História Cartas Para Aqueles que Amo. !NORENMIN! - 2.

Quando nós pensamos sobre as pessoas que nos cercam nós sempre ficamos com o coração quentinho e cheio de lembranças boas. Mas a questão é que, quando Renjun pensa nas pessoas que o cercam, ele pensa o quanto os queria mais do que como simples amigos. 

  Os três estavam no recreio quando Na gritou:

-Vamos no cinema! - Não ele ainda não havia desistido da ideia de invadir a casa dos Huang, mas Jeno acabara por o encher de mensagens tentando lhe convencer de que invadir a casa iria ser a última alternativa, em caso extremo.

- Não posso Nana, desculpa... Mas vocês podem ir. Eu estou de castigo - disse Renjun, era verdade. O garoto havia quebrado pratos ontem enquanto lavava louça. Em sua defesa, era culpa dos dois garotos em sua frente, já que estes enchiam sua mente em momentos como estes, ele acabava se distraindo e, um desastre acontecia.

- Ah... Sua mãe deixaria nós dois irmos na sua casa? -Jeno perguntou, Junnie nunca recusava cinema. 

- Acho que sim, se vocês não se importarem de assistir filme lá em casa no lugar do cinema...

- Sem problema! Podemos ir depois da escola, podemos passar o dia todo juntos... O que acham? - Nana disse se animando, era a primeira vez desde de que Renjun começara a ficar estranho que ia passar uma tarde toda com o chinês e Jeno.

-Oh... Vou mandar mensagem para minha mãe então...- disse se afastando dos garotos "para falar com sua mãe". Era mentira. Ele estava puro nervosismo, sabia que não era nada demais, eles eram amigos, sempre passaram tardes juntos e isso nunca afetou em nada. Não até Renjun perceber que estava completamente apaixonado pelos dois garotos. 

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- Jeno você não entende!

- Nana, você quer que eu distraía nosso melhor amigo para que você possa mexer nas coisas dele! Eu entendo sim, só não concordo! - Jeno disse levantando um pouco a voz. Assim que Renjun se afastou Na tratou de contar a Jeno que tinha um plano.

-Olha... Tudo bem se não quiser distrair... Eu posso fazer isso e você mexer nas coisas. O que você acha? 

-Nana você bebeu? Fumou? Olha, vamos só curtir essa tarde com o Junnie como não fazíamos há tempos, vamos agir como antes, vamos ser nós mesmos, deixa isso pra' lá, às vezes ele só precisa de uma tarde dessas para voltar como antes.

-Pode ser... Mas continua sendo um bom plano. 

- Ah claro...

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RenJun estava suando de nervoso. Não queria que essa tarde significasse muita coisa para sí, já que era uma tarde normal entre amigos, mas significava muito e isso doía.

Os meninos chegaram na casa do chinês e logo correram para o sofá se jogar após uma manhã cheia de aulas chatas e Teoria do Conhecimento de Platão.

- Eu odeio filosofia, é isto. -disse Nana enquanto tirava seus tênis.

-Ah... Eu gostei da aula de hoje. - Renjun disse baixinho.

-Você gosta de moonmin Junnie, não tem direito de fala.- Jeno disse sorrindo. Mostrando seu eye smile de meia lua, aquilo fez o coração de Renjun saltar, como conseguia se apaixonar ainda mais?

Renjun fez uma falsa cara brava e Nana veio correndo apertar suas bochechas.

- É a coisa mais lindinha do mundo -falou com voz manhosa. RenJun sentia que aquele dia seria longo e que seu coração iria sair do peito mais algumas 1.000 vezes.

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O dia não teve muitas coisas interessantes. Jogaram video games. Comeram. E comentaram sobre a escola. Nada demais. Até...

-Hoje saiu um filne na Netflix... Se chama Cartas Para Todos os Garotos que Já Amei... Eu estou muito ansiosa para assistir, sabe, eu li o livro e essas coisas...- disse Nana.

- Oh, então vamos assistir, vou fazer pipoca, vocês podem ir arrumando as coisas. - Renjun disse já se levantando.

-Ele está normal e isso é estranho... - Nana disse baixinho para Jeno.

- Eu te disse, ele só precisava de uma tarde dessas... 

