1. Spirit Fanfics >
  2. Carnalmente Indesejado >
  3. 03: Insistentemente Esperto

História Carnalmente Indesejado - 03: Insistentemente Esperto


Escrita por: palomamyo

Notas do Autor


Hello babys!
saudades? eu sei que estavam u.u (convencida cof cof convencida)
mas genteee
eu tô apaixonada por esse Taemin doidinho hihihi

Capítulo 3 - 03: Insistentemente Esperto


Carnalmente Indesejado

Cap. 03: Insistentemente Esperto

A M A R O

 

 

E quando Taemin falou “Te vejo amanhã” ele realmente estava falando sério, pois apareceu no mesmo horário, desta vez veio preparado, pois havia trazido consigo uma vasilha pequena com o que parecia ser sanduiches. Minho até pensara em discutir novamente e pedir para que o ômega não viesse o atrapalhar todos os dias, porém isso não adiantaria de nada, pois já havia ficado claro o quanto Lee Taemin era um ser insistente e chato, que não iria parar enquanto o mundo fosse mundo.

Isso foi algo que se repetiu a semana toda, e na sexta-feira Taemin estava lá mais uma vez, completamente entretido enquanto mexia em seu celular. Vez ou outra Minho o olhava para ver o que ele estava fazendo, não que se importasse, mas sim porque Taemin gostava de mexer em tudo, então sempre precisava estar o vigiando. O ômega não tinha a menor vergonha de ficar tirando fotos ou de gravar áudios, ele parecia estar em casa, ou simplesmente não ligava muito se Minho estava ou não vendo o que ele estava a fazer.

Pelo meio tarde da tarde, o Choi recebeu um casal de clientes, que estavam acertando a divisão de bens após a separação, a mulher fora a primeira a notar que o Lee estava ali, jogado no sofá como se estivesse em seu próprio quarto.

— Ele vai ficar aqui conosco? — ela perguntou em seu sotaque francês, apontando discretamente para o ômega no sofá.

Minho quis jogar um pano sobre Taemin e fingir que ele era um móvel.

— É só ignorarem a presença dele.

— Ele é seu estagiário? — foi a vez do homem, que era um beta, perguntar.

Era meio óbvio que Taemin não era um estagiário, nenhum estagiário seria tão desrespeitoso ao ponto de estar deitado no sofá, mas a pergunta provavelmente indicava que eles estavam incomodados com o rapaz ali, que obviamente estava transpondo a privacidade do ex-casal. Minho suspirou, Taemin mal chegara em sua vida — de um jeito que ele não queria de jeito nenhum — e já estava o atrapalhando em absolutamente tudo o que podia.

— Não, ele não é meu estagiário. — o alfa respirou fundo para se manter calmo, não podia exceder os limites com seus clientes ali, por mais que quisesse jogar Taemin pela janela — Taemin, você poderia, por favor, esperar lá fora?

Ele esperava que o Lee fosse dizer um sonoro não e cruzar as pernas se recusando a sair, mas o ômega o surpreendeu ao sorrir e balançar a cabeça afirmando, logo em seguida se erguendo do pequeno sofá em que esteve enfiado a tarde toda.

— Claro. — ele disse — Meu amor.

Dissera em alto e bom som antes de passar pela porta e a fechar.

Enquanto estava do lado de fora, o ômega aproveitou para passear pelo lugar e bisbilhotar as outras salas, claro que não iria sair entrando, ele não era mal educado, só gostava de deixar Minho irritado, era a sua vingança por ele ser tão chato e arrogante.

A secretária do Choi mal olhou para a cara dele, ficava o tempo todo digitando sabe-se lá o que no computador, e não demorou muito para que o ômega começasse a se sentir entediado. O casal de clientes demorou muito na sala, já havia anoitecido quando eles foram embora. A fome já estava quase matando o corpinho magro de Taemin e os doces já estavam o fazendo sentir um roído no estômago.

Precisava de comida.

Voltou para dentro do escritório do alfa assim que o casal botou os pés para fora, já no intuito de sair puxando o Choi para que fosse embora.

— Já está de noite, vamos logo! — disse assim que parou diante da mesa do mais alto.

— Eu ainda tenho muita coisa para fazer, Taemin. — e logo ignorou a presença do outro, ou pelo menos, tentava fazer isso, porque era quase impossível ignorar alguém como Lee Taemin.

— Mas eu estou com fome!

— E eu não me importo.

O ômega bufou.

— Vou ficar só perturbando. — o menor entre eles avisou, ou melhor, ameaçou.

E nada incomodava mais a Minho do que ficarem de pé ao seu lado o encarando, Taemin estava disposto a atrapalhar em tudo o que pudesse, e naquilo que não pudesse também. O ômega colocava a mão na frente do que o Choi estava lendo, ficava cantarolando e até mesmo sentou-se sobre a mesa e ficou tentou riscar os papeis com uma caneta, algo que fora a última gota para o alfa.

