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História Cartas Para Thomas - O Acampamento Parte I



Notas do Autor


Boa Leitura ♥

Capítulo 31 - O Acampamento Parte I


Fanfic / Fanfiction Cartas Para Thomas - O Acampamento Parte I

 

“Hoje eu percebi que tem dois longos dias que não digo que a amo. Não sei que posso passar tanto tempo assim sem lhe falar isso. Parece que falta algo em minha vida.”

— Mensagem de Thomas para Isabelle.

 

— Meus pais fizeram vinte e nove anos de casados no fim de semana. — Falo para Janine. A noite está um pouco mais fria e me encolho no sofá confortável para começarmos a consulta. — Ontem minha mãe fez lasanha de frango e me confessou sentir saudades de Thomas todas as vezes que faz o prato favorito dele. Ela sempre o amou como um filho.

Ela fica surpresa com essa revelação.

— As pessoas que moravam na casa dele se mudaram. Acho que o terei de volta como vizinho. Ou isso ou é muita coincidência.

— E está com medo? — Questiona interessada.

Suspiro de desgosto. Não sabia dizer se medo era o sentimento que rondava o meu coração. Às vezes eu simplesmente não consigo explicar o que realmente estou sentindo e acho que seria imensamente mais fácil se eu conseguisse.

— Não sei. Não acho que seja apenas medo. — Reconheço. — Mas, sim, há uma parcela que inclui o medo dentro do meu coração. Não sei como a Isabelle do futuro poderá reagir ao que está por vir e, para ser mais clara ainda, tenho evitado pensar nisso ao invés de planejar alguma coisa. Tudo o que faço recentemente é vir falar com você e nada mais.

— Bem, o meu trabalho é guia-la através dos seus sentimentos e ajudá-la a processar o seu passado e encarar o futuro sem receios, então está fazendo o bastante. Mas vejo que está se sabotando possivelmente por causa da tamanha ansiedade que acomete o seu ser quando precisa encarar este assunto de frente. Guarda um passado importante e que não pode ser de maneira nenhuma esquecido, pois faz parte de quem você é e o que se tornou, mas não sabe como lidar com ele trazendo à tona todos os seus fantasmas.

Suas palavras eram bonitas, entretanto, não me adiantavam de nada. Eu sabia de tudo aquilo, porém como iria conseguir superar? Ainda era um grande mistério.

— Certo, acho que de qualquer maneira eu preciso ir em frente com a história. Thomas chega em dois dias e eu definitivamente irei falar com ele mesmo que profissionalmente. Aliás, já estou falando por e-mails.

— Estávamos numa parte muito interessante da história. — Janine dá um sorriso um pouco malicioso e eu não posso deixar de rir também. A psicóloga parecia ter se tornado de alguma forma minha amiga, mas eu não esperava que a mesma fosse gostar do que eu conto. — Perdão pela maneira que estou lidando com isso, contudo é interessante ver alguém falando sobre a sua história de vida tão abertamente. Não sabe como é difícil arrancar as coisas que estão incomodando alguém às vezes e é preciso muitas sessões cavando fundo até conseguir. Não é o seu caso, mas eu pude perceber muitos problemas em você que possivelmente não reparou ainda.

— Quais problemas? — Me senti curiosa.

— Tudo ao seu tempo, Isabelle. Por enquanto vamos focar no assunto principal, então voltarei aos poucos e comentarei com você. Tudo bem?

— Certo. — Mesmo interessada nesses outros problemas, assenti. — Então, prosseguindo...

 

Flashback On

“Posso pegar carona com vocês?” — Thomas me liga às cinco e meia da manhã e questiona. Minhas pálpebras estão quase se fechando enquanto o ouço, porém forço-me a despertar antes que me atrase ainda mais. Minha mala estava pronta me aguardando na sala e eu já estava limpa e vestida, porém havia me deitado novamente sentindo que meus pés cederiam a qualquer momento.

— Claro. — Respondo com a voz rouca e um bocejo logo após, ouvindo meu amigo dando um risinho do outro lado da linha. — Do que está rindo?

“Dessa sua voz sonolenta” — esclarece — “parece manhosa”.