- É, talvez você esteja certo mesmo...

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O filme havia começado e Renjun achou estranho. A menina do filme fazia a mesma coisa que Jaemin havia dito para o chinês fazer quando perguntara sobre o que devia fazer quando gostava de alguém a ponto de não suportar e não poder contar. E ficou com aquilo na cabeça o filme todo. Nana fazia isso? Ele queria muito descobrir, mas estava com tanta vergonha de perguntar... E sabia que essa situação era errada, já que durante muitos anos nunca houve segredos ou vergonha entre eles.

- Nana... - chamou baixinho para que Jeno não escutasse.

- Sim? - Jaemin respondeu sem desviar o olhar da TV.

- Você já fez isso? Sabe, das cartas igual a Lara?

- Humm... - Nana se virou para o garoto- E-eu... Talvez. - disse se virando, estava totalmente vermelho e Renjun ficou sem entender o motivo mas não quis mais tocar no assunto.

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A tarde havia sido ótima de um jeito que os três não sabiam explicar. Havia sido como antigamente, por mais que o coração de Renjun acelerasse cada vez que Jeno ou Jaemin sorriam ou o tocavam.

Estava tarde e os coreanos precisavam ir para casa, mesmo relutantes, haviam encontrado seu Junnie de volta e não queriam perde-ló. 

- Tchau Junnie... Boa noite.-Jeno disse o abraçando forte, sentiu o coração do chinês bater rápido contra o seu e aquilo lhe deu uma sensação de paz e tranquilidade. -Saiba que estou aqui se quiser conversar sobre qualquer coisa. - sorriu e bagunçou os fios do chinês. Junnie sorriu. Sabia que não podia falar sobre TUDO, mas queria, um dia ele iria falar.

-Tchau Junnie! - disse Nana pulando em seus braços. Deixano um Renjun corado. -  Até amanhã. Eu te amo. - E u t e a m o. 3 palavras. Aqueles três palavras mexeram tanto com o chinês que ele não sabia explicar. Sabia que o Na não o amava do mesmo jeito, mas ainda sim, escutar aquilo, foi... Foi como o céu. O paraíso e tudo de mais acolhedor.

-Tchau!! - disse Renjun acenando uma última vez de sua varanda. Viu as formas dos garotos cada vez mais longe e entrou. Tinha muito o que escrever hoje.

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- Tchau Nana! - Jeno disse lhe dando um abraço apertado - Não fique preocupado demais, apenas viva, aproveite momentos como estes. 

Nana sorriu.

- Obrigado. Por tudo. 

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Para: Lee Jeno e Na Jaemin. 

Ouvindo I like me better.

Tá. Okay. Eu sei que eu sempre começo uma carta com, olha só como essa música descreve o momento. Mas é exatamente isso! Ela descreve o que sinto após essa tarde incrível que vocês dois me deram de presente num mar de confusão e angústia que anda meu coração. Eu gosto mais de mim quando estou com vocês. Gosto mais da minha risada, ela fica mais solta, natural. Gosto de como meu coração fica quentinho toda vez que vocês dizem coisas fofas ou sorriem. Jeno, seu eye smile algum dia vai matar alguém, é simplesmente, uma das coisas mais lindas desse mundo. Sem exagero!

Minha mãe disse que estou mais feliz hoje, que estou mais luminoso. Este é o efeito NoMin em mim. Vocês me fazem feliz. Vocês me fazem amar. Amar. Amor é uma das sensações que eu nunca entendi direito. E nem acho que tenha algo para se entender, acho que é apenas sentimento que te inunda, te deixa extasiado. Te faz escrever cartas bobas. Faz teu coração acelerar para cada gesto que as pessoas amadas façam. Eu amo vocês. Eu me encontro toda vez que vocês falam de mim, todas as vezes que vocês me abraçam. Fazem de seus braços meu porto seguro. Quero fugir em direção aos seus abraços. Quero poder lhes contar que eu os amo, que, a parte que eu mais gosto de mim é a parte que está com vocês. A versão que eu mais gosto de mim é aquela luminosa de quando vocês estão por perto.

"Sem saber quem eu sou, mas saber que estou bem se estiver comigo".

Com amor, Huang RenJun.