nem merece esse título! Pais estão sempre ali pelos filhos! Pais não são pais só quando querem, pais são para ajudar sempre! Eu poderia entender sua falação se você tivesse dito que está preocupado com Adan, mas você não disse nenhuma vez que estava preocupado com ele! Se você é um pai, então eu sou o Batman!

_O que você acha sabe sobre meu filho?- Ele perguntou, aparentemente muito irritado.

_Aparentemente, mais que você! SEU CUZÃO!

O silêncio reinou naquela sala por um minuto, até que meu pai o quebrou.

_Você vai sair dessa casa agora...- Ele falou olhando friamente para Chris.

_Não, ele não vai...- Eu disse, quase murmurando, de cabeça baixa.

Meu pai não fez mais do que me olhar, até o telefone tocar, e ele sair do local para atendê-lo. Eu e Chris ficamos um tempo sem falar nada, ele só desceu da mesa. Não tínhamos fome, e se tínhamos, não queríamos comer.

Eu simplesmente andei até o meu quarto e Chris pareceu me seguir quase que inconscientemente. Mesmo sem eu pedir, ele fechou a porta. Me dirigi até a janela e comecei a olhar a chuva.

_Me desculpe...- Chris falou.

_Por que ta se desculpando?- Eu disse.

_Eu... não deveria ter falado nada...

_Você fez a melhor coisa! Eu... ia desistir...

_Por que... não me falou que era assim?

_Eu não queria parecer fraco na sua frente.

Mesmo ele não podendo ver meus olhos nem eu os dele, eu senti que ele sorria, assim como eu sorria.

_Adan... eu não acho que você seja fraco...

_Bem... Olha essa chuva!- Dizia, tentando mudar de assunto- Não parece nada normal não é?

_Não, sério, você ta sempre dizendo o que a gente deveria fazer....

_A chuva...?- Eu tinha acabado de perceber o que estava acontecendo.

_Adan não precisa...

_Não não Chris!- Eu disse virando e tapando a boca dele com minha mão- A chuva!

_Sim, e daí?- Ele disse, abafado pela mão.

Eu me dirigi ao computador e comecei a procurar os mapas meteorológicos de Nova York.

_Eu sabia! Vê isso?- Eu apontei para um mapa quase limpo.

_Sim...

_Esse era o tempo previsto para essa semana. Agora esse...- Eu mostrei outro mapa, que mostravam cores que variavam de um azul claro nas bordas à um azul bem forte quando se dirigia ao centro da cidade- é o mapa em tempo real.

_E...?- Ele parecia confuso.

_Vê como a chuva parece partir do centro da cidade? E se alguém talvez estivesse criando a chuva e ela estivesse se espalhando pela cidade?

_Bem... é possível, mas eu acho que ele precisaria de um lugar bem alto...

_Eu conheço um lugar bem alto nessa área do centro...

_Você ta pensando no que eu to pensando?- Ele disse.

_Industrias Killan.

_Bem... eu ia dizer o McDonald's que tem lá... mas isso também serve!

_ O McDonald's tem dois andares Chris...

_Mas isso é muito alto para um McDonald's! Já viu algum com mais de um andar?

_Eu... vou fingir que não ouvi isso...- Eu abri a porta e comecei a correr até a porta de entrada.

_Ei! Me explica o que ta acontecendo!- Ele correu atrás de mim.

_Nós vamos atrás dele! Eu já tenho um plano!

Corremos e corremos, mesmo com a chuva fria batendo em nossa pele. Depois de duas ou três quadras Chris finalmente conseguiu me alcançar. Ele parecia ofegante, eu também estava, mas nenhum de nós diminuía o ritmo.

_E qual é o plano?- Ele falava correndo ao meu lado e desviando das pessoas que eventualmente passavam por nós.

_Nós temos punhos. Nós vamos quebrar a cara dele.- Falava, entre  respirações profundas.

_O que houve com o "precisamos conseguir informações"?

_Meu pai não tá parecendo que vai ajudar, então vamos ir pelo jeito antigo.

_Bater na cara dele e manda-lo para o tio G?

_Exato.- Eu tirei o celular do bolso enquanto virava a esquina- Mais uns dois minutos e já chegamos!

_E qual acha que é o plano dele?

_Sei lá, o que você pode fazer com uma simples chuva?- Comecei a discar números.

_Sei lá... Chuva ácida?

_...- Eu parei de olhar para ele e me voltei para a calçada.

_O que?- Ele disse, tentando me alcançar de novo.

