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História Cartas nas Sombras - Talia Al Ghul e Silêncio


Escrita por: FresadelaLuna

Notas do Autor


Quero muitos feels sim!

Capítulo 8 - Talia Al Ghul e Silêncio


Fanfic / Fanfiction Cartas nas Sombras - Talia Al Ghul e Silêncio

“Olá, escuridão, minha velha amiga

Vim conversar com você de novo

Porque uma visão um pouco arrepiante

Deixou sementes enquanto eu dormia

E a visão que foi plantada em meu cérebro

Ainda permanece dentro do som do silêncio”

 

 

Silêncio era um dos vilões mais estrategistas que encontrei, e isso com certeza me deixava num patamar de igualdade. No entanto, quando eu o vi descer pelos ares, com suas duas armas, atirando em pontos cegos em minha direção, pensei que tudo não passava de um sonho nebuloso, que ele não estava aqui, que sua identidade fora destruída, mas mesmo assim, de algum modo, eu poderia saber quem era.

Usei a capa repleta de hastes de ferro, para me proteger dos tiros, que acertavam o escuro além de mim. Quando vi que ele caiu por terra, frente a um Duas-Caras desacordado, me aprontei a correr em sua direção, chutando seu tórax, jogando-o para trás.

- Você deveria estar morto! - rugi.

- Não, Batman, você deveria estar.

Acertando um soco em meu maxilar, começamos uma luta corporal sem fim algum, não existia qualquer trégua, eu o acertava mais do que ele me acertava, porém, algo estava errado, eu fatigava, mas ele não, ele continuava invicto, sem qualquer vontade de parar. Isso não teria fim, eu não iria desistir por isso.

Derrubando-o no chão, ativei os músculos do meu punho direito, erguendo-o a frente do seu rosto, socando sua face sem parar, mesmo sabendo que o impacto estava sendo contido pelo tecido grosso que enfaixava-o. Mas então eu paro… Porque eu paro? Seu rosto, embora completamente coberto, não me encarava, e sim para a abertura protuberante do seu abdômen. Era uma abertura em J… Joker!

Sai de cima dele no mesmo instante, ainda assim alerta.

Silêncio se ergueu, tocando o ferimento.

Ele não estava aqui como cúmplice de um ato alucinante do Coringa, ele estava aqui atrás dele… Mas me encontrou… E o Palhaço sabia disso!

Franzindo os lábios, fui em sua direção, mas ele rucuou, sem dizer qualquer palavra.

De trás de um placa de aço na parede, surgiu a silhueta de uma cadeira, o campo de força se ergueu a minha frente mais uma vez e eu não pude avançar. De seu sobretudo ele arrancou uma espada… Mas não era uma espada qualquer, era uma espada que a tempos eu não via. Era uma espada forjada em prata, vinda da Liga dos Assassinos, e só uma pessoa podia usá-la.

- TALIA! - gritei.

Seu cabelo castanho caía no seu rosto desacordado. Tentei me jogar contra o campo de força magnético, mas rapidamente fui impulsionado para trás, sendo jogado contra o corpo do Duas-Caras.

Me erguendo, voltei para a base do campo.

- SOLTA ELA!

Eu não podia deixar com que ele fizesse alguma coisa com ela, não podia, não quando eu deixei com que ela partisse para que nada a acontecesse… Não, não podia! Claro que não tínhamos mais nada, mas ela deveria estar segura. Como ele conseguiu pegar a filha do Mestre da Liga dos Assassinos? Não podia ser… Como era possível? Droga! Não!

- Sabe, existe uma coisa que eu aprendi quando criança, Batman…

Cliquei no dispositivo do meu pulso, começando a identificar a sua voz.

- Nunca confiar nos Wayne - seus olhos se escureceram sobre mim e meu estômago congelou.

Meu pulso aptou rapidamente.

“Thomas "Tommy" Elliot”, piscava o nome num neon escuro sobre o dispositivo.

Tommy era o meu amigo de infância… Não… Não podia ser! Meu pai, Thomas Wayne, salvara sua mãe num acidente de carro, que matara seu pai, considerado proposital pelos detetives, … Tommy parou de falar comigo quando isso aconteceu, mas não quer dizer que… A não ser que ele tivesse provocado o acidente e agora…

Eu não consegui raciocinar, não quando o vi pegar a espada e fincá-la no peito da Talia de cima para baixo.

Eu gritei em negativa, firmando meus pés no chão e socando o campo magnético, lembrando-me que meus magnetizadores pifaram após o confronto com o Mestre dos Bonecos. Meus braços eram jogados para trás a cada golpe que eu dava, mas não conseguia me importar com as dores dos meus músculos eletrocutando-se, não quando eu via o sangue de Talia jorrar pela cadeira enquanto seu tórax era aberto, e com ele, seus órgãos surgiam. No entanto, só teve uma coisa ali que Tommy pegou, e foi o coração, ele o arrancou sem piedade e o jogou contra o campo onde eu estava, acertando a eletricidade, que o fritou por um instante, antes que a carne, ainda pulsante, batesse no chão, tentando recuperar sua vida.

Gritei mais uma vez, porém, quando ele começou a arrancar as bandagens, pareceu rapidamente que eu estava de frente a um espelho. Seu rosto era idêntico ao meu, de algum modo era, eu não sei como, mas era.

Dei um último soco e esse foi o bastante para que o campo estourasse e eu corresse até ele. Soquei o seu rosto, e pude ver como o meu rosto se deformava caso fosse acertado daquela maneira. Ele caiu no chão e eu subia em cima dele. O sangue escorria do nariz que eu quebrei e dos dentes que arranquei, até desacordá-lo, até deixá-lo imóvel no chão, sem notar que meu joelho afundava em sua ferida no abdômen, sem notar que ele não emitia mais nenhum som.

Quando voltei a minha sanidade, olhei para o cadáver de Talia e a espada caída no chão. Desatando seus pulsos e calcanhares, me sentei no chão, deitando-a sobre mim, repousando sua cabeça fria sobre o meu peito, segurando o choro, sabendo que ela não voltaria a vida. Como ele conseguiu te pegar? Como ele…

Engoli a seco ao ouvir os cacos de vidro, da grande janela, do outro lado do salão, estourar em pedaços e um vulto negro surgir. De início, pensei que era Asa Noturna, mas o BatWing não estava pairando no céu, apenas um grande cano de ferro largo o bastante, de 1,20metros, do tamanho do garoto que o segurava. As roupas dele eram de couro negro, como os de Talia. Seu olhos negro afundaram-se em mim, mas rapidamente caíram sobre ela.

- MÃE! -gritou ele, me empurrando para trás, agarrando o cadáver de Talia para sobre o seu corpo minúsculo - MÃE!

Secando o suor do meu maxilar, me levantei, olhando de cima para baixo. Para o garoto de cabelos negros que mordia o lábio inferior, tentando segurar o choro, tentando sustentar o corpo morto de sua mãe, no colo.

- Q-quem é você? - consegui enfim perguntar.

- Meu nome é Damian Wayne Al Ghul, seu filho.



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