— Eu estou morrendo de sono e pensando seriamente em desistir apenas para dormir um pouco mais. — Reclamo forçando-me a me colocar de pé e descer as escadas em busca de um pouco de café.

“Não faça isso, prometo que o fim de semana será divertido.” — Tentou me convencer do contrário. — “Se você não for não terá a menor graça.”

— Está bem, então acho melhor você vir logo porque estamos quase saindo.

“Me dê um minuto e estou aí” — Thomas desligou sem esperar resposta.

Sento-me à mesa junto com meus pais, pego um pouco do líquido quente da garrafa e sinto meu estômago reclamar de qualquer coisa sólida que entra em minha boca. Não estou com fome, então me contento com o café apenas para não desmaiar de sono no caminho.

— A que horas a senhorita voltou ontem? — Papai diz com voz grossa como se quisesse me dar uma bronca.

— Dez e meia. — Comunico satisfeita em sempre obedecer às regras de casa. — Mas fiquei conversando com Thomas no portão algum tempo. — Menti descaradamente agora. Aquilo não foi bem uma conversa.

— Não a vi entrar por essa casa antes das onze, mocinha. — Ele continua possivelmente bravo. — Vou checar as câmeras.

— Quais câmeras? — Meu coração deu um pulo tão forte agora que me despertei sem precisar da cafeína para isso.

— Não temos câmeras, Charles. — Mamãe ri e eu sinto meu corpo relaxar. — Deixe-a em paz pois era onze e dez, mais ou menos, quando ela chegou.

— Eu estava lá fora às dez e meia. Dez e quarenta no máximo, juro! — Eles não costumavam ser muito rígidos, mas sempre tinha que obedecer a hora ou papai me ligaria até meu celular explodir em minha bolsa caso eu não o atendesse.

— Vou perguntar isso para Thomas depois. — Ele respondeu como se meu amigo fosse mesmo mais confiável do que a própria filha. Não pude deixar de rir, afinal, papai realmente confiava nele.

— Pode fazer isso agora porque ele está vindo para cá. — Anunciei. — Perguntou se podíamos dar uma carona e eu disse que sim.

— Ótimo, tenho algumas coisas para conversar com vocês dois antes de irem. — Mantinha o rosto um tanto sério e eu fiquei um pouco apreensiva diante isso. Seria possível algum vizinho ter dito algo sobre nós dois e o que fizemos lá fora?

Não era possível! Ainda eram cinco e trinta e cinco da manhã, será que eram tão ávidos por fazer fofoca assim?

Cinco minutos depois Thomas apareceu com as suas coisas. Sua mala era um pouco menor do que a minha, porém a barraca dele ocupava um espaço maior amarrada a ela.

— Bom dia. — Ele desejou assim que me viu novamente quando abri o portão, depois deu um beijo na minha bochecha. — Está pronta?

— Sim, vou chamar mamãe, só um minuto. — Pedi a ele. — Quer entrar?

Thomas balançou a cabeça negando. Ele parecia um pouco abatido naquela manhã, seus olhos inchados e um pouco mais pálido do que costumava ser.

— Você está bem? — Questionei um pouco desconfiada antes de tomar o rumo da sala.

— Não exatamente. — Confessou um pouco mais baixo agora. — Meus pais brigaram a noite inteira e eu mal dormi. Mas eu não vou me meter mais nos problemas deles. Não fazem muita questão de me incluírem nos problemas do casamento então acho melhor deixar que se resolvam sozinhos. Por isso pedi carona, mamãe me levaria, porém ela estava dormindo e eu não quis acordá-la.

Passei minha mão pelo braço dele num afago sentindo-me compadecida por sua atual situação.

— Você não quer um pouco de café? — Ofereço. — Acho que vai precisar de um pouco de energia para hoje.

— Não acho que dá tempo. — Observou.

— Claro que dá, você engole tudo de uma vez. — Desafiei.

Thomas deu uma risada e entrou pela porta comigo.

— Me deem um minuto e já estamos indo. — Mamãe berra ao pé da escada quando nos vê ali.

Tomamos o rumo da cozinha e pego uma xícara para ele.