— Taemin! — ele se exasperou, puxando a caneta das mãos do Lee — Eu vou te deixar em casa e não quero mais ouvir a sua voz, de preferência nunca mais!

O ômega abriu seu sorriso de vitória, logo seguindo o alfa para fora do local. Já sabia direitinho onde o carro do Choi ficava estacionado, e não demorava mais do que três segundos para se enfiar ali dentro e se acomodar. Sua vontade era sair apertando todos os botões que visse, mas recebera um tapa na mão na primeira vez que tentou e preferiu não arriscar mais.

Minho ainda não conseguia entender como alguém conseguia ser tão inconveniente e insistente quanto Taemin, entendia ainda menos o motivo de sempre acabar fazendo as vontades do ômega, por mais que sempre dissesse que não faria e que não iria, quando se dava conta já estava dentro do carro indo até o prédio do Lee e ouvindo ele tagarelar sobre qualquer coisa que sequer entendia.

— Isso é porque eu sou jovem! — o Lee dissera assim que Minho disse que não entendia nada do que ele falava.

— Tá me chamando de velho?

— Não é velho, é alguém de outra década.

O mais velho revirou os olhos, Taemin era incansável e não adiantava dizer nada, ele não parava. O Lee se calou por um segundo para olhar pela janela, pareceu ansioso por algum momento. Minho tentava a todo custo o ignorar e dirigir o mais rápido que era possível, evitando sinais fechados para poder chegar logo e se livrar de uma vez por todas do ômega.

— Minho eu quero fazer xixi.

— Faz em casa.

— Mas eu não vou conseguir aguentar até lá! — dramatizou, colocando ambas as mãos sobre a barriga e fingindo estar começando a chorar — Vou acabar me aliviando dentro do seu carro.

— Você não ousaria.

— Para aqui mesmo, eu vou naquele beco.  

O Choi revirou os olhos e soltou o ar com força, estava sem escolha nenhuma e acabou parando o carro perto da calçada de um restaurante, que não estava muito movimento e havia onde estacionar. Esperou que o Lee descesse e fosse logo, mas ele continuou ali.

— Era mentira. — confessou na maior cara de pau — Mas já que paramos, por que não vamos jantar naquele restaurante? Ele me parece muito aconchegante.

— Ainda me surpreendo com a falta de vergonha que você tem na cara.

O alfa contou até dez mentalmente para se recompor e tratou de ligar o carro novamente para irem embora, mas Taemin rapidamente puxou a chave para si, impedindo o outro de seguir com o caminho. Obviamente que isso deixou Minho de cabelos em pé, cada atitude do ômega o deixava ainda mais irritado, era como se alguém tivesse dado ao Lee um manual de como fazê-lo perder a paciência em menos de dois segundos.

— Vamos, Minho, você vai gostar! — insistiu manhosamente — Estou com fome, não suporto até em casa!

— Não.

— Não vou devolver a chave.

O ômega botou a chave no bolso de trás da calça e cruzou as pernas convicto de que já havia vencido aquela batalha, e de que certamente também venceria a guerra, por mais que não soubesse exatamente o que ganharia com isso. E estando mais uma vez sem escolhas — e sem paciência também —, o alfa desceu do carro, sendo segundamente seguido pelo outro, que já desceu com um sorrisinho convencido no rosto.

Já podia anotar aquele enorme placar de 1x0.

Foi saltitando para dentro do restaurante, dando meia volta e tentar puxar o alfa assim que notou que ele havia estancado no meio do caminho, todavia, no momento em que tocou no braço do mesmo, sentiu suas mãos arderem como se tivesse encostado em fogo, em meio segundo aquela sensação se tornou um formigamento bom, sentia um nervosismo correr dentro de si. Era bastante óbvio o quanto suas almas estavam carentes uma da outra, tanto que qualquer tipo de contato físico proporcionava diversas sensações até então desconhecidas.

Taemin não escondia o quanto estava curioso quanto a isto, ansioso para saber como era estar, de fato, com alguém a quem sua alma pertencia. Já lera muito sobre almas gêmeas e sobre como era perfeito quando estavam juntas, ele queria viver essa perfeição, e ser protegido como os ômegas dos livros eram, sentir aquele tal amor perfeito que os contos sempre falavam.

Mas infelizmente sua história de amor estava tendo um começo complicado demais, Choi Minho parecia louco para virar a última página e acabar logo com aquilo, o que era uma pena, o ômega já havia feito tantos planos assim que soube da existência de sua alma gêmea, era injusto que o alfa rejeitasse-o assim.

— Você sentiu isso? — o indagou, ainda surpreso com o formigamento em suas mãos.

— Eu... eu não senti nada. — ele respondeu, mas estava mais do que obvio que estava mentindo.

