Eles chegaram na porta de um dos quartos e Sakura segurou na maçaneta, até que ouviu seu namorado:
— Sakura?
— Sim, o que houve?
— Você não acha meio cedo, pra gente... Você sabe, não é?
— Para de pensar nisso Sasuke-kun, meu Deus do céu.
— Então você...
— Eu quero ficar num lugar privado com meu namorado, qual o problema? Eu não quero que os empregados da sua mãe, vejam a gente namorando.
— Ah tá.
— E eu sei que você tem uma camisinha, bem ai no seu bolso esquerdo.
— O quê?
— Eu não sou idiota.
— Eu... Eu peguei, caso a coisa fosse rolar, entende, responsabilidade.
— Responsabilidade é? Sei.
Ela abriu a porta do quarto, e ambos deitaram em uma cama, e ficaram se olhando, até Sakura perguntar:
— Sabe eu sempre me perguntei... Porque pessoas ricas, tem vários quartos em casa?
— Eu também. – Sasuke respondeu.
Ambos ficaram no quarto deitados, conversavam sobre as coisas da vida, inclusive sobre o pai de Sasuke que nunca mais deu sinal de vida.
— Depois que o Itachi assumiu a vice-presidência, o pai parou de pegar no nosso pé, até porque ele sempre quis isso.
— Mas se a empresa é na realidade da sua mãe, por que seu pai banca de dono dela?
Sasuke entortou a boca, aquilo era uma pergunta que ele nunca tinha se feito, ele olhou pra namorada e disse:
— Pra ser sincero não sei.
— Depois daquele dia, vocês dois...
— Não, meu pai agora me odeia.
Sasuke levantou da cama e suspirou fundo, Sakura então colocou delicadamente sua mão esquerda no ombro do namorado e disse:
— Se quiser chorar... Chora, não precisa ter vergonha.
— Não, eu prometi a mim mesmo, que não iria chorar por ele, a não ser no dia do seu enterro.
— Ai credo Sasuke-kun.
— O que? Uma hora, todos morrem.
— E você quer que seu pai morra, assim, agora?
— Agora não, mas eu quero que morra.
— Você precisa tirar esse ódio todo do seu coração, Sasuke-kun.
— Eu não sinto ódio dele, só é decepção mesmo, mas quando ele vê nossa banda fazendo sucesso, ele vai voltar... Eu sei que vai. – Sasuke deu um sorriso de canto, e Sakura sentiu seu coração esquentar, o sorriso dele era a luz do coração.
— Então, vamos parar de falar daquele meu sogro mané, e voltar a namorar.
Sasuke pegou Sakura e a colocou no seu colo:
— Eu te amo Sakura Haruno.
— Também te amo Sasuke Uchiha.
Eles ficaram namorando no quarto durante um tempo, e depois foram assistir filme na sala, quando estava escurecendo ela foi embora, e na hora do jantar, Mikoto perguntou:
— Você e a Sakura?
— Não rolou nada mamãe, ficamos assistindo televisão, e ficamos conversando coisas... banais.
— O papai? – Itachi perguntou pro seu irmão, que fez sim com a cabeça e Mikoto suspirou, ela sabia que os meninos sofriam por causa do Fugaku, mas depois de tentar matar seu caçula, voltar com ele estava fora de cogitação.
— Então você apenas desabafou, com a Sakura, sobre o seu pai...
— Sim. O que é que tem?
— Nada filho, aliás, namoradas são pra isso também.
— Ele era durão mas no fundo gostava dele.
— Hey não fala como se o velho tivesse morrido, aliás, ele me mandou te dá um presente.
— Um presente pra mim? Itachi você tá me zoando, né?
— Digamos que antes do tio Madara ir pro Havaí ele fez só elogios, pro papai e ainda falou sobre a minha ideia de você virar garoto propaganda da empresa.
— E você sabe não é Sasuke? Seu tio sabe muito bem, como manipular as pessoas, e o Fugaku não está ileso dele. – Mikoto comentou.
— Eu sei.
