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História Carrossel. - Você nunca conhecerá a aberração ao seu lado.


Escrita por: Inory12

Notas do Autor


Vamos saber exatamente o que ocorre na casa de Sougo! Vai ser um capítulo tenso, só isso que digo.
Vão ler!

Capítulo 11 - Você nunca conhecerá a aberração ao seu lado.


Eles passaram a tarde juntos, não foram para academia por um único motivo: Estava aproveitando cada segundo juntos e não queriam outras pessoas presenciando esse momento gracioso deles. Eles dançaram ritmos que cada um gostava, Sougo descobriu que sua amada adorava Lady gaga e pagava um pau para Halsey e Melanie Martinez, todos pop, com algumas músicas obscuras.

O estilo de música fez com que Sougo analisasse sua namorada, talvez ela não seja essa garota animada que demonstra e sua seriedade em relação ao trabalho seja alguma coisa para ela fugir de algo, algo que ela ainda não havia compartilhado com ele, mas o loiro não se incomodou, pois até ele tinha segredos, um em sua mente passou voando “Provavelmente ela me odiaria se descobrisse que ‘O sádico’ seja seu namorado...” Ele não riu como normalmente, apenas retornou a lavar a louça da almoço, ainda lembrara que Kagura havia adorado a carne que o loiro tinha feito.

Eles não estavam na mansão e sim no apartamento do loiro. Kagura observou que era pequeno, bem diferente da luxuosa e grande mansão, a ruiva sorriu, percebeu que seu namorado poderia ser humilde, mas lembrara de como definia a mansão a sua “casa solitária”, o loiro estava fugindo da solidão que era a mansão.

- Como vai o caso? – Perguntou o loiro.

Sougo se achou inconveniente, mas queria agir como um namorado de uma mulher independente – Mesmo que seja confidencial, direi a você, na realidade foi até bom tocar nisso, já havia me esquecido completamente.

Sougo enxugou suas mãos, enquanto fazia isso observava a ruiva tirar o notebook branco da bolsa de couro, seus olhos desviaram para o anel no dedo de Kagura e sorriu, com a ruiva ali se distraia muito fácil. Kagura percebeu o sorriso sereno do outro.

- O que foi?

Sougo puxou uma cadeira para perto de Kagura que estava sentada em frente a uma pequena mesa – Só percebe que usava o anel que te dei.

Kagura corou, ela não tirava aquele anel para nada, nem para ir tomar banho – Você também está usando... – Ela apontou para o anel que Sougo usava, estava envergonhada.

A situação de Sougo era um pouco diferente, toda vez que o desejo insaciável vinha ele olhava para o anel, esse desejo podia vim a qualquer momento do dia, portanto não tirava para nada, a ruiva o acalmava, quando olhava para o anel era um tranquilizante para ele, porém, matar Matako foi uma recaída e sempre que matava era como se ele estivesse em êxtase, mas ao olhar para o anel, a amargura de ter falhado miseravelmente o sucumbiu e uma raiva descontrolável tomou seu corpo, a única coisa que se lembrava era de ter pego uma faca e sair cortando o corpo já morto da loira de forma descontrolada, ele nunca tinha feito aquilo antes.

- Sougo? – Chamou a ruiva.

Sougo saiu de seus pensamentos, viu o olhar preocupado da ruiva, ele sempre fazia aquilo, voava em seus próprios pensamentos – Desculpe, estava pensando.

- Percebi. – Ela sorriu.

Kagura percebeu o olhar de Sougo enquanto pensava, ela podia jurar que viu raiva nos olhos dele, o vermelho de seus olhos se tornaram vinho, um profundo e misterioso vinho – O que está fazendo?

Kagura pegou o CD que tirou da bolsa e colocou no notebook – Isso é a gravação da ligação que a última vítima do “sádico” fez para a emergência. – Ela deu play.

- Ah, vai deixar eu escutar? – Ele sabia exatamente o que Matako disse, mas se fez de tolo.

- Como você é de confiança vou deixar sim.

O lado apaixonado de Sougo reprovou a atitude da ruiva, mas ela não sabia quem ele era – Jura? E se eu fosse “O sádico”? Acho que estaria fazendo um erro...

Ele parou tudo só para ver a reação da ruiva, ela riu de forma cínica – Até parece que isso aconteceria.

Sougo riu internamente, mesmo não querendo, mas a sua personalidade era aquela, nada podia fazer. Kagura, que havia pausado o áudio retomou.

 “Alo? É da emergência? ” Matako sussurrou “Acho que tem alguém me seguindo...” Houve um momento de silencio e de repente “AH! ” Matako gritou, mas não era um grito de susto, era um grito estridente e assustador. Kagura engoliu a seco, mas continuou com sua expressão séria, a ruiva escutou mais algumas vezes, querendo escutar alguma coisa além da voz da vítima.

Já Sougo estava indiferente, ele não sentiu nada, apenas lembrava do rosto da loira, a feição que ela fez de horror o tinha deixado mais louco, ele adorava a feição de terror nas suas vítimas, era excitante demais para ele.

Sougo fechou e abriu os olhos lentamente e suspirou, tinha que manter a calma e ficar calado, sua namorada estava tentando achar alguma coisa além do grito que daria bons pesadelos. Kagura não conseguiu escutar nada, mas supôs que aquele momento de silencio seria a vítima olhando para o assassino.