_É que eu pensei por um momento e não sei se devo te elogiar pela sua ideia ou pensar por que ele não matou a cidade inteira com a chuva ácida.

Continuamos a correr e depois de uma ou duas quadras paramos na frente da porta do prédio gigantesco da sede da construtora Killan. Suas paredes eram totalmente revestidas de um vidro espelhado, não dava para saber o que ocorria lá dentro, mas era provável que quem estava dentro conseguia ver quem estava fora. Eu cheguei primeiro e parei para esperar Chris.

_Vamos logo!- Finalmente consegui desligar o telefone, já molhado.

_Calma!- Ele falava ofegante quando parava colocando as mãos nos joelhos.

_Descansou?- Falei guardando o telefone.

_Me dá dois segundos!- Ele falou respirando mais fundo.

_... Já terminou?- Falei olhando para ele, e pensando o quão irônico era ele estar mais ofegante que eu.

_Já já!- Ele voltou a sua postura normal.

_Então vamos!

Eu simplesmente entrei pela porta giratória o mais rápido que eu consegui então me dirigi rapidamente ao balcão da recepção, e Chris veio logo atrás.

_Com licença?!- Falei, chamando a atenção da mulher que olhava par tela do computador.

_Boa...- A mulher voltou seus olhos para mim e Chris- Oh! Você é o filho do Senhor Killan não é?

_Sim! Eu sou!

_Bem... se estiver procurando ele, o senhor Killan acabou de chegar e...

_Na verdade...- Interrompi- eu estou procurando o vice-presidente Ermity.

_Bem... ele está na sala dele no décimo an...

_Valeu!- Chris me puxou pelo braço, e parecia me levar até o elevador.

_Obrigado!- Eu gritei sendo arrastado por Chris.

Ele parou na frente do elevador e apertou o botão para chama-lo.

_Me larga!- Eu lutei contra o braço dele até ele soltar o meu.

Depois de uma pequena espera o elevador chegou, nós entramos e Chris apertou o número 10, e ficamos ali por um tempo, escutando aquela música irritante de elevador. Aliás, por que elevadores tem música? Sinceramente, as músicas de elevador não são interessantes. Pelo menos em 9 de 10 elevadores que eu entrei as músicas eram simplesmente como um daqueles toques de telefone que já vinha com o telefone.

Quando a porta se abriu eu e Chris começamos a correr por entre os cubículos onde os empresários trabalhavam. Todos eles pareciam bem simples para mim, muitos bem aleatórios e outros muito nada a ver com o local, como o que estava de regata e shorts. Os cubículos eram diferentes, cheios de coisas ou bagunças próprias, mas um me chamou a atenção, um sem nada além do computador, do cinza do cubículo e a pessoa que teclava com seus olhos fundos que pareciam que não pregavam a tempos. Tudo era muito triste ali só o que era diferente de todo o cinza era uma foto, não consegui identificar bem, mas nela pareciam haver uma mulher, um homem e duas crianças, uma foto de família aparentemente.

Mas eu não tinha tempo para aquilo, não tinha tempo para nada. Chegamos na sala onde o homem deveria estar, mas ela estava vazia.

_Carisma!- Eu chamei- Vasculhe o local!

_Sim... mestre!- Ao sair começou a olhar entre cada lugar até eu sentir o cheiro de café se aproximando.

_Chris! Na porta!

Chris foi atrás de onde o cheiro de café vinha.

_Eu acho que encontramos!- Ele falou correndo e me deixando para trás.

_Ei!- Eu o segui e vi o homem de suspensórios correndo deixando o café cair.

_Small Bump!- Chris falou.

_Nya!- O gato falou tentando alcançar o homem, que parou em frente ao elevador, apertando o botão freneticamente.

_Chris!- Eu gritei, fazendo ele olhar para mim.

Eu balancei a cabeça e balbuciei um "não". Foi então que fui respondido com um sinal de joinha.

O elevador veio, o homem entrou e as portas fecharam na nossa frente.

_Escadas.- Eu disse correndo, com Chris atrás de mim.

Começamos a subir as escadas, o mais rápido que conseguimos.

_O que pretende com isso?- Ele me perguntou.

_Pense bem Chris! Ele estava subindo com o elevador. Estamos em um edifício, para onde ele quer fugir indo para cima? Ele quer nos prender em alguma espécie de armadilha!

_E por que nós estamos indo para armadilha?- Ele perguntava, sem parar de correr.

_Por que nós vamos prender ele na própria armadilha.