Depois de comer Mikoto chegou pro seu filho e disse:
— Quer fazer as pazes com o seu pai?
— Mãe...
— Eu não vou ficar brava filho, muito pelo contrário, vou ficar feliz da vida, porque meu casamento com o Fugaku acabou, mas ele vai ser sempre seu pai.
— Eu sei... Acho que preciso de mais um tempo.
— Ele é seu pai.
— Eu sei. Mas mesmo assim, valeu mãe.
Sasuke abraçou Mikoto que por sinal segurou suas lágrimas, afinal ela sabia que seu menino estava sofrendo, depois eles desfizeram o abraço, e ele foi pro quarto, quando chegou lá, Itachi foi logo entregando:
— Esse é o presente do velho?
— Um videogame?
Ele pegou o aparelho, mais precisamente um mine videogame portátil, Itachi sorriu e disse:
— Esse ai ainda nem foi lançado.
— Não me diga que...
— Essa vai ser sua vantagem irmãozinho tolo, como garoto propaganda, você vai ganhar, videogame, consoles e etc.
— Tá ai, adorei.
— Só não sei se a sua namorada, vai gostar.
— É... Agora porque o Fugaku, tá querendo me dar essas coisas? Ele nunca quis antes...
— Talvez ele tenha percebido que agiu feito um idiota, e como ele caiu na real, deve tá arrependido.
— Será? Itachi nosso pai...
— Infelizmente ele é um humano, tem sentimentos, e pode ter se arrependido.
— É... Mas mesmo assim...
Itachi abraçou Sasuke, que chorou, e o mais velho disse:
— Isso irmãozinho, chora tudo o que tá preso ai, eu tô aqui com você.
Sasuke foi parando de chorar aos poucos, mas nem ele e nem o Itachi fazia questão de se separar.
— Eu destruir...
Itachi largou o menor e olhou nos olhos dele, enquanto segurava o ombro dele.
— Nunca mais diga essa frase, okay? Foi o nosso pai que vacilou, não você, Sasuke você é meu sonho realizado.
— Como?
— Eu nunca te contei que quando criança, eu me sentia sozinho, e vivia pedindo pro papai e pra mamãe um irmãozinho?
— Não.
— Então, meu desejo foi concedido e o melhor, um homem que nem eu.
Ambos deram risada e depois se abraçaram de novo, e depois disso foram dormir.
Quando acordaram, eles se arrumaram e Sasuke foi pra escola, e seu irmão e sua mãe trabalhar, quando chegou lá, viu todos seus amigos reunidos, e disse:
— Hey bando de idiota, olha o que meu velhote me deu? E detalhe, ainda nem foi lançado.
— Caraca Sasuke, eu voltava a falar com o meu pai na hora.
Sakura e as outras meninas chegaram perto, e a rosada falou:
— É sério Sasuke-kun?
— Sim. O Itachi me disse, que ele resolveu me dar esse mini videogame apenas pra testar, até porque eu vou ser o garoto propaganda, e todos os videogame, jogos e afins são todos meus.
— Ah não teme, é a banda inteira.
— Não Naruto, só eu.
— Mundo injusto. – Sai disse e Neji concordou.
— Mas vai ter pra mim, não é? – Sakura perguntou.
— Você joga? – Sasuke perguntou assustado.
— Sim, por quê?
— Nada.
— Só por eu ser mulher, eu não posso gostar de jogar?
— Não é isso, é que a gente nunca falou sobre isso, e também você é treinee de uma empresa de entretenimento... Então...
— Tá... Sei... E aquele assunto de ontem...
— Okay.
Todos sentaram quando viram o professor chegar, dessa vez era o Iruka e não o Kakashi, então não havia atrasos, foram três aulas seguidas de física, quando acabou Sakura pegou a mão de Sasuke e o levou pra um lugar escondido na escola.
— O que houve?
— Não consigo parar de pensar sobre ontem.
— Queria que rolasse?
— Sim.
— Então hoje depois do ensaio rola.
— Sé- sério?
— Sim, porque eu também quero... Pra valer, sem enrolação.
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