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História Cartas para leres - 24 de Setembro de 1992


Escrita por: ShelleyDancer

Capítulo 11 - 24 de Setembro de 1992


Fanfic / Fanfiction Cartas para leres - 24 de Setembro de 1992

24 e Setembro de 1992

Credo. Você não vai acreditar nessa treta toda que eu vou te contar.

Eu e minha irmã chegamos lá na casa da Lydia e do Theo e eu perdi ela de vista tipo 3 segundos depois de estacionar. Simplesmente bateu a porta do carro e disse "Te vejo por aí." E eu feita idiota fiquei parada dentro do carro esperando a vontade de encarar o mundo encher meus pensamentos de novo. Só aconteceu quando Lydia abriu a porta do meu lado com um sorriso maravilhoso e radiante. Díficil acreditar que ela sofre tanto se só vê ela assim.

-Está esperando o quê, bobinha? A festa é lá dentro!

Saí meia sem jeito e fechei meu carro já convencida que seria uma longa noite.

A festa lá dentro estava bem fora de controlo. Tinha pessoas se pegando por tudo quanto era canto, loucos entrando na piscina COMPLETAMENTE nus, algumas meninas um pouco bebedas jogando poker sem notar que era só um esquema para sem vistas sem camisa e uns viciadões fumando uns baseados na sala de estar. Desnecessário dizer que me sentia muito à parte. 

Decidi subir as escadas e procurar por um banheiro. Não precisava realmente usá-lo mas esperava que a música horrivel fosse abafada dentro do comodo. Abri umas quantas portas que me vou arrepender até ao fim da minha vida mas tem uma que eu realmente não me arrependo de abrir. Era o quarto de Theo. Nem sei bem como não reparei que aquele era o quarto dele (afinal já lá tinha estado). Ele virou-se meio chateado mas logo sorriu quando viu que era eu.

-Ah, Malia, é você. Pensei que era mais um bebedo tentando procurar um lugar para comer alguma pobre coitada. 

-Não, sou só eu... Como é que não se ouve nada da festa aqui dentro?

-Depois da primeira festa que Lydia deu mandei colocar isolador de som à volta do meu quarto.

Ri baixinho e sentei na cama olhando para ele que estava na secretária.

-Porque não está lá em baixo aproveitando a festa?

-Eu poderia perguntar o mesmo.

-Bem, minha casa está cheia de adolescentes drogados e/ou bebedos. Prefiro evitar. Qual sua desculpa?

-Eu não sou de festas.

-E se a gente fugisse daqui e fosse num lugar legal?

-Não podemos. Estamos aqui para proteger sua irmã, lembra? E eu ainda tenho que garantir que a minha irmã não faz nada estúpido..

Ele levantou da cadeira e veio para junto de mim. Sabe que eu ainda não tinha reparado que ele estava sem camisa? Juro que não.

-Malia, o que vamos fazer em relação a Lydia? Eu não quero ter de matar Jackson.

-E se a gente pegar ele no flagra?

-Bem, ele costuma se comportar até todo o pessoal sair. Você fica aqui até a festa acabar e vai no quarto da Lydia. Se ela perguntar porque foi lá você diz que sei lá, foi perguntar se pode ficar a dormir cá porque está muito cansada para dirigir. Ele está lá e enquanto eu o encho de porrada você segura Lydia.

-Parece meio perigoso, você vai se machucar.

-Antes eu que ela. Agora, vamos tentar aproveitar essa festa. O pior só mesmo no final.

Depois disso ele simplesmente levantou, pegou uma camisa e andou até a porta vestindo a peça de roupa. Olhou para mim enquanto eu suspirava e levantava. Fazendo o que ele sempre faz e que me deixa meia dormente, me abraçou nos ombros e guiou pela casa dentro.

Tava até suportável o ambiente. Ele não me deixou sozinha por um único momento e me apresentou para aqueles que ele definiu como "a última comunidade de alunos de Beacon Hills High School que presta". Eles eram bem legais, Scott (eu já conhecia, né?), Stiles e Cora. Stiles era o engraçadinho do grupo, sempre mandando piadas que não eram nada engraçadas mas todo o mundo ria porque ela tava bebedo. Cora é mais calada mas fazia uns apartes de matar a rir. Não tenho certeza se você conhecia eles.