Vimos então uma porta com uma placa que indicava o terraço. Quando abrimos vimos ele parecendo desesperado.

_Vo-vocês... o-o que estão fazendo aqui?- Ele falava, ajeitando a gola da camisa social.

_Sinceramente...- Chris disse- com esse tipo de atuação, como espera que não saibamos quem você é?

_O-o que vocês querem dizer?

_Nós sabemos que é você. Você ta fazendo essa chuva, mas qual é o ponto disto?- Eu dizia, intrigado.

_Nã-não sei o que você esta falando.

_Sério que a gente vai ter que chutar seu cu para fazer você admitir?- Chris falava chamando Small Bump para seu lado.

_Só queremos respostas. Quem é seu líder? Por que...

_Nya!-Gritou Small Bump dando um soco no queixo de Ermity, que fez ele se afastar.

_Chris!- Eu falei.

_Ah, desculpa vei. To sem paciência.

_Não! Não não não! Me xingar é uma coisa! Mas me bater é outra completamente diferente! Agora vocês vão sentir minha fúria! Contemplem! It Will Rain!- Ele levantou os braços, mas a chuva não fez nada a não ser piorar.

_... Eeee?- Chris disse- É isso? Chuva?

_Bem... ba-basicamente!

_Yare yare...- Eu disse indo em direção a ele.

_É só me mandar socar mestre...- Carisma disse.

_It Will Hail!

_Pera o que?- Eu olhei para cima, vendo os pingos pararem de cair e pedaços grandes de granizo virem em minha direção.

Eu me joguei para a esquerda lados, e isso não pareceu fazer os pedaços pararem de vir, e eles só pareciam vir maiores e maiores. Chris não parecia desanimar também, ele continuava em pé e estava aproximando-se dele.

_Nã-não me subestimem assim!- Ele gritou, fazendo o granizo começar a cair somente no prédio.

_Chris!- Eu gritei, vendo um granizo gigantesco prestes a cair nele.

_Eu já vi!- Ele pulou para traz quase que de reflexo.

­_Adan Joe Killan Slikton Jolion!- Eu escutei uma voz familiar gritar.

Quando eu olhei para traz vi meu pai, que parecia ter acabado de chegar pelo elevador.

_Eu não acredito nisso! Depois de tudo que eu te disse você ainda está aqui?!- Ele gritava aproximando-se de mim.

_Che-chefe!- Gritou Ermity.

_Com você eu me resolvo depois! O que está pensando Jojo?! Atacando um homem assim?!

_O QUE?!- Gritei- Ele fez fucking chover granizo e eu sou o problema?!  Pai! Você é idiota?!

_Olha como fala comigo garotinho!- Ele gritava aproximando-se de mim- Você vai para casa!

_EU NÃO TENHO TEMPO PARA SUAS DISCUÇÕES!- Eu fiz carisma jogar ele para longe, livrando-o de ser esmagado por uma pedra gigante de granizo.

Mesmo sendo salvo, ele não parecia feliz, e mesmo assim Chris saiu de seu posto e foi ajuda-lo.

_JOJO!-Ele falava sendo agarrado por Chris.

_Coloque ele em um lugar seguro.- Eu disse, voltando meu olhar para Ermity.

_Ce-certo...- Falava Chris, quase que levantando ele.

_Me solte agora se não quiser suas bolas amassadas!- Falando isso Chris soltou ele imediatamente- Eu não vou deixar você fazer isso Jojo!- Ele disse indo novamente em minha direção.

_Eu sei que não liga para o que vai acontecer comigo,- Falava olhando de canto para ele-então prese pelo menos pela sua vida.

Carisma então o jogou novamente para próximo de onde estava o elevador e as escadas.

_Segure ele Chris.- Eu disse correndo para Ermity.

_Ce-certo!- Ele disse segurando meu pai pelo braço e o levando para uma área coberta.

_Solta meu braço seu maloqueiro!- Ele disse, lutando para ser solto.

Eu corria jogando minha sorte por entre os pedaços de granizo. Para minha sorte ele não parecia poder controlar onde o granizo caia, ele só podia limitar a área onde eles caiam.

Corri um ou dois metros até quase ser acertado por um bloco de gelo, e ter que me jogar no chão para não ser pego.

_Droga!- Eu disse rolando para o lado.

Os pedaços continuaram caindo, mas eu não levantei. Eu já estava onde eu pretendia estar.

_E-e então?! Vai só aceitar a morte?!

