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Carta Especial E Profunda - One Shot - Carta Profunda


Escrita por: adrinette1506Lukanette

Capítulo 1 - Carta Profunda


Fanfic / Fanfiction Carta Especial E Profunda - One Shot - Carta Profunda

Talvez a minha voz ainda não seja tão forte pra dizer.

Por onde eu poderia começar?

Foram tantas coisas que me causaram mal que eu já nem sabia mais a direção de onde vinha os golpes.

A única coisa que eu me perguntava, era:

“em que momento eu baixei minha guarda?!”

Eu não sabia qual o momento exato onde eu deixei tudo desabar de novo.

A queda de um homem advém daquilo que o faz questionar sobre si mesmo.

Era tanto barulho, tantas falas, tantas cobranças, que eu quase deixei de ouvir aquela voz, a única voz que era positiva no fim das contas.

Alguns chamam essa voz de consciência, intuição, Deus e eu gosto de acreditar que se trata da nossa alma.

A essência mais pura de quem somos, aquilo que nos faz sentir saudade de si mesmo ou saber que você sofreu alguma alteração na sua personalidade por causa dos problemas da vida.

No começo, era como tentar acender uma tocha em meio a uma escuridão úmida. Tão úmida que aos poucos ela me inundou.

A voz dentro de mim gritava tão alto “Pare!”

E mesmo assim eu continuei.

Eu sempre tentei sair de todas as situações sem deixar ninguém ferido, e com o passar dos anos de vida, você aprende que isso é quase que impossível.

Você vai receber abraços de quem não te ama e golpes fortes de quem te quer bem.

Vai precisar de discernimento até que se sinta confortável com essas duas coisas.

Quanto mais eu me distanciava daquilo que amava e de tudo que eu sou essa energia me colocava cada vez mais pra baixo.

Não tinha mais coragem e a mesma bravura de antes.

Era como se minha mente gritasse mas meu corpo achasse que não valia mais a pena lutar por nós.

Era escuro aquele lugar dentro da minha consciência, eu sentia.

Era solitário, eu sentia.

Muito injusto o que tinham feito comigo, eu sentia.

Eles tiraram meu brilho, eu sentia.

Como eu poderia ter feito diferente?

E então, eu morria.

Vagarosamente...

Talvez menos de 1% por dia.

Mas com certeza, todos os dias, eu deixava de ser um pouco de mim porque levaram tudo que eu mais amava em mim mesmo.

O tempo levou a minha ingenuidade.

O mal caráter das pessoas levou minha pureza.

As cobranças levaram minha paciência.

A guerra contra outras pessoas levou embora a maioria dos princípios que já havia construído durante anos.

Não saber me expressar, levou minhas palavras.

E desconfiança, levou minha liberdade.

E por fim, quando só restou a minha casca, vazia e incompleta de si...

A depressão e ansiedade levaram minha vida.

E agora...?

É assim que tudo acaba...?

Quem eu sou?

E em outro segundo enquanto flutuava num escuro de olhos fechados como se não valesse mais a pena abri-los novamente, eu podia ouvir algumas vozes...

Que estranho!

Elas eram positivas e agradáveis de ouvir.

Eu me aproximei...

Eram pessoas e lembranças.

E ali só estavam as coisas boas!

Eu queria ficar ali pra sempre.

Eu pensei “como pode? Felicitações?... Mas eu estou...”

Algo me disse que aquilo ainda eram as pessoas que esperavam por mim.

E eu já não aguentava segurar o peso da cobrança.

É horrível viver pra atender as expectativas de outras pessoas, e era tudo que eu tinha feito, o ano inteiro.

Eu só não queria decepcionar ninguém e acabou que eu decepcionei a única coisa que me mantinha vivo minha essência.

E enquanto eu questionava de novo a responsabilidade algo me disse “escute mais uma vez”.

Eu escutei, e ali estavam não só as pessoas que me amavam esperando por mim, mas elas estavam bem acompanhadas de velhos amigos meus.

Eu vi tantas pessoas!

Mas não pude deixar de esconder a felicidade em ver meus velhos amigos.

A ingenuidade, sabendo que no fim das contas eu só errei tentando acertar.

A pureza sem intender a situação e feliz por me ver.

A paciência, e ela estava tão linda era ela quem segurava todos os meus velhos amigos.

Ela dizia a todos sem parar que o momento certo chegaria.

Os princípios, eles estavam lá.

Sérios e rígidos como sempre.

As palavras, explicando tudo aquilo que podia ver e assumindo que algumas coisas só são necessárias sentir.

A liberdade, e assim que ela me viu disse que eu poderia sem medo tentar novamente.

Então eu questionei “então eu posso simplesmente tentar de novo? Eu jurava que só tinha uma chance!”

E aquela voz me respondeu “recomeços não são só necessário, é um direito seu use com responsabilidade”

Quando eu abri os olhos de novo a atmosfera não estava mais tão densa e parecia irreal estar de volta a realidade.

Era meu quarto e minhas coisas as quais eu já havia deixado de ver valor a muito tempo.

E por mais que minhas coisas estivessem velhas foi como se eu estivesse vendo pela primeira vez.

Então eu dei início a outro plano seria por mim e por uma tripulação que me esperou pacientemente.

Dessa vez eu não posso falhar!

Já abracei a falha várias vezes, eu e ela agora somos amigos e se acontecer sei que vou poder começar do 0 novamente.

Eu não tenho nada a perder.

Mas vocês não perdem por esperar!

Porque eu estou de volta! 


Notas Finais


Créditos ao autor


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