— Está com fome? — Pergunto, porém, sabendo da resposta.

— Não. — Ele me surpreende dessa vez.

— Como assim, não? — Me assusto em voz alta.

Thomas engole um pouco e me encara com um pouco de desânimo.

— Eu comi um pacote de biscoitos inteiro antes de vir para cá. — Esclarece com um tímido sorriso. — E comprei mais um monte de coisas para nós comermos durante a viagem.

— Ah, aí está. — Papai aparece como uma sombra do nosso lado e eu me assusto. — Seguinte, tenho ordens e espero que vocês dois as cumpram.

Sentei ao lado de Thomas à mesa esperando o sermão vindo dele.

— O senhor tem um minuto. — Observo o relógio quase apontando para as cinco e quarenta e cinco da manhã.

— Vou ser claro e objetivo: nada de se aventurarem no meio da floresta que tem por lá sem supervisão, pois a mata fechada tem mais de dez quilômetros e vocês podem se perder. Nada de subir o morro depois da cachoeira sozinhos. Nem tentem fazer uma fogueira sob hipótese alguma! Cuidado com as brincadeiras, cuidado com os estranhos, não aceitem comida de ninguém desconhecido. — Nessa hora ele olhou para Thomas um pouco sarcástico. — Não se percam da turma de vocês, não mergulhem no fundo das cachoeiras, não pulem dentro da água pois é extremamente perigoso! Mantenham os celulares com carga máxima e números de emergência salvos na discagem rápida. Não toquem em animais ou insetos. Não vão tentar brincar com armas de caça que algumas pessoas idiotas insistem em levar para esses lugares e, por último e o mais importante, não SE SEPAREM. Estamos entendidos?

— O senhor não quer que a gente fique logo dentro do ônibus de uma vez sem se mexer não? — Ironizei.

Papai me olhou de cara feia.

— Se fosse possível era melhor. — Intimidou.

— Tudo bem, entendido. — Thomas assentiu quase rindo da minha expressão contrariada. — Vou ficar de olho nela, prometo.

— Como combinamos. — Eu achava aquilo um absurdo. Meu pai me tratava como criança indefesa enquanto Thomas era de confiança para ele. Eu sempre achei que fosse mais prudente do que meu amigo. Todavia, entendia que era por Thomas sempre me encorajar a fazer as coisas ou, do contrário, realmente nem saia de casa.

— Desculpem o atraso, vamos logo antes que o ônibus parta sem vocês. — Mamãe diz quando pisa na cozinha novamente. — Charles, pare de ser estraga prazeres. — Ela o censurou e deu um beijo no rosto dele.

Thomas engole o resto do café e pegamos as bagagens. Nos despedimos de papai, que estava mesmo objetivo a nos assustar com as suas dicas de precaução e partimos para a porta da escola.

 

Todos os alunos estavam de pé ao lado do ônibus aguardando o motorista abri-lo e deixar nos acomodar. Quando chegamos não faltava mais ninguém, todos os trinta alunos estavam presentes e muito ansiosos para partir. Freddie e Elisa conversavam um pouco seriamente afastados dali, então decidimos não nos aproximar por enquanto.

Enquanto as bagagens iam sendo acomodadas deitei minha cabeça no ombro de Thomas e recebi seu abraço acolhendo-me entre o seu corpo de pé. Ele usava um moletom azul de tecido quente e bem confortável, o cheiro do amaciante de roupas se misturava junto ao perfume discreto em seu pescoço. Fechei os olhos e poderia dormir ali mesmo caso conseguisse ignorar o barulho ao meu redor, afinal de contas o seu abraço era perfeitamente acolhedor para mim.

O ônibus fora aberto e entramos quase batendo as seis da manhã.

Sentamo-nos no meio. Eu na janela, ele no corredor, e vimos alguns alunos passarem afobados tentando escolher seus lugares de acordo com as suas preferências.

Meus olhos foram de encontro com os de Daniel assim que atravessou o corredor e fora parar atrás de Thomas e eu, deixando-me um pouco incomodada com o sorriso melancólico que ele emitiu. Quatro segundos depois foi a vez de Beatrice ir de encontro a ele, e a mesma estava com cara de poucos amigos e eu sabia exatamente o porquê.