_Bem, não.

_E-e vai ficar aí?!- Ele falou muito nervoso.

_Cara, você ta muito nervoso... você precisa... se esfriar.

_Sim! Mestre!- Carisma começou a jogar os pedaços menores de granizo nele, e, conforme eles batiam, os hematomas eram deixados na pele de Ermity, e, depois do sétimo pedaço de gelo, ele caiu no chão.

_Dro-droga!- Ele falou, perdendo o controle do stand, e fazendo o granizo parar.

_Sabe... é bem fácil derrotar um Stand quando o usuário é tão tosco.- Eu disse, levantando e voltando a me aproximar dele.

_It Will Thunder!- Ele gritou, fazendo o céu relampejar, e eu, em reflexo, dei um salto para traz, afastando-me dele.

Raios pareceram se formar no céu, e pareciam dançar de um lado para outro. O primeiro deles  atingiu um bloco de gelo, e os outros fizeram o mesmo.

_S-se você não tiver o que atirar nã-não vai ter como me vencer!- Ele disse, voltando a levantar-se.

_Droga!- Eu falei correndo para onde Chris e meu pai estavam.

_Vo-você não vai correr de mim!- Os raios começaram a concentrarem-se no local onde estávamos, mas começaram a ser atraídos para um para-raios.

_Qual é o plano?- Chris perguntava.

_Eu... bem...- Eu procurava algo para fazer um plano.

Eu vi uma pequena porta de metal, com as palavras "painel de controle" escritas nele. Me veio uma ideia.

_Chris! Tira o para-raios dali com o Small Bump!- Eu falei abrindo a porta e fazendo Carisma puxar.

_Pera, mas isso não vai fazer os raios baterem diretamente na gente?!- Ele disse, vendo Carisma desencapar os fios rapidamente.

_Confia em mim!- Eu disse, fazendo Carisma enrolar o cobre dos fios, formando um fio maior.

_Certo.- Ele respondeu, fazendo um sim com a cabeça e mandando o gato retirar o para raios.

Eu tinha terminado de enrolar os fios. O fio novo tinha mais ou menos um metro. Dei alguns nós na ponta e quando vi o para-raios ser trazido pelo gato junto com parte da haste amarrei a outra ponta no para-raios e levantei-me novamente. Fiz Carisma arrancar o fio que era ligado ao para-raios e o dei para Chris.

_Você vai jogar isso na água quando nós formos atacar ele.

_Ei! Como assim?!- Chris disse levantando- E quando eu entro em ação?!

_Eu te dou um sinal.- Eu falei indo para ação.

_E eu?!- Meu pai disse, levantando também.

_Bem... tenta não morrer!- Disse Chris indo atrás de mim.

Meu pai voltou a sentar-se no chão, mas não parecia com raiva, só parecia surpreso.

_Nã-não pense que vão me vencer com esses fios! O que pretendem?! Me amarrar?!- Ermity dizia, quase seguro que ia vencer.

_Agora Chris!- Eu falei jogando o lado com o para-raios para cima, e  Carisma jogou o lado com o nó para perto de Ermity.

_Nya!- Gritou Small Bump Jogando o fio para perto de Ermity.

_ O-o que vocês...?!- Ele não teve tempo para terminar a frase, pois antes disso um raio foi atraído pelo fio que eu havia jogado, e, por causa da água no chão, ele foi conduzido pelo chão e pelo corpo de Ermity até o outro fio, o do para raios.

Nós sentimos um pequeno choque, mas como estávamos à alguns metros, não chegou nem perto ao que Ermity sentiu. Quase que imediatamente, o raio dissipou-se, talvez por que Ermity perdeu o controle, mas, mesmo depois do choque, ele não parecia estar nem ao menos desacordado. Ele caiu no chão e nós dois nos aproximamos dele.

_Olha aqui. Vamos deixar isso menos chato para você.- Eu disse- Não vamos fazer nenhum discurso besta... por que você é bem tosco.

_É mesmo né! Parece que até tavam com preguiça quando criaram você!- Chris completou.

_O-o que vocês vão fazer comigo?!- Ele disse, levantando-se e afastando-se.

_Bem, primeiro de tudo, It Will Punch!- Chris disse fazendo Small Bump colocar-se atrás dele e soca-lo.

_Quem vai primeiro?- Eu perguntei.

_Os dois?

_É... os dois!

_Sim! Mestre!- Falou Carisma antes de começar a socar ele pela frente.

_NYAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!- Small bump gritava, enquanto socava Ermity pelas costas.