E Taemin não era nenhum personagem clichê para que simplesmente aceitasse sua mentira, entrasse no restaurante e fingisse que nada havia acontecido. Ele tinha uma alma gêmea e queria que ele gostasse disso, que aceitasse todas as sensações que poderiam ter juntos.

— Sentiu sim! — teimou, já batendo o pé no chão — Oh, deixa eu te tocar de novo.

E não foi preciso pensar duas vezes para que o ômega tocasse em seu braço novamente, mas não aconteceu nada, nem um calorzinho sequer.

— Deve ser porque eu já toquei aí. — ele disse, já indo com suas mãos na direção do abdômen do Choi — Deixa eu...

— Vai ficar mesmo me molestando no meio da rua? — e logo segurou as mãos do ômega Lee para que ele parasse com aquilo — Tá, eu senti, mas isso não significa nada pra mim, quando vai entender que eu não quero ter nada com você e nem com nenhum outro cara que seja?

Não ligou de parecer infantil quando bateu o pé irritado e inflou as bochechas, algo que apenas fez com que o mais velho revirasse os olhos pela vigésima vez naquele dia. Em alguns momentos se perguntava o quão infantil Taemin conseguia ser, por mais que já fosse um adulto aquele rapaz conseguia ser pior que um garotinho de cinco anos fazendo birra porque não ganhou doce.

— Nós vamos jantar e você vai sumir da minha vida.

Minho passou reto para dentro do restaurante, enquanto Taemin usou de dois segundos para imitar o que o alfa havia dito e só então o acompanhar para dentro do estabelecimento. Tentou não forçar mais as coisas — pelo menos não pelos próximos dois minutos — e deixou que o Choi escolhesse onde eles iriam sentar, o que resultou em uma mesa mais afastada das outras.

O alfa se sentou e enfiou a cara no cardápio, disposto a não deixar que sua dor de cabeça aumentasse. Taemin pegou seu celular e tentou discretamente tirar uma foto, mas esqueceu de tirar o flash. Minho olhou por cima do cardápio por cinco segundos, vendo o mais novo abrir um sorriso amarelo.

— Meus seguidores precisam saber onde eu estou. — explicou — E também com quem eu estou.

— Tá postando fotos minhas? — só então ele largou o cardápio e agarrou o celular do outro, vendo que a foto que ele havia tirado mostrava apenas suas mãos e o cardápio, além de partes de seu cabelo, mas nada que pudesse revelar quem era — Nem pense em me expor para os seus... Por que você tem tantos seguidores?

— Porque eu sou youtuber.

— Ah... — o Choi lhe devolveu o celular sem dizer mais nada, mas sua vontade era de dizer que estava tudo explicado.

Não seria a primeira vez que iria conhecer alguém desse ramo, além de que os youtubers jovens de Seul eram bem conhecidos por serem... espalhafatosos em vários sentidos e gostarem de atenção. Minho não era o tipo de pessoa que gostava de generalizar, mas Taemin já demonstrara várias vezes ser alguém bastante... espalhafatoso.

— Já escolheram o que vão querer? — o garçom surgiu minutos depois, muito sorridente e não era de se jogar fora.

— Qual é o maior prato que vocês têm? — quando o ômega perguntou isso, a única reação de Minho foi fingir que não estava nem ouvindo — Tem como tirar o fígado? Obrigado.

Minho também fez um pedido qualquer, pedindo também uma bebida sem álcool, por estar dirigindo, descobriu naquela noite que Taemin não bebia e que mesmo parecendo ser alguém muito estabanado, ele até que sabia se comportar muito bem à mesa e não ficava se sujando enquanto comia. Também não demorou para notar que o rapaz tinha um paladar meio infantil, pois ele havia separado as cebolas e azeitonas num cantinho do prato.

— Já podemos ir ou vai continuar prendendo a minha chave?

— Eu ia pedir um sorvete, mas acho que já te desafiei muito por hoje. — o ômega mexeu em seu bolso tirando de lá as chaves do Choi, entregando-as finalmente — Sua carta de alforria, alfa.

Minho tomou as chaves das mãos pequenas de Taemin, ainda não tinha reparado nesse detalhe nele, mas as mãos do ômega realmente eram bonitas. Depois de pagar a conta, a qual foi toda paga pelo advogado, os dois voltaram para o carro, onde o Lee não tinha mais nenhuma reclamação para fazer.

Não falou muita coisa durante o trajeto até seu apartamento, já estava bastante satisfeito com o jantar. Mexia em seu celular o tempo todo, lendo os diversos comentários que faziam sobre sua companhia misteriosa, perguntavam diversas vezes quem era, se era alguém famoso ou não, muitos também elogiavam as mãos grandes que apareciam na foto, fazendo até mesmo comentários nada decentes.

Minho parou o carro esperando que o ômega descesse, e mais uma vez o menor beijou rapidamente seu rosto antes de sair.

 

 


Notas Finais


vou tentar não demorar muito, juro
beijocas


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...