Freddie e Elisa apareceram de mãos dadas e sentaram-se à nossa frente. Oficialmente eles eram o único casal da sala, mas sabíamos que ali rolava muitos outros que não eram exatamente assumidos.

— Bom dia para vocês também. — Thomas ironizou quando os dois sentaram sem se dar conta de que nos ignoraram completamente.

— Eu estou muito bravo para dar bom dia para alguém. — Freddie reclamou. — Porque eu tive que arrumar uma caixa de isopor de madrugada para colocar um bolo enorme dentro. E tudo isso porque é meu aniversário hoje. Sabe quantas pessoas me deram parabéns até agora? Zero.

— Ei! — Elisa deu um pequeno empurrão nele com a mão. — Eu fui anulada nessa história?!

— Tirando você, meu amor. — Sorriu amarelo para ela.

— Pessoal! — Thomas deu um grito no ônibus e chamou a atenção de todo mundo. Eu sabia exatamente o que ele ia fazer. — Hoje é aniversário do Freddie! Vamos cantar parabéns antes de sair.

Agora, ao invés de bravo, o rosto de Freddie exibia um vermelho de vergonha à medida que todos os demais alunos cantavam a música puxada por Thomas.

— Se sente melhor? — O loiro quis saber ao final das nossas congratulações. Ele sempre fazia isso quando era aniversário de alguém e eu tive que me acostumar com a atenção que recebia todos os anos no meu.

— Sempre posso contar com você. — Freddie reconheceu. — Porém odiei, mas obrigado, realmente me sinto melhor.

Thomas riu dele e se recostou em seu assento, deixando-o em paz agora.

Quando todos fizeram silêncio o ônibus partiu.

 

— Tudo bem, crianças. — Arthur, o professor de biologia, deu um chamado logo à frente mais ou menos quinze minutos de estrada depois. — Tenho alguns avisos para vocês.

— Ah não, mais sermão? — Reclamei baixinho.

— A primeira coisa é que tenho um presente para cada um de vocês. — Ele diz com uma caixa de papelão em suas mãos. Começou a espalhar sacolinhas entre os alunos nas cadeiras. — O conteúdo é diferente entre os saquinhos azuis e rosas. Os rosas são para os homens e os azuis para as mulheres, evidentemente. — Esclareceu com humor, porém aparentemente era verdade. — Abram quando terminar de distribuir.

Jogou um saquinho azul no meu colo e um rosa no de Thomas. Quando chegou no fim do ônibus os abrimos curiosos.

— Em ambos saquinhos temos em comum: um mapa da montanha muito bem explicado onde podemos ir e onde não podemos. Os lugares exatos que ficam as cachoeiras e que podem tomar banho, fotos das plantas em que vocês NÃO podem colocar as mãos e alguns textos falando sobre a área. — O mapa era enorme e se dobrava em várias partes para caber tudo isso. — Os números de emergência estão nesse papelzinho aqui. — Ele aponta para um quadradinho e eu identifico o meu no pacote. — Há três barrinhas de cereais, cinco balinhas de maçã e uma paçoca. Eu sei que isso não tampa nem o buraco do dente de vocês, mas vamos fingir que é satisfatório. Também há uma camisinha em cada saquinho porque quem ignora adolescente no auge da sexualidade são os pais de vocês. A maioria aqui já tem dezessete anos e sabe que tem que se cuidar, afinal, estou sempre falando sobre isso quando estudamos as IST’S e as imagens das doenças são mais feias do que as de espinhas estouradas. Além do mais, eu não quero em hipótese alguma ser convidado para ser padrinho do filho de vocês no ano que vem levando culpa por deixar um bando de gente atraente e com os hormônios fervilhando dormindo junto por aí achando que não vão se engolir por inteiro.

Todos no ônibus riram, alguns de forma escandalosa e outros um pouco vergonhosa.

— Agora, meninas, — ele pega o saquinho azul — vocês têm dois comprimidos de cólica, eu devo admitir que acho isso imprudente da escola porque se trata de uma droga, mas vamos em frente, mais dois absorventes externos. Eu sei que vocês podem estar trazendo, contudo, acidentes acontecem e é melhor prevenir. — Pegou o saquinho rosa agora. — Meninos... não tem nada de especial mais, então finjam que o vazio é o existencial adolescente de vocês.

— Pegou pesado. — Thomas brincou e todos riram.

— Agora façam um favor a si mesmos e vão dormir porque não tem nada de bom até lá. — O professor finalizou.

— Aqui. — Thomas me ofereceu um lado do fone de ouvido dele quando o ônibus voltou a ficar silencioso. Eu estava tentando ler o mapa com as demais coisas espalhadas em meu colo, mas pensando naquela camisinha de uma maneira nada convencional. Contudo, não era a primeira vez que a escola nos dava uma dessas pois sempre as recebíamos nas aulas de educação sexual, todavia eu nunca me imaginei usando-as.

— Obrigada. — Coloquei o fone. Ainda estava desligado. — O que vamos ouvir? — Perguntei enquanto colocava as coisas de volta no saquinho azul.

— Sertanejo. — Ele disse com voz séria. — Baixei um monte de músicas.

— Sério? —Fiz careta.

— O quê? Você também não gostou das músicas do barzinho ontem? Eu tenho ótimas memórias dessa noite.

Senti meu rosto se esquentar apenas com essa menção. Eu não iria mais ignorar aquele assunto da mesma maneira que fiz na primeira vez que nos beijamos, mas não achei que ele fosse voltar nessa questão antes de mim.

— As músicas estavam ótimas. — Ele pisca para mim com um dos olhos tão brilhantes de malícia. — Eu passei a noite inteira mergulhado em suas letras.

Estava segurando o riso, porém ao mesmo tempo adorando a sua provocação tão implícita.

— Então, eu estava pensando se a gente não podia repeti-las. — Consultou sussurrando agora. Sua voz quase ao pé do ouvido parecia fazer cócegas em minha pele. Senti os pelos da nuca se arrepiarem.

— Eu adoraria. — Garanti com um sorriso um tanto malicioso.

— Sério? — Thomas se espantou e aumentou a voz. — Caramba, eu achei que você tivesse odiado. Infelizmente eu menti para você e não baixei coisa alguma, mas se quiser eu posso ir cantando. — Ele coçou a garganta — Não olhe assim, não, você é linda demais...

— Cala a boca, Thomas. — Elisa o interrompeu e eu dei uma risada um pouco mais alta do que pretendia. — Eu disse que não quero ouvir essas músicas pelas próximas semanas, nem mesmo saindo da sua boca.

— O que tem contra a minha bela voz? — Thomas ironizou e recebeu um olhar furtivo da minha amiga.

— Nada, mas se você quiser cantar vai ter que ser alguma coisa melhor. — Pediu ela com carisma.

— Eu não estou cantando para você, se quiser ouvir peça a Freddie. — Se defendeu. — Estou cantando para Isabelle.

— Vocês dois me errem porque quero dormir. — Explicou o moreno encarecidamente.

— Que tipo de namorado é você, Frederico? — Elisa resmungou provocando-o chamando pelo nome errado.

— Vocês quatro guardem o namoro para mais tarde. — A voz do professor Arthur soou na frente do ônibus me incluindo nisso sem ao menos ter dito coisa alguma. — Ou falem baixo pelo menos.

Thomas se voltou para mim novamente.

— Não é sertanejo. — Sussurrou me devolvendo o fone que havia caído quando ele respondeu Elisa. — Mas sei que entendemos o recado um do outro.

Dei um suspiro tímido. Ele deu play numa música desconhecida por mim e eu me deitei em seu ombro.

Thomas encostou o queixo no topo da minha cabeça e passou a acariciar meus cabelos. Cheirou ali, depositou um beijo delicado e eu cai no sono dois minutos depois em seu abraço. 


Notas Finais


E vcs? Gostam de música sertaneja? Por que eu não (acho que já disse isso) apesar de a história se basear em uma hshauhushauhsa
Até o próximo
eu amo os comentários de vocês ♥


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