Ao pararem, Ermity parecia atordoado e começou a cambalear. Cambaleou tanto que começou a andar para traz, tentando inutilmente se equilibrar.

_Meu deus! Esse cara é duro na queda!- Chris disse.

_Bem... eu espero que ele seja por que... It Will Fall.- Falei, vendo ele bater nas grades de segurança, arruinadas pelos raios e blocos de granizo e cair.

Ao ver essa cena, meu pai levantou-se e correu até nós.

_Espera! Vocês mataram meu vice-presidente?!- Ele gritou.

_Não pai, eu liguei para o Greenway.- Expliquei, andando para as escadas junto com chris.

_E no que isso resolve?!- Falou, vindo em nossa direção.

_Eu disse o que eu planejava. Pedi que trouxesse alguns bombeiros, por que era provável que alguém caísse do telhado.- Eu comecei a descer as escadas junto com Chris.

Você pode perguntar: "Cara, por que você está sendo tão frio com seu próprio pai."

Primeiro de tudo, eu salvei a vida dele e ele parecia mais preocupado com a empresa dele do que comigo. Isso já é motivo suficiente. Não é que eu odeie ele, mas ele só é meu pai quando é conveniente para ele. Não ligo se ele não liga para mim, mas também não vou deixar ele morrer por besteira, e posso dizer com certeza que no começo desse dia eu tinha medo dele, agora tenho indiferença.

Desci as escadas com Chris, meu pai desceu depois. Eu e ele estávamos com o Senhor Greenway sobre como íamos ganhar informações, até que ele veio.

_Não acredito!- Greenway disse, perdendo a linha da conversa e voltando o olhar para meu pai e sua roupa molhada- Jojo!- Ele disse.

_Michael! Eu já falei que não gosto disso!- Ele falou.

_Eu não creio! Quanto tempo faz que nós não nos vemos pessoalmente?!- Ele falou dando um abraço não correspondido no meu pai.

_Desde a formatura- Ele disse, empurrando Greenway e saindo do abraço- que você fez todo o ensino médio ir de cuecas.

_Pera... você fez o que tio G?!- Disse Chris.

_Bem, bem, bem!- Ele falou, claramente envergonhado- Como vão as coisas?!

_Precisamos conversar Green. Sobre... isso.- Ele disse apontando para nós dois.

_Oh... eu entendo... então... namin?- Falou abrindo a porta do passageiro no carro.

_Fala filipino agora? Era só o que me faltava...

_Hahaha! O velho e bom Jojo.- Ele falou indo para o outro lado do carro e entrando.

_Ah e filho...- Meu pai estava prestes a entrar no carro, mas antes olhou para mim- vou te deixar fazer isso... e... te darei acesso ao sistema... meu deus... mal posso crer que você está tão crescido... me arrependo tanto de não poder ter te visto se tornar esse líder que você é agora... bem... não se machuca ta bom?- Ele falou entrando no carro e escondendo algo que parecia ser só um resto de chuva no seu rosto, ou talvez um lágrima.

O carro saiu, nos deixando ali, com as pessoas que rodeavam o local que estava molhado da chuva que restou dos últimos minutos, mas que provavelmente secaria com o sol que abria.

_Depois de termos salvado a vida dele tudo que ganhamos é um "não se machuque"?!- Chris disse.

_Acredite, é tudo que eu ganhei de demonstração amorosa nos últimos seis anos.- Eu falei começando a andar.

_E agora, onde vamos?- Ele disse, seguindo-me.

_Casa da Jenny. Vamos ver  o que o senhor Ermity recebia de e-mail.

 

------------10 minutos depois-----------

 

_Ela demora sempre assim para atender a campainha?- Eu perguntei.

_É bem pior.- Ele disse tocando a campainha mais uma vez.

_JÁ VAI CARALHO PORRA! TA COM PRESSA ENFIA A MÃO NO CU!- Escutamos a voz de Jenny gritar antes de abrir a porta.

_O-oi Jenny.- Eu disse, assustado.

_Eae.

_Qu-que vocês tão fazendo aqui?

_A gente quer ajuda.- Chris disse.

_Ah meu querido, não vou andar não.

_Só precisamos do seu pc.- Chris disse, abrindo passagem.

Eu entrei logo atrás, pedindo licença para o nada, já que ninguém me respondeu. Subimos a escada de madeira até o quarto de Jenny e encontramos Anna com a cara nos livros sentada no chão.