- Você está bem? – Perguntou o loiro.

Kagura olhou irritada para o loiro – Não me trate assim, acha que isso me faria ter pesadelos?

Sougo se calou, na realidade ele percebeu que era melhor ele nunca ter perguntado nada. Kagura suspirou e pôs sua mão sobre o rosto do loiro – Desculpa, acho que exagerei.

- Não, era melhor eu ter ficado calado...

Kagura sorriu serenamente e beijou o loiro, ele a fazia sentir coisas que ela nunca sentia, ela estava cada dia mais apaixonada por ele, o loiro era muito carinhoso com ela, mal sabia ela que ele era assim apenas com ela. Sougo arrepiou-se, um sentimento ruim o envolveu no momento que sentiu a serenidade de Kagura no beijo, ela confiava nele, muito e ele confiava bastante nela.

“ O suficiente para contar a ela? Não.... Não é questão de confiança e sim de magoa-la, vê-la me odiar o resto da vida... Eu não suportaria isso. ”  Ele correspondeu o beijo, levando suas mãos bobas para a cintura da ruiva e a puxou para o seu colo. Naquele momento ele esqueceu, só por aquele momento, que não tinha problemas, mas algo na sua mente o despertou, ele tinha problemas sim, ele tinha que mudar, ele precisava mudar, por Kagura, mesmo sabendo que a ruiva o pegaria, ele acreditava que ela o pegaria e iria prendê-lo e que isso estava mais próximo a cada dia.

- Kagura...

- Sougo. – Ela olhou nos olhos dele – Eu preciso te contar algo.

O loiro temeu – Pois conte.

A ruiva relaxou no colo do loiro, mas ele sentiu ela tensa – Isso me atormenta todos os dias de manhã quando acordo e vejo a foto da minha família pendurada na minha parede do quarto.

- Conte para mim, você não precisa sofrer sozinha, afinal tem um ótimo namorado. – Ele queria que aquele momento tenso parasse, queria ver sua ruiva feliz.

A cena que Sougo viu, foi a pior de todas que ele havia presenciado, a ruiva tinha lágrimas pesadas que não parava de rolar sobre a pele pálida e macia de Kagura – Meu irmão, Kamui... – Ela soluçou, o loiro a puxou para mais perto – Ele é um assassino! Ele matou pessoas e não se arrepende disso, mas eu não o odeio, eu não consigo na realidade, ele é meu irmão!

Sougo se sentiu tenso, mais que o normal, aquilo não era bom, não queria aquilo para ele, não queria fazer Kagura chorar por causa daquele desejo insaciável – Kagura, descarregue suas magoas, fale-me, conte-me como seu irmão seguiu essa vida, conte-me, e confie em mim. – Beijou a testa da ruiva que agora estava chorando mais alto no ombro dele.

Depois de algum tempo, ela se acalmou, olhou para o seu namorado, seu Sougo, seu ‘sádico’, mesmo ela não sabendo, e lhe deu um selinho – Obrigada – Ele sorriu e ela o olhou – Nós éramos uma família normal, meu pai tinha acabado de entrar na força policial como delegado, minha mãe estava doente, ela tinha uma anemia muito forte e por conta do trabalho nosso pai chegava muito tarde do trabalho, mas nós éramos felizes. Kamui era um ótimo irmão, me protegia da crueldade infantil, protegia sua irmã chorona do mundo, mas quando ele completou 16 anos tudo mudou, nossa mãe morreu por causa da leucemia, meu pai se afogou no trabalho, as vezes nem ia para casa, por conta disso meu irmão passou a fazer comida e limpar a casa, enquanto me ajudava a fazer o dever de casa, porém, tinha dias que ele sumia, esses dias eram sempre quando papai estava em casa ou quando era folga dele, depois ele passou a sair de noite, todas as noites e voltava de manhã só para me deixar na escola, mas ele ia raramente a escola, portanto a diretora vivia ligando para nosso pai, dizendo que Kamui não tinha ido para a escola, esses dias eram quando papai e meu irmão brigavam, era muito alto e as palavras de ameaça de morte por parte de meu irmão me assustava. Não demorou muito para meu pai começar a prender meu irmão na delegacia, ele era sempre pego em flagrante roubando e assaltando, depois meu pai descobriu que ele começou a fazer parte de uma gangue local. Quando Kamui completou 20 anos, ele cometeu seu primeiro assassinato e entre muitos outros, toda semana era um corpo diferente e meu pai estava enlouquecendo, foi quando ele foi pego e confessou tudo. – Ela segurou o rosto do loiro e encostou suas testas – Se você tiver algum segredo, não o esconda de mim, por favor Sougo, eu amo você.

Sougo engoliu a seco – Kagura. – Ele ia contar, estava certo disso, mesmo que magoaria, ele iria falar, não queria ser outro Kamui na vida dela, mesmo sendo tarde demais. Ele ia contar, mas seu celular tocou, ambos os dois adultos se viraram para ver o celular, nele continha um lembrete, seria amanhã a competição de dança.


Notas Finais


Kamui... Que belo irmão ele é <3
O que acharam da história de Kagura? Sougo irá confessar?


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