A festa estava chegando ao fim. Érica veio me procurar e disse que pegaria uma carona para casa. Estava perfeitamente lúcida, mas também, depois do showzinho da outra noite era bem desnecessário ela se embebedar de novo. Tinha uns garotos adormecidos no chão mas eu e Theo os acordamos e pusemos para fora de casa. Ele checou se tava a casa toda vazia e trancou tudo. A gente ia começar a falar um para o outro quando ouvimos a Lydia chorar bem alto lá do quarto dela e Jackson aos berros. Theo me olhou determinado e falou:

-É agora.

Eu fui até a porta dela muito insegura. Era uma missão simples mas complicada ao mesmo tempo. Theo esteve sempre do meu lado. Respirei fundo e procurei me concentrar mas fui acordada dos meus pensamentos quando ouvi o barulho de um corpo caindo no chão e Lydia chorando ainda mais. Nem pensei mais e entrei lá. Corri para a Lydia e puxei ela para um canto a segurando com toda a minha força enquanto observava Theo e Jackson lutando. 

Foi sem dúvida uma cena caótica. 

Havia muito sangue espalhado pelo quarto de Lydia e ela gritava muito alto para Theo parar. 

Ele não parava. 

Jackson já estava inconciente no chão e ele continuava a socá-lo na barriga com bastante força. Soltei a Lydia por um segundo e amarrei Theo pelos ombros o puxando para próximo da irmã. Após uns segundos em que eu tentava que ele se acalmasse, tudo ficou em silêncio. Que nem nos filmes de terror quando algo muito assustador está prestes a acontecer. 

-Ele está vivo?-A voz de Lydia fez com que despertássemos do transe em que estávamos.

Eu me arrastei até o corpo caído dele e tentei ouvir sua respiração.

-Ele está respirando, mas muito fraco. Temos de chamar a ambulância.

Lydia correu para pegar o telefone e eu voltei para junto de Theo. 

-Acabou. 

Ele sorriu para mim abanando a acabeça de cima para baixo repetidamente. Me abraçou e sussurrou mil vezes ao meu ouvido "obrigado".

Depois de um tempo esperando a ambulância chegou, assim como a polícia. Os três observamos os paramédicos levantando Jackson numa maca e demos declarações sobre o que se passou. No fim perguntei para Lydia se ela queria passar a noite na minha casa mas ela recusou e pedi para eu chamar a Allison antes de ir embora. Telefonei para ela, expliquei o sucedido e em menos de três minutos ela estava de pijama na porta da frente à espera que a porta fosse aberta. Assim que viu Lydia correu para ela e a abraçou, pedindo desculpa por não ter estado com ela. Ficaram se abraçando um tempo e enquanto Allison fazia cafuné no cabelo da ruiva falou que podiamos ficar descansados, ela tomaria conta de Lydia. Esperei que Theo resolvesse as coisas com a polícia e depois de eles irem todos embora fui só no quarto de hóspedes dar uma espiadinha na Lydia. Ela dormia pacificamente com a cabeça no colo de Allison e a morena também esrava adormecida, com a cabeça reclinada para o lado. Fechei a porta cuidadosamente para não as acordar mas fui sobressaltada pela figura de Theo atrás de mim. Acabei até dando um pulinho.

-Você me assustou. 

-Fica aqui essa noite.

-Eu não posso, minha mãe deve estar preocupada e...

-Por favor.

Olhando na cara dele não tinha como dizer não. Você me percebe, certo? Sexo masculino tem dom para olhos de gatinho do Shrek.

-Deixa só ligar para casa avisando.

E foi assim que eu acabei na cama dele, dormindo com uma blusa e boxers dele, enroscada no lençol e inalando o seu cheiro o máximo possivel enquanto observava as suas costas musculosas bem do meu lado. Na mesma cama.

Com amor,

Malia.






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