_Olá Anna.- Eu disse, entrando no quarto.

_Olha aqui! É bom que isso seja importante! Eu tava quase entendendo história!- Jenny disse.

_Mas nós estávamos estudando geografia...- Anna disse.

_Exatamente.

Eu e Chris quase que ignoramos o comentário dela por que tínhamos coisas mais importantes para fazer. Ligamos o computador, abrimos o navegador. Eu coloquei o site da construtora Killan, meu e-mail e senha na área de login. Fiquei procurando na lista o nome de Ermity.

"Amianto Lullaby"

Não.

"Britany Loyaly"

Não. E eu descia mais duas vezes até a letra "e".

"Ermity..."

Eu nem terminei de ler o nome e abri a pasta de e-mails instantaneamente.

_O que exatamente estamos procurando?- Jenny disse chegando-se junto de Anna da tela do computador.

_Algo diferente, único, suspeito.- Eu disse.

_Ele só parece ter e-mails do trabalho! Nossa! Nem Spam esse cara tem!- Chris disse.

_Bem... aquele é diferente.- Anna falou, apontando para um e-mail.

_O que tem com esse? Parece igual aos outros.

_O destinatário.

_An? Ele é o mesmo dos outros.- Chris disse- "Industrias killan jolion".

_Não, está escrito "IndusTrias Killan Jolion". As letras T, K e J estão maiúsculas.

_T... K... J...?- Jenny disse.

_The Killers Justice!- Chris disse, com um tom de raiva.

_Bem, então vamos ler!- Eu disse abrindo o e-mail.

_"CarO senhoR Ermeti UnberTe.- Chris lia em voz alta- É Com tohdo a prazer que comvocamos a sEnhor para una ceção de pesca en comemotação ar suo peNdente pramoção. Então pedimos que Venha agredar-nos com sla presençah Unica, clena i inpressindival. PedimoS encaracidamenti qle Venha acompemhado Juntamente cun sua ategria e seu carinhu. 2abemos que irA aMar. Cõm Determinação: recepIçãO."

_Meu deus... isso é tão...- Jenny dizia.

_Gramaticalmente incorreto?- Anna completou.

_Eu ia dizer tocante, mas isso serve.

_Bem... alguma ideia?- Chris disse- por que nem pegando as letras maiúsculas eu consegui escrever algo.

_Bem... quando eu era criança eu e uns amigos criamos uma linguagem secreta.- Falei.

_Lá vem história.- Disse Jenny.

_A professora de inglês costumava a ler os bilhetes que nos via passar em voz alta, então quando precisávamos dizer algo importante escrevíamos palavras soltas com alguns erros. Aí cada letra maiúscula era uma palavra nova e cada erro entre cada letra maiúscula era uma parte da palavra.

_Eu... vou fingir que eu entendi.- Disse Chris.

_Tipo assim,- Eu falei pegando os primeiros lápis e papel que eu achei- eu acho que se eu transcrever pode dar algo.

_Então faz logo isso!- Jenny disse.

Eu voltei a ler, e depois de um minuto e meio eu terminei.

_Bem...- Eu disse, terminado a última palavra- é isso aqui: "O Rei Te Chama. Encontro Na Velha Usina. Sail Vem Junto. 2 AM. ~DIO.”

_ALL RIGHT!- Chris disse- Já temos uma hora! O lugar eu procuro e...

Eu me perdi em pensamentos, não sabia quanto tempo tinha passado, mas eu não conseguia parar de olhar para aquele papel.

_Então Adan, o que acha?- Chris falou.

_...- Eu não respondi.

_Adan?- Ele disse empurrando meu braço e fazendo eu sair do meu transe.

_An? Que?

_Que foi cara? Você tava perdido...

_É... esse nome... Dio...

_Bem... parece mais um apelido do que um nome.- Jenny disse.

_Pode ser um nome de Stand...- Anna disse.

_O problema não é esse... É só que... eu tenho a sensação que eu já ouvi esse nome em algum lugar...

 

                                     --------------------to be continued------------>


Notas Finais


Notas sobre referências:

-O Stand de Adan, Carisma, é retirado da música Charisma da banda Kiss.
-Small bump, Stand de Chris, é retirado da música de mesmo nome do cantor Ed Sheeran.
-Style, Stand de Jenny, é retirado da música de mesmo nome da cantora Taylor Swift.
-The Killers Justice é uma referencia a banda The serial Killers.
-It Will Rain é reitirado da música de mesmo nome do cantor Bruno